quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Far from perfect

Sou de lágrima fácil e de temperamento difícil. Sonho acordada mas não me lembro dos meus sonhos quando acordo. Adoro letras, detesto números e, no entanto, faltam-me palavras para te explicar o quanto te quero e dou por mim a contar as horas para te voltar a ver. Não tenho meio termo, ou branco ou preto, ou muito ou nada, mas não me importo que me mostres que posso ser flexível e aceitar outras cores. Gosto de ensinar, quase tanto quanto gosto de provar e recolher o que posso das experiências e conhecimentos dos outros. Tenho defeitos, como tu, mas só eu sei os pedaços que se partiram e que fui incapaz de colar de todas as vezes que me magoaram. Prometo abraçar as tuas imperfeições se prometeres encontrar e devolver-me todos os bocadinhos que me faltam. Sou inconstante, impaciente, hesitante e tenho medo de compromissos. Gosto de estar sozinha, prezo muito o meu espaço e a minha liberdade, mas asseguro-te que não penso em fugir quando me prendes no teu olhar. Tenho a mania da perfeição, estamos tão longe dela, mas ainda assim, tenho-te a ti e tu tens, pelo menos, a paciência perfeita. Sabes que uma boa gargalhada pode curar (quase) tudo?

domingo, 20 de novembro de 2011

11

És tu o culpado por estes olhos distraídos quererem escapar aos teus. Não quero desfazer-me em sorrisos quando o meu olhar encontra o teu por engano. És tu o culpado por estes lábios receosos quererem esconder-se de ti. Não quero que, inadvertidamente, te contem o que, seguramente, quero calar. És tu o culpado por este coração apertado querer saltar-me do peito e fugir. Não quero correr o risco de esperar que venhas roubá-lo à revelia. E se estas ideias desordenadas pudessem encontrar um sentido?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sobre quadros e anjos II















foto daqui

Sobre quadros e anjos

O cor de rosa desbota em sentido ascendente recuperando o vigor num azul que se aprofunda. Há um castelo iluminado no alto de um morro. Há também um rio atravessado por uma ponte de onde vejo tudo enquanto circulo pelos caminhos até há pouco desconhecidos. Há uma outra ponte, também ela iluminada (como o castelo), que pede que a percorra um dia destes, ao final do dia, pois é o lusco-fusco o que me atrai nesta pintura com várias perspectivas segundo o andamento. 
Há também alguém que me faz querer voltar no tempos livres ao percurso que faço contrariada nos dias de trabalho.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011




Desenho corações desde sempre. Enamorei-me, há muito, de forma redonda, das linhas que se precipitam e se unem num ponto comum. Pinto-os em cadernos, em folhas em branco, em livros de leitura e na areia da praia.
Porém há uma diferença. O coração - o meu -, que motiva o rabiscar de todos os outros, agora é rubro de paixão e está cheio de ti.

domingo, 25 de setembro de 2011

Winning hearts and losing minds

Às vezes parece-me que me estudaste ao pormenor, como quem avalia o inimigo e escolhe as suas melhores armas para preparar a batalha. Às vezes parece-me que te subestimei  e devia ter investido mais tempo na minha estratégia de defesa. Às vezes apetece-me unir forças contigo e derrotar-me, vencer o inimigo no seu próprio território. Às vezes apetece-me lutar contra mim e, com as tuas armas, obrigar-me a render-me a ti. Às vezes sinto que me deixas mais fraca sem usares sequer as tuas forças. Estarás apenas à espera que eu amoleça para não teres que me quebrar?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

São 5

Arrepia-me a tua mão a acariciar-me a pele, a tua respiração descompassada à espera da minha reacção. Sinto-te os lábios próximos e sorrio, sabendo perfeitamente que o inevitável vai acontecer. Beijamo-nos, por fim, ora com calma, ora descontroladamente porque à visão do ser amado o mundo esvai-se e só os sentidos importam.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

João

Seguramente será um lugar-comum dizer que se gostava de voltar aos bons velhos tempos. Mas ontem, entre papéis, reencontrei uma das pessoas mais fantásticas que conheci na Faculdade. Não era aquela aparência séria e distante que escondia um sentido de humor inteligente e corrosivo que me surpreendia. Era a aura de mistério: nunca sabia em que detalhe brilhante ele estava a pensar e tentar acompanhar qualquer conversa, mais ou menos séria, era tentar ser tão mordaz ou engraçada como uma pastilha elástica. O João intrigava-me, o que no meu absurdo dicionário abstracto era sinónimo de admiração, de fascínio. Ontem, no meio da organização obrigatória depois de obras em casa, encontrei algumas das conversas silenciosas que tínhamos nas aulas. E depois de as ler, não fui capaz de as deitar fora e guardei aqueles papéis como algo precioso. Alguém que criou o DJ António Vinil na Tasca da Seabra só pode ser genial. Só pode intrigar-me.

Need this really bad

Ou Lisboa já não é a mesma ou fui eu que mudei. Será que tudo continua no mesmo lugar ou será que a minha bússola interior está a apagar-se e este coração já só sabe orientar-se mais a sul, longe da capital?  

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Privilégios ou como eu entendo Jean-Baptiste Grenouille

Consigo deslindar cada uma das essências que se unem para formar o teu cheiro. O perfume que usas, o creme que pões de manhã, a pasta de dentes, o amaciador da roupa, o champô, o sabonete e o meu favorito (aquele que me mantém a sonhar, acordada e enquanto durmo): o cheiro intrínseco da tua pele. 
Todos em um são tu, porque mais uma vez repito o que um dia disse aqui: a beleza das partes em nada se compara à perfeição do todo.

sábado, 23 de julho de 2011

2

Os assuntos profundos que discutimos a sós ficam a dançar-me na mente enquanto não estás. Muito provavelmente falei demais em algum momento, com a ânsia (absurda?) que tenho de partilhar contigo tudo aquilo que não sabes e não viveste comigo, e isso deve ter-te confundido. 
Depois da última conversa - aquela que tivemos antes da tua partida - e após dizer o que te disse (com mais ou menos certeza no momento) assegurei-me nas minhas instrospecções que tudo era verdade. Os objectivos que tenho traçados são os que conheces, as prioridades as de que te falei, os sonhos não vão muito mais longe do que o presente. 
Não ambiciono muito mais do que aquilo que tenho, pois há dois meses tinha muito menos a que me agarrar.

