sábado, 31 de julho de 2004

A isto se pode chamar Feminismo Exacerbado



(Protestem homens, protestem, que adoramos ver-vos protestar!!!)

sexta-feira, 30 de julho de 2004

Expecting Love


(Four weddings and a funeral, 1994)

O amor podia ser como nos filmes. Forte quando nós somos frágeis, persistente quando já perdemos a esperança. Eu queria um amor assim, em que o silêncio da dor nunca fosse mais alto do que as nossas gargalhadas. E que, quando chegasse, fosse eterno.

Todos a comentar

Quem é que ainda se lembra do primeiro beijo?



It's the way you love me
It's feeling like this
It's centrifugal motion
It's perpetual bliss
It's that pivotal moment
It's (ah) subliminal
This kiss, this kiss... it's criminal
This kiss, this kiss *

*This Kiss, Faith Hill

quinta-feira, 29 de julho de 2004

Jooooãããããooooooo!!!!!

Estreia amanhã. Quando é que vamos ao cinema, mesmo?


O espectáculo do ano está concorrido

Isadora e Charlotte:

O melhor é correrem ou roubam-vos o lugar. Quem avisa...

Ahhh vão-me ver na Argentina

Ao que parece o Albúm de Família cá da menina vai estar em exposição na Argentina. Sinto alguma vergonha... mas o que é que eu não faço pelo meu público?

(post nada egocêntrico e profundamente modesto, não notaram?)

quarta-feira, 28 de julho de 2004

Os Maias - versão brasileira

Já confessei que ando a ver a série da Tv Globo sobre o nosso clássico, principalmente para dizer mal.
Neste momento - para além de algumas incoerências na história - tenho uma pergunta que me martela na cabeça incessantemente:

A narrativa que Eça teceu ao longo de 500 páginas (mais coisa menos coisa) não era suficiente para fazer a série? É que não consigo entender o porquê de misturar A Relíquia numa adaptação d'Os Maias.

Reaprender

Se quisesse tornar-me numa pessoa melhor, o que seria preciso? Deixar de ser misantropa, pessimista, preguiçosa, egoísta, insuportável, (...) ou simplesmente nascer de novo?

Desenhos de vida

Em pequena desenhava casas, muitas, por dentro, com divisões, escadas, varandas e móveis... Passava horas naquilo. Até que pela primeira vez vi uma planta de arquitecto, e aprendi que o corte devia ser feito horizontal e não verticalmente. Foi uma descoberta!
Deixei a paixão da arquitectura para os que têm realmente talento e dediquei-me às letras, os projectos deixo-os para os profissionais. Mas encontro aqui, ali e acolá amadores do desenho que sabem colorir-nos a imaginação com as palavras mais belas.

terça-feira, 27 de julho de 2004

Porque não podemos ficar indiferentes a Darfur



(Respondendo ao apelo da Rua da Judiaria)

Será que não somos...

...mais do que dois corpos que fariam muito mais sentido juntos?
...mais do que o desejo que nos corre nas veias e não nos deixa pensar?
...mais do que o beijo iminente cada vez que se cruzam os nossos olhares algures?
...mais do que o magnetismo da pele?

Eu penso que há (ou pode haver) mais. O problema é superar o imediato e conseguirmos, dessa forma, chegar ao ponto que ainda não nos foi permitido atingir.


Estados de Alma

Há músicas assim, que dizem tudo o que nos vai na alma num determinado dia.

Esta Ausencia
Despertar en el frío abismo de tu ausencia
Es rodar por las horas perdidas en mi habitación
Recordar cada lágrima que fue tan nuestra
Me desangra el alma, me desangra el alma

Desandar el sendero que escribimos juntos
Es tocar un silencio profundo en el corazón
Escapar por las brechas de un amor profundo
Es mentir de nuevo
Por negar tu ausencia

Esta ausencia tan grande, tan fría, tan honda
Que quiebra en pedazos mi razón
Esta ausencia desnuda de dudas y sombras
Me clava tu amor
Esta ausencia que duele en el fondo del alma
Que quema por dentro mi sueño y mi calma

Esta ausencia de hielo, de piedra y silencio
Que corta las horas sin piedad
Esta ausencia infinita de noches y días
No tiene final
Fué tan fácil decir que el adiós sanaría
Las espinas clavadas en tu alma y la mía
Esta ausencia me grita
Que se acaba la vida
Porque no volverás, volverás

Ya lo ves
Tu partida no condujo a nada
Porque nada es el tiempo a la sombra de mi soledad
Ya lo vesDerrotado y sin hallar la calma
Que daría por verte
Y olvidarlo todo

