terça-feira, 31 de agosto de 2004

A resposta é NÃO

Por isso, não me telefonem mais nem mandem mensagens. É escusado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Just let me be

O que sabes tu sobre mim? Que sou obsessiva quando gosto? Que sou impetuosa quando me provocas? Aquilo que vês não sou eu. É apenas a pessoa em que me transformo quando estás perto. E continuo sem saber o que fazer contigo. Desisto de te tentar compreender ou tento mais uma vez aprender a viver contigo?

Vontade de não fazer nada

Sempre que tenho alguma coisa premente para fazer, tento arranjar outra coisa para me entreter. Se há uma certa urgência em fazer as malas e cortar o cabelo antes partir em viagem, sento-me em frente ao computador e finjo que tenho coisas mais importantes para fazer primeiro, como não fazer nada, por exemplo. Era assim no tempo da faculdade, especialmente na altura dos exames de latim. Cada vez que a data de um exame se aproximava, eu arrumava o meu quarto. As pilhas de livros voltavam ao seu lugar, as fotocópias eram arquivadas, os cadernos e as antologias de textos já prestes a desfazerem-se escondiam-se no armário. Nos três meses que iam de um exame ao outro, dormia no meio de um campo de batalha. Não sei por que sempre se apodera de mim esta vontade de não fazer o que tem de ser feito. Mas parece-me óbvio que qualquer coisa é mais interessante do que fazer malas ou estudar latim.

At last

Comecei a ler O Código Da Vinci.
Que curiosidade!

domingo, 29 de agosto de 2004

Sob escuta

Someone to watch over me de Ira e George Gershwin, em várias versões:

- Ella Fitzgerald
- Julie Andrews
- Barbra Streisand
- Billie Holliday
- Lea Salonga
- Kiri Te Kanawa

Continuo sem conseguir decidir qual prefiro, gosto tanto de todas.

Um Belmiro de Azevedo para a mesa do canto, sff

Janto num restaurante de uma conhecida cadeia de fast-food com a minha amiga J., regressada à "civilização" (como diz a própria) depois de ter estado uns meses desaparecida. Enquanto nos sentamos, recorda-me que da última vez que ali estivemos juntas tinha morrido o Champalimaud, um dos velhos milionários com quem ela tinha esperança de um dia contraír matrimónio. Após uns momentos de silenciosa reflexão, J. diz "Belmiro de Azevedo, aguenta-te, filho!" Há algum tempo que não ria tanto. É tão bom ter os amigos de volta.
(Está visto onde fui buscar a mania da gerontofilia...)

sábado, 28 de agosto de 2004

Questões nautico-nacionalistas

Porque é que o Governo não permite que o navio da organização "Women on Waves" entre em águas portuguesas, mas não descortinou nenhum problema no iate de um dos padrinhos da máfia russa ainda há tão pouco tempo?

LúciaGrande

Este blog sente a tua falta. E eu também, amiguinha.

Maravilha da Natureza?



Desta vez não.
Criação humana mesmo, atrevo-me a dizer: perfeição na criação humana.

Publicidade regionalista descarada

Queridos leitores, não percam a oportunidade de ir a Campo Maior entre hoje e dia 5 de Setembro. As Festas do Povo, também conhecidas por Festas das Flores só decorrem de 4 em 4 anos e são uma maravilha humana de contemplar. Pensar nos meses de trabalho investidos por mãos hábeis na arte da feitura de flores de papel que é passada de geração em geração, saber os rituais: como cada rua é enfeitada na noite anterior ao primeiro dia das festas para que os moradores das ruas "rivais" (vizinhos de toda a vida), não tirem ideias; de como os adornos são postos pelos homens como surpresa para as mulheres que trabalharam todo o ano a preparar cada flor e cada folha;...
É cultura popular e um deleite para os olhos.

(Peço desculpa pelo bairrismo, mas sou assim, não há nada a fazer.)


sexta-feira, 27 de agosto de 2004

Sobre a infeliz derrota do meu FCP esta noite

É incrível o que um jogo do Porto pode fazer com o humor do meu pai...

Everlasting love

Lizzy (Jennifer Ehle) e Mr. Darcy (Colin Firth)
Ao rever o último episódio de Pride and Prejudice, não consigo deixar de pensar se William Faulkner teria razão quando disse "Perhaps they were right in putting love into books... Perhaps it could not live anywhere else."