Âncora

Ouvir-te dá-me a paz que necessito para continuar a acreditar. 
Abraça-me esta noite, embala-me no teu colo, adormece-me com a tua pele na minha, deixa-me que te acorde (como tantas vezes) só para me certificar que estás quando os pesadelos não me abandonam. Tranquiliza-me as inquietações com os teus beijos e acaricia-me o cabelo (como tantas outras vezes) para que possa descansar. 
Esta fragilidade inesperada, e de que não me livro, talvez seja apenas passageira (até conseguir voltar a ganhar confiança no mundo e em mim própria), talvez delate uma mudança muito mais profunda a que não sei como me vou adaptar.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quando o inesperado toma conta do dia

Ao longo dos dias, a cabeça prega-nos partidas desagradáveis e são os murros no estômago que nos fazem voltar à realidade. 
Através de um sms, esta tarde, chegou-me a notícia do desaparecimento de um ex-aluno. Um senhor risonho, simpático, doce e bem-disposto, que sentado na primeira fila, bem pegado à janela da sala 4 na primeira escola em que trabalhei, me fez rir e sorrir muito. Foi também uma das pessoas que, ainda que à distância, me apoiou num momento complicado sem sequer saber que o fazia. Sinto-lhe a falta como se tivesse sido de novo transportada para aquele lugar particular e ali lidasse com a sua não-presença. 
Peço, aos que lêem este blogue, que me desculpem a nota triste, mas é impossível não falar naqueles que nos tocam a alma. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Clear Blue

Vivo a tua ausência entre o azul da piscina e o do céu. Ao calor do dia sucede-se a brisa nocturna. Alterno o descanso com a organização mais que necessária do espaço que escolhi. Desfruto da tua cidade como se minha fosse porque isso nos aproxima e faz-me sentir-te comigo ainda que não estejas por perto.
Orgulho-me deste mundo que construí enquanto te foste, pois agora, com uma base sólida e a certeza de um chão debaixo dos pés, tudo voltou a brilhar porque voltaste.

domingo, 17 de julho de 2011

"Que bom estar de férias!!"



Repetia mil vezes uma antiga colega ontem à noite enquanto numa esplanada púnhamos a conversa em dia depois do sempre esgotante mês de Junho. E este ano lectivo foi Junho e Junho e Junho. Cansaço, não dormir, não comer, arrastar às costas uma tonelada e no peito um vazio tremendo que quanto mais crescia mais fazia querer desistir. E o peso crescia e o tempo que costuma correr não passava; como diz a Mafaldinha (companheira de tantas horas): 

Não percas tempo, 
O tempo corre, 
Só quando dói é devagar...

Mas com Junho veio também a mudança. Juntou-se ao cansaço um novo sorriso, uma nova esperança, aquela ténue luzinha verde a aproximar-se quando eu já tinha medo até mesmo de me mexer.



Obrigada Verão, por me estares a ajudar a esquecer a Primavera. E Julho voltou a fazer sentido!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Back to the start

De repente, deparei-me sem querer com a tua foto na internet. É certo que o tema sempre te interessou, mas não esperava encontrar-te na minha pesquisa superficial. E ainda que não te veja há alguns anos, consegui reconhecer-te, no meio dos outros e ver na tua cara os anos que (não) passaram. Tentei lembrar-me da última conversa e já não nem sei se essa foi, de facto, a última ou se ela foi sequer sincera. Se fosse possível voltarmos ao início, como dois desconhecidos, será que as coisas tomariam o mesmo rumo?

Um pouco mais de Sul ou The beautiful B

 
Na próxima semana, o céu vai estar mais azul, a areia mais branca, o mar mais calmo.
A próxima semana vai ser só nossa. Vamos estar por aqui e ser felizes.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Top 10 Non-Fiction

Relatório de auto-avaliação
Relatório de recurso
Relatório PCT
Acta da reunião de CT
Acta da reunião de Departamento
Acta da reunião de articulação
Projecto TIC
Planificação
Documentos no moodle
Matrizes

(A precisar de ler boa ficção, sem preferência pela língua...)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Self-preservation

É tão difícil falar de ti. Há pouco para dizer e o tanto que existe não poderia nunca traduzir-te por inteiro. Podia contar-te que preenches o vazio, confidenciar-te que não preciso de mais ninguém se tu estás, ou simplesmente explicar-te que a tua proximidade já fez estragos suficientes. Prefiro anunciar-te que pendurei um STOP junto ao coração. Se eu não consigo impedir-te de entrar, sempre posso confiar que vais obedecer ao sinal.

Whirl

Para onde foge o mundo quando estás comigo? São eles que se escondem ou somos nós que os engolimos nesta ânsia de podermos encaixar os nossos abraços?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lista "a fazer" (ou "em processo de")

Amenizar a tempestade,
trazer paz e confiança,
acalmar ânimos,
controlar o pânico,
perceber e racionalizar o caos,
beber lágrimas,
oferecer e receber sorrisos,
dar carinho,
compreender,

procurar (e encontrar) a felicidade.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sleep

Tu és o único comprimido para dormir de que preciso.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

De volta à menina dos sapatos vermelhos (post demasiado pessoal)


Tinha saudades da harmonia e da tranquilidade que a voz da Rita me traz. 
A esperança de que os fantasmas desapareçam, de que o futuro seja mais bonito do que o presente, de que as escolhas (acertadas ou não) sejam as que eu quiser e não as que me impõem. Quero ver pores do sol, quero sonhar, quero abrir as asas e voar sobre a distância que me afasta da felicidade para que esta chegue antes. Quero poder chegar a ti, sem barreiras nem quilómetros e saber que não há nada que nos possa separar. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Marathon Woman

Depois de tanto desencontro, depois de anos de sofrimento, depois de tempos infindos, chegaste num fim-de-semana inesperado (não sabia sequer se iria a casa e, afinal, estavas lá). 
Repetir-te-ei sempre a mesma frase: Não tenho pressas, sou uma corredora de fundo. Prefiro fazer 42 kms a um ritmo constante e coerente, do que lançar-me em corridas de obstáculos, nas que posso cair e magoar-me a qualquer momento. Ainda assim, sabendo que a meta me traz os teus braços fortes e ternos, prometo tentar um record olímpico.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A glimpse

Vir a casa votar acarreta as suas surpresas. Se os resultados das eleições deixaram a Jess muito mais feliz do que a mim, outras surpresas houve (essas totalmente inesperadas) que me puseram um sorriso a dançar na cara. 
Foi bom reencontrar-te, saber que ainda estás aí, notar que continuamos a ser nós um com o outro, e ouvir-te as palavras mágicas de há anos encheu-me o corpo e a alma: como só tu conseguiste e consegues fazer. Eu também te sentia a falta, eu também tropecei pelo caminho por não te ter ao lado, eu também queria e acho que quero... tens apenas que me dar uns minutinhos para organizar as ideias e o coração.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dream(ed) on

Tão inevitável como as estações e não poder haver temperaturas moderadas todo o ano, o meu futuro vai-se revelando cada vez mais claramente. As esperanças de estabilidade desvanecem-se, os sonhos enterram-se em caixas num qualquer quintal para se desenterrarem anos mais tarde e recordar como tinha sido bom sonhar todas aquelas coisas. 
Tenho saudades da menina sonhadora que era há dois dias, tenho saudades de acreditar, odeio a céptica em que me voltei a tornar. Vejo tudo com clareza agora, não há volta atrás nem vale a pena lutar: abraçarei o meu destino com força e esquecer-me-ei que um dia sonhei algo diferente para mim e acreditei que isso fosse possível.

sábado, 28 de maio de 2011

Perspectiva

A linha onde todas as linhas confluem, aquela que nunca nos abandona e nos vigia desde longe, parecia um pouco menos esbatida no dia anterior. Parecia querer definir um horizonte de tranquilidade e cordialidade; horizonte esse que, naquele momento, era a maior aspiração dela. Porém, quando a nitidez se começava a tentar instalar, uma nova bátega de temporal abateu-se sobre o mundo e fez com que as bases lhe voltassem a tremer. A realidade que a envolvia e que tinha passado a tons cinza, voltou a parecer negra.

