sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

My guiltiest pleasure

Uma canção da Wanessa Camargo (cantora de que não gosto nada), por que me apaixonei numa tardia sátira brasileira aos spaguetti westerns.
Acho que me derrete por a ligar sempre à personagem do Bruno Garcia - Ben Silver, o cómico quase anti-herói que acabava sempre por salvar o dia (ou a noite).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Hoje eu vou fugir para não me dar à vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã *

Substituir até à exaustão o "hoje" por "sempre"; esconder-me do medo de não saber o que farias em todos os amanhãs possíveis ou irreais; desconhecer que palavras se me escapariam em que momento; saber que flutuo ao teu primeiro olhar...
Temer os pretéritos (ainda que perfeitos), ambicionar futuros.
* Flutuo, Susana Félix

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Alguém que julgou
Que era para si
Em particular
Que a canção estava a falar *

É imperdoável que quando, finalmente, uma das minhas cantoras preferidas faz a canção da minha vida, venhas tu e a esventres de sentido.


* obviamente Clã, Sexto Andar

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

4th chance *




Nunca gostei do número 4 e, sinceramente, não me parece plausível.






* David Fonseca em repeat no pc, vício bom adquirido esta semana.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Espírito pouco natalício

Fed up e outros phrasal verbs compostos pela mesma preposição e f no início.

Porque Natal é dar

Divirtam-se, não custa nada!

Encadenada a ti

Foto da minha amiga Ati
Preciso das chaves para te poder deixar, é injusto que as escondas e assim me tenhas sempre à mão. Não me posso afastar se não me permites a liberdade.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

"Vive a assapar"

Assapar: v. int. e refl., pop.,
agachar-se (como um sapo);
alapar-se;
esconder-se;
desmoronar-se;
cair.


Surgiu a dúvida quanto ao significado, tirou-se, chegou-se à conclusão que o slogan não faz sentido: passar a vida a agachar-se não dá ideia de rapidez.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Retrato




Não sei se tenho talento, mas sei que tenho prazer em fazer o que faço. E sei que todas as gargalhadas, todas as aprendizagens, todos os meninos dão sentido aos meus dias. Perto deles sinto-me mais feliz.


(Esta sou eu aos olhos da minha aluna T. Muito exagerada no elogio das qualidades que ressalta em mim, mas ainda assim, um encanto de menina)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A long way

Entrámos juntas na primária, de mão dada, porque já éramos amigas antes. Senti-me responsável, afinal era a mais velha. Foram 12 anos de aulas em comum, a estudar em conjunto, a partilhar o mundo. Não foi de estranhar, quando entradas na faculdade, ainda que em edifícios em lados opostos da mesma rua, nos sentíssemos a falta e nos procurássemos entre caras desconhecidas. Acho que poucos me conhecem tanto.
E hoje a minha menina é pequenina, e ainda que eu saiba que não me lê...

Parabéns V.!

Sentido de humor

Houve quem dissesse que era wicked, outra adjectiva-o de subversivo, já chegaram a denominá-lo de corrosivo. Eu simplesmente chamo-lhe meu.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Wanted

Triste, triste, é ter dois posts escritos há mais de quinze dias e não saber onde os guardei.

Variações em plágio menor

Com o maravilhoso mundo do PCs, os menos descarados podem sempre fazer: copy and paste it in a different place so that no one will notice.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

(...)

10 anos.
3652 dias (hoje já mais um).
É estranho que o passar aos dois dígitos não esteja a significar apenas mais um ano, mas muito mais.
E continuo a precisar de ti como sempre, a sentir-te a falta como no primeiro minuto em que soube que já não ias estar mais aqui. É como se os anos sem ti fossem uma vida diferente, distante, mas que ainda cá estava anteontem...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Crime sem castigo

Uma assinatura de Luís Amado fará de mim uma fora-da-lei já no próximo ano. Que me atire a primeira pedra quem consiga olhar para ótimo sem ter arrepios.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tudo o que eu queria hoje

Aconchegar-me no teu abraço interminável e esquecer que existe um amanhã.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Calendário Pessoal

Enrolada num cobertor, sorrio ao frio e penso em como gostaria poder ter estado aí contigo, partilhar esta data, o teu dia. Tentei ligar e não atendeste, não sei se por culpa da festa que ainda dura, se por já estares a dormir. Não insisti, sei o perigo que há em acordar-te.
Fico a dever-te uma celebração, dos teus e dos meus. Pensando bem, podiamos decidir uma data e festejar o dia das duas, já que parece que nunca coincidimos quando deve ser.
(Gostei de ver como a tua persuasão continua intacta, até o São Pedro sucumbe aos teus encantos. Tens que me ensinar!)

domingo, 18 de novembro de 2007

A arrumar o quarto...