Procuro

Velhote simpático e milionário, prestes a bater a bota e disposto a deixar-me toda a sua fortuna em herança.

(Como não vou conseguir colocação para dar aulas nesta encarnação, o melhor é tentar arranjar dinheiro para abrir uma escola minha.)

Estado desta boneca

Imiscuída em música latina até às orelhas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

De hoje não passa

Vou ver o Chicago, ahhh pois vou!!

Sou uma babada

Assumo. Não tenho problemas em orgulhar-me da família.
Chama-se Isabel Abreu é uma prima afastada (familiarmente falando) com quem cresci, e vê-la na TV a cada noite deixa-me muito orgulhosa. No palco então, não se pode explicar o que sinto. Vê-la crescer como actriz, ser outras pessoas sendo sempre ela, reconhecê-la sabendo que ali é outra... É verdade, não tenho (ainda) o distanciamento suficiente.
Achei que era o momento de lhe fazer esta homenagem.



É tentar desviar o olhar para a esquerda da Catarina Furtado... conseguiram? Sim? Pois, é essa a minha priminha que eu adoro. Para saber um bocadinho mais do curriculum dela basta ir aqui (ainda que esteja um pouco desactualizado).

Agora um segredinho: não sabem o que perdem por nunca a terem ouvido cantar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2004

Falabella em Lisboa

Para os fãs do grande senhor brasileiro (como moi même) e para os amantes de teatro em geral (que também sou) vêm aí graaaandes notícias.
Miguel Falabella - the one and only - vai estar no Tivoli de 8 de Setembro a 2 de Outubro com Cláudia Raia na peça Batalha de Arroz num Ringue para Dois. Ao que parece a GNT oferece bilhetes.
A não perder! Espero eu.

Não me mintas

Um dia cantaste-me:

Porque sou cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras [...]

[...] Porque sou cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou [...]

[...] Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau.

Hoje o Rui Veloso vai estar no Crato. Apesar de nunca o ter visto em concerto, depois de tudo achei por bem ficar em casa.

Dúvida Olímpica

Porque é que os atletas que competem em saltos para a água andam sempre com uma toalhinha colorida, qual Linus dos Peanuts e o seu inseparável cobertor? É que não sei se já alguém se deu conta das vezes que eles se limpam, torcem, retorcem e atiram ao chão o panito... e acabam por voltar a limpar-se a ele. Admitamos que é um bocado nojento. Isto quando não levam a dita para o jacuzzi com eles, a molham e voltam a passá-la pelo corpo. Dêem-lhes mais toalhas por favor. Acrescenta uma amiga minha, que partilha comigo a intriga, que não lhe parece bem que ponham a toalha num chão onde não se passou um aspirador antes.

E penso eu, depois disto: Como é que posso dar tanta atenção a uma toalha com semelhantes corpos no ecrã?

Futuro post mortem

Já decidi, quero reencarnar lá para depois do ano 2150, pelas previsões nessa altura já terei praia à porta de casa. Estas são as perspectivas para 2100.



Na verdade a única coisa que não me parece nada bem é que o nosso primeiro rei tenha andado a bater na familia inteira e mais metade dos mouros que lhe apareceram, para uns mil anitos depois o trabalho do homem ter ido literalmente por água abaixo.

terça-feira, 24 de agosto de 2004

Um post sobre o post que devia ter escrito

Sento-me em frente ao computador por volta das dez da noite com indicacões expressas da mafaldinha para vir cuidar do Figuras. Enquanto as portas da nossa casinha estão num abre-não-abre, dou um pulinho às mansões da blogosfera que indiscretamente costumo espreitar. Quando volto a olhar para o relógio é quase meia-noite e eu não estou sequer perto de escrever o meu post. Negligência em estado puro. Maldito vício. Carrego rapidamente em "new post" e tento lembrar-me do que queria escrever quando liguei o computador. Demoro-me na escolha das palavras, junto ideias desconexas, procuro dizer algo interessante. Esforço-me em vão. Bem feita. Para a próxima faço um rascunho do post primeiro.

Remodelações

A Inês resolveu fazer mudanças no Moleskine dela, deu-lhe uma capa nova, páginas pautadas, mas sempre na sua linha "Boggartiana" (será que isto existe?) e tranquila. É bom saber que a silly season só te trouxe uma nova estética exterior mas que a alma continua a mesma.
Está a ser muito bom reviver Casablanca através do teu blog, querida Inês.