Pensava consigo mesma - coisa que não parara de fazer nos últimos tempos - que se o traço de fundo se definisse, talvez tivesse uma oportunidade de encontrar a saída.

Fairy Tales



Na altura em que a céptica se apaixonou por uma ficção infantil, esta canção era uma constante nos seus dias. Hoje apeteceu-me voltar a ouvir a Marta e o Miguel e a ver a Lili / Madalena e o Lucas. Afinal de contas, é tão bom voltar aos amigos de longa data.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Camponeses e Lobisomens 2

Com só um olhar podemos dizer o mundo.
Os diferentes lados da mesma história revelam predadores e inocentes díspares, e há que defender-se contra os possíveis ataques que estão por chegar.

Camponeses e Lobisomens

Enquanto não se apanha(m) o(s) culpado(s) continuarão a desaparecer aldeões. 
Aquele que mais vê, normalmente é o mais ignorado.
As suspeitas pululam na vila, todos desconfiam de todos, todos têm de chegar a acordos para conseguirem sobreviver. 

Estas são as premissas de um dos meus jogos de oralidade favoritos (Thanks, northern boy!) e que mais diverte o público que assiste às minhas aulas diariamente. Repeti-lo-ei hoje e amanhã, para que eles levem deste ano (e de mim) uma boa recordação. Espero poder voltar um dia, mais leve e com o coração mais limpo, porque eu sei que apesar de tudo, aqueles que verdadeiramente importam, vão sentir um pouquinho a minha falta.

domingo, 22 de maio de 2011

Party!


Há sete anos, depois de uma conversa telefónica e com todas as ilusões do mundo, duas amigas separadas por cerca de 200 kms decidiram criar um blogue. Não que tivessem aspirações literárias, nem sequer era questão de querem ter uma voz para falarem ao mundo, era uma brincadeira, uma maneira de se manterem em contacto, uma forma de entrarem num mundo do qual, até aí, apenas eram espectadoras.
Vieram os artigos (mais de 1800), os visitantes, as pequenas (e grandes) vitórias, as alegrias, as desilusões e algumas lágrimas. Veio um mundo novo, uma vida a evoluir com duas únicas constantes: o espacinho virtual e a amizade que as une. Agora são bem mais os quilómetros que as separam, as vidas mudaram muito, as rotinas são outras, o contacto deixou de ser diário.

Num dia em que pensava não ter muito para festejar, olho para trás 7 anos e ouço a Jess a gritar "Party!!!"  como outrora, e o misto de emoção e felicidade molha-me o rosto. É tão bom saber que continuas aí, amiga, é tão bom ver que apesar de tudo o nosso recanto na blogosfera continua a ser o que sempre foi e ainda há quem queira ler-nos.
Parabéns para ti, amiguinha, pelo Figuras: pelo esforço, pela qualidade, pelo empenho e principalmente pela amizade.

Lux

Apesar da cor ser a mesma, a luz de antes era de outro cariz. Era uma dúvida, uma incerteza, sim, mas de se actuar ou ficar quieta, de se abrir a alma ao exterior ou encerrar-me na minha ostra particular. Fui contra mim mesma, aceitei voltar ao mundo de todos, não me arrependo porque o bom foi muito bom, mas os ensinamentos que daí retirei foram e são dolorosos.

A de agora também tem a cor da esperança, mas já não espera nada. Fica sentada, a contemplar o outro lado de uma baía de águas serenas e deseja que esse seja o futuro: o da inércia, o do não sentir, o do não excesso. Sem abundâncias desnecessárias e com a tranquilidade que o mar contido pela terra oferece. Nem sequer nadar, seria movimento a mais.

Talvez encontre algures no horizonte os olhos de Jay Gatsby e num momento de lucidez finalmente lhe entenda a resignação de esperar sem esperar, de ficar prostrado perante um futuro que não lhe serve mas a que está condenado.

sábado, 21 de maio de 2011

Roubos da alma

Disseram-me ontem que era fotogénica e natural depois de me tirarem um retrato. Lembrei-me, invariavelmente, de ti. De como fotografar era uma coisa só nossa, de como jamais saí tão bem numa foto até te conhecer. Não sei se era a plenitude dos sentimentos que aparecia através da lente ou se era a frase mágica que me dizias antes de carregar no botão, o que fazia que a minha aura se iluminasse e eu até parecesse mais ou menos em fotografias tiradas por ti.

O fim do mundo

Diz um movimento cristão americano que hoje é o dia do julgamento final. Ainda não senti nada. Porém, se fosse verdade, não tenho a mais pequena dúvida de como gostaria de passar as minhas últimas horas.

Um grande filme, boa companhia, um jantar agradável e a certeza de que me iria, amada, desejada e querida. Tenho vontade de voltar a ver este filme, porque há anos que não o vejo e a beleza a que nos transporta é inigualável.

Para além disso, há algo naquela tecedora de imagens e histórias que me faz sentir identificada.

Nas malhas de ficção

Escrevo, e escrevo, e escrevo. Lentamente. Não como antes em que a escrita compulsiva tomava conta de mim e me fazia redigir páginas e páginas seguidas sem parar para respirar. Agora é uma coisa mais serena, talvez por ter crescido, muito provavelmente porque agora já não há público e o faço para mim mesma.
Enquanto escrevo, vou escondendo, detrás de cada palavra uma história por contar. Por trás de cada momento um segredo bem guardado. Tapando com mil frases, disfarçando com outros nomes, outras caras e outros acontecimento, a catarse que preciso.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SMBN

Dançámos. Num abraço relativamente apertado. Com cabeças encostadas e queixos encaixados em ombros. Porque tu quiseste, já que eu me sinto ridícula nessa actividade para a qual não tenho qualquer aptidão.

Hoje, sentada no meu sofá, enquanto corrijo uma pilha de redacções e ouço música nova, olho em frente e vejo-nos, desde fora, a iniciar algo que não pôde ser mas que foi "close to perfection". E sorrio. Esse (o sorriso) é impossível roubá-lo do meu rosto quando recordo momentos especiais.

domingo, 15 de maio de 2011

Era uma casa muito engraçada...