... encontrei um texto que, há 10 anos, saiu num jornal local. Foi escrito pela minha professora de Português, essa mulher admirável que, cheia de bondade, partilhava connosco semana trás semana a beleza das palavras, a melodia das metáforas, o sonho escondido em cada página dos clássicos que estudávamos. Ofereceu-nos no fim do ano lectivo este texto.

Folgas, Cavaleira e Companhia
Homenagem aos alunos de Português A, 12º ano, da Escola Secundária Mouzinho da Silveira
Folgas e Cavaleira são nomes reveladores de uma ironia terna, de acordo com a alegre autenticidade dos nomeados e a capacidade de amar de quem nomeia.
O mesmo acontece com a Companhia em que a Escritora, D.Duarte, a Gloriosa Admiradora de Florbela Espanca, o Poeta Vítor, a humaníssima Alexandra e todos os outros, percorreram comigo alguns anos da minha vida, fazendo-me acreditar outra vez, como dantes, que todo o tempo é o nosso tempo.
Ó Gabinete Ousada! - saudava-os eu quando cumpríamos "o serviço militar obrigatório" da Epopeia. E eles sorriam à porta de mochilas aos ombros, calmos e felizes, como quem entra no barco para mais uma viagem.
E assim andámos por esse "mar de longo" da Literatura, ao sabor das noites românticas, laivadas de pios de mochos, em cenários apocalípticos, pelas histórias da Guerra Civil...
Vivemos a perdição amorosa de Camilo e penetrámos em interiores requintados com estofos preciosos, estatuetas e jarrões de preço em que as flores elitistas se esfolhavam...
Bebemos ainda das filosofias poéticas, da ondulação pessoana, da sibilina voz dos escritores do século XX.
E assim ultrapassámos o "fingimento" e nadámos na verdade literária, em diversas direcções para delinearmos um rumo que nos aproximasse da VERDADE.
Para lá da porta da sala ficavam as guitarras, a voz da Marisa, os devaneios, as histórias do Sérgio, a "arte de bem cavalgar toda a sela" da Paula, as virtuosidades do violoncelo do Nuno, as espevitadas sentenças da Aida, o extraordinário equilíbrio do Duarte, as incursões filosóficas da Marisa Glória...
"Artistas da minha vida", sem dúvida, todos eles, mesmo os que preferiam ouvir, me gritam com o seu sorriso de regato vivo e a sua confiança que devo estar, no sentido etimológico - de pé, apesar das engrenagens que teimam em desvirtuar o primitivo e profundo sentido do velho EDUCO.
Julho 1997
Maria Guadalupe
Nota: EDUCO - verbo latino, significa tirar de dentro.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Psicologia Invertida

Foto daqui
Stay awake, don't rest your head
Don't lie down upon your bed
While the moon drifts in the skies
Stay awake, don't close your eyes
Though the world is fast asleep
Though your pillow's soft and deep
You're not sleepy as you seem
Stay awake, don't nod and dream
Stay awake, don't nod and dream
(Mary Poppins)

Desbloqueador de Conversa


domingo, 11 de novembro de 2007

Misapprehension

Dizes-me tu, mafaldinha, que estou enganada. Alegadamente, quase não tenho características aquarianas e por isso o meu signo deve ser outro, independentemente do dia em que nasci. Com o risco de que esta personalidade, construída ao longo de quase trinta anos, se desmorone sem os traços distintivos usurpados aos verdadeiros aquarianos, ou me arranjas um signo novo ou vais ter de me deixar viver na ilusão de que realmente pertenço ao melhor signo do zodíaco.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Juizos errados

Pareceremos tão vulneráveis que aquilo que nos digam possa influenciar, determinantemente, as nossas decisões?

Not worth it

Fechada e sem pérola...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Até...

