quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

I wish / I will

A época de olhar para trás para poder enfrentar o que aí vem com força redobrada é também o momento privilegiado para pedir desejos e tomar decisões. Como na maioria dos anos à meia-noite, a ouvir badaladas, a comer passas e a saltar para o chão com a preocupação de cair com o pé correcto acabo por me esquecer daquilo que tinha pensado pedir ao ano novo. Assim, seguindo o exemplo da minha amiga Ati, vou deixar tudo escritinho.


1. Manter o local de trabalho, se possível mesmo depois dos concursos.
2. Atingir a estabilidade para que tenho trabalhado.
3. Conseguir cumprir os prazos estipulados, para não ter preocupações desnecessárias.
4. Que aqueles que amo tenham o melhor ano de sempre.
5. Ver com mais frequência os que estão longe.
6. Que as minhas enxaquecas tirem um ano (ou anos) sabático (s).
7. Que a estrada que todos os dias percorro fique terminada quanto antes.
8. Viajar para onde me apetecer.
9. Muitos concertos, muito teatro, muito cinema, muitos livros. (Espero que este conte como apenas um.)
10. Que te decidas e seja em meu favor.
11.Voltar a acreditar... em tudo.
12. Esquecê-lo de uma vez por todas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

You don't bring me flowers ... anymore

Lembras-te da época em que vinhas ver-me apenas porque te apetecia? Em que me telefonavas sem teres que inventar desculpas? Em que não precisávamos mais do que a presença do outro para se nos eriçar a pele e o coração começar a galopar?
Ver como outros se oferecem flores sem razão aparente, como entralaçam mãos ao passear na rua, como se esperam avidamente ao fim de anos em comum, fez-me pensar em ti e em mim.
Onde ficaram os momentos que vivemos? É que já não os consigo encontrar: nem nas gavetas, nem na pele, nem no coração.

Cozy Moments


Depois de guardados os barretes de pai natal, de cantadas todas as canções, comidos os doces e a arrumação possível terminada, ficará na memória o momento das massagens, dos silêncios e do querer estar mais um pouquinho sem se saber muito bem porquê.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A todos um blá blá blááááá

E um 2010 bem fixe!

Harmonia familiar

O medo de estar entre (mais ou menos) desconhecidos dissipou-se com os sorrisos, as gargalhadas, a simpatia, a doçura, as piadas e os pratos de bacalhau. Se os amigos são a família que escolhemos, aqueles que nos tratam bem e nos adoptam passam também a ser (um bocadinho) parte de nós.

Chumba a minha mãe!

Pedia ela num sussurro para poder ter armas com que argumentar da próxima vez que lhe reclamassem uma melhor nota nesta ou naquela disciplina.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Catástrofes em potência

No espaço de uma semana sobrevivi a um sismo de 6.0, a um dilúvio e a um jantar de Natal na escola. Ou o Algarve vai acabar comigo em três tempos ou tornou-me imune a desastres naturais.

sábado, 12 de dezembro de 2009

My Little Gentleman

Dá passinhos de bebé por um caminho de adultos, tropeçando aqui, recuando ali, avançando pouco para o que a idade lhe exige. Não se sabe se é medo de se magoar, se é falta de interesse na rota que encetou, talvez seja um crónico e infantil dispersar da capacidade de concentração que não lhe permite manter a meta clara e atingi-la decididamente.
A maioridade não o amadureceu, as mudanças de vida pareciam tê-lo feito - em atitudes, em reacções - mas é nos momentos mais íntimos que se revela verde no que às relações pessoais diz respeito. Gosta ainda que lhe prestem uma atenção desmedida, mesmo que para isso tenha que ser o bobo de serviço; não entende que rirem-se de nós não é incluir-nos. Precisa de agradar sempre, fazendo vénias indevidas, ambicionando ubiquidades, optando por pressão para não ter que assumir escolhas.
Vejo-o agora distante (ainda que os quilómetros não tenham mudado) e esforço-me para recordar se o que nos uniu foi real, se o que senti teve nexo, se o que vivi foi vida. Dou por mim a aplicar o pretérito a uma etapa que, até ontem, sentia tão presente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Being shy and being blunt don't make being social any easier.

Beijos que marcam

Não é a boca que te sente a falta, é a curva do pescoço que ainda guarda no núcleo de cada célula a memória da tua respiração no segundo anterior a te despistares. É a pele que se eriça com o teu cheiro se te aproximas negando ao cérebro a decisão que sabe inevitável.

O medo em dó maior

O medo de ficar perdida se me perder no teu corpo - mesmo que seja só (mais) uma vez - põe ponto ao querer.

sábado, 14 de novembro de 2009

Half timing, half luck

Houve um tempo em que eras o mundo dentro de mim. O meu caminho, a minha vontade, a minha voz eras tu e era bom vivermos assim juntinhos os dois. De repente, quis apagar-te de mim para poder seguir sozinha, querer melhor, dizer o que até então não tinha sido dito. Custou-me aceitar que não podia arrancar-te daqui, mas percebi que destruir-te seria arrasar comigo também e deixei-te ficar. Tu cá dentro e eu esforçando-me por sair de mim. Não sei ao certo quando foi que saíste por vontade própria. O espaço que era teu pertence-me novamente e não sei em quem te abrigas agora. Segui os meus próprios passos, encontrei novo ânimo, falei mais alto. Não me fazes falta. Mas hoje dei por mim a pensar que me faz falta a ideia de ti.

domingo, 8 de novembro de 2009

Don't kiss and ...