Esta ausencia tan grande, tan fría, tan honda
Que quiebra en pedazos mi razón
Esta ausencia desnuda de dudas y sombras
Me clava tu amor
Esta ausencia que duele en el fondo del alma
Que quema por dentro mi sueño y mi calma
Esta ausencia me grita
Que se acaba la vida
Porque no volverás

Y me desangra tu partida
Y tu recuerdo hace temblar mi corazón
Cómo olvidarte si no quiero
Pois Dios amor por tí yo muero

Esta ausencia de hielo, de piedra y silencio
Que corta las horas sin piedad
Esta ausencia infinita de noches y días
No tiene final
Fué tan fácil decir que el adiós sanaría
Las espinas clavadas en tu alma y la mía
Esta ausencia me grita
Que se acaba la vida
Porque no volverás, volverás, volverás...

Resposta à conversa

ou Já estavamos com saudades

Diz o Pedro (que voltou em grande, bendito verão ou bendita inspiração ou qualquer outra coisa acabada em ão que o fez voltar) que nunca uma mulher o seduziu pela conversa. Pois digo-lhe eu caríssimo Pedro que não sabe o que perde. Uma boa conversa sobre o que for é tão sedutora como uns olhos meigos, um sorriso malandro, uns ombros largos ou uma voz quente, ou mais.

Para uma mulher a beleza não conta assim tanto, e juro que isto não é "conversa da treta".

Solidariedade

Pelas minhas amigas professoras em vias de não ser colocadas, assino por baixo e apoio o novo slogan da revolução que conheci via Blogotinha.

segunda-feira, 26 de julho de 2004

Só coisas que me apoquentam

ou Futilidades
 
Está uma mulher a ver a novela - quando está um calor impossível o que há para fazer? - e vê uma cena irreal. Uma tipa que é recusada pelo namorado de toda a vida a quem ela fez as últimas e um menino bonito que perde uma vez mais as esperanças com a rapariga de quem gosta desde o início encontram-se - por acaso - e resolvem enxugar as lágrimas um do outro num quarto de Motel.
Só eu não tenho a sorte de ter um rapazinho assim para me consolar dos desgostos de amor!



Don't let me down II

Hoje sou eu.
As minhas razões são mais ou menos as mesmas. A causa é uma pessoa que conheço mal mas me habituei a admirar. Foi duro descobrir que prima pela falta de educação e abusa do estado de menino mimado. É aceitar ou mandá-lo passear - já que chamá-lo à razão não parece surtir efeito - ainda não sei o que decidir... mas tenho pena.

Alter-egos

Uma das coisas que me intriga na blogosfera é a identidade dos bloggers. Nesta demanda de saciar a minha curiosidade, fui coleccionando notas mentais que me poderiam levar a algumas conclusões. Hoje acordei disposta a demonstrar-vos toda a minha sagacidade (ou o meu grau de loucura, sussurra-me a minha Elizabete ao ouvido). Decidi revelar-vos, ainda que não vos interesse, a mais importante das minhas deduções nesta matéria. Descobri, nestes longos meses que levo no universo dos blogues, que o Statler dos Marretas tem um alter-ego. Levei meses a investigar, a procurar em cada palavra uma pista recôndita que pudesse sustentar a minha teoria. E os factos não enganam, vejamos: o nosso mestre Marreta é direitolas, sportinguista, inteligente e tem um wit de fazer inveja a muitos. Mas nesta descrição enquadra-se nada mais nada menos que ZDQ do Gato Fedorento. Um tem uma gata Constança, o outro tem um Gato Fedorento. É, portanto, óbvio que o velhote criou uma personagem mais nova para impôr "os bons costumes e as opiniões anti-canhotas" no mundo do Gato. Já alguém os viu juntos? No mesmo local, no mesmo dia, à mesma hora? Não? Pois é, tudo se coaduna meus caros...

domingo, 25 de julho de 2004

Laços

Se o fim chegasse um dia e olhássemos um para o outro, saberíamos finalmente o quanto nos amamos. E que as discussões, os gritos, os sorrisos, as histórias nos fizeram o que somos hoje. No fundo, nunca fomos compreendidos nem soubemos compreender.

À espera do jogo

Ouço esta pérola de um comentador:
"Espectacular! A águia Vitória pousou no emblema do Benfica que diz «E pluribus unum», ou seja um por todos e todos por um."

Acho que não é preciso dizer mais nada, ainda bem que ensinam Latim aos nossos comentadores de futebol.

sábado, 24 de julho de 2004

Veleidades musicais

Descobri que no dia em que nasci os primeiros lugares do Top do Reino Unido eram estes:

The Number 1 single was: John Travolta & Olivia Newton John - "Summer Nights"
The Number 1 album was: Original Soundtrack - "Grease"

O que é que se ouvia no dia do vosso aniversário? Basta ir aqui.