Esperança ou Desespero?

Porque é que o Desesperada Esperança voltou à adolescência?

Elegância Olímpica

Sempre que vejo as provas de ginástica desportiva lembro-me dos meus dois ginastas favoritos. Ambos nascidos em Minsk - devo ter uma obsessão por bielorrussos - Vitaly Scherbo e Svetlana Boginskaya eram para mim o momento alto da competição olímpica. Ficava vidrada na beleza dos movimentos, na leveza dos saltos, na segurança aprentemente simples, ou seja na força aliada à elegância.
Hoje busco nos ginastas actuais as sensações que aqueles dois me produziam, não tem sido possível, mas tenciono continuar à procura... em 2008.


Não encontrei nenhuma imagem de Scherbo que fizesse juz ao grande que era, deixo-vos com Bogi "the queen of dance".

De volta ao stress

Chegar a Lisboa é sempre uma emoção: a agitação, o barulho, o caos e a discussão com o mal-educado do taxista que, além de afirmar que no lugar onde moro há uns vinte anos não há nenhuma Praça das Novas Nações, ainda finge que está distraído para se enganar no caminho. Depois de lhe dizer tudo o que merecia ouvir, saí do taxi furiosa. Mas ainda me consegui rir na cara dele quando deixou o carro ir abaixo.

As férias em poucas palavras

Salamanca é linda. Excelente semana, a que lá passámos. Ficou a vontade de voltar. Pode ser que na próxima vez consigamos trazer o Alejandro e o Gonzalo connosco.

segunda-feira, 23 de agosto de 2004

Coisas de mulheres

Acabei de ler esta frase e achei deliciosa:

"It should be illegal to sell eye makeup that rubs off with the merest provocation."
in Divine Secrets of the Ya-ya Sisterhood de Rebecca Wells

E não é que é mesmo verdade?

25 anos de Xutos

Em Outubro - dias 8 e 9 - os Xutos e Pontapés oferecerão ao seu público 2 concertos para festejar um quarto de século da banda.
Como sei que há fãs entre os nossos leitores achei por bem avisar não se vão esgotar os bilhetes. Fica um bocadinho da minha canção favorita deles.

E enquanto esperava
No fundo da rua,
Pensava em ti
E em que sorte era a tua:
Quero-te tanto!
Quero-te tanto!

Um presente para os Catalães

A banda portuguesa "The Gift" vai dar hoje, amanhã e depois de amanhã 3 concertos em Barcelona.
Sorte a dos catalães que têm a oportunidade de os ouvir ao vivo, de disfrutar em toda a sua plenitude da voz da Sónia Tavares e de degustar essa música tão impossível de definir que eles fazem.
Uma coisa tenho a certeza, o público de Barcelona não vai ouvir algo simples.

E digam lá que não sou generosa!

Resolvi partilhar com vocês uma das fotos que tirei estas férias, vejam lá se o meu bikini vermelhinho e os meus óculos de sol não me ficam bem.



O descanso da guerreira depois de uma tarde de construções na areia.

Sabedoria "Wildeana" I

"Morality, like art, means a drawing a line someplace."

Oscar Wilde

De volta

Ah pois é. Já voltámos de terras de nuestros hermanos.
Salamanca é uma cidade linda, cheia de História e monumentos. Gostei de passear pelas ruas, de ver os edificíos, das catedrais, enfim... de tudo.
E não trouxe nenhum espanhol... mas tenho uma foto ao colo de um daqueles que vale meeeeeesmo a pena.

domingo, 15 de agosto de 2004

Como diria o ET

"I'll be back." (ler com o sotaque do senhor senador em Terminator.)
Neste caso We, já que começamos amanhã a nossa "piquena" incursão por terras espanholas e não sabemos se nos será possível manter contacto, com tanta night, tanto concerto, tanto espanhol para dar atenção.

Marcha, marcha, queremos marcha, marcha!

Jessica & mafaldinha

sábado, 14 de agosto de 2004

Questão de Física

Em pequena a minha mãe costumava dizer que os meus olhos revelavam o que me ia na alma. Se realmente falassem hoje estariam mudos, embargados pelas lágrimas.
Lição: um elemento gasoso não pode fluir através de um obstáculo líquido.