Recobrar forças para conseguir avançar é uma rota dolorosa, porque nos agarramos à felicidade passada, não entendendo que se já falamos no passado é porque há que tentar encontrar outros aliciantes na vida.
A minha casa nova (ainda que não saiba se a conseguirei manter tal e como a imaginei num futuro próximo) é o meu empurrão para deixar a tristeza. Primeiro foi a escolha, a compra, as obras que quis fazer. Depois os móveis, brincar aos legos, ver como tudo encaixava numa síntese perfeita da imagem na minha cabeça. Os momentos partilhados com aqueles a quem mais quero, a fazer planos e a ser feliz. E ainda que cada recanto me traga memórias... e ainda que cada memória me provoque um nó... sou feliz neste espacinho só meu: o meu jardim secreto.
Tenho paredes turquesa e paredes vermelhas. Tenho paredes que ainda esperam que eu lhes dê uma de mão. Tenho uma semana de carpintaria pela frente, que me trará remates e ordem.
Contudo, e como prémio pessoal para aguentar melhor este Verão que aí vem, ofereci-me um terraço, é grande, vê-se um castelo e agora já tem mesa e cadeiras para poder receber quem eu quiser.

There is a castle on a cloud


I know a place where no one's lost,
I know a place where no one cries,
Crying, at all, is not allowed,
Not in my castle on a cloud.

Where is it, Cosette?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Começar de novo (outra vez)



Quando do amor se passa ao ódio, quando o carinho e a ternura se transformam em despeito e rancor, quando do bom se faz mau. Quando alguém quer tanto que passa os dias a duvidar acerca do seu próprio destino para facilitar outra vida, leva pontapés definitivos a cada passo do caminho. Enerva-se, desespera, chora de raiva e de tristeza e depois percebe que talvez o que hoje parece mau, amanhã seja o melhor (ou disso tenta convencer-se).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Guilt

Haverá um momento em que a felicidade dos outros deixe de doer como se de um murro no estômago se tratasse? E não é porque não nos alegremos por eles, se os amamos, se são importantes, claro que nos alegra o coração vê-los bem. Contudo, a dor que provoca a nossa própria tristeza parece tão mais insuportável por comparação.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Window 2.9

Siempre los cariñitos...

Aprender a deixar-nos amar é difícil. Permitir que nos ajudem, mais ainda. Descobrir em nós a necessidade de pedir ajuda, um suplício.
A independência, a liberdade, a segurança, a auto-confiança, não são mais do que máscaras, muitas vezes, escondem tristeza, melancolia, solidão, um deserto interior. Podem, obviamente, não esconder nada, e não passar de características pessoais. Mas isso, só o sabe quem sente e nunca quem está de fora.
Abandonou-me a força mas não a vontade de lutar. E estar a descobrir um mundo de braços abertos é o mais positivo que me podia acontecer neste momento.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sergio

Diz o apelido que escolheu que é dele a alma. E é assim que o descreveria, todo alma, com uma voz impressionantemente rouca mas com uma amplitude de registo surpreendente, um carisma único, uma presença marcante e humilde ao mesmo tempo.
Foram muitas as que subiram ao palco com a emoção, sem controlar os movimentos e recebeu-as todas como se fosse normal. Com o mesmo sorriso, com a mesma simplicidade com que nos cantou durante 1h30m.
A mim, encantou-me há 20 anos num Festival da Eurovisão, quando piscou o olho para a câmara e falava em dançar agarradinhos. Fez-me sonhar durante anos: foi a minha primeira paixão espanhola. Vi-o há quase uma semana e superou todas as expectativas.
Obrigada Sergio, por uma maravilhosa noite na melhor das companhias: a tua!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Realidade ou ficção?

Encolhia-se-lhe o estômago com uma necessidade compulsiva e inexplicável de voltar a escrever. Mas escrever em extensão, como fizera anos antes. Pensava que já não ia conseguir, que já não sairia nada, pensava também que o seu público já se fora e que agora este seria também (como o canto) um prazer solitário e umbiguista.
Numa folha em branco delineou a história que levava dentro, a apertar-lhe o coração. Ficcionalizou tudo. Deu caras e corpos às personagens. Mudou-lhes os nomes mil vezes. Inventou espaços, actividades e diálogos inteligentes. Contou um relato em tudo diferente do seu, que, contudo, catarticamente falando, não era mais do que um palimpsesto de tudo o que a estava a avassalar desde havia meses.

domingo, 1 de maio de 2011

Algarve



Não é são as praias, nem a promessa de sol. Não são as saídas à noite, nem nada do que se possa pensar. São as pessoas que me esperam que me fazem mergulhar numa viagem de quase 4 horas que se repetirá amanhã e que sei que me vai compensar como nunca.
Adoro-vos aos dois!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Correr a Maratona

No próximo dia 7 de Maio, terá lugar na Plaza de San Francisco, em Badajoz, com início às 11h30 (espanholas) a edição de 2011 da Maratona de Leitura de Poesia, organizada pelo Departamento de Português da EOI Badajoz.

Venham partilhar este evento connosco: cultura, literatura e música, num sábado de manhã, que mais podemos querer?

terça-feira, 26 de abril de 2011

A nova peça do António

O meu amigo António escreve como ninguém. Escreve numa língua que não é a dele, peças de teatro - coisa fácil cof cof -, e o amor pelas artes cénicas é tal que enfrenta todo e qualquer obstáculo para continuar a perseguir o sonho. Os que muito lutam são recompensados, ou pelo menos assim quero acreditar, porque o meu amigo merece todos os êxitos que virão e eu não duvido que virão.
Vai ter uma nova peça em cena, no Estrela Hall, casa dos Lisbon Players, chama-se Birthday. De 28 de Abril a 14 de Maio. Deixo-vos o cartaz e espero encontrar-vos por lá, porque como ele me disse (por ser meu amigo) que me ter na plateia faz toda a diferença e é parte da emoção para ele: Como poderia eu não ir?

domingo, 24 de abril de 2011

1800

Na minha cabeça há momentos em que a minha voz se confunde com a dela. É bom tê-la presente sempre, como uma estrela-guia, que canta aquilo que eu não consigo exprimir.