Antecipavam separados cada minuto daquela noite. O convite partiu quando já nenhum acreditava que fosse chegar.
Viram-se de novo. Tocaram-se uma vez mais. Juntos eram crianças inexperientes, sem noção do que fazer.
Adiaram outra vez o desejo, voltaram a pôr reticências onde nem uma virgula teria lugar.

domingo, 4 de novembro de 2007

Once upon a dream

És a catástrofe natural que faz uma revolução na minha pele, na minha vida. Quando penso que estou em paz, chegas e tiras tudo do lugar. Não sei se agradecer o sonho, o abraço, a alegria, ou temer a incerteza que não deixas de ser.

Pa ti no estoy *

Não me apetece. Não tenho vontade. Os teus dramas existenciais já tomaram demasiado tempo dos meus dias. Custa-me ver como uma quebra minha (por pequena que seja) não tem importância frente a tudo o que te assola com frequência. Pois é, tive uma overdose de ti, agora preciso do meu espaço, do meu descanso, para poder recuperar o equilíbrio. Provavelmente nem vai demorar muito... mas, até acabar o meu momento de egoismo, vais ter que te habituar.


* Rosana Arbelo

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Recordar e partilhar (Clã no CAEP)

A qualidade não é muito boa (telemóvel), mas ainda assim vale a pena deixar o registo de um concerto inesquecível. Especialmente para a T. e a M., senti-me com 10 anos menos na vossa companhia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

!

Toda a gente detesta mentiras. No meu caso não é a mentira em concreto, é descobrir que me mentiram.
Quando se decide enveredar por esse caminho, pelo menos que se seja consequente com o que se vai fazer, que se encubra devidamente, que não se deixem pistas. Uma mentira mal "tapada" é uma ofensa muito maior.
Há que contar com a inteligência do outro, há que obrigá-lo a esforçar-se para descobrir a trapaça. Se tropeçamos com uma mentira sentimos que nos fizeram de parvos, e ninguém gosta de se sentir assim.

domingo, 21 de outubro de 2007

Explicação sumária

Se o amor fosse contagioso ter-me-ia apaixonado por ti quando me beijaste.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

(In)Visível

Agora passo todos os dias pelo mesmo sítio à espera de te encontrar. Sei que não te vou ver (não podes estar em dois lugares ao mesmo tempo), mas a cada passagem revisto aquele espaço com a rapidez que os meus olhos permitem, como se te tivesse perdido ali. Mesmo sabendo que não estás continuo a passar por lá, continuo a procurar-te, à espera que o tempo me surpreenda e te encaminhe para mim.
Agora passo os dias a reparar nas coisas insignificantes, como se antes elas fossem invisíveis e ocupassem hoje todo o espaço onde não estás. É a dimensão das coisas minúsculas que se agigantam na tua ausência que me faz esperar por ti, para que voltes a ocupar o teu lugar e o resto deixe de existir novamente.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Bad mood

Estou farta de pessoas que pensam que podem dizer tudo aos outros a brincar mas que não aceitam que sobre elas se faça o mesmo tipo de comentários.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Those were the days...

Os dias em que o sol brilha de madrugada porque estás perto. Os dias em que deixo o mundo para trás só porque deste notícias. Os dias em que a saia se encurta na esperança de que apareças. Os dias em que a imaginação faz cenários (positivos e negativos) pela não concretização.
Hoje sinto-te aqui, não sei se na minha cabeça se em realidade - há muito que a fronteira deixou de ser clara, quando és tu quem está em causa -, mas a tua proximidade faz-me sorrir.

sábado, 13 de outubro de 2007

S-day

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Os dias especias merecem ser assinalados.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Brio

Não sei jogar. Não sei antecipar a próxima jogada do meu adversário, nem consigo imaginar formas de o tramar antes que ele tenha oportunidade de me eliminar. Não sei contornar as regras. Não me interessa jogar sujo. Só sei lançar o dado e avançar uma casa de cada vez, como ele manda, e esperar chegar ao fim com todo o mérito.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Como sempre, o Bruno conseguiu dizer exactamente aquilo que eu senti ao ver a notícia no Telejornal, e ainda não tinha conseguido pôr em palavras.
Marion Jones
Devolvidas as medalhas, assumida a culpa, choradas as lágrimas de vergonha, só me resta uma pergunta: Agora o que é que fazemos com a desilusão?