Estupidez pura

Porque será que quando tento arranjar aquilo que me faz mal, que quando tento explicar-me para poder amenizar a dor que tenho no coração e não me deixa, sou calada com recriminações e me fico a sentir um ser humano ainda pior.
Já não sou vulgar, sou só má amiga!

sexta-feira, 13 de agosto de 2004

Aprender

Foi com ela - uma alentejana como eu - que aprendi a amar a poesia. Hoje decidi recordá-la assim:

Saudades

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!


Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

Porque ninguém escreveu sobre o amor como Florbela... alguns pior, alguns melhor, mas nunca igual. Há corações irrepetíveis.

Quero um Romance neste Verão

Depois de acabar A Ilustre Casa de Ramires e antes de começar O Código Da Vinci (em espanhol) quero porque quero um livro cor-de-rosa. Um daqueles romances onde sabemos que apesar de haver um milhão de obstáculos pelo caminho o par romântico vai ser feliz para sempre. Daqueles onde há passeios à beira mar, piqueniques, mãos dadas, idas ao cinema e tudo aquilo a que um par romântico de verdade tem direito.

Não sei porque é que me deu para aqui ou talvez sejam as férias... e as saudades do que não existe!
Alguma sugestão?

quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Detesto dar títulos a posts

Tenho dito.

In(dependente)

De vez em quando dou por mim a reflectir sobre os meus vícios. Procuro costumes condenáveis, hábitos merecedores de censura mas não encontro. Será preocupante achar que não os tenho, se considerarmos que os viciados nunca assumem facilmente a sua dependência?

quarta-feira, 11 de agosto de 2004

Escapadinha

Há uns anos detestava passar o mês de Agosto em Lisboa. Achava que a cidade ficava triste com pouca gente nas ruas. Este ano dou por mim a pensar que toda a gente resolveu ficar na capital. Parece-me que há gente a mais onde quer que vá. Talvez seja eu quem está a mais, mas será por pouco tempo. Na próxima semana, estarei aqui
e quando voltar espero confirmar como Salamanca é uma cidade fantástica. Não é, mafaldinha?

Onomástica

Quando eu era miúda fazíamos, entre as meninas, um jogo com uma agulha que supostamente nos diria quantos filhos iamos ter em adultas. A mim sempre deu um rapaz, anos e anos e anos, um rapaz. Até já tinha nome.
Agora descobri com a Jessica que o nome do meu "futuro" filho quer dizer "como o Senhor", achei bonito, ainda fiquei a gostar mais. Ela quer um menino muito amado e uma linda canção de felicidade.
É engraçado pesquisar estas coisas, mesmo não havendo crianças planeadas, nem para uma nem para outra (este súbito instinto maternal deve vir por influência deste blog, que descobrimos há pouco tempo).

By the way, para o senhor cujo nome significa "peixe" em hebraico, a menina dos teus sonhos terá um nome puro, casto e inocente, aposto que te agrada.

terça-feira, 10 de agosto de 2004

Proposta de "Decreto de Lei"

Faço um apelo às autoridades competentes (mesmo sem saber quem são):
Parece-me de extrema necessidades fornecer os bloggers portugueses de laptops, internet sem fios e de cobertura livre. É frustrante para nós, leitores, passar estes meses de férias quase sem nada para ler.
O que me dizem? Quem apoia a minha proposta?

Podem chamar-me pirosa ou o que quiserem

Mas estou de janela aberta - e aqui está frio - a maravilhar-me com o check-sound da Adelaide Ferreira que vai dar um concerto no jardim aqui perto. É impressionante o potencial de voz desta mulher, parece que a tenho a tocar na aparelhagem, que está aqui bem ao lado, e está a ensaiar no jardim que fica a 500 metros de casa.
Há vozes assim, que me deixam extasiada e a sonhar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Onde é que eu tinha a cabeça?