Sebastian Valmont: I'm sorry about that.
in Cruel Intentions (1999)

Se houver próxima vez não pares, não jogues, não peças desculpa, não fujas. Ter-te por perto é o suficientemente complicado sem que me toques.
E, desculpar o quê? Os anos, a proposta ou o momento? Nem sequer consegui perceber a frase quando a proferiste. Não foi entrega suficiente para ti? Esperavas mais?
Se me permites, uma última pergunta: sou eu?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ferramenta de trabalho

Enquanto sussurrarmos palavras de amor, fofocarmos, rezarmos ou conversarmos em português, a língua não estará ameaçada.
José Luiz Fiorin (professor e linguista brasileiro)

domingo, 1 de novembro de 2009

Quando te quero esquecer

na TV toca a nossa canção.

O(s) Santinho(s)

Nem sonhes que te baterei à porta numa qualquer manhã pré-determinada e esperarei que me ofereças as sobras que tens por casa. Mas se quiseres tocar à minha campainha um dia destes não precisas de trazer o saco de pano, convido-te a entrar assim que te vir desde a janela.

sábado, 31 de outubro de 2009

Decepção

Se o telefone não toca pensas no que se passou e conduziu ao afastamento. Já não precisas de explicações nem desculpas, precisas (isso sim) de saber onde te situar: acreditaste em vão uma vez mais, e quê? Não foi a primeira, - conhecendo-te como te conheço - não será a última. Porque será que necessitas de continuar a acreditar?

Chamem-me saudosista

Depois de ler esta notícia num dos meus "poisos" habituais, foi impossível não querer ouvir de novo as gargalhadas dela numa revisitação da melhor equipa radiofónica de sempre.
Caríssimo Pedro, como cliente antiga posso pedir este favorzinho, posso?

Curiosamente na mesma semana em que ela começou a cantar o "No teu poema" no meu telemóvel.

Sem tempo para olhar para trás

A mudança foi boa, ainda que tenha sido preciso adaptação. A fasquia posta lá em cima dá medo quando se vê desde o chão. Mas alçado o voo é respirar com calma, bater as asas com força e esquecer que houve algum caminho que se fez a planar.

Silêncios incómodos

De que se pode falar quando não se tem nada em comum com alguém?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Still...

Espero não te voltar a encontrar brevemente. Ver-te faz-me sentir um bocadinho Eponine.

Lea Salonga

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sábado à noite

Houve nervos e desorganização, querer estar em tudo e quase não conseguir. Houve bilhetes a mais e bilhetes a menos, "programas" artesanais roubados, chegar meia-hora antes e perceber que ainda assim tinha que controlar o caos. Houve surpresas vindas de uma passado recente (foi tão bom ver-te Guadalupe) e outras do passado mais longínquo. Houve amigos antigos e amigos novos. Mais do que tudo houve Deolinda em Cáceres, com casa cheia, com um público completamente rendido à simplicidade, à simpatia e ao carisma da banda.
Ficaram todos para o fim para a sessão de autógrafos, as fotografias e os dois dedos de conversa da ordem; tiveram que nos expulsar do teatro ou talvez lá tivessemos ficado o resto da noite. É bom sair de um evento meio trabalho, meio prazer com a descarga de adrenalina de saber que tudo correu sobre rodas, mas melhor do que isso, é sentirmo-nos em casa no estrangeiro, e no passado sábado à noite o Gran Teatro de Cáceres foi território luso.

Se levares pontapés no rabo não te rales, é porque vais à frente!

Quando a mesquinhez das pessoas que mal conhecemos nos reduz ao silêncio - a resposta seria dar-lhes demasiada importância -, primeiro vem a tristeza, o auto-exame, o querer vasculhar no próprio passado para encontrar uma qualquer pontinha de culpa que nos explique porquês. Depois, vem a raiva, a sensação de impotência, a necessidade de espernear e gritar ao mundo (aqueles que para nós interessam) que não há um fundo de verdade naquilo que foi dito. Como adultos que somos, mais tarde percebemos que o melhor é mantermos a calma e o silêncio porque se alguém sente que é preciso tentar pisar-nos é porque se sente ameaçado/a.
Curiosamente uma das frases que mais vezes ouvi ao meu pai, enquanto crescia, aplica-se a mim agora da mesma forma que um dia se aplicou a ele.

sábado, 17 de outubro de 2009

99

Entrar na ponte e ver Lisboa a anoitecer. Pôr-do-sol em sfumato. Procurar, tão rápido quanto a velocidade o permite, pelos Jerónimos ou pelo Palácio da Ajuda. As luzes que se acendem devagarinho a apagarem os contornos da cidade. O avião onde me apetecia estar a fugir. É bom chegar. Quase tão bom como partir. O aeroporto aqui ao lado e eu só quero entrar no primeiro avião que me leve. E partir novamente assim que chegasse. Faz-me falta a agitação dos aeroportos. E há tanto mundo por conhecer ainda. Para onde vamos agora?