Não há nada como os nossos beijos

Fecho os olhos e ainda te sinto, como da primeira vez: a medo, sem saber muito bem como, com o desejo tão reprimido que não acredita no que tem na frente. Os teus lábios na minha mão, a beijarem-na, suavemente, e os olhos a espreitar-me para se assegurarem de que não se ultrapassavam limites. Os teus dedos a passear na pele dos meus braços, sem saberes o porquê de me escolheres o pulso ou o efeito que tal toque tem em mim. Fechei os olhos de prazer e senti um sorriso na tua respiração acelerada, viste a luz verde e prosseguiste. Aos tímidos beijinhos seguiram-se uns mais sensuais, mais explícitos, e uma vez mais não te rejeitei. Vieram depois os abraços, cada vez mais apertados, cada vez como mais necessidade, e em dois minutos as mãos passaram para debaixo do tecido à procura da pele que se esconde com a roupa. Beijámos pescoço, ombros, colo, cara, testa, olhos, evitando (por muito pouco) os lábios. Conhecíamos perfeitamente as fronteiras que estávamos a empurrar. Foi quando me suspiraste ao ouvido que me assustei, pois já não sabia se aquele suspiro que ouvira era teu ou um dos tantos que eu estava a calar.
Beijámos lábios por primeira vez. E essa primeira vez durou horas, horas de abraços, horas de pele, horas de desejo escondido e apenas materializado naquele beijo. As nossas bocas encaixavam como se fossem as duas únicas peças de um puzzle perfeito. Da inocente necessidade passámos à volúpia, à sofreguidão, ao precisar de conhecer mais da outra boca, já que o outro corpo ainda era proibido. Talvez, se os primeiros beijos não tivessem sido tão perfeitos não tivéssemos jamais continuado.
Contudo, enquanto os dias passavam por nós e o sentimento crescia, se solidificava e ganhava confiança, eram os beijos que não conseguíamos evitar. Aquela entrega sem travões ao carinho eterno de um momento. Qualquer lugar era bom, qualquer situação apropriada, qualquer segundo propício.
Sinto a falta dos teus beijos molhados na minha pele, mas principalmente sinto-lhes a falta nos meus lábios. A tua língua ladina mostrou-me novos mundos, deu-me segurança, fez-me sentir mulher e feminina. Entrego-me agora às memórias do que vivi contigo e se foi a partilha, a cumplicidade, o apoio, o carinho, que me fizeram apaixonar, os teus beijos foram o cimento que uniu os tijolos da nossa relação. Por serem tão intensos, tão sólidos, tão desejados, tão perfeitos. Por me fazerem sentir que o desejo é algo tão forte que há vezes em que por mais cabeça que sejamos, não podemos parar o que o corpo nos pede.
E na hora do adeus, é dos beijos que sinto mais falta. A minha boca é incompleta quando não está a beijar a tua.

Dúvidas existenciais

Jamais entenderei como se passa do amor ao ódio. Como o rancor se instala no coração, antes aberto, fechando-o àquela pessoa que há nada de tempo diziamos ser o nosso motor e a nossa paz.
Se for mais fácil parar de sofrer dessa forma, avisem-me porque tentarei adoptá-la no futuro. Enquanto não mo provarem, prefiro passar mal agarrando-me ao bom, do que procurar o mau para seguir em frente.
O teu coração é tão bonito e eu sei disso porque já o vi, não permitas que sentimentos feios e escuros tomem conta dele e to magoem ainda mais.

Longe de ti

As noites em branco, o negro do dia... *

As insónias que me assolam fazem com que os dias sejam muito longos e mais difíceis de aguentar do que antes. É, ao mesmo tempo, óbvio que se a fé na manhã seguinte não existe, não vale a pena dormir para que o sono não nos atormente com passados felizes. Todos os dias peço para não sonhar, para que Morfeu não me traga a tua imagem de que fujo a cada momento desperta. Mas o deus do Olimpo não só não me respeita a vontade como me tortura. Sonhar contigo durante as poucas horas que durmo, e a felicidade que isso me traz, é o suficiente para no dia seguinte te sentir ainda mais violentamente a ausência.

* Longe de ti, Império dos Sentados

sábado, 23 de abril de 2011

O paralelo da amizade

Uma vez mais, depois de alguns anos, tivemos uma conversa como as de antes. Corações na mesa, ao lado dos copos de Coca-cola e das pipocas que insistiram que comêssemos, pousados com as mãos a tremer e o receio dos ouvidos alheios. Os nervos à flor da pele, o medo de passar limites, porque a antiga confiança tremera a determinada altura. É curioso que continuemos a viver vidas paralelas e que o acontece a um acabe por de alguma maneira acontecer ao outro, como sempre aconteceu no passado.
Ontem encontrámo-nos em histórias parecidas ainda que desempenhando papéis diferentes, desta vez. Foi tão bom voltar a confiar, foi tão bom ver que ainda nos aceitamos como somos e gostamos um do outro, sem julgamentos apressados, nem sentenças penosas.

Memória corporal

Porque será que o corpo nos trai quando a cabeça está a fazer o esforço hercúleo de se encaminhar para a saída?

Com lupa

Procuras, rebuscas em palavras passadas razões, defeitos, erros maiores ou menores. Se há coisa que não permito é que falem mal de ti e não te busco problemas no carácter. Muito provavelmente porque, ainda que tudo se tenha perdido, não admito pensar que não foi real enquanto durou.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A tua presença

Não consegui ouvir música durante três semanas, porque havia uma única canção que me martelava e martelava a mente. Tinha-a conhecido há uns dias e, para mim, tinha tua voz ainda que me descrevesse a mim.
Agora ouço tudo o que encontro que seja anterior ou posterior a ti, evitando o que partilhámos. E, ainda assim, encontro em cada letra e em cada acorde das canções que nada têm a ver contigo, algo escondido que me lembra de ti.

E entrou em cena o sentimento de culpa

Às 8h de há um mês a vida começou a acabar. Acreditei, sonhei, pensei que as decisões têm volta quando se ama, e pela primeira vez durante uma vida tive fé no sentimento maior. Tentei respeitar os pedidos que me fizeram ainda que os não entendesse, mas a incoerência entre as palavras e os actos alimentavam-me a esperança.
Parece que interferi quando quis respeitar, que fiz mal quando queria manter-me na sombra, a criar ilusões com apenas uma ténue espectativa. Resignei-me a ser a segunda opção enquanto todos os meus me criticavam por ficar, por esperar, por não querer abandonar tanta felicidade que tinha sentido, por não cortar radicalmente.
Nunca desejei roubar a luz a quem me iluminou a vida, somente ansiei poder continuar a sonhar, em silêncio. Vi portas abertas em rachas na madeira por tanto ambicionar fazer-te feliz. Não sabia que não me estavas a acolher de novo pois tive fé pela primeira vez depois de tantos anos de deserto ateu.
Quero que sejas feliz e tinhas-me repetido tantas vezes que eras feliz comigo que não podia não lutar, não esperar, não podia desistir. E não lutei, só esperei.
Sei agora que não me abrias os braços quando te aproximavas e que errei na leitura das tuas acções, prometo que não fiz por querer fazer mal. Sabes perfeitamente que não sou assim. Manter-me-ei afastada, a tentar lidar com este sofrimento e esta sensação de vazio que me atormenta desde que te foste, pois sei que se me culpas é porque, muito provavelmente, já não me queres.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Para os que já não conseguem sonhar


[...] But there are dreams that cannot be,
And there are storms we cannot weather!

I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living,
So different now from what it seemed...
Now life has killed the dream I dreamed...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mudaste-me a vida!