Preferências

Animal por Animal, Covilhã por Covilhã... eu prefiro este.

Poeta Alegre faz das suas

Jorge Coelho abandona as funções de coordenador autárquico do PS depois de Manuel Alegre ter posto em causa a sua isenção.
Mas será assim tão difícil para estes senhores terem um partido? Partam-no em dois, sempre era mais fácil, pelo menos "brigavam" com oponentes e não com os da família.

Ping-pong bem guardado

Com Santana Lopes é tudo à grande! 
Vai ter o dobro da segurança de Durão. E espantam-se? Eu entendo os responsáveis, o novo Primeiro tem o dobro (ou triplo ou mais) do assédio feminino, e as mulheres são impossíveis, há que salvaguardar a integridade do senhor.
E, para alem disso, parece que São Bento não lhe chega, também vai ter "casinha" oficial na cidade do Porto.
É procurá-lo numa qualquer praça perto de si.

"Pela estrada fora..."

Era verdade, o nosso (novo) Primeiro sempre mandou passear 6 dos Secretários de Estado deste Governo.
Ao que parece as cidades contempladas são Coimbra (Administração Local), Santarém(Agricultura e Alimentação), Aveiro (Educação), Évora (Bens Culturais), Faro (Turismo) e Braga (Juventude).
Para falar a sério, dá-me um bocado igual, mas não devia haver uma Secretaria de Estado por cada capital de distrito? É uma dúvida que me surgiu porque não me importo nada da minha cidade não ter sido presenteada pelo Dr. Santana.

sexta-feira, 23 de julho de 2004



Este mês de Julho de 2004 tem sido terrível para a cultura, muito em especial para a cultura portuguesa.
Ao acordar liguei a TV e nem percebi muito bem o que me era dito...o quê? Morreu Carlos Paredes? Parece inacreditável. Parecia que impossível de acreditar que o mesmo mês que nos levou Sophia nos poderia levar outro tão grande vulto da cultura e tradição nacionais, mas é mesmo verdade.

Recordo que tinha mais ou menos 15 anos quando fui ver um concerto do Carlos Paredes com os meus pais. Eu que ia a contragosto e sem vontade de ir "ouvir Fado" (dizia eu em tom depreciativo), saí encantada. A magia que saía do abraço daquele homem à sua guitarra era electrizante, a música entrou-me por todos os poros e fez-me arrepiar, sorrir, chorar, de tudo, porque naquele momento e espaço o som daquela guitarra era tudo. Foi uma experiência que muito poucas vezes voltei a sentir. Aquela plenitude estética e extasiante que só a arte e o amor (não serão estes dois a mesma coisa?) nos podem revelar.
No dia seguinte ficámos a saber que Carlos Paredes tinha pedido para o ajudarem a caminhar até ao Hotel. Estava uma daquelas noites quentes de Maio, em que o cheiro da terra molhada dos quintais acabados de regar nos inunda os sentidos e nos faz sentir em casa, e conta quem o ouviu que ele disse que queria para sempre recordar aquela noite. Foi o seu último concerto e ele sabia-o, sabia que a doença não o voltaria a deixar presentear o público com a sua arte.
É uma noite que não vou esquecer por muitos anos que viva. E é essa noite que me faz estar triste hoje pelo desaparecimento deste grande senhor. Eu sei que ele permanecerá entre nós como todos os grandes criadores porque a obra eterniza o artista, mas aquele momento único em que me senti sair do chão e ser transportada para outro mundo pelo som daquela guitarra em directo, mesmo à minha frente, é impossível de repetir.
Rendo-lhe homenagem com a fotografia do grande amor da sua vida. 

quinta-feira, 22 de julho de 2004

Lidar com a idade

Quando era criança ficava chateada quando me davam menos idade do que a que realmente tinha. Hoje acho engraçado que, considerando a minha aparência física, algumas pessoas pensem que tenho quinze anos. Se daqui a uns anos continuarem a achar que tenho menos dez, ficarei feliz.

Straight ansewrs to straight questions

Começo a ficar farta das frases com destinatários e sentidos ocultos. Chega de meias palavras. O que é que nos faz não sermos directos?

Ele não consegue viver sem crianças...

Leio num jornal que o Michael Jackson vai ser pai de quadrigémeos. A ser verdade, com o que ele gosta de crianças, deve estar a explodir de tanta felicidade.

quarta-feira, 21 de julho de 2004

Who knows

O que dizer numa conversa com um amigo em que ambos fingimos não saber onde o outro quer chegar?

É tão fácil fazer-me feliz

Recebi há cerca de meia hora o primeiro Kolmi da minha vida.
E gostei!