Às vezes tenho vontade de cometer uma loucura. Sair de casa com a desculpa de que vou almoçar com uma amiga e, mais tarde, telefonar aos meus pais para avisar que não vou jantar porque acabei por fazer um desvio que me levou a uma qualquer cidade da Europa. A loucura de hoje foi ir ao cinema. Eu devia saber que, numa segunda-feira à tarde, em plenas férias de verão, 99% das pessoas presentes na sala seriam adolescentes a passar pela insuportável "fase do submarino".

domingo, 8 de agosto de 2004

Os "eligible bachelors" são uma espécie em extinção

Meninas, sabem onde se esconde esta espécie rara? Contribuições na caixinha aqui em baixo.
(E se aparece algum, como é que o dividimos?)

sábado, 7 de agosto de 2004

A ver o dia passar



Há dias assim. A preto e branco (como as minhas fotografias favoritas), em que vejo o tempo passar da minha janela. Dias nem bons nem maus, nos quais se dorme muito mas os acontecimentos de noites anteriores não nos deixam descansar, nem sonhar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

As crianças de 3 anos já não são o que eram

Na última tarde que passo com o Bruno antes das férias e do início da "escolinha", brincamos e cantamos como sempre fizemos nestes três anos. De repente pergunta-me:
"Que estás a fazer, miúda?"
Tento conter o riso iminente e respondo:
"Estou a morder-te o braço, posso?"
A resposta é óbvia:
"Não, tenho de chegar inteiro a casa."
É sempre mais fácil despedirmo-nos com uma gargalhada.

Porque é que eu gosto dele?



Telegrama de um jornalista para Cary Grant:
"How old Cary Grant?"

Resposta:
"Old Cary Grant good how you?"

Glup glup glup tchiim pum

Fui a um espectáculo de Poesia Sonora. Não perguntem...
Aprendi coisas:
"O som do sangue nas veias" (shlop shlop)
"O som das palavras na frase" (tchhhhh)
Hã?
Pois.
Ainda estou um bocado atarantada...

Memórias fotográficas

Tento pôr ordem nas fotos da minha sobrinha e dou por mim a pensar que as fotografias são espelhos onde revemos o passado. Tirar uma foto é guardar para sempre um momento, um lugar, uma pessoa especial. Preparar a máquina, perceber qual a altura ideal para disparar e depois esperar pela revelação para ter nas mãos recordações de papel. Gosto de segurar a fotografia, olhá-la até saber todos os pormenores e conseguir reconstituir os instantes que culminaram naquela imagem. Rever o álbum mais antigo ou as fotos das últimas férias são oportunidades para reviver emoções. Talvez seja por isso que gosto tanto de fotografias.

quinta-feira, 5 de agosto de 2004

Alguém me explica

por que raio é que o contador de comentários quando passa um novo mês e os posts são arquivados volta a zero mesmo tendo comentários???

É que eu não percebo mesmo nada de nada de computadores.

Não sei se vou a tempo mas...

é "Teresinha", chama-se "Teresinha" a canção, exactamente como a personagem que lhe deu voz na magistral Ópera do Malandro. Chico no seu melhor!

quarta-feira, 4 de agosto de 2004

Acho que lhe vou dar uma segunda oportunidade

(Limpezas de verão, arrecadação por baixo das escadas, muito pó, paredes a pintar, o habitual)
Eu - Estás aqui? Nem imaginas como te tinha procurado!
L.A. (silêncio)
Eu - Decidi tentar de novo. Vou voltar a pegar-te e ver se consigo fazer alguma coisa contigo.
L.A. (silêncio)
Eu - Ao fim de tantos anos já me passou o trauma. Sempre foste o meu calcanhar de Aquiles, sabes?
L.A. (silêncio)
Eu - Mariiiiiiiiiaaaa, encontrei o meu Livro de Alemão!

Quem não leu?

Todos lemos, na infância, O Diário de Anne Frank. Todos a acompanhámos na clausura como se esta fosse nossa e todos nos chocámos quando foi encontrada pelos alemães, faz hoje 60 anos.

The portuguese way

Será que é mesmo necessário correr de serviço público para serviço público para conseguir tratar de um mísero registo? Já lá vão seis vezes a correr de um lado para o outro e ainda não acabou por aqui. Adoro a burocracia à portuguesa.

