segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ray of hope


Até o céu que acorda mais nublado tem guardado, algures, escondido, a espreitar, um raio de sol. E é este que ilumina o mar da vida, esteja ele tranquilo ou em turbilhão.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Partes do queijo

Tento fazer o que me dizes, dividir a vida no seu todo em segmentos mais pequenos para entender o que vai bem, o que vai mal e aquilo que se pode mudar. No meio da confusão só tenho uma certeza: tu!

Para quê?

Há dias em que é a única pergunta que me ronda a cabeça: Para quê? 
Para quê o esforço? Para quê o cansaço? Para quê a dedicação? Para quê querer ser e fazer sempre melhor? Se a mediocridade nos circunda e triunfa, para quê insistir em tentar crescer no caminho que nos parece certo, quando dele não vem nada, nem sequer vem luz? 

Afonia (?)

Podemos ficar sem voz por questões físicas ou simplesmente porque falar nos traria pressões desnecessárias. Então preferimos calar-nos e deixar passar o tempo, esperando que tudo se resolva por si só e não entendendo que quanto menos nos impomos, menos nos poderemos impor.

In memoriam

Não é da voz que sentirei a falta, para isso há cds e vídeos em casa e na internet, é do sonho. Enquanto ela estava neste mundo podia acreditar que a voltaria a ver e a experienciar a perfeição de uma voz irrepetível. 



Os a que admirámos e amámos verdadeiramente continuávamos a manter viva uma réstia de esperança, e acreditávamos com profunda fé que chegaria o dia em que a diva (a nossa diva) recuperaria o fôlego e nos encheria de emoção outra e outra vez. E com cada tentativa o sonho renascia, e sempre que não resultava dizíamos ao mundo "não pôde ser" e a nós próprios "não era o momento adequado, mas o momento vai chegar".
E agora? Onde guardamos os pedaços do sonho não cumprido?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Futuro


Contigo.

Factum

Prefiro de longe a designação lusa para um emprego fixo na área em que trabalho. Para uma portuguesa -com toda a carga que tal nacionalidade acarreta - dizer-lhe que o seu "destino" é a 120 kms de casa é um peso psicológico quase impossível de aguentar. Afirmar que a minha colocação definitiva é no lugar X, permite-me acreditar que vai haver um momento em que os 240 kms diários se reduzirão. Chamar-lhe "destino" provoca-me um arrepio na espinha porque esta palavra para uma mente nascida e criada no lindíssimo "jardim à beira-mar plantado" está povoada de uma sensação de inevitabilidade que não quero na minha vida.