Já saíram as listas dos nomeados aos Grammys Latinos

Tenho as minhas quedinhas, confesso.
- Gravação, Álbum e Revelação do Ano para a Maria Rita
- Canção do Ano, No es lo mismo do Alejandro Sanz
   «Vale, que a lo mejor me lo merezco
   Bueno, pero mi voz no te la vendo
   Puerta, y lo que opinen de nosotros...
   Léeme lo labios, yo no estoy en venta»
- Melhor ÁlbumVocal Pop Masculino - "Bulería" de David Bisbal (este não é uma quedinha é um túnel maior do que o do Canal da Mancha)

Nos unicamente brasileiros torna-se tudo muito mais difícil
- Para a Rita Lee, Melhor Álbum Pop Contemporâneo e Melhor Canção Brasileira (Amor e Sexo, como não)
- No Rock entre os Paralamas, o Frejat e os Skank tenho bastantes dificuldades
- E no Melhor Álbum de MPB, confesso que não conheço alguns mas Bethânia é Bethânia (já atribuí 3 grammys à Maria Rita e a Bethânia é uma paixão da vida inteira)

Agradecem-se opiniões!

You too?

Querida Jessica, parece que os teus meninos ou andam em maré de azar ou andam com problemas de memória.

Diz aqui que os U2 perderam o cd com as gravações do próximo disco que tinha como título provisório Vertigo. É chato! Se alguém roubou está em muito maus lençóis, mas também se pode apenas dar o caso de a malta da banda andar a precisar de tomar alguma coisa para a memória. Já se sabe, a idade não perdoa - eu que o diga.
Mas que é uma pena, é. Os U2 serão sempre os U2 (e até foi a Jessica que me ensinou a gostar).

terça-feira, 20 de julho de 2004

Don't let me down

Quando alguém que conhecemos nos desilude, o que fazemos com toda a ilusão de antigamente? Agradeço as vossas contribuições generosas para esclarecer esta minha dúvida.

Provocações

Há um lado positivo em ter caixa de comentários num blog, desta forma alguns leitores acabam por deixar lá as suas frustrações e não nos enchem o correio de hate mail.

segunda-feira, 19 de julho de 2004

Às vezes vale a pena sair de casa

Há dias assim, inesperadamente uma amiga bate-nos à porta, saimos para lanchar e ao entrar numa papelaria encontramos no fundo de uma pilha de DVD's uma preciosidade. Eu encontrei esta, e andava à procura há tanto tempo.
Acho que é a isto que se chama um momento de felicidade.

Detesto as barras em rodapé dos noticiários televisivos

Primeiro porque termino sempre por não ver as notícias já que me ponho a ler as letrinhas que passam - e não consigo ignorá-las, já tentei, mas parece que me chamam e dizem "lê-nos, lê-nos".
Segundo, e mais importante, acabamos por ver a mesma notícia quinhentas vezes. E eu hoje não quero! Não me informem, não me digam, eu não quero saber!
 
É que é preciso não ter sorte nenhuma, só pude ir para Lisboa numa sexta-feira e na quarta anterior a Rita Lee estava no Coliseu. Vim para Portalegre no sábado e hoje (segunda, para os mais desatentos) a Ute Lemper dá um concerto no Grande Auditório do CCB. Não acho justo. Se não me disseram antes porque raio se empenham agora em mo repetir não sei quantas vezes?
Sim, vi-a no HermanSic ontem, mas foi diferente, podia deliciar-me a ouvi-la e não ligar à informação sobre a actuação ao vivo.
Eu queria tanto ver um concerto desta senhora, admiro-lhe tanto a voz e a carreira - principalmente quando canta canções de cabaret e Kurt Weil (e eu que até detesto a língua alemã). Mas pronto, lá terei que me contentar com os CD's e esperar por não perder a próxima oportunidade.

Procura-se

Rapaz que se chama Frederico, aparentemente muito parecido com o meu irmão do meio. Ambos são giros, altos, morenos, magros, com ar despreocupado e sorriso safado. São conhecidos por Freddy, embora apenas o meu irmão tenha tido na adolescência uma T-shirt com a cara do Freddy Krueger estampada. Caso conheçam o Frederico avisem, porque a nova amiga/ namorada (desculpem desconhecer o epíteto correcto) do meu irmão pensa que está com o Frederico quando na realidade está com o Carlos. Alguém lhe devia ter explicado que lá por ele ser conhecido por Freddy, não quer dizer que se chame Frederico.

Môre, estou aqui!


 
Diz o Selton Mello: " Procuro uma mulher discreta, inteligente, bonita, que me ame, que não goste de aparecer, que não goste de gastar dinheiro, ou seja, eu acredito em duendes. " Se ele acredita em duendes, eu acredito em príncipes encantados, faríamos um belo par!