Se é que ainda não o sabes, quero que tenhas essa certeza. Cresci, entreguei-me, amei, tenho sofrido, muito, mas o mais importante é saber que vivi. Vejo, agora, o mundo com outros olhos, os objectivos alteraram-se, penso em coisas que jamais me tinham passado pela mente e espero ansiosamente pelo futuro. Quero saber o que me guarda, quero assegurar-me de que é melhor do que este presente em que vivo, quero lutar, quero ser feliz.
Obrigada por me teres mostrado que é melhor viver um momento de suprema felicidade do que uma vida inteira de sobrevivência, ainda que haja dor, ainda que o sofrimento nos assole até um extremo inaudito, pelo menos sentimos. Despertaste-me os sentidos e com eles abri os olhos para o mundo. Uma vez mais obrigada, a verdade é que não podia continuar naquele estado de latência em que me conheceste: sou melhor depois de ti, ainda que partida em pedaços.

Taking care of me

Há que parar com as lágrimas e enfrentar o futuro com um sorriso. Talvez tudo tenha sido positivo e as novas oportunidades, mesmo ao virar da esquina, tragam alguma felicidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mafalda Veiga

No Casino de Lisboa houve uma noite especial, fez ontem exactamente um mês.
Especial porque vi a Mafalda ao vivo pela primeira vez, especial porque cantou todas as canções que eu tinha pedido, especial porque quando se faz planos durante muito tempo e a realidade os supera é fantástico, especial porque o dia antes da noite foi o mais especial possível. Especial porque antes de tudo desabar, houve este dia e esta noite, e nesse momento eu ainda acreditava que tudo era maravilhoso e eterno.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

And still...

Depois de dois dias sem conseguir publicar nada... e de quase um mês sem ser capaz de ouvir a minha diva favorita, era inevitável a Barbra voltar à minha vida.


sábado, 16 de abril de 2011

O mundo ao contrário

Porque é muito difícil fazer com que os dias que eram especiais voltem a ser iguais a todos os outros.
Sé que todo va a seguir como si nada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Minha pequenina (Mery - a minha sobrinha de adopção)

Ainda sonho que me procurarás um dia e farás todas as perguntas que precisas de fazer. Gostava de poder dizer-te o tanto que gosto de ti e que para mim nada mudou entre nós ainda que não nos possamos ver. Queria continuar a ser o teu apoio, a tua confidente, a pessoa que te adora incondicionalmente e que não duvidas de nada disso. Sei que não me posso aproximar, pois tal atitude impensada e impulsiva despoletaria uma guerra onde as duas perderiamos ainda mais do já perdemos até agora.

Mas preciso que saibas que estou e estarei aqui sempre, como te disse tantas vezes que estaria e tu acreditaste. E que saibas também que em minha casa não haverá tulipas até que tu as pintes.

domingo, 10 de abril de 2011

Hiraeth


Sinto a tua falta nas pequenas coisas. Na voz de manhã cedo ainda endorminhada. No copo de água que bebes nada mais acordar. Nos caracóis ora perfeitos, ora selvagens. No sorriso franco e doce. No ter alguém com quem partilhar esperanças e medos, expectativas e fragilidades. Nos planos que quase não fizemos. Nas viagens que não se cumpriram e nas memórias das reais. No teu cheiro que às vezes ainda encontro. No carinho. Nas sensações de olhos fechados para que fossem intensificadas. No coração puro e generoso. Nas palavras únicas e repetidas em que acreditei com toda a fé que ainda me restava. Em tudo o que não te disse e queria contar agora, que já não posso. Nas refeições. Nas carícias. Na cumplicidade, nas lágrimas e nos picos de felicidade. Nos passeios. Nas fotografias. Nas flores. Na música que rejeito porque toda ela grita o teu nome. Nas perguntas de todos quando não estás. No teu toque ainda pousado na minha pele. Na vontade de ser melhor por e para ti.

Em tudo isto e em muito mais.

Sinto a tua falta em cada recanto do meu corpo e do meu mundo e dói tanto saber que não irás voltar.

sábado, 9 de abril de 2011

Trabalho

No Nivel Intermédio de exigência de português há que aprender a manejar o modo conjuntivo.


Talvez por ser arma de trabalho, talvez porque o momento assim o exige, sofro na pele todas e cada uma das incertas utilizações do modo verbal, apenas sonhando com o dia em que ele deixe de ser imperativo na vida e passe a indicativo seguro e sem dúvidas.

???

Que importância tem o que te dizem? Uma opinião (real ou não) é a verdade? Se pedisses outras talvez percebesses que há outras verdades. Porque é que deixas que o mundo se meta quando eu estou a tentar não incomodar? Não arremetas contra quem te quer sem pressões nem "diz-que-disses".

o passar dos dias

Houve um dia 9, um dia, em que fui muito mais feliz do que hoje. Em que se criou uma nuvem que nos elevou do chão e nos teve a pairar durante horas. Houve um outro dia 9 em que acordei contigo ao lado, e nenhuma tristeza no mundo me vai conseguir tirar essa recordação. Houve ainda outro dia 9 em que festejámos os outros dois dias 9, pensando (ou sonhando) que se repetiriam por muito tempo.

Este dia 9 acordou cinzento, triste, macambúzio, talvez porque já não estás na minha vida, talvez porque a dor o tenha assoberbado e não permita que o sol o ilumine para não me fazer sofrer ainda mais.

Polémicas à parte

Se gostos não se discutem e todos temos direito a guilty pleasures este é um dos meus, assumido e sem dramas. Apaixonei-me pela voz na adolescência e ainda hoje me faz vibrar uma qualquer cordazinha interior que não sei onde está.

Sei que vem a Lisboa, sei que gostaria de o ir ver, também sei que se não posso ir contigo, de mãos dadas, como da última vez, provavelmente prefiro não ir.

Com qual deles ficarias?



Há tantos anos que não ouvia este senhor porque meti na cabeça que era apenas música de elevador - os preconceitos de cada um - e hoje voltaste a fazer-me ouvi-lo e trouxe um sorriso à minha solidão.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Far away

Nove meses depois assisti à celebração que tanto querias fazer e que tanto rejeitei. Não queria festejar, não tenho razões para tal, o processo foi duro e pouco bonito - continuo a achar que a vitória final não justificou o sofrimento da corrida. E apesar de saberes que para mim era um dia especial, apesar de me teres dito que estarias, foste-te embora antes que eu chegasse, muito provavelmente para não me veres. E eras a única pessoa que eu queria naquela sala, mesmo que fosse ao longe.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Declaração de intenções

A paciência é uma virtude, principalmente quando de amor se trata. Não consigo dizer para sempre mas não duvido do por agora. Espaço e tempo são necessidades imperiosas para as tomadas de decisão.

Against all odds

Tanta liberdade, tanto não pedir, tanto não dar o suficiente, fizeram com que te fosses sem volta. E queria tanto falar-te, dizer-te que estou aqui ainda (mesmo que não pareça porque estou triste e magoada), que te quero ao meu lado, que estou pronta para dizer em voz alta tudo aquilo que não disse por vergonha, pudor e medo de que te decidisses (só) por minha causa. Se um dia mo permitires, fa-lo-ei. Não suporto ver-te triste e a sofrer. Quero dar-te a segurança necessária para que entendas que os sonhos se podem realizar e que podemos ter um futuro feliz.

