terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Têm a certeza?

Aqui há talento!, sábados à noite, RTP. Dizem que é um formato internacional adaptado para o nosso país, será que só a mim que me faz muito lembrar a rúbrica "Vale Tudo" desse monumento da televisão em movimento chamado Big Show Sic?
O que sim tenho a certeza é que o espreito, de vez em quando, pela mesma razão que o fazia com o anterior: Joaquim Monchique.

Rendição

Deixa que eu me vá, sem ruído, sem quase dares por isso. É mais fácil desistir de uma vez por todas e ter certezas, do que reavivar a esperança a cada manhã, para que a noite nos traga a ausência e a dor em pedacinhos.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Se só 7 meses depois me pediste o telefone...

Pelo andar da carruagem, daqui a dois anos convidas-me para sair, daqui a quatro ganhas coragem para me ir levar a casa, daqui a seis agarras-me finalmente a mão e aos oitenta pedes-me em casamento, ao que eu respondo que nunca estive interessada.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sem pressa

Ainda não cheguei a casa. Perdi-me no caminho, nesta estrada em que me deixaste. E todas as horas depositadas no esforço de chegar a ti me deixaram mais longe. Não sei onde errámos, mas a vida não vem com manual de instruções, por isso nunca vamos saber qual foi o passo importante que saltámos. Certamente muitos, provavelmente todos. Quisemos aquilo que não podíamos ter. Mas continuamos à espera, sem pressa de chegar a lado nenhum.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Estradas

Estrada Portagem - Castelo de Vide, foto em Vistas na paisagem

Gosto de ver os troncos a passar depressa enquanto conduzo, da paisagem que afunila num ponto ao longe; é bom deitar-me no banco detrás do carro e observar como as copas verdes recortam o fundo azul, devagarinho, e os pequenos raios de sol que conseguem passar por entre as folhas.
Tenho saudades das estradas ladeadas por árvores da Serra de São Mamede!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Coscuvilhice inocente

Na brincadeira com um livro de respostas decidimos bisbilhotar na vida de duas pessoas (uma delas apenas conhecida). Será que a relação do momento vai durar? Abre-se o dito livro e está escrita a mensagem Pergunte ao seu pai.
Os nossos pais nem os conhecem.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Bons presságios

- Olha, afinal não posso ir ao teu casamento...
- Não faz mal, fica para a próxima.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

A minha vida dava uma novela da TVI - Resumo da semana

Semana de testes. A M. recusa-se a fazer o seu e eu hesito entre dar-lhe um zero ou um Excelente pela birra. A A. levou o teste para casa para o conseguir acabar e eu não sei como reagir: rebolo no chão a rir à gargalhada ou dou duas cabeçadas na parede? O G. atira-me com o livro e cospe-me em cima porque lhe tirei os brinquedos. Guardo a palmada que ele merecia e fico a pensar quem será mais tonto, eles por fazerem o que fazem ou eu por gostar do que faço?

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Ao meu pai

Porque há dias que o calendário não devia marcar.

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
[...]

[...] E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Decididamente

Apagámo-nos da vida um do outro, nem sei bem porquê. Talvez porque a minha presença em ti e a tua em mim são demasiado tormentosas para continuarem a ocorrer.

Amigos

Os dias em que os nossos amigos não estão bem são dias cinzentos e tristes. Levam-nos a pensar que ainda que nada de mau nos tenha acontecido a nós, o facto de ser com eles já é suficiente para não podermos exibir um sorriso aos que connosco se cruzam. As perdas humanas e materiais, as situações violentas, os nervos passados, o choro expresso e o escondido, os pedidos de ajuda velados, exigem-me que hoje escreva para elas, 3 das minhas amigas mais próximas.
Gostava de poder apagar a vossa tristeza com uma borracha especial, queria estar menos longe (geograficamente falando) para poder ser o conforto necessário, aquele para que as palavras e a voz não são suficientes. Sonho que cada uma de vocês sabe que estou incondicionalmente aqui e que umas centenas de kms não são nada quando se gosta a sério.

Sensação Singular

Andar na rua com alguma pressa é uma actividade regular de todos os seres humanos. Li algures que os cegos conseguem identificar as pessoas pelos passos - se é que todos nós não o conseguimos fazer, há aquelas passadas familiares que nos fazem sentir um arrepio na barrriga e aquelas a que somos completamente indiferentes.
Noutro dia, enquanto vinha do banco apercebi-me que realmente o som dos meus passos tem uma cadência, um ritmo, algo reconhecível. Caminho ao ritmo de One de Marvin Hamlisch - mais uma vez percebi que os musicais são a minha paixão primeira.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

I Thank God for small favours

Posso fazer isto porque sei que não me lês. Esta canção é para ti, porque não há nada mais a dizer.


"Nothing" de Chorus Line, cantado pela magnífica Lea Salonga.


And I dug right down to the bottom of my soul
To see what I had inside.
Yes, I dug right down to the bottom of my soul
And I tried, I tried! [...]
[...] And I said...
'Nothing, I'm feeling nothing,[...]
Except the feelin' that this nonsense was absurd!