"Sou um perfeito idiota",

declara o Cláudio Ramos no HermanSic.
Caro amigo, podia dizer-nos algo de novo e não uma coisa que todos sabemos. Novidade, novidade foi saber que é pai de uma criança.

Na verdade, mais idiotas só aqueles que através de sms ou de chamada de valor acrescentado (ou seja lá como for) o tentarem contactar para saber "fofocas". E tenho a certeza de que muito o irão fazer, isso é que assusta.

domingo, 18 de julho de 2004

Há gente que não tem noção

ou então são mesmo parvos.
 
Picture this:
Fui passar uns dias a casa da minha avó para estar com ela e ir à praia. Pois bem, quando chego estava todo o "comité familiar" à minha espera fingindo que era uma casualidade estarem todos ali exactamente naquele momento. Qual é o primeiro comentário que ouço da parte de gente que não vejo há um ano (e que agradeço a Deus ver tão pouco)?
"- Estás mais gorda."
Ora muitíssimo obrigada pela informação, se não fosse esse vosso aviso tão pertinente os espelhos e a balança continuariam a enganar-me, os matreiros.
Respondo mal. E em seguida vem a desculpa:
"- Não é que estejas gorda, estás mais rolicinha..."
Centrem-se, por favor. Gorda, roliça, forte, cheiinha e outros adjectivos que tais são palavras proibidas na época do verão, ok? Perceberam? O que é que aconteceria se eu tivesse baixa auto-estima, ficava em pânico e a pensar que estou um elefante, não?
A verdade é que eu tenho baixa auto-estima, mas a autoridade que advém dos meus 50Kgs diz que o melhor é não ligar a línguas viperinas, ainda que a minha avó me garanta que não foi com má intenção.
Como diz a sabedoria popular: "De boas intenções está o inferno cheio."

Declaração de Amor

 
Querido A.

Foi bom rever-te, foi muito bom saber que apesar de ainda pairar alguma insegurança quando estamos juntos a nossa amizade continua lá, basta procurar um bocadinho. Ver uma criação tua foi, é e será sempre uma emoção, escreves cada dia com mais profundidade e a capacidade de auto-crítica que adquiriste só te fica bem.
Devo admitir que o facto de teres dado o nó me surpreendeu. É estranho ver que a pessoa com quem mais me identifiquei ao longo da vida deu um passo tão importante e eu não estava presente. Acho que já não te sei ler os pensamentos, nem tu os meus, mas ficou a sintonia dos gestos e dos gostos, ficou aquele sentimento tão bonito que, ao fim ao cabo, estava apenas em época de hibernação.
Gostei de como continuas a não precisar de me fazer preguntas, para entenderes tudo. Parece que a estrelinha que nos fez nascer no mesmo dia vai continuar a iluminar-nos o caminho e querer-nos irmãos de alma, nas semelhanças e nas diferenças.

Uma Declaração de Amor faz-se cada vez que se diz "gosto de ti" e eu sinto por ti aquele Amor puro e desiteressado a que se chama Amizade.
Olha e já agora, senti muito a tua falta, não te vás embora de novo!

To Sleep Perchance To Dream

Na sexta-feira as bonequitas (na sua versão humana) decidiram ir ao teatro.
Fomos ao Estrela Hall ver o último espectáculo dos Dramatis Personae. Há que dizer que fomos porque muitos dos membros deste grupo de teatro amador foram nossos colegas na FLUL e assistimos ao nascimento deste projecto. É bonito ver tanto empenho e trabalho e observar a evolução dos nossos amigos enquanto actores, autores e encenadores.
 
É uma peça perturbadora, onde o sono se interliga com a morte e com a dificuldade de aceitação desta. Cruzam-se, naquele palco, personagens quotidianas com outras oníricas, desmembramentos de personalidade e da familia, vidas que têm que prosseguir o seu caminho ainda que a dor as mantenha presas a uma realidade insuperável. 
Sei que não sou muito idónea mas a Lúcia como I apresenta-se em todo o seu esplendor, vi da Sandra uma face que não conhecia (aquela que não tem o sorriso de sempre mas revela a dor e a confusão), gostei da João contida na sua primeira experiência em palco e devo confessar que apesar de não o conhecer pessoalmente sou fã do Miguel que faz de Will - para além de que o tipo é um giraço. E para o António (autor e encenador) não há palavras, apenas posso pedir que continues a escrever com tanta qualidade e que partilhes essa parte de ti com este público tão sedento do teu talento. Obrigada por me fazeres emocionar.  (Ainda que eu continue a ter uma quedinha pelo Jester).
 