18

Senti-me assim outra vez. Não passávamos um dia inteiro juntos há tanto tempo que não sabia sequer que tinha saudades. Ainda que faltassem os outros, os quatro que ali estiveram eram os mesmos das férias da nossa infância e adolescência, como se não tivéssemos crescido. E o regresso àquela simplicidade tornou o dia mais leve.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

13

És tu. Serás sempre. E a sorte que eu tenho em te ter como amiga?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

On my own

Lea Salonga (Eponine) e Michael Ball (Marius)
Les Misérables, celebração dos 10 anos
A little fall of rain can hardly hurt me now...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ilustração

Ainda está calor e a bicicleta continua encostada à parede. Ironia, pensar que o Sul é plano e não tem as colinas de Lisboa e depois descobrir que trabalho na rua mais íngreme da aldeia. Os dias começam luminosos, terminam tarde. A lista de coisa para fazer vai aumentando, o ânimo permanece intacto. E aquele esboço mental de vida em jeito de banda desenhada de há tantos anos vai mudando a cada vinheta. Há sempre tempo para aperfeiçoar.

domingo, 13 de setembro de 2009

Calcanhar de Aquiles

As curtas linhas que me escreves estão cheias de significados. Dúbias, imprecisas, dizem metade daquilo que poderia ser lido. Tento não pensar no que escondes debaixo das palavras, prefiro fechar os olhos ao que sei para não cair num labirinto de impossibilidades.

People who need people

Dizia ela no final dos anos 60 que são as que mais sorte têm. E eu, crédula, acreditei. Mas não é assim. Sorte têm aqueles que se dão por escolha e não por necessidade.
Precisar é o principal inimigo do orgulho.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Preocupações do momento

Se estes cabelos que varro todos os dias e deito para o lixo são realmente todos meus, como é que ainda não estou careca?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sugestão

Querida, tudo por ti e pelo sono do sobrinho mais lindo do mundo. Vê lá se te lembras...

Dame Julie Andrews, "Stay awake" in Mary Poppins
Se a psicologia invertida da "perfect nanny" não funcionar não sei o que te dizer, porque esta canção até a mim me faz passar para o mundo dos sonhos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Someday these shoes are gonna walk all over you

Depois do disco rodar no carro durante mais de um ano pensei que a menina dos sapatos vermelhos já não me iria surpreender.
Letras em dia - check
Músicas no ouvido - check
Viagem até Nisa - check
Um frio de rachar - check (damn!)
Pó q.b. - check
Right mood - more than checked ´
E não é que conseguiu!
A amplitude vocálica, a presença em palco, o extremo cuidado musical, as escolhas fora do repertório, o risco dos sons desconhecidos. O aconchego de saber que ainda há quem tenha a capacidade de nos arrancar sorrisos quando é o que menos nos apetece fazer.


* foto roubada aqui

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ladies and Gentlemen, Ms. Barbra Streisand once again


Sempre presente, a cada momento, à espera de que eu precise.

sábado, 1 de agosto de 2009

All superego

Já se instalou a noite quando estranhas pulsões lhe assaltam a mente. Sente-se impelida a aceder, a aceitar de modo complacente o que o corpo lhe exige. No momento do salto recua, e volta para o porto seguro que apenas o recalcamento consegue oferecer.

La Ciudad Condal


As formas ondulantes, as cores, andar com a cabeça no ar durante uma semana para ver edifícios, mas principalmente para fugir da realidade do quotidiano. Barcelona foi o escape (não muito desejado) que precisava.

Não podia viver lá, é impensável tornar habitual tanta beleza e impossível passar encantado a vida inteira.

Voltar? Sempre.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Não ter saudades de alguém que vimos há uma hora, há um dia, há uma semana, há mais de um mês, é não saber amar?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

The beautiful South

Setembro será o mês do começo. Tenho cerca de um mês para pegar nas minhas coisas, encher duas ou três malas e escapar para a aventura. Setembro será auspicioso e não pedirei menos dos meses seguintes. Tenho os meus livros e centenas de fotografias para fazer deste regresso ao Plano A a minha casa. Setembro será para sempre, Setembro será o primeiro dia. O primeiro entre milhares que hão-de tornar a distância na razão para estarmos juntos. Setembro será o princípio, o impulso desta mudança. O impulso dado ao ritmo das pedaladas na minha bicicleta, ao som da minha música. A verdade é que tenho o começo de tudo à minha espera. Apaixonante, como todos os começos. Emocionante, como todas as aventuras. Setembro será o meu trevo de quatro folhas. E não me falta (quase) nada para ser perfeito.

A verdade

Nós somos muito melhores que a ficção que escrevemos.

domingo, 7 de junho de 2009

Stating the obvious

Let's imagine you have a pimple, or a spot in your shirt, or your glasses are broken. What is the only thing you don't want to hear? That you have it, right?

Why are people so keen on telling you you have something that isn't "right"? If we were really civilized we wouldn't need to point out other people's flaws all the time, we would see them and keep it to ourselves. By showing them we noticed we're just interfering with their personal space, making them feel uncomfortable and nothing good can come of that.

If someone has a limp or a hunchback, if a person is blind or deaf, we don't tell them that. Socially it wouldn't seem right to state something as obviously hurtfull. Things that aren't as important can also cause pain. Let's begin thinking about our own little flaws and mistakes and understand that we wouldn't want them to be noticed by the whole world. Perhaps that way we can start being better people.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Exams

There's no time worse spent than the time a teacher is forced to stay in a classroom while his/her students are doing an exam. In this particular situation, reading doesn't distract you all that much, the Internet is not an option, walking around is awful for everyone. Minutes turn into forevers; every deeper breath puts you on watch for you are concerned: what if the students are in trouble, what if they are afraid to ask something, what if...
I have a more than three hour exam to attend to, today, and the anticipation is already killing me.
I chose to teach not to be a policewoman.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

But I have a talent, a wonderful thing *

Night, pub, two friends, a recently met boy, a guitar.