Fraqueza

Falo de ti como se falasse de uma pessoa qualquer, mas sei que minto. Tento enganar-me, enganar os outros, como se não soubesse o que se esconde por detrás de cada palavra. Volto à falta de coragem que me caracteriza quando o assunto é assumir sentimentos. Prefiro magoar os outros e dizer-lhes que não gosto deles do que magoar-me e reconhecer que gosto de ti. É o caminho mais fácil, porque é o único que conheço. Não sei por que insisto em segui-lo quando sei que não me leva a lado nenhum. Devo desistir de caminhar ou simplesmente deixar de pensar em ti?

terça-feira, 3 de agosto de 2004

Querido Waldorf:

Esta é uma das dúvidas que mais inquietam a Humanidade, e à qual apenas tu e outra pessoa estão habilitados para responder. Por isso peço-te o favor de me responderes sem demagogias nem atitudes politicamente correctas, nós temos o direito de saber.
Afinal qual é qual? És o velhote da melena branca ou o carequinha? É que já não é a primeira vez que nos baralhas com as informações que forneces. Isso é lá maneira de tratar os fãs.

Já agora, vejo que vens todo giraço e moreninho das férias. Welcome back! Já tinhamos saudades.



(Nas minhas investigações para tentar encontrar respostas sem incomodar encontrei isto, o que acham? Como sei que vou receber um milhão de emails a perguntar onde comprar e ainda por cima sou eficiente, está aqui)

Sou tudo o que aprendi

Uma das coisas mais importantes da amizade é a possibilidade de partilhar e aprender. Infelizmente, em quase dez anos de amizade, nunca aprendi a ter a segurança da Sofia.

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

E foi uma surpresa?

É o que dá o facilitismo. Se não lhes fizessem a papinha toda até chegar aos exames, os meninos não emperravam tanto ao chegar à prova.
É muito bonito saber que até na nossa língua a média é negativa e depois admiram-nos os "hadem" e os "individu-os" que encontramos por aí.

Eu também tenho um Misha

Tal como a Isadora eu também não me lembro da questão do desaparecimento nos céus do "Misha dos Jogos Olímpicos" (como eu lhe chamava). Lembro-me sim de adorar o meu boneco, de ver os desenhos animados e de ouvir incessantemente o disco da série que continuo a guardar como um tesoro.
As conotações políticas só as entendi muito mais tarde e sinceramente não me parecem ter muita importância perto das recordações dos milhões de brincadeiras que partilhei com o meu amiguinho, que me ensinou as cores e os significados dos anéis olímpicos.

Mas há ainda outra coisa que me fez guardar este brinquedo com tanto carinho. Li algures (e isto não sei se é verdade) que foi o meu outro Misha favorito que deu nome ao bichinho de peluche. Sim o Barishnikov, aquele bailarino que me enamorou desde que o vi pela primeira vez num dos video de ballet que a minha madrinha me obrigava a ver e que tanto me aborreciam. Mas a leveza, a elegância e a irreverência daquele homem deixaram-me vidrada.
Seja verdade ou mentira, eu quero acreditar que é assim, que o meu Misha particular foi baptizado em homenagem ao outro Misha, o que dança... e como dança!

A paixão de uma vida: Os Musicais 2

Eu queria mesmo, mesmo, mesmo ir ver o Cats ao Coliseu em Outubro.



Para alguém como eu com uma verdadeira paixão pelo teatro musical perder esta oportunidade de ver a encenação original de Andrew Lloyd Webber (que já nem em Londres está) será uma perda irreparável.
Maninha diz-me se ainda te apetece ir, temos que comprar os bilhetes. Alguém mais vem?

domingo, 1 de agosto de 2004

Planos para cumprir

Que fascínio pode exercer sobre nós uma cidade que não conhecemos? Será apenas a questão cultural o que me chama? A vontade de ver as ruas, os museus, as pessoas? Há dois anos que penso em aproveitar uns dias para me perder a conhecer tudo isto. Decido agora que vou a Barcelona antes que este encantamento se quebre. Alguém quer vir?

Crónica de um domingo qualquer

Adormecer ao meio dia e acordar para almoçar às quatro da tarde faz-me pensar que perdi qualquer coisa importante que aconteceu durante o dia. É pena. Nos últimos tempos tenho perdido muitas coisas quase sem dar por isso. Como a oportunidade de estar calada, por exemplo.

Love actually is all around

Deito-me às duas e meia da manhã absolutamente extasiada com o Love Actually e os extras do DVD. Rever o filme comentado pelo Richard Curtis (argumentista e realizador), pelo Hugh Grant (o PM), pelo Bill Nighy ( a estrela de rock decadente) e pelo Thomas Sangster (o menino de dez anos com problemas de amor) é o suficiente para todo este arrebatamento.