Agora queridos leitores o que é que estão à espera para ligar para o teatro e reservar bilhetes?Já só podem vê-los amanhã, domingo, às 17h30m.



sábado, 17 de julho de 2004

Depois de uma semanita de afastamento

Digam lá: tiveram saudades minhas?
 
Pois, calculei que não.

sexta-feira, 16 de julho de 2004

Coisas do Verão

Troco alergia ao sol por uma qualquer doença que se cure com Aspegic (não, não é a minha bebida favorita, OK?)

quinta-feira, 15 de julho de 2004

Do outro lado do espelho,

quem estará? Eu ou a pessoa que finjo ser?

Ao som de Counting Crows, banda sonora do Shrek

Quando era mais nova sonhava com o príncipe encantado, aquele rapaz que eu acreditava ter todas as qualidades para me fazer feliz. Talvez todas nós, raparigas, sonhemos com um, imaginário ou não. Hoje sei que não existem pessoas perfeitas, mas às vezes gosto de pensar que o meu príncipe encantado anda à minha procura. Espero que ele me encontre, ainda que possa ser um ogre verde. De coelhos malucos já estou farta.

quarta-feira, 14 de julho de 2004

Desabafos

Há dias em que não sei o que dizer. Penso sempre que me vais achar tonta e insípida, por isso prefiro ficar calada. Às vezes digo o que me passa pela cabeça sem pensar duas vezes e arrependo-me em seguida. Depois é tarde para retirar o que disse. Alguém me explica o que fazer com toda esta insegurança?

segunda-feira, 12 de julho de 2004

On the brink of madness V

ou More than one way to kill a neuron

Novo estudo científico comprova:
o tédio não mata mas prejudica gravemente a saúde (mental).

On the brink of madness IV

ou More than one way to kill a neuron

O aborrecimento consegue transformar a mais desarrumada das pessoas numa maníaca da organização.

On the brink of madness III

ou More than one way to kill a neuron

Diz a antiquíssima sabedoria israelita que o frio é psicológico.
(Porque é que os meus joelhos não dizem o mesmo?)

On the brink of madness II

ou More than one way to kill a neuron

Quando for grande não quero ser como a "generala".

On the brink of madness I

ou More than one way to kill a neuron

Ninguém devia ter de experimentar as maravilhas da organização israelita.

Jessica & mafaldinha

domingo, 11 de julho de 2004

Statler, para ti

Viva os decotes e as coisas de alças,
Viva as cinturas que estão fora das calças,
Viva os umbigos, viva o fio dental,
Viva o Verão e, por ser para ti, sai uma Coca-cola.

Anúncio a uma bebida alcoólica cujo ingrediente base é a cevada (ninguém falou em cerveja, ok?) adaptado em função do destinatário do post.

Lembrámo-nos de ti e fizémos a figurinha de tirar apontamentos no meio da rua, Goddddddd!



sexta-feira, 9 de julho de 2004

Ah! Então é para isto que serve um curso superior...

Leio na Visão uma frase esclarecedora da topmodel brasileira Gisele Bundchen: "Lamento não ter um curso universitário pois, vai que acontece alguma coisa, eu não terei direito a cela especial". Por isso é que os meus pais faziam tanta questão que eu tirasse um curso superior...

quinta-feira, 8 de julho de 2004

Um dos últimos galãs portugueses

É triste pensar que num mês de que ainda só passaram 8 dias, é a terceira notícia deste tipo que temos que dar.
Depois do desaparecimento de Sophia (de quem nos ficou o prazer da leitura, os primeiros passos pelo mundo da poesia e todo um universo na literatura de língua portuguesa) e de Marlon Brando, agora Henrique Mendes - sei que para alguns esta homenagem será algo controversa, por ideário político ou posições tomadas. Mas um galã é um galã, um grande senhor é um grande senhor, e Henrique Mendes era-o sem qualquer dúvida.

quarta-feira, 7 de julho de 2004

E agora uma notícia realmente importante

Ainda bem que a Ana Sofia Vinhas no TVI Jornal me presenteou com essa informação tão importante, e agora espantem-se por isto não ser notícia de abertura,
O Cristiano Ronaldo não tem namorada!
E foi no fim da reportagem que se disse, de raspão e a fugir, que o moço tinha ido ao Hospital de Dona Estefânia num acto de beneficência ajudar a melhorar as condições para as crianças que ali têm que ficar internadas. Diga-se a bem da verdade que isso realmente não interessa nada quando se revela assim ao país um segredo tão investigado.
Já têm a confirmação, caras adolescentes (não que me pareça que as adolescentes leiam blogs, mas...) o Cristiano está solteirinho e bom rapaz. E isso contribui imenso para a minha felicidade e para eu saber o estado em que vai o mundo.
Porque é que em vez de TVI Jornal não o re-baptizam de Jornal Cor-de-rosa?