The silence set itself in to listen to the magic he did when his fingers soothed the guitar strings. He wanted ideas and help.

For a brief moment, when the lyrics for a brazilian song she hadn't heard for years popped into her head, the duet came out as if rehearsed. And she could feel in the eyes of that stranger the twinkle she had missed for a long time. She could still do her own magic trick and needed nothing more than the vocal chords.

The seduction felt great, knowing that no one had noticed it, felt even better. The smile they exchanged when the song was through said it all.


* Thank you for the music, ABBA

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Were you? Ever?

(If you don't want to put up with all the conversation, go directly to minute 1:47.)

Scared of the raven's saying

I let you slide, once again, out of my arms.
I tell myself I had to: it wasn't right - not there and then - there were more important things to think about - people we shouldn't disappoint.

If all that is true why do I feel empty and terrified of having had my last chance?

domingo, 24 de maio de 2009

I don't need to talk to you, because this conversation has occured so many times in my head I know exactly everything you'll say. No excuses, no problems, no dramas - no dialogue.
My rationalizing (and keeping myself busy) is the best help I have no to think about the stupid things you do and say to me.
Don't ever feel sorry for kissing me, I know I'm not.

I'm just not that into you anymore


There was once a day (a week... a year... a whole life) when your every move was of most importance to me. I used to dream about you - sleeping and awake -, I used know your smell, your smile, your walk and your hands by heart.
Now, you still make me tremble, I'm still weak at your slightest touch, but there's something different about me. I know I'll always be nervous just by catching a glimpse of you - that's a fact I cannot change - but I'm also aware that there is a world without you. I could never do that before.
I still expect you to call sometimes, I continue to be drawn to you when I feel you near, I can remember in detail all the times you touched me.
But now I'm stronger, older, wiser. You kisses are still the best kisses but not the only ones, your skin is still glued to mine but I can imagine someone else's now and then, I don't want to read into your "signs" anymore because they're misleading and I don't feel like believing a lie all over again.
The best thing about you is you don't make any promises, so I don't have anything to look forward to, ever.

sábado, 23 de maio de 2009

Today

It has already been five years... who could have imagined it?
It has been a great ride!

Congratulations Jess.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Contratempos

É a areia a voar lentamente quando quero que ela fuja depressa. És tu a assumir o que pensas quando eu já encerrei o assunto. Sou eu a avançar pelo escuro quando tu decidiste apagar a luz. Não estamos de acordo. Descubro que as coisas podem mudar quando tu confessas não estar pronto para outro rumo e creio que nunca estaremos em harmonia porque me dás medo. Tropeço em mim quando te procuro por aqui. Mas os vazios que nunca preencheste continuam estranhamente à tua espera. São os gestos que não valem mais que mil palavras. São as palavras que não se esquecem apesar dos gestos. Somos nós em dissonância com o que queremos. És tu a fugir lentamente quando eu só quero voar depressa.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Hoje, em dois segundos fui dos Bombeiros ao Liceu há 12 anos atrás.
(Já não me lembrava que não há nada melhor que fazer rappel.)

Sobre a felicidade

Estas mãos pequeninas são perfeitas. Desenham girafas e jardins, casas e estufas, espantalhos, vendedores de gelados e carrinhos de supermercado. Escrevem todos os nomes com todo o primor, escrevem o que for preciso com as letras do alfabeto. Estas mãos pequeninas abrigam o mundo. Guardam carinhos e sonhos, palmas de alegria e projectos audazes, tolices e o futuro. E são o lugar mais seguro para guardar também a felicidade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

New found best friend


When you're feeling lonely and consequently sad, you need something to make you escape the reality outside and put a smile on your face.
Lorelai does that for me. She keeps me company, she makes me laugh, she helps me practice my English by speaking astoundingly fast, ... I think, I laugh, I cry, I feel alive watching the Gilmores.
Of course every character is amazing in its own way. Kirk is the unexpected, Luke is the reliable one, Emily and Richard are the protective (grand)parents that make it imposible to breath, Lane and Sookie are inocent and kind. But Lorelai is Lorelai.
You can relate to her in every aspect of her being, you feel her as a person and not as a character - and that's so hard to achieve. Even when you know she is wrong, you search for ways of saying she is right, because you don't want her to suffer, you don't want your friend to make mistakes that can cost her in the future.
I'm addicted to the Gilmore Girls, and I only have one more season to go, but I'm sure this show will be on rerun on my DVD player for a long time.

The one

How can the right one be so wrong for me?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

The only skill you need to be a good teacher is to care

Acabaram-se os meus truques. Não tenho de onde tirar mais coelhos que pulam entre magias. E no entanto, não sei desistir.

Keep on keeping on




Copenhaga? Códigos de barras aos milhares, corações escondidos por toda a parte, as confusões entre a Central Station e Kobenhavn, centenas de bicicletas a pedirem um passeio e aquelas pedras onde descansa uma sereia.

domingo, 3 de maio de 2009

You gotta have faith

I don't believe in you. Not in your smile, not in your witty comments, not in your music, not in our invigorating debates, not in the way you look at me all the time: sighing, without saying the truth.
This is probably the best situation in the world and we'll never go a step further but I have to admit I would really enjoy knowing something more - I'm just afraid of not knowing what to do with so much information.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Why now?