A culpa foi da explosão

Tinham começado o que não chegou a ser nada, já que algumas pedras soltas rolaram para o caminho e os obrigaram a largar as mãos que iam, gradualmente, apertando com mais força. Separaram-se abruptamente, com razões pouco consistentes e um sem-fim de malentendidos.
Até que a missão o chamou para longe, algum tempo... Ela preferia não pensar, e ia vivendo numa realidade sem ele, assim sentia-se tranquila. Foi então que tudo aconteceu, uma mina terrestre no sítio errado e o passado voltou a ser presente. Com a força bruta de uma catástrofe natural.
Agora vão-se reaproximando, a medo, sem saber se os volta a juntar o mesmo sentimento, ou outro ainda maior. O que sabem é que se fazem bem, e que se a vida lhes deu uma nova oportunidade devem agarrar-se a ela.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Imprevistos

Separava-os uma vida e muitos anos, e também uma relação guardada no fundo de uma gaveta que preferiam não abrir. Evitavam-se frequentemente, condicionando, assim, as suas próprias vidas, sem serem capazes de entender que ainda que longe da vista, uma ausência provocada só os juntava um pouco mais. Não se verem era a opção menos dolorosa, não queriam "recair" em erros passados...
Quando deixaram de se preocupar com a presença do outro, assim que a segurança se instalou e deixaram de se precaver, viram-se confinados ao mesmo espaço. Sair não era opção, todos os que os rodeavam sopunham que se haviam superado. O que fazer?
Ao fim de vários minutos de incomodidade, ela encheu o peito de ar, atravessou a sala, tocou-lhe ao de leve no ombro (sempre tinha sido a mais corajosa dos dois):
- Olá. Como estás?
E nunca ninguém soube como lhe tremiam as pernas, como se sentia a suar frio, como um só sopro a teria derrubado.

Hoy


Quien nos diría, hace 5 años, que una conversación sin más llevaría a una amistad tan bonita, tan grande, tan perfecta? Me alegro que podamos celebrar este día y todos los demás 9 de octubre que nos esperan. Porque eres importante para mi, porque he crecido contigo, porque me apetece dedicarte un post. Gracias por tanto! Gracias por todo!

domingo, 7 de outubro de 2007

Próximo passo

Desconhecer, ignorar, estranhar, mentir, esconder, encobrir, condenar, repreender, fingir, censurar, esquecer, falhar.

Sobre os crimes que cometemos

O que será mais difícil, admitir ou negar até ao fim?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Curso de Web Design

Será que é desta que conseguimos personalizar o template do Figuras?

Série "Os meus miúdos são piores que os teus!"

Exercício sobre países e nacionalidades em inglês.
- Qual é a terra do bacalhau?
- É a Terra Nostra!

domingo, 23 de setembro de 2007

Agora já não

Ontem davas-me jeito, precisava de ti, fazias parte de um dos meus grandes planos. Mas não cumpriste a missão que te atribuí sem te pedir opinião e sem te informar. Agora já não fazes falta, já não te quero no meu "mundo"; porque não, porque não me apetece, porque não serves... ainda se tivesses namorado, talvez te pudesse inserir no grupo.

E se eu dissesse sim?

Se um desconhecido se oferecer para namorar consigo isso é...

sábado, 15 de setembro de 2007

Encruzilhada



Jardim Tropical - Lisboa

Não sei em que extremo estamos. Se cada um no seu canto, prestes a percorrer os atalhos que nos juntarão no fim; se lado a lado, a preparar-nos para a separação definitiva.

"Às vezes o amor..."

- Posso perguntar-te uma coisa?
- Claro que sim.
- Tiveste saudades minhas?
- Enquanto estiveste fora do país?
- Também. Mas estava dizer ao longo de todo o tempo em que não nos vimos. Tiveste saudades?
- Que perguntas mais tontas que tu fazes.
- E tu que nunca respondes.
- É que não tem lógica que me perguntes isso.
- Diz-me sim ou não, não é assim tão difícil.
- Sim, tive saudades tuas.
(silêncio incómodo)
- Não queria ser chato, mas entende que precisava de saber.
- Eu entendo.
- Eu também senti muito a tua falta. Como é que nos enganámos tanto?
- Devemos ser parvos, os dois. (Piscou-lhe o olho.)
- Sim, muito provavelmente é isso. Mas eu sou mais, ouviste?
- 'Tá bem, nisso deixo-te ganhar.