Adenda: Queridos Leitores, eu não (repito não) estou a dizer mal, atacar ou insultar o Cristiano Ronaldo, neste blog de todos nós.

Isto porque

a Rita Lee vai estar hoje no Coliseu, não podia ser na sexta ou no sábado, não, tinha que ser hoje - uma quarta-feira- só para eu não poder ir. Que treta!
E eu que gosto da Rita desde os meus 5 ou 6 anos, quando vi pela primeira vez um concerto dela na TV (ainda a televisão portuguesa tinha a generosidade de nos proporcionar estes pequenos momentos de deleite) em que resolve aparecer vestida com um fato-de-banho sobre aquele corpo esquelético e estranho e apresentar como adereços uns sapatos de salto bem alto, uma coroa, um ceptro e uma faixa de Miss Brasil. Brilhante!!!
E a música era tão diferente, um rock com voz doce, uma loucura apaziguadora. Fiquei encantada.
Ninguém mais poderia dizer com tanta graça: "No escurinho do cinema,[...] se a Deborah Kerr que o Gregory Peck..."

Estou viciada nesta canção

ou Um das melhores dissertações que conheço acerca deste binómio

Amor & Sexo

Amor é um livro, Sexo é esporte,
Sexo é escolha, Amor é sorte,
Amor é pensamento, teorema,
Amor é novela, Sexo é cinema.

Sexo é imaginação, fantasia,
Amor é prosa, Sexo é poesia,
O Amor nos torna patéticos,
Sexo é uma selva de epiléticos.

Amor é cristão, Sexo é pagão,
Amor é latifúndio, Sexo é invasão,
Amor é divino, Sexo é animal,
Amor é Bossa Nova, Sexo é carnaval.


Amor é para sempre, Sexo também,
Sexo é do bom, Amor é do Bem,
Amor sem Sexo é Amizade,
Sexo sem Amor é Vontade.

Amor é um, Sexo é dois,
Sexo antes, Amor depois,
Sexo vem dos outros e vai embora,
Amor vem de nós e demora.

Amor é cristão, Sexo é pagão,
Amor é latifúndio, Sexo é invasão,
Amor é divino, Sexo é animal,
Amor é Bossa Nova, sexo é carnaval.


Amor é isso, Sexo é aquilo
E coisa e tal e tal e coisa
Ai o Amor, humm o Sexo
Ahhhh!...

(que me perdoem os outros fãs da Rita que lêem este blog mas esta é dedicada ao Carlos que hoje é pequenino, Parabéns amigo, esta é a minha prendinha à distância)

terça-feira, 6 de julho de 2004

Saudades das aulas

Há quase dois anos dei a minha primeira aula. Não posso negar que no início estava com medo por não saber o que ia encontrar. Fui cheia de preconceitos porque, depois de um ano na faculdade tão desmotivante como o 5º, tinha a certeza de não querer ser professora. Em pouco tempo, os meus alunos fizeram-me mudar de ideias. Chegou uma altura em que percebi que adorava ensinar o pouco que sei, gostava de sentir que podia ajudá-los quando me procuravam aflitos. Tenho saudades dos meus alunos pestinhas, das brincadeiras, das gargalhadas. Tenho saudades da escola, dos intervalos, de almoçar perto dos alunos no café. Mas do que mais tenho saudades é de ensinar, entrar na sala com um sorriso e sair com a sensação de que todos tínhamos aprendido alguma coisa.

(Reflexão feita quase com uma lágrima depois de falar com uma antiga aluna no messenger)

Bolas, já nem os gelados são o que eram

Acabei de ficar deprimida ao ver o Perna de Pau, o Super Maxi e o Epá da minha infância, com imagem reciclada e a formar uma boyband que actua em hipermercados. Fogo! Se já nem os gelados têm dignidade que espécie de mundo esperamos ter?
Eu agora já só como Magnums e Cornetos (agora não porque não posso, mas quando comer de novo), até estes dois resolverem criar uma dupla sertaneja... depois resta-me o deserto!

segunda-feira, 5 de julho de 2004

Alguém me pode explicar,

a mim que não sou nem muito religiosa, nem particularmente crente, se há um céu para os animais de estimação? Precisava de uma resposta urgente, se não se importarem.

Help

Não aguento mais lidar o dia todo com choros, fraldas, papas, chupetas e brinquedos. Quando Fernando Pessoa dizia "o melhor do mundo são as crianças", certamente não sabia do que estava a falar. Queria vê-lo a tomar conta da minha sobrinha.