Her: Do you want something?
Him: I do.
Her: So...?
Him: I just don't know what it is right now.
Her: There I can't help.
Him: You know what I mean. I don't know what I was looking for, but I do know what I want... in life.
The damaged wishful look he gave her made her feel uncomfortable, though sure for once.
Her: You can't always get what you want. - She started to sing.
Him: Why don't I try?
Her: You're afraid to get what you need, maybe...
Him: I have what I need. - Silence. - But that's not what I want anymore.
The tension became unbearable and the hundreds of running horses inside her chest pushed her to storm out of the room.

May

For a month I'm turning into English mode. Studying just isn't enough, it is practice that makes perfect. And I can't take anything less... right?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Blue Notes VII - Conta-me histórias...

Um dia dei tudo para te ver. Acreditei serem possíveis as mentiras dos teus gestos. Idealizei encontros e palavras. Tremi de nervos.

Conta-me, agora, onde é que te perdi. Em que ruela da vida deixei o sonho e permiti que a desilusão espreitasse?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Blue Notes VI

Esta primavera é cinzenta, fria, bruta.

Que santidade teve uma semana em que te vi como realmente és, por primeira vez?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Blue Notes V - Seasons in the Sun

Os teus impulsos são sazonais. Arrumas-nos no armário quando passam o calor estival e o festivo, para te lembrares do meu sol apenas quando o tempo aquece outra vez.

Li, algures, que o Instituto de Meteorologia e Geofísica aponta para um verão atipicamente frio.

sábado, 25 de abril de 2009

Blue Notes IV - Os beijos do passado perderam o sabor

A fé em ti evaporou. Apenas espero que não decida encharcar-me de novo numa qualquer chuva de verão.

Porque a Jess não conhecia

E um bocadinho porque hoje é hoje...
Nem sabia que havia 5 estrofes, só me cantavam as 3 do meio.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Blue Notes IV

Ayer entré en el hueco donde estás con una excavadora
Para echarte de mi mundo y encerrarte donde no te pueda ver.
Ayer entré y me encontré junto a tu cuerpo
Un cartel que dice: “No tocar”,
Y no sé cómo hacer. *
Pontapé no aviso e que avance a obra!

* No eres mi perro, Nena Daconte

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Blue Notes III - Coração

É demasiado pequeno para os dois e, desta vez, escolho-me a mim. Não quero continuar a esbarrar contigo em espaços reduzidos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Blue Notes II

Quis chorar por ti - empurrar-te assim da minha alma - e nada. Não sei se as lágrimas, qual consciência que perdi, se recusam a sair sabendo que és tu a causa; se secaram, de todas as vezes que as convocaste ao longo dos tempos.

domingo, 12 de abril de 2009

Blue Notes I - "Tenho a minha mão aberta..." *

Esta mão não voltou a querer fechar-se na de ninguém desde que conheceu a tua. Não permitia que outro toque limpasse o teu da superfície que tantas vezes procuraste às escondidas. Agora cansou-se da necessidade de ti, vai ficar deserta até que outra pele seja capaz de despertar a mesma sensação mas nunca a memória dos teus dedos.
* Canção do Engate, António Variações (para os mais despistados)

terça-feira, 7 de abril de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Para animar a noite de domingo

Gosto de ter razão. Exactamente como com a Mai, afirmei nos idos de 2003 que o talento era imenso (ainda que a personagem fosse péssima). Reencontrar a voz, as composições e o pop-rock trabalhado da Vega foi uma grande e agradável surpresa.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Defy me

Podia ter sido a suavidade das palavras com que me enredavas a prender-me. Podia ter sido a inquietação do teu peito a abraçar-me. Não fossem os teus dedos e terias conseguido segurar-me naquela noite. Mas as tuas mãos denunciaram-te e logo ali percebi que te faltava força para me agarrar. E ainda que fadado ao insucesso, deixei-te tentar mais uma e outra vez por saberes sempre o que dizer no momento certo. Não me enganei, não me enganaste. Podias ter sido tu. Seria tudo tão mais simples se tivesses sido tu. Mas na ponta dos teus dedos não se escondem verdades.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aprende Português, abrir-te-á muitas portas


O Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças da Junta da Extremadura lançou uma campanha de promoção da Língua Portuguesa como segunda língua estrangeira nesta região espanhola. Tendo em conta que em Portugal o castelhano já é a segunda língua de eleição de todos os adolescentes, parece-me interessante que nós - portugueses - analisemos a forma como a nossa língua é publicitada na região vizinha.

Num país em que a segunda língua estrangeira ainda não é obrigatória, todos os idiomas que não sejam o inglês têm que se afirmar como vantajosos para ser escolhidos e, dessa forma, o seu ensino crescer em número e em qualidade. Proponho-vos que vejam os spots publicitários lançados para a televisão em que uma rapariga e um rapaz nos demonstram como puderam ascender profissionalmente por terem aprendido a língua de Camões. Agrada-me que falem com erros, com uma pronúncia marcadamente espanhola, tendo em conta que o seu público-alvo tem que entender que o importante é a comunicação e não se sentir inibido. Teria sido muito fácil escolher um professor de português ou até mesmo um qualquer actor luso, mas isso seria enganar, não vos parece?

Everyone says I love you *

And you are the only one I can't tell it to.

* título roubado ao filme do Woody Allen

domingo, 29 de março de 2009

Some men just know how to do it

Bradley Whitford e Amanda Peet


Danny: I believe I am falling in love with you. If you wanna run I understand, but you better get a head start 'cause I'm coming for you Jordan.

in Studio 60 on the Sunset Strip, Temporada 1, Ep. 11

Machismo??