CAEP até ao fim do ano

4 de Outubro - Clã

26 de Outubro - Mundo Cão

24 de Novembro - David Fonseca



Mal posso esperar! ; )

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Bye bye

Resta-me a memória para saber como és, já que não te consegui "prender" em fotografias.

Revisitação

Há uns dias recordei uma conversa de há dez anos; ontem um post fez-me voltar a pensar nela.
À porta do bloco F, na velhinha Escola Secundária Mouzinho da Silveira (o Liceu, para quase todos) seis alunos do 12º ano, ainda cheios de esperanças e de medos, discutiam o futuro. O fim do ano lectivo ia trazer-lhes uma mudança de vida radical, sair da escola e da terra que os viu crescer, deixar a protecção dos pais, ser adultos.
Três deles afirmavam que o adeus seria um até breve, que queriam voltar àquela cidade "cercada/ De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros", queriam ajudar a que se desenvolvesse, a que pudesse ter mais oportunidades para outros (aquelas que eles não iam ter); os outros três, pelo contrário, queriam deixar o passado para trás, partir para sempre. Só dois se mantiveram fiéis aos seus propósitos, apenas um voltou para "casa".
Dez anos depois, o que diriamos acerca dos nossos futuros se nos reencontrássemos?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Problema de expressão

- Onde está o meu postal?
- Aí em cima.
- Em cima do quê?
- Do coiso.
- Onde?
- Na cozinha.
- Na cozinha onde?
- Já te disse, aí em cima do coiso.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Figuras de...

Nunca sei quem és. Revelas partes de ti a cada encontro, mas elas não encaixam para formar o teu todo. Acredito no sentido de humor ou no sabor amargo que, inevitavelmente, deixas? Na doçura ou na frieza? Nas atenções ou no desprendimento?
Crio hipérboles dos teus actos e eufemizo-te os erros culpando-me a mim. Não sei quanto tempo mais aguentarei viver com uma sinédoque.

domingo, 2 de setembro de 2007

The end of the affair

Primeiro dia:
Eu - You're a gentleman.
Ele - Do you think so?
Eu - I know so.
Ele - (sorriso maroto)

Segundo, terceiro, quarto dias:
(silêncio)

Último dia:
Eu - Do you want me to send you the photo?
Ele - No, that's ok, I have too many photos.
Eu - Ok.
Ele - But do you want my address?
Eu - No.
Ele - (olhar confuso)
Eu - You're not a nice person. In fact, you're really unpleasent.
Ele - I'm not talking to you anymore.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Confirma-se

imagem daqui
Continuarei a ser a única portuguesa que ainda não viu os senhores comendadores ao vivo.

The pissing boy

Voltámos. Bruxelas é feia e pouco evoluída. Mas não se pode esperar muito de uma cidade que tem como símbolo um menino a fazer xixi. O Manneken Pis não passa de um nenuco no canto de um prédio. Os belgas comem mal e bebem pior ainda, valha-nos os gaufres, os chocolates (roubados) e os mexilhões (e a coca-cola). O Ommegang é engraçado mas teria tido muito mais graça se o menino das andas de cinco metros tivesse caído. As nossas Super-Bitches revelaram-se ao longo da semana Super-Sweeties. Ainda tentámos enforcar "Mámãe", mas o carinho da mafaldinha pelo filhinho (tão lindo) salvou-a em todas as tentativas. A não esquecer: o insulto mais carinhoso da semana ('paneleiro), enjoy the building não é coisa que se deseje a ninguém e fazer sentinela à porta da casa-de-banho pode provocar as maiores gargalhadas. E o adeus que pensámos definitivo ficou por dizer.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Imagem daqui

Nos próximos dias estaremos por aqui. Mergulhadas em gaufres e chocolate belga. Satisfazendo vícios. Matando saudades dos nossos israelitas favoritos.