Os Maias

Hoje na SIC estreia uma série brasileira que adapta Os Maias de Eça de Queiroz. Vou ver, apesar de saber que me vou arrepender. Tenho a sensação que, para fazerem este trabalho, os brasileiros acharam que ler os resumos da Europa-América chegava.

Não sei dizer as palavras certas...

Às vezes os nossos amigos estão tristes e nós não sabemos o que dizer ou fazer para os confortar. Queremos abraçá-los e dar-lhes beijinhos para ver se a dor e a tristeza amenizam um bocadinho mas estamos longe e, então, sentimo-nos incompetentes no nosso papel.

(Quando vieres ler isto, espero que sintas o meu abraço forte e os meus beijinhos. Perdoa-me nunca saber o que dizer.)

Semelhanças

Apesar de ter uma avó que faz os melhores bolos do mundo e arredores e de toda a sua família ser gulosa e babar com a perspectiva de se deliciar com um bolinho, a minha sobrinha não gosta de bolos. Pois é, mafaldinha, pelo menos nisto podes dizer que a tua sobrinha adoptiva sai a ti...

domingo, 4 de julho de 2004

Ainda assim



(Está aqui Isabel, é com o teu cachecol que quero homenagear a nossa selecção)

sexta-feira, 2 de julho de 2004

Insignificância

a minha ao ter tido a audácia de escrever neste dia.

A partir de agora o silêncio.


Cale-se o mundo, Sophia partiu.

Se tanto me dói que as coisas passem

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem

Sophia de Mello Breyner Andresen

Brando is Brando, is Brando, was Brando



Inês e Isadora (ou)viram-no cantar "I'll Know" no filme Guys and Dolls?
You should.

Entre Beckham e Buda

"Conheci" o Rui Zink (como a grande maioria dos portugueses) através d' A Noite da Má-Língua. Era um programa que em minha casa ninguém perdia e onde eu aprendi que há um outro lado da política que nos pode ser veiculado pelo humor e pela ironia. Mas a maior fã do programa cá em casa era a minha avó.
A minha avó tinha 85 anos nessa altura e chegava a dormitar durante o telejornal e a novela para se conseguir manter acordada enquanto os "meninos dela" estavam "a dar". Ria sonoramente com as gargalhadas do Manuel Serrão, admirava o brilhantismo das tiradas do Miguel Esteves Cardoso, achava a Ritinha muito querida ("- ó filha só não percebo porque é que ela faz tantas caretas."), a Julia parecia-lhe fantástica, mas o favorito dela era o Rui Zinho.
Sim, nunca consegui convence-la que o apelido daquele senhor era estrangeiro. Para a minha avó era puro carinho o que levava a Júlia Pinheiro a tratá-lo pelo diminutivo com que também ela se lhe referia.
O Rui Zinho era o mais engraçado, o mais inteligente, o que tinha os melhores comentários e que ninguém lhe dissesse o contrário, ou ela zangava-se.
Ainda hoje, sempre que o vejo na TV ou na rua, sempre que leio um dos livros que escreveu recordo a ternura que a minha avó tinha por aquele desconhecido que nos entrava a horas tardias pela casa a dentro semanalmente. E não consigo deixar de gostar do Zink, deve ser hereditário!

quinta-feira, 1 de julho de 2004

Little (???) Voice

(ou As Grandes Divas Numa Só)

Para quem viu o filme este cd é uma confirmação de talento e maleabilidade vocal e interpretativa. Para quem não viu resta recomendar os dois - o filme e o cd - e acrescentar que seguramente vai ser uma surpresa.

Para quem só conhecia a Jane Horrocks por ser a Bubbles de Absolutely Fabulous ou simplesmente a mulher de Nick Hornby, aceitem maravilhar-se, vale muito a pena.

Para mim este album é um prazer.



Boa audição, queridíssimos leitores.

Como um livro mudou a minha vida

Sempre que vou ao centro de saúde da minha área para marcar uma consulta saio de lá vermelha de raiva com a estupidez e falta de educação das funcionárias que lá trabalham. No entanto, hoje foi diferente e o motivo é simples: levava um livro de David Lodge na mão. Espreitando o título e o autor do meu livro, a funcionária diz-me baixinho - como se ali fosse proibido ser-se simpático e manter uma conversa com um utente - que já leu Lodge e que anda a ler os Sermões do Padre António Vieira. Respondo-lhe que os Sermões e a História do Futuro li na faculdade e ela olha para mim como quem vê uma pessoa admirável. Trocamos algumas impressões sobre Lodge, Vieira, Jacinto Lucas Pires e Jeffrey Archer e sorrimos uma para a outra, desconfiadas desta afinidade literária. Se soubesse que um livro de David Lodge teria este efeito, juro que já teria lido todas as suas obras há muito tempo.