Nunca fui feminista, não acredito em supremacias de género, raça ou religião (ou quaisquer outras que supostamente existam e de que não me consigo lembrar neste momento), mas continua a irritar-me que ainda existam mulheres que acreditam que os homens têm sempre razão.
A necessidade de uma companhia masculina fá-las tomar partidos sem dar importância à lógica ou à sensatez das situações, criticando aquelas que assumem posições nas relações próprias, apenas com base na premissa: "e se ele te deixa?".
Não sou capaz de deixar de sentir que em cada crítica assisto a uma esperança velada de que "ele" deixe mesmo a amiga e de alguma forma inexplicavelmente desprezível lhes caia nos braços.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Em série

A anterior aproximou-me de ti, fazia-me recordar-te todas as noites nos segundos antes de adormecer. A oferta de agora só me faz pensar nele.
Fizeste de propósito ou vais ficar ciumento quando me leres?

domingo, 22 de março de 2009

Turning point

E já lá vai um ano!

yes, dear!

É apenas a Primavera, estavas a provocar-me ou voltaste atrás com a decisão silenciosa que tomámos há meses?

sábado, 21 de março de 2009

No dia 18 foi Natal

"Nasceu ontem o sobrinho lindo", disse-me o telemóvel quando passei a fronteira.


Não me calo. Conto a toda a gente que nasceste, que és lindo, que tens o nariz da tua mãe,... o que não conto é o medo que sinto de não estar à altura de ser para ti a base sólida que ela sempre foi e será na minha vida.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Chegou a Primavera

Valle del Jerte

Wasn't it?

terça-feira, 17 de março de 2009

Ich hasse grün

Grün, grün, grün sind alle meine Kleider,
Grün, grün, grün ist alles, was ich hab.

Warum muss ich grün halten?

Dobré ráno

De volta. Praga parece uma cidade linda, mas como já vem sendo hábito não tivemos oportunidade de conhecer. Enquanto em Lisboa se agradecia o sol e a praia, em Praga via-se nevar pela primeira vez, maldizia-se o frio gelado e celebrava-se o Purim. Houve tempo para rir, fazer guerras de más fotografias, ouvir a mesma canção over and over again, ensinar Português, conhecer um nomeado para o Prémio Nobel, beber becherovka (argh) e ser salva pelo Y. no concerto da Stone Bell House, naquele que foi o momento mais embaraçoso de todos os congressos. E a zit curse ensinou-nos a todos a não gozar com borbulhas em nariz alheio.

segunda-feira, 16 de março de 2009

"Foi o tempo que dediquei à minha flor..."

Comovem-me as tentativas, a necessidade de repor o bem, a urgência de atar os nós que se deixaram desapertados durante demasiado tempo.
A mim já não me incomoda andar com os sapatos desatados e sei que um destes dias acabo por os descalçar para me sentir mais livre.

de Sinédoques ou Mantas de retalhos

Partes, bocados, porções explicativas de um todo.
As visões globalizantes não abarcam o que ponto por ponto se capta melhor - e o exterior diz tão pouco daquilo que vai por dentro.

sábado, 14 de março de 2009

Há outros Eds por aí

Do pensado ao vivido

Aquilo que me encanta na ficção - os mal comportados, rebeldes, desagradáveis, instintivos - são apenas "paixões virtuais" de alguém que admira uma boa criação (e é tão mais interessante inventar um mauzão do que um bonzinho). Mas na vida real, a bondade, a generosidade, a timidez, um sorriso sincero são tão mais sedutores.
O que, às vezes, me pergunto é porque é que os bonzinhos acabam (salvo raras excepções) por se converter em vilões quando têm certezas?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Coisas de que me arrependo

Não fui ver a Maria ao Coliseu.

Regras são regras

Quando leio poesia relembro os ensinamentos que ouvi a Eugénio de Andrade numa aula de Literatura Portuguesa da Universidade Aberta. Dizia o mestre que a poesia precisa sempre de uma voz. Como não se contrariam aqueles que mais nos ensinaram, leio poemas em voz alta pela casa fora e os livros de lírica não vão comigo para a rua.

domingo, 8 de março de 2009

Let's talk

Na tua língua pode ser porque é onde te podes esconder, o teu território. Na minha talvez, pois a falta de prática dá-te a desculpa perfeita para "enganos". Em terreno comum nunca te arriscarias: e se for eu quem tem vantagem?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Correcção

Falta-me a rapidez e a prática, tive que me concentrar para não ser benevolente mas, ao final, a melhor das confirmações:
só positivas!!!

Dia de teste

(Escrito há dois dias...)

Odeio testes desde que me lembro.
Enquanto aluna não suportava os nervos, a pressão, o tempo que voava. Agora, aborrece-me a espera e o silêncio apenas cortado pelo ruído do papel e algum que outro suspiro furtivo. E senti-los tensos, e saber que uma graçola, hoje, não vai resultar.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Lisboa não é a cidade perfeita... *






... para mim.





Esse é, muito provavelmente, um dos problemas.

* Obviamente Deolinda.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Nothing to declare

A bagagem pessoal ocupa espaço, é incómoda, pesa demais. Quem não carrega o fardo de uma mania estranha, um familiar irritante, uma opção de vida que afasta os outros?
Gostamos de pensar que no início não trazemos nada connosco, que somos uma tábua (quase) rasa onde a nova relação escreverá. Mas não é assim, não existimos só nós - somos nós e tudo o que nos envolve. E do outro lado é igual. Na maioria das vezes é essa carga que nos arrasa, ainda que comecemos com as melhores intenções.

