quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Que pena!

Os Lupanar vão acabar. É uma pena, no único concerto em que os vi, achei-os bons, originais e com a voz da Ana, difíceis de superar.



Quem puder não perca o concerto de encerramento.

domingo, 26 de novembro de 2006

"Há sempre alguém que nos faz falta... ahhh Saudade!" *




* Saudade, Trovante

25 de Novembro

Só porque sou banal, porque não há palavras melhores do que estas e porque 9 anos são uma eternidade...


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message
[s]He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
[S]He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

W.H. Auden


*Acrescentamentos entre [ ] e negrito meus

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

O novo anti-virus

ou O brilhantismo da nossa amiga I.
Para marcar um determinado ponto, a I. mandou-me ontem uma fotografia da Britney Spears.
I: Vê lá se não tenho razão.
Eu: Tens, mas por culpa tua agora tenho uma fotografia dessa tipa no PC. Que medo!
I: Não faz mal. É para afastar os virus.
Agora não sei se a devo apagar ou não :S

Ai a ética, a ética!

Lembro-me de que quando chegámos à blogosfera (há uns dois anos e meio) estava muito acesa a questão da propriedade intelectual. Debatia-se se o que se escreve num blog tem ou não direitos autorais, se se pode copiar para outro ou não, fazendo (ou não) a devida menção ao autor. Também ao longo deste tempo ressaltámos aqui textos ou pequenos excertos de que gostamos particularmente. Já fomos acusadas de plágio duas vezes, uma delas por uma pessoa que apenas queria incomodar e se delatou quando foi confrontada com a acusação, outra com alguma razão da pessoa que nos chamou a atenção para o facto, e que corrigimos imediatamente. Já fomos também nós "plagiadas" uma ou duas vezes, mas para manter regularidade na escrita quem não caiu já no erro?
Passeando pelo technorati, a parte diplomática deste blog descobriu alguém que no corrente mês nos citou 6 vezes em 5 posts. Uma homenagem, um orgulho, diriamos nós. Sê-lo-ia, sim, se 3 essas citações não fossem completamente desprovidas do nome das autoras, duas delas com um link quase invisível numas reticências e a última, essa sim, com link visível, mas sem o nome do nosso cantinho em qualquer parte. Não me incomoda particularmente que me citem (ainda que ache que não o mereço) sem chamar a atenção para que tal texto é meu, o que me chateia, bastante, é que quando todos os comentadores assumem que a autora é aquela que apenas citou, nenhuma vez esse "mal-entendido" tenha tido esclarecido. Curioso é, que em todos os arquivos a dita menção da fonte não tenha sido esquecida com mais ninguém.
Não nos achamos particularmente originais, até nem somos fãs de nós próprias, mas depois de tanto tempo é difícil manter um blog vivo. Mantê-lo-emos enquanto nos der prazer, enquanto conseguirmos escrever coisas vindas de nós, e sempre que citemos outros far-lhes-emos a devida vénia, pedimos apenas que a actuação para connosco seja a mesma. E obrigada pela homenagem que tantas citações pressupõem.
Este post é da exclusiva responsabilidade daquela que o assina

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Uma questão de Impacto

Escreve uma adolescente para que o mundo leia:
"O pk dax koixax... e pk? pk te amu pk te odeio pk penxu em ti pk te ignoro pk xou eu a amar.te?..."
Por mais sentida que seja a mensagem, escondida detrás de tal código quem vai conseguir perscrutar a sua profundidade?

De volta à Primária

Aos 28 anos, depois de ter frequentado o sistema de ensino português durante quase toda a vida, é complicada a integração noutra lógica de educação. Aulas ditadas e apontamentos obrigatórios a ser apresentados no final do curso, fazem-me relembrar os 4 anos de Escola da Praceta e aqueles dias de avaliação, em que todos em filinha apresentávamos o caderno diário para escrutínio. Já o livro escrito pelo professor, que é leitura obrigatória e sobre o qual se tem que apresentar um trabalho escrito, traz-me à memória outras pessoas noutras instituições de ensino.
Afinal, de um lado e de outro da fronteira as coisas não mudam assim tanto. Mas as gargalhadas cada vez que ouço "vírgula", "ponto" ou "ponto parágrafo", essas ninguém mas tira.

Declarações de desejo

Sinto que muitas vezes não te entendo. Tão depressa queres, como não, tão depressa te propões, como dás passos atrás. Dizes que não me queres magoar e não entendes que a escolha não é tua. O que as tuas palavras me dizem, não se coaduna com o que o teu corpo e as tuas acções transmitem. Vê lá se entendes que eu também tenho direito a decidir.
As declarações de desejo apenas palavras ocas quando não correspondem a actos.

