Na minha condição de Alentejana do Portugal profundo sempre me questionei acerca do fascínio que toda a gente parece ter pelo mar. Há quem lhe faça falta sentir-lhe o cheiro, olhá-lo e entrar nele para se sentir realizado e feliz.
O mar sempre me pareceu particularmente belo, estéticamente perfeito (tanto na mansidão como na turbulência), mas nunca me fez falta. Gosto de ir à praia, adoro nadar, mas não posso chamar-lhe uma necessidade extrema, algo sem o qual não posso viver. Por isso nunca entendi esse magnetismo que aquele mundo azul tem para tanta gente.
Foi na FLUL que me explicaram. Uma senhora também ela fascinante disse um dia numa aula:
"O mar é o céu ao nosso alcance."
E de repente fez-se luz. Era isso. O que fascina no mar é ele ser o espelho daquilo que não sabemos se algum dia poderemos atingir.
quarta-feira, 26 de maio de 2004
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2 comentários:
Palavras sábias!
De vez em quando aprendiamos coisas fantásticas naquela faculdade!
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