O abril da liberdade ainda não se recompôs do choque da tua perda e a memória evoca-te a dançar à inesperada chuva de um verão abrasador, com mais ou menos doze anos. Fecho os olhos e relembro tudo, os bons e (também) os maus momentos: as brincadeiras, as perdas (tuas e minhas), as brigas e os sonhos que cumprimos juntas (a Whitney em Alvalade será para sempre).
O mundo era mais fácil - apesar da distância e do silêncio - quando ainda estavas nele. Não sei se pela força, pela dureza, pela segurança que inspiravas, ou se "apenas" porque tinhas o abraço mais sincero e generoso.
Sei que do que mais saudades vou sentir é da tua voz, porque sabes, amiga de sempre, nunca mais um dueto vai ter o mesmo sabor, já que só contigo não era preciso ensaiar.
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