Growing up


Apetece-me ir de bicicleta para o trabalho. Descer e subir estas ruas como os miúdos da escola e aprender a cada pedalada. Sentir que o vento na cara não é só velocidade, é audácia a multiplicar-se, a multiplicar-me, a tornar-me maior. Apetece-me ser criança a querer crescer depressa outra vez. Esquecer que, depois de crescermos, a simplicidade das coisas boas ganha outras proporções. Pensar que o mundo é perfeição à espera de acontecer, à espera de ser meu. Apetece-me ir de bicicleta para a escola. Ignorar o quanto me custou crescer nos últimos meses para finalmente me sentir adulta. Apetece-me ir de bicicleta pela vida. Apreciar as vistas e ajustar as mudanças para pedalar melhor.

Being bold

Cair. Saber que não estás lá para me apanhar e mesmo assim querer cair.

domingo, 1 de março de 2009

Camino despacio pensando volver hacia atrás
No puedo
En la vida las cosas suceden, no más

No início fingimos aceitar tudo - talvez não finjamos, talvez apenas nos pareça que a bolha cor-de-rosa em que estamos envolvidos nos pode proteger para sempre - e, mais tarde, percebemos que as cedências foram demasiadas. Queremos voltar atrás, começar de novo, tomar decisões diferentes sem perceber que as barreiras que não levantámos ontem, não nos vão poder amuralhar amanhã.

Não há pontos de viragem nas relações, não existem mudanças súbitas... tudo flui, o que pode é simplesmente não fluir para onde sonhámos. Há que ter cuidado, há que mostrar-se inteiro, porque durante a viagem não se pode fazer inversão de marcha sem perder alguma coisa pelo caminho.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Orelhas ou Um presente para as leitoras


No sábado à noite passámos muito tempo a falar de ti e apercebi-me que tenho saudades: do teu sorriso, da simplicidade, de como tudo parece fácil ao teu lado. Como diz a canção:
Da próxima vez não vás sem deixar destino ou direcção...

(vídeo dedicado à Le.: é tão bom ter-te conhecido!)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

suave vingança

Pronominalizei-te mil vezes (em 1ª, 2ª e 3ª pessoa), fiz-te singular e plural, mas jamais te dei forma e nunca me atrevi a pôr-te um nome. Fomos protagonistas de sonhos, pesadelos, ficções (concretizadas e não), de um sem-número de vidas que não sendo nossas, o foram. E quis-te em todas as formas que te não dei, e senti-te na presença e na ausência.

Aprisionei-te em palavras porque sou contra grilhões mas, incoerentemente, preciso de te ter comigo. Serás tu e tantos outros, já que ao não te nomear não dou certezas, ainda que espere (em silêncio) que saibas que és sempre tu. E aqui és meu, quer o sejas ou não na realidade.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

When He closes a door, somewhere... *

Quando o deserto se instalou, abriram-se uma série de abraços para me acolher.

* Dizia a Julie Andrews no filme que mais vezes vi na vida.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

No "país" do Carnaval

Agora que vivo (durante a semana) numa vila em que o Entrudo é a festa principal, vou tirar a máscara que ponho ao passar a fronteira e ser feliz por mais uns dias.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

I wish...

Quando se vê tv até tarde, às vezes, encontram-se pérolas.
No meu ano sabático "descobri" e "voltei" frequentemente a Stuckeyville. As apostas de 10 dólares, as piadas sem punch line, as trapalhadas e os sorrisos, as vidas descomplicadas de uma série de pessoas que já são (quase) da família, tornaram-se num hábito delicioso.
Foi impossível não ficar derretida com o olhar azul profundo do Ed (Tom Cavanagh) e com todas as tentativas de mudar o mundo e de amolecer o coração teimoso e mal direccionado de uma certa professora de Inglês. Estrelas que se alinham, cavaleiros andantes, videos pirosos convencem qualquer céptico empedernido. E no fim, todas queremos ser a Carol Vessey (Julie Bowen) - nome e apelido, porque parece ter outra música quando se diz inteiro -, todas queremos um homem que não desiste ante qualquer desafio.

Tom Cavanagh e Julie Bowen

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Oásis

Durante muito tempo pensei-te estrela polar, iluminavas-me o caminho e oferecias-me a segurança de ser guiada. À distância que a desilusão impõe, vejo que não foste mais do que uma miragem no deserto dos meus anos mais nocturnos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

I'm a pirate and I like it

Johnny Depp
Or should I say Jack Sparrow?
(Because some fictional characters get to have a life of their own)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Missed a thing (and didn't want to)

Porque hoje ainda é ontem (hoje só deixa de ser ontem quando durmo) dei por mim a pensar que esta é a primeira vez desde há muito tempo que não nos vemos neste dia. Não que haja uma qualquer razão para que nos encontremos em determinadas datas, mas porque acontecia (ou faziamos porque acontecesse).
Hoje não.
Hoje não te procurei, nem na rua, nem nos lugares do costume, nem em mim. E senti-me bem.
Foi só a meio da noite que te notei a ausência, e todos repararam que eu tinha "desaparecido". Refugiei-me outra vez nos teus braços, senti-te o cheiro, ouvi-te sussurrar baixinho uma frase sem importância que para mim significou o mundo.
Mas a nossa canção não tocou hoje, também pela primeira vez. E não me doeu que não estivesses, só me senti, por momentos, mais vazia.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Days...