Vícios

Quando descobrimos uma coisa que nos faz sentir bem aprendemos estupidamente a viver dependentes dela. Durante algum tempo enganamo-nos, achamos que tudo não passa de um capricho, uma vontade perfeitamente controlável e não vemos o óbvio. Quando por fim reconhecemos o vício, ele já faz parte de quem somos e, como tal, é impossível deixarmos para trás um bocado de nós. Devia, por isso, ter percebido que acabaria por me viciar em ti. E que ninguém conseguiria arrancar-me o (teu) sorriso.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Epifania criativa

Não se sabe se foi a febre, a enxaqueca ou os medicamentos para elas; o que sim se descobriu é que em 3/4 horas a inspiração chegou e tomou conta. Deu-se à luz um pequeno conto, para entreter as ávidas leitoras fiéis, e tem-se fé nas gargalhadas que se espera poder arrancar.
Foi única a experiência das palavras que jorram dos dedos, sem freio, fazendo de nós o instrumento que necessitam para ganhar vida.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Nem ai, nem ui

foto daqui
Depois de um ano de utilização já posso afirmar: Estes publicitários são mesmo uns exagerados.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Forever Best Friends

Surpreendente como numa conversa fortuita e inesperada descobri que tens e te queixas do mesmo destino que eu. E ainda assim não nos conseguimos entender.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Refúgio

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Foto roubada à mafaldinha. You're the best.

A melhor cidade, as melhores pessoas, os melhores dias. Podia ser o paraíso. Há viagens das quais não nos apetece regressar.

O óbvio (2)

A meio do filme.

- Jessie, tenho sede.
- Vou lá fora comprar uma garrafa de água.
- Não, não podes sair a meio do filme. Tens de esperar pelo intervalo.

Finalmente tenho alguém que sabe tomar conta de mim.

O óbvio (1)

Primeira ida ao cinema com a tia. Fila da bilheteira. Algumas pessoas almoçam numa conhecida cadeia de fast food ali ao lado.

- Jessie, o que é que aquelas pessoas estão ali a fazer?
- Então não vês? Estão a almoçar.
- Ah, não têm comida em casa.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A Estrada

Um condutor pouco cuidadoso, que salta semáforos vermelhos, que não cumpre as regras básicas de convivência social sobre o alcatrão, atira para o coma meninos de 15 anos com uma vida pela frente. E ainda há quem acredite no ser humano.

Tenho problemas com a minha antena

Tive a certeza quando uma canção da "mãe do rock português" me soou a Buraka Som Sistema.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Segredo

As promessas que nos fazemos a nós mesmos são as mais difíceis de cumprir.

Adeus(es)

As lágrimas de impotência não voltaram a tentar espreitar desde aquele dia em que não te pude levar ao destino. No mesmo cenário, anos depois, as despedidas já não magoam como antes.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Até quando?

Tudo me leva a ti. Mas quando chego, tu nunca estás.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

A maldição do sr. arquitecto

Desconhecia que os famosos vídeos que mostram as loucuras do sr. arquitecto nos anos 80 estavam amaldiçoados. Fosse porque alguns pensaram em comercializar a relíquia, ou porque constantemente descíamos o sr. arquitecto à divisão dos engenheiros, a verdade é que depois de longos minutos discutindo a qualidade das imagens e a beleza dos diálogos, algumas pessoas do grupo começaram a sentir-se mal. Primeiro um, depois outra, também a mafaldinha e até mesmo eu, que nunca vi os ditos filmes. Poderosa, a maldição. Ou isso ou a coca-cola na discoteca não era coca-cola.

O mundo voltou a fazer sentido

O meu computador ressuscitou (o milagre agradeço-o aos senhores da Toshiba).
Recuperando o tempo perdido fora do mundo, agradecemos a nomeação da Sophia, que honra imaginar-nos uma maravilha para alguém (ainda que posteriormente esta escolha venha a ser paga em brigadeiros).
E respondendo ao teu desafio da página 161 (para os destraídos como eu, é preciso pegar no livro mais próximo, abri-lo na página 161 e procurar a 5ª frase completa), peguei sem pensar num dos meus livros preferidos (não fiz batota, ele estava mesmo ali ao lado, na estante da cama). Contei as frases, reli para ver se não estaria enganada e, curiosamente, a Jess (personagem preferida, confesso) diz:
This is I; this is my voice, this is my body, this is my life.*
Não sei se a intenção era mostrar que estas frases se nos podem aplicar, de qualquer forma, acho que aleatoriamente, nenhuma outra se adequaria melhor.
*A Long Way Down, Nick Hornby

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Descerrar a lápide



Até faria o sacrifício de estar presente na inauguração - eu que nem gosto de festas - se pedisses com jeitinho. Agora vais ter que me voltar a convencer.

