quinta-feira, 21 de junho de 2012

Tenho saudades tuas Jess!

Quando me apetece chorar, assim à noite, já tarde. É em ti que penso, amiga de todas as horas, e tenho pena, tenho pena que esta saudade não passe com as lágrimas.

Alentejo interior

O sol nasce e põe-se com a mesma parcimónia do dia anterior e daquele que há de vir. Nada muda, nem na paisagem, nem no horizonte, nem no futuro que se pode observar a olho nu. A necessidade de mudança oprime o peito e fá-lo doer de desespero; voltaram as noites sem sono e o medo do nada aparente. 

Serão as origens o que me sufoca, tal como o fazia o calor estival de 40º à sombra da minha infância? Poderá o Alentejo planície que desconheço (pois o meu tem serra e verde e água) ter-se apoderado da minha alma e nela ter plantado o sobreiro solitário em fundo de cores terra? Será que esta necessidade incessante de beber água é um reflexo dessa mesma realidade interna?

Gosto de sonhar com um futuro risonho, em tons esperança, que me embala quando abro a porta de casa e entro para descansar do quotidiano. Mas ele não quer chegar por mais que eu o anseie, e vou (pouco a pouco) perdendo o ar e o chão.

Gritos mudos

O que é que se pode fazer quando já não se aguenta mais?
Gritar para quê?
Fugir parece impossível neste labirinto sufocante que me leva sempre ao mesmo lugar.
Chorar não vale a pena, principalmente por a alma ser demasiado grande.
Já não há criatividade que sirva de bóia de salvação, talvez por isso o silêncio seja o muro das lamentações em que me prefiro esconder.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Eu hei-de comer caracóis...

Surpreende-me esse teu ritmo suave e doce, que é tão meu. Ninguém é assim tão gentil quando tenta ser arrojado.

Wake up slow

Soubesses tu como me conquistas todos os dias um bocadinho mais cada vez que pedes desculpa por não teres conseguido ler-me nas entrelinhas e já não dirias que sou misteriosa. O meu único mistério é querer-te mais do que imaginas.