(Ontem)

Amanheci em Glasgow: céu carregado e frio, cansaço e vontade de trabalhar. Cheguei a pensar Eu era capaz de viver ali, mas porquê? Porque tudo o que precisamos para sermos felizes é das pessoas certas. Aquelas férias há uns anos são inesquecíveis por causa de alguém, um emprego é importante para nós porque alguém a ele ligado nos marcou muito, aquela cidade é especial porque houve alguém que a gravou assim na nossa memória. Adormeci em Lisboa. Na verdade, continuo no mesmo lugar de onde nunca saí. Bem perto das pessoas certas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Já te tinha dito isto?

Se os longos minutos que passamos ao telefone não durassem apenas uns segundos, falaríamos a noite toda. Não dormiria só para te ouvir contar as histórias do teu dia de herói de capa e espada que salva o mundo, como me salvaste a mim. Ficaria acordada até não haver mais o que contar entre nós, só para sentir a tua respiração e saber-te mais perto. Controlo a minha vontade de te abraçar e chamo o sono que fugiu com o som da tua voz. Só assim as horas sem ti não custam a passar.

domingo, 19 de novembro de 2006

19 de Novembro

Neste día, há 56 e 29 anos, nasceram duas das pessoas mais importantes da minha vida. Habituei-me, desde pequenina, a festejar com os dois ao mesmo tempo. Nos últimos tempos não tem sido possível, mas eles sabem que não há minuto em que não pense neles. Como ela diz, este dia marca um início, uma mudança, todos os anos. Aqui começa a preparação para o que aí vem.
Novo ano, não demores!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Gases

Parece que os portáteis têm um gás para que o ecrã funcione, o meu está com uma fuga. Agora tenho portátil com ecrã fixo em anexo.

domingo, 12 de novembro de 2006

Nómada

É tão bom quando, sem nenhuma razão, se reencontram pessoas assim, agora em grupo.



O primeiro disco sai no próximo dia 27.


P.S. Estes irmãos Parreño continuam a fazer-me sonhar.

Ética linguística

A escrita sempre foi um pesadelo, na escola só havia uma coisa pior do que me pedirem para ler em voz alta, era fazer composições. O pânico da folha em branco, fosse com destino a ficção ou a um simples trabalho teórico, tomava conta de mim. Nunca consegui transmitir por palavras (escritas) aquilo que penso ou sinto, fico sempre aquém. Apesar de na faculdade tal tarefa se ter tornado mecânica, isso não a tornava nem mais fácil, nem menos sofrida.
Por brincadeira descobri que até não desgosto de escrever, o que me custa é escrever em Português. Suponho que amor enorme que tenho pela Língua Portuguesa, e pelos seus virtuosos, é o que me faz sentir sempre descontente com o aquilo que tento produzir.
Desde que comecei a "maltratar" a Língua de outros, e não a minha, sinto-me bastante mais realizada.

sábado, 11 de novembro de 2006

De repente

Apeteceu-me levantar-me, desviar uma dúzia de estranhos num metro quase cheio e felicitá-lo por ter escolhido ler aquele livro.

?

Deixa-me ficar aqui escondida, onde não me podes ver. Deixa-me ficar aqui de longe, a espreitar-te enquanto tentas descobrir onde estou. Enquanto procuras, vou tentando enganar-te para que não me apanhes tão depressa. Não procures nos lugares mais óbvios, sabes que não é aí que me encontras. Procura-me nos lados ocultos, onde não sabes, onde nem imaginas. Quando tiveres examinado todos os recessos e me descobrires, não digas a mais ninguém que me encontraste, podemos antes esconder-nos juntos e deixar que nos esqueçam e não se lembrem mais de nos procurar.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Lição nº 2

Quando a mãe de um aluno vem falar contigo, lembra-te que já não estás numa aula de Inglês e tenta responder-lhe em Português.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Espera

Já não sei como contar o tempo que nos separa. Só sei medir a vontade de te ver chegar em abraços.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Os Pixies também (se) enganam

Numa noite difícil de esplanada em que as revelações e surpresas se sucediam em catadupa e cada uma parecia mais violenta do que a anterior. Uma daquelas noites em que as certezas caem por terra e as desconfianças ficam à flor da pele. Ela olhou para longe, a tentar perder-se na linha do horizonte que ficava mais além dos prédios brancos, e quando ele (a ausência sempre presente naquela mesa) entrou na praça, os Pixies cantavam a plenos pulmões: Here comes your man.
É uma vergonha, já nem no rock se pode confiar.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Referências Portalegrenses

Para uma despistada, que ainda por cima não é muito sociável, é difícil manter conversas em que se fala de alguém que não está presente e que aparentemente todos conhecem. Acaba sempre por surgir a típica explicação em que se refere o nome e apelidos, idade, alcunha, grupo de amigos, pais ou irmãos mais velhos.
No entanto, Portalegre tem uma especificidade que desconheço se existe noutros sítios. O mais normal que vos apareça neste estilo de conversa é a marca e cor do veículo que essa pessoa possui. Sempre me perguntei como é que se não conheço alguém pela família ou amigos, posso saber que carro conduz.