"It was nice bumping into you again, for the first time" *

Durante anos desenhei-te os olhos. Quando, por fim, te conheci até com a localização dos sinais tinha acertado... tantas vezes.
* Chapter Two, Neil Simon

Concorrência

Assustas-me; mais o que representas do que tu propriamente. Mas pela primeira vez o meu medo tem rival. Parece que o meu cadastro como fugitiva tem por fim quem o supere.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Uma ilha

O ano acabou finalmente. Despedi-me das minhas 120 pestinhas com lágrimas escondidas de saudades antecipadas e alívio. No último mês a cabeça já não acompanhava o corpo e por muito que este ainda tivesse toda a energia que precisamos quando estamos com crianças, o cérebro preguiçoso dizia que não. Antes que ele entre em curto-circuito, vou procurar por aí uma ilha deserta onde me possa tornar invisível. Como acabei de gastar as últimas duas horas de bateria do computador, só preciso de um livro e do meu ipod. E se daqui a uma semana tu ou outra pessoa qualquer quiser aparecer na minha ilha, podemos ficar invisíveis por mais uns dias e voltar para casa quando nos vierem buscar.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Split second

Coisa estranha, a coragem. Num segundo somos capazes de tudo, de mostrar o que pensamos, gritar o que sentimos, ser o centro das atenções, dizer que não queremos, assumir que gostamos, expor-nos, não ter vergonha, correr o risco, não ter medo de ouvir não. E no segundo seguinte ela desapareceu.

domingo, 17 de junho de 2007

Engano profissional

Foto daqui

O que eu devia ter sido era realizadora de cinema, com a quantidade de filmes que acabo sempre por fazer.

terça-feira, 12 de junho de 2007

"No te encuentro en mis sueños de noche" *

Levei tanto tempo a esforçar-me por te esquecer e quando menos esperava noto que passaste. É tão doloroso assumir que me falta o teu pedaço, como foi - à época - admitir que fazias parte de mim. Procuro-te em todos os recantos e não estás; preciso de ti aqui, se não em corpo pelo menos em memória para me ajudares a não cair em erros fáceis.
E, apesar de tudo és coerente (até em mim) - sempre que te necessitei, nunca te consegui encontrar.
* Donde Estés, Chenoa

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Arca

Estou desejosa de te encher dos meus pequenos tesouros...

(Maus) hábitos

Sei que não me queres magoar com os teus comentários, tens medo de exercer influências, de te exceder e com o teu excesso dar-me esperanças vãs. Escolhi-te para amiga (porque os amigos se escolhem) por te pareceres comigo e pela sinceridade que te caracteriza. Não te preocupes com as minhas escolhas, não sou fácil de guiar por outros - a casmurrice não o permite -, o que não quero é ter mais segredos para ti, não estou habituada a tê-los.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Salsa, tu já mereces um post

Tanto que falam do Marlon, eu cá por mim volto a ver Os Azeitonas pelo Salsa.
Esta canção é dedicada à ruiva cá do blog, porque é sobre nós (ainda que não nos mencione directamente), e porque é das poucas que ainda acredita que o príncipe encantado volta sempre para nós, qual tesouro no fim do arco-íris.

Finalmente

Parada, olhava para a estante prometida. Sentiu umas mãos nos ombros que pouco a pouco desciam pelas costas para lhe repousar na curva da cintura. Sabia que queria que assim fosse. Ao ouvido, um sussurro:
- Já chega.
- De quê?
- De olhar para aí. Está na hora do nosso filme.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Da próxima vez

Não vás sem deixar destino ou direcção, se houver próxima vez não esqueças leva contigo recordação e um beijo pendurado ao peito do teu coração*.
Se nos desfizermos em sorrisos quando nos virmos, seremos capazes de voltar a pôr de pé todos os bocadinhos de nós para podermos matar saudades todas as próximas vezes?
* Luís Represas

Quente e frio

Querer olhar para ele e ter receio de que os meus olhos me denunciem. Querer falar com ele e engasgar-me entre parvoíces. Querer tocar-lhe e fugir com medo de me viciar na sua pele. Querer perder-me nas horas junto dele e vir embora no final da semana com a sensação de que um sorriso de alguns segundos nos pode prender por uma eternidade.

Orgulho

Estar na rua, ouvir alguém gritar Professora, virar-me e ver um rosto familiar a dizer-me adeus entre sorrisos.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Primaveril

O sol dá-me a luz que te não vejo na voz, os dias aquecem-me e a distância aperta quando a noite ainda exige abrigo; mas não há como as tuas palavras para me acariciar a pele - na impossibilidade de te sentir o toque.