Não quero isto!

As palavras (mais ou menos) duras que nos dizemos, os silêncios incómodos, os olhares no chão, os temas proibidos, a dor tão profunda que adormece os sentidos e faz proferir frases impensadas que são como punhais. Tudo não passa de uma ressaca, de uma necessidade extrema de te sentir perto. De um querer gritar-te mil e uma vezes mais o que sinto por ti, ainda que saiba que já não te interessa e que avançaste na vida, sem mim.

domingo, 3 de abril de 2011

David sem Golias



De que serve ser Quixote, se o fidalgo de la Mancha não era mais do que um insano, louco, apaixonado e delirante velho que não entendia que as ameaças reais são as que não vemos? Lutei contra moinhos, intensa como sou, suponho que o voltarei a fazer nas mais diversas áreas da minha vida já que não desisto facilmente. Porém, quando nos esfregam as quimeras na cara, não temos mais hipótese do que vê-las como as miragens que são, assumir a derrota, levantar a cabeça e pensar que se a luta não valeu a pena, valeu aquilo que nos impeliu a lutar.

C.

Partiu-se, quebrou-se, rompeu-se, agora é tentar recompor-lhe os pedacinhos com a melhor cola do mercado e esperar que não volte a cair em mãos descuidadas.

sábado, 2 de abril de 2011

Happy?

Segundo a segundo, a tristeza foi-se instalando na casa da alegria. O sono fugiu, o cansaço chegou, os sorrisos mudaram-se para parte incerta. A comida recusava-se a entrar e havia momentos de silêncio ocasionados por um alheamento quase total da realidade. Cada notícia que chegava não fazia mais do que arrastar lágrimas, dúvidas e vontade de desaparecer.

Os habitantes da casa tinham graves problemas de comunicação: o C. queria ficar, esperar por um futuro quimérico (em luta contra moinhos, em defesa daquilo que não quer ser protegido) com uma esperança de alegria que se desvanecia suavemente; a C. assentia que sim, afirmava que era o acertado a fazer, que deixarmo-nos levar por sentimentos como o orgulho não leva a muito e não ajuda ninguém; por seu lado, o I. - morador mais antigo e precavido do lugar - acautelava, repetia que nada mudaria, que era um desespero continuado a que mais valia dar ponto final. Não se gritavam, mas ouviam-se pouco, e assim, deixando arrastar os dias, sonhando com impossibilidades, agarrando-se a migalhas, foram deixando que a casa começasse a ter rachas, não lhe retocaram a pintura, não a cuidaram o suficiente. E ela foi caindo, caindo, caindo, até desabar completamente numa tarde de Primavera, já sem ilusões, resignada e a sobreviver por não saber fazer outra coisa.

Palavras que caíram em desgraça

Amante é aquele que ama, não aquele que trai.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Resignação

Esperar não é uma escolha, é um destino traçado nas estrelas enquanto te amar como hoje.

The last kiss

Os últimos beijos, quando são os últimos, têm toda a carga e a intensidade de os corpos e as cabeças saberem que não se irão repetir.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Seré Madrid?



Siempre los cariñitos, me han parecido una mariconez...



Porque os bons momentos são para recordar ainda que magoem a alma e descobri nesta canção uma voz tão especial que continua a conseguir descrever-me dentro da minha cabeça.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os teus medos

O que quero é a paz do quotidiano, do dia-a-dia impensado e desfrutado como se o amanhã não fosse uma questão. Não preciso - nem quero - mais do que aquilo que me dás, porque me sinto completa com o teu amor, este sentimento avassalador que me tomou de surpresa e não pára de me encher de alegria.
Tudo o que te parece um desejo óbvio, uma ambição aceitável, para mim simplesmente não é (a subtileza da não existência), porque a ser desejo e ambição, não seria contigo.

terça-feira, 1 de março de 2011

Late awakening

Tomaste de assalto o meu corpo inadvertidamente. Tentei impedir este roubo impiedoso com as armas que tinha. Mas tu consegues ver que também posso ser doce por baixo desta crosta insensível. Consegues ouvir o que não ouso revelar. Consegues descobrir porque me escondo por trás deste muro. Consegues sentir o meu medo a espreitar em cada sorriso. Consegues antecipar as minhas quedas para me protegeres de mim mesma e do mundo. Consegues calar as minhas dúvidas nos teus lábios. E porque também consegues derrubar todo este orgulho ou ingenuidade sem provocar danos, não estranhes que o meu corpo queira viver no teu peito de agora em diante.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Todo

Não te quero pela metade, quero tudo.

A completude é-me oferecida pelo teu olhar transparente, pela tua mão a procurar-me, pela boca urgente de desejos, pelo modo como me embalas, pela tua pele sobre a minha, pela voz com que me dizes as mais belas palavras de amor.

A insegurança arrasta o medo para fora da caverna onde, com cada beijo, o encerrámos. Se sei o que me enche a alma e não duvido do que por mim sentes, porque permitirei à falta de confiança que me murmure aos ouvidos frases absurdas que me assustam?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Till there was you

domingo, 6 de fevereiro de 2011

I miss you more than ever...

Coisas de flores


Gosto de rosas brancas e de orquídeas, de hortenses e de miosótis, mas ofereceste-me uma flor e se já antes ela me fascinava pelo grito de revolta que representa com toda a sua cor e a sua força, agora é ainda mais significativa. Contudo, se te pudesse descrever através de um membro da flora seria com esta: pensamiento, pensée, pansy ou - em português, língua em que o nome é muito mais adequado - amor-perfeito.

domingo, 30 de janeiro de 2011

The F Word

É impossível pensar nele e ao mesmo tempo ronda-me os sonhos, escapa-se em frases, vejo-o nos teus olhos. Não dizemos tudo embora o partilhemos. Não fazemos planos e, no entanto, os desejos que proferimos vão-lhes ao encontro recorrentemente. Às vezes penso que a vida é injusta por não podermos viver sem pressão, na maioria acho-a perfeita porque te encontrei.

Vamos fazer desta palavra que não dizemos um verbo iniciado com a mesma letra: fica comigo para sempre, e não se fala mais nisso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

La(s) frase(s) tonta(s) de la semana *

Mientras escribo sobre la arena...