Quando pensamos que já nada nos pode surpreender há um qualquer pequeno/grande detalhe que nos deixa sem ar. E, convenhamos, é por determinados momentos de apneia que vale a pena continuar por cá.

Let's put it in a bubble *

No meu mundo só há uma situação em que é apropriado usar um fato de treino: enquanto se está a fazer desporto. Proponho que se institua a barreira dos 30 minutos (antes e depois), isto para não me chamarem ditadora, já que - para mim - quaisquer 5 minutos a mais com o inominável fatinho são sempre um exagero.
Agora, por favor, ir para o trabalho em calças de fato de treino não é aceitável se não se for o Nelson Évora, o Cristiano Ronaldo ou professor de Educação Física.
* como diria a Dharma

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Life altering poem - part 2

Teia

Se da baba o insecto faz a teia,
se com choro porém não sei prender-te,
do céu, que era de cinza, direi verde,
e da terra e das lágrimas areia.

E da forma direi que foi ideia,
para que à noite o corpo não desperte.
Do perdido direi que não se perde
se ao menos nestes versos se encendeia.

Do cabelo, se louro, direi preto;
do amor que sofri direi soneto,
ante a luz tão corpórea que o invade...

Nas redes da ficção ficarás presa
e acordarás, mais tarde, na surpresa
de ser outra por toda a eternidade.


David Mourão-Ferreira

Life altering poem

Pensar na FLUL é lembrar-me de amigos, é ter saudades, é ver que mudei, é saber que não há volta. Custa-me entrar no atrio e não conhecer ninguém naquela que foi a minha casa durante 6 anos. Mas pensar na FLUL é, também, recordar momentos marcantes, discussões acesas, aberturas de horizontes e aprendizagens para a vida.
Entre todas as situações que se me tatuaram na memória há uma, em especial, que continua a roubar-me sorrisos, talvez por ter vindo em forma de desafio (insuperável, achava eu), talvez porque eram as palavras de David Mourão-Ferreira, talvez porque tive que crescer em duas horas.
Chorei, entrei em pânico, gritei que não conseguia; pedi ajuda, meti o medo numa gaveta, enchi o peito de ar e, a tremer, fiz o que tinha que ser feito.
Não era a mesma quando saí daquela sala, era mais adulta, mais segura, mais humilde.
Continuo a guardar o soneto junto a mim, para quando o desânimo se atreve a espreitar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vício bom


Não sei se estou numa fase romântica, se me apetecesse rir do romantismo. Sei, isso sim, que não consigo ver só um episódio por dia.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

It's meeting the man of my dreams (...) *

Há frases que só têm piada na adolescência.
* Ironic, Alanis Morissette

There's an elephant in the room

Não sabia bem em que momento se tornara uma pedra no sapato e ainda que se dissesse (primeiro) que era uma situação passageira, (segundo) que ia ignorar, (finalmente) que já não doía, não se conseguia enganar nos momentos de reflexão.
Magoava.
E magoava muito.
Contudo, a ferida mais profunda tinha sido causada pela falta da sinceridade e não por a terem feito sentir-se descartável.
Porque trabalhar e ser uma boa menina tem as suas recompensas.


Relembro a nossa perfeição, de quando ainda não estava perdida noutros mundos, e sinto-te a falta. Já não te vejo em cada recanto da minha vida, tento não te procurar a cada passo, mas (quase) todos os dias és o senhor do meu último pensamento.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tropeçar não é cair

Passei meses a recompor-me do último salto involuntário. É sempre mais difícil recuperar o equilíbrio quando somos empurrados sem esperar. E quando finalmente os pés já não oscilavam em terra firme, um pedaço de chão desaparece debaixo de mim. Onde é que me agarro para conseguir que estas mãos me segurem de forma inabalável?

There are places I remember all my life*

Lisboa. Aquela semana de dias alucinantes e noites descontraídas só podia deixar saudades. Da (des)organização atípica, do stress diário, das gaffes tontas, das gargalhadas sinceras, dos jantares ruidosos, dos passeios frios pelo escuro. A despedida fez-se sentindo já a falta de quem esteve e de quem não volta a estar. Deixámos entre nós convites para um regresso e promessas de viagens em 2010. E vontade de viver a mesma noite ad eternum.
*The Beatles

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

In too deep

E se, um dia, o único blogue que nos apetecesse ler tivesse acabado?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Kind surprise

Um dia deixo de pensar demasiado nas coisas. Não vou querer saber se está certo ou errado, nem recear o que vem depois. Um dia deixo-te acontecer. Se já não for tarde.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009

Já só faltam 20 dias.

2008

O melhor: o nascimento da B.
Situação mais inesperada: um telefonema a anunciar-me que ia para Santander em Setembro.
Situação mais engraçada: caminhar por Madrid à procura de uma esquadra com um polícia de cada lado a carregar as minhas malas e ver a cara de espanto das pessoas que passavam.
Situação mais inusitada: declarações de amor de estranhos.
Melhor noite: Santander, 2 dias antes de irmos embora.
Melhor gargalhada: No lago das Cuevas del Drach, nós a querer sair e o barco a balançar mais do que devia.
Melhor viagem: Maiorca e Santander (e Istambul e Madrid e Nice, ainda que fossem em trabalho).
Momento saudosista: os telefonemas e sms do estrangeiro para encurtar as distâncias.
Momento ternurento: ver os talentos da M.
Momento mais divertido: o quebra-cabeças que foi seguir todas as pistas meticulosamente "escondidas" por Lisboa para chegar ao meu presente.