Se soubesses que não consigo parar de ouvir a canção que me repetiste cem vezes num dos dias em que te sentiste só ainda que estivesses comigo... Se soubesses que me dói ouvi-la (pelo que diz do que passaste) mas que ainda assim o faço porque me ajuda a sentir-te aqui... Se soubesses que foi essa canção que me mostrou o quão perto estás e há quanto tempo... Se soubesses que jamais poderia estar melhor se te fosses... Se soubesses que nada seria igual sem ti... Se soubesses que sonho com que me acordes todas as manhãs da minha vida... Se soubesses que preciso que me dês a mão quando cair e que me apoies e que me guies... Se soubesses como sei o que é viver de sonhos... Se soubesses da falta que fazes... Se soubesses o que me vai no coração, o como está cheio da tua imagem... Se soubesses a importância do teu amor... Se soubesses que sou feliz só por pensar em ti... Se soubesses que embora penses que os meus olhos te dizem coisas que não sinto, estou contigo em todos os momentos... Se soubesses que a tua cidade (uma autêntica desconhecida) passou a ser bonita apenas porque nasceste nela... Se soubesses... tudo o que não te sei dizer, mas espero conseguir mostrar.
Talvez te assustasses, talvez te alegrasses, talvez me sentisses mais perto ainda, talvez me conseguisses amar mais.
E uso o tempo e o modo da impossibilidade porque não sei se acreditarias em tudo isto e na intensidade com que me dou, porque dessa só eu é que sei.
* da canção homónima dos já saudosos La quinta estación

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

On cloud nr. 9

Tens as tuas prisões e eu as minhas, mas algures no meio, onde a tua vida se encontra comigo, há uma rua maravilhosa onde sei que podemos ser felizes.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pretending

E agora vamos fingir que hoje é ontem. Vamos fingir que não estou aqui e sim contigo. Vamos fingir que já não vivemos longe uma da outra (primeira razão para a criação deste blogue) e que continuamos a conseguir estar presentes como sempre (o nosso sempre). Vamos fingir que a minha cabeça ontem não estava a mil à hora e te dei os parabéns como deve ser. Vamos fingir que me disseste com todas as letras a tua prenda ideal e que eu vou conseguir cumprir os teus desejos. Vamos fingir que a vida não é isto, a distância, o caminho, a estrada, o querer estar sem poder, ...
E porque continua - e continuará sempre - a ser verdade:

Where you lead, I will follow, anywhere that you tell me to,...

Parabéns de novo, Jess, é um luxo ter-te de amiga!!!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

En mis pensamientos

Mi corazón está contigo, ahora y siempre, porque eres importante, porque te llevo conmigo a todas partes, porque tu amistad me hizo crecer y madurar, porque solo tu y yo entendemos tu y yo y lo que eso significa.

Dezasseis

“– Um dia destes dou-te um beijo!”

Foi, com uma frase simples, tão directa e incisiva como tu, que me fizeste acordar do torpor a que o hábito e (principalmente) a racionalização me tinham relegado. Não sei se foi um aviso ou um desejo dito em voz alta que, por tanto se sentir enjaulado no caminho entre o cérebro e a garganta, exigiu liberdade. Sei que saiu assim, urgente, pensada e impensada ao mesmo tempo, e depois vi-te um sorriso mais leve, uma expressão (ainda) mais doce, de quem se livrou de um fardo demasiado pesado para o continuar a carregar na alma.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Razões

É por não ter muito mais para te oferecer que te escrevo. Posts curtos, longas cartas, bilhetinhos engraçados e sms sugestivos são a artilharia “pesada” com que te quero continuar a conquistar.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Anáfora II

E ela repete-se, e juntas brincamos a encontrar a música interna dos meus pensamentos.

Anáfora

Sempre achei admirável uma boa metáfora. Apaixonei-me pela vertigem de sensações que oferecem as sinestesias assim que as conheci. Uma imagem forte toca-me um guizo cá dentro que me faz vibrar. Consegui, contudo, a tropeçar uma e outra vez pelo caminho tortuoso e difícil da escrita, descobrir a minha figura.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O telefone tocou e não eras tu

Tenho de me habituar a esta sensação de vazio que me aperta o peito quando tu não estás.

Preciso que pegues em mim, me ponhas no teu colo, me envolvas nos teus braços e, enquanto me alisas o cabelo, me digas que está tudo bem. Talvez não consiga dormir porque a cabeça não pára, talvez seja por ter o coração apertadinho, talvez precise de ti ao alcance da minha mão para estar segura de que a tempestade vai passar sem danificar nada.

O contacto com a tua pele acalma-me os terrores, faz com que surjam arco-íris, faz-me ser uma melhor versão de mim mesma. E como basta ter alma para desejar, vou fechar os olhos e sonhar que estás aqui; pode ser que assim o sono volte.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aquella noche fue la vez que más cerca estuvimos de enredarnos en un beso,
de mezclarnos bien por dentro.

Aquella noche fue la vez.

Vou substituir o breu da noite pela luz de uma longa e gloriosa manhã e acreditar que a Mai escreveu estes três versos só para nós.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Parte (in)completa

Nos momentos de reflexão penso no mal que te posso ter feito, no tempo que levei a entender-te, em como ignorei sinais mais e menos claros, em como tive medo e me escondi deixando sempre uma mão de fora para que a tomasses entre as tuas. E dói. Arde como o álcool que se deita nas feridas porque a última coisa que desejo é magoar-te, ainda que a culpada tenha sido a minha falta de perspicácia.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Autocarros

Por alguns esperamos tempos infindos e é apenas quando nos cansamos e viramos costas para empreender o caminho de uma qualquer outra forma que aparecem ao virar da esquina, devagar, como que a piscar o olho para que voltemos para trás. Outros tentam indagar a medo se estaremos ali somente e se não nos importamos de embarcar neles para um passeio desconhecido. Depois há aqueles que dobram a esquina decididos sem que saibamos que estiveram muito tempo escondidos a tentar ganhar coragem para avançar. E por fim há os que vêm do nada, de uma origem insuspeitada porque aquela nem era a rota que tinham traçada, e nos surpreendem tanto ao chegar como ao partir.
Felizes somos quando, por já sabermos que caminho é nosso, esperamos sentados tranquilamente por aquele transporte especial que nos levará ao único sítio onde queremos ir.

Sou mais feliz...

... quando o teu céu é o meu céu, quando o sol que te ilumina também me dá calor, quando a chuva que me empapa te salpica a pele, quando estás aqui e não em qualquer outro lugar.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Post azul turquesa

Lamento a má educação aos restantes leitores do Figuras mas este post é para ti.
Se um ano anterior te tinha apresentado, 2010 trouxe-te para mim e descobrir o mundo entre os teus braços tem sido a melhor viagem da minha vida.
A beleza que é tão tua, o cheiro da tua pele, o toque das tuas mãos, a suavidade dos teus lábios, os teus olhos nos meus, o sorriso maroto, a compreensão, a cumplicidade única, consigo sentir tudo isso - e sentir-te a ti - sempre que fecho os olhos e respiro fundo. E continuo a arrepiar-me até à alma quando te imagino.
Sempre que estás o mundo pára e esquece-se de nós, e nesse momento único (porque todos o são ao teu lado) vivo por e para as sensações, por e para os sentimentos, fujo de mim mesma e entrego-me inteiramente a ti. Não me importo de me perder, a compostura e o recato deixaram de fazer sentido, e se a timidez me assola de novo por um segundo sabes afastá-la com o teu carinho.
Para este 2011 resumi os doze a um desejo: tu na minha vida, para sempre.