Programa de Fomento à Leitura



Se tu lês, eles lêem!

Não sei se o slogan funciona ou não (às vezes duvido da eficácia da publicidade), sei que as histórias que me leram em pequena ajudaram muito no meu "vício" pelos livros, esses objectos-tesouro que eu cuidava com esmero e que eram os melhores presentes que me podiam oferecer em qualquer altura.

Gosto deste anúncio pela simplicidade com que diz aquilo que todos sabemos e tantos fingem não atingir.


* Só me chateia o facto de pai e filha dobrarem o canto da página, mas isso não é mais do que um detalhe típico de uma apaixonada. Sempre se pode fazer o que eu sempre faço quando empresto um livro, fornecer também um marcador.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Concerto Diferente

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CAEP, 30/05/2007, 21h30m
Quarteto em Mim
Os Azeitonas
Porque a CERCI merece que lhe celebremos o aniversário.

A ternura

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Sempre me surpreenderá a beleza que pode sair de umas mãos. Aquelas que a ínumeros deram mundo, aquelas que tantos viram no momento inicial, ocupam-se assim em horas de lazer. Mais milagres de delicadeza e doçura de umas mãos que não negam o hábito sagrado que têm.

Shattered dreams

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Zurique, Viena, Paris, Estocolmo, Dublin, Londres.
Qualquer destino seria apetecível para a ver ao vivo, por primeira... por única vez.
Alguns sonhos existem para não se cumprir.

domingo, 27 de maio de 2007

Maybe next time

Não há do que ter saudades e no entanto, sinto a tua falta como se sempre me tivesses pertencido. Pertence-me apenas a fantasia de ti e o sorriso que me deixaste.

sábado, 26 de maio de 2007

Simplesmente João

foto daqui
Hoje, 22h, CAEP.
O meu bilhetinho já cá canta!

Maldito Morfeu

Quando achei que me tinha centrado, quando consegui (por fim) racionalizar, quando recuperei o meu espaço, chegaste-me nos sonhos e não me permites a tranquilidade.

Diz que foi uma espécie de dia de aniversário

No dia 23 parece que aqui a casinha fez 3 anos. A preguiça, o cansaço e as brigas titânicas da ruiva com um certo transformador não nos permitiram assinalar a data atempadamente, aqui fica.

Parabéns para nós! (Nunca sonhámos chegar aqui, obrigada a todos os que nos visitam. O orgulho é muitíssimo!)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Turbilhão

Ficámos entre declarações de amor, provocações mútuas sussurradas ao ouvido e pedidos ousados. A promessa de um beijo segue no próximo e-mail.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Gramática

Só aquele que escreve sabe quantos se escondem por detrás de um tu.
Continuo sem saber porque fico feliz quando me telefonas por nada.

Questiúnculas pronominais

Como é que se chega até aqui?
Relembro os tempos em que fomos inseparáveis, em que não podiamos estar sem falar e sem nos ver. Época em que as confidências iam até altas horas, e em que a coisa mais fútil, mais tonta, tinha toda a graça do mundo. Quando nos contávamos tudo, apenas porque só assim fazia sentido; quando ultrapássavamos boatos com uma gargalhada.
Agora tudo mudou, sei as causas, confesso que não estava preparada para as consequências, mas não há volta atrás. Lamento que assim seja, que já não sintas a minha falta. Tenho pena que já não precises de mim, na mesma medida em que eu continuo a necessitar-te.
Não me resta mais do que recordar os anos em que tive a audácia de te chamar meu.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Choque de realidade

Se nos deixamos encantar por um sonho e acordamos com repetidas pauladas na cabeça; será difícil entender que nada nos pode magoar mais do que esse despertar?

terça-feira, 15 de maio de 2007

Deve ser da Primavera

Tenho saudades da alegria sem motivo e do sorriso tonto colado nos lábios. De rir e dizer parvoíces para fazer alguém rir. De ocupar a mente entre preocupações com fantasias divertidas. Escolho um alvo. Já está. Agora é só fingir que estou apaixonada.

À espera

Eu até podia arranjar o e-mail dele. Mas isso não ia matar as saudades que tenho de ver aquelas costas e aquele sorriso maroto de (quase) provocação.

Sensibilidade

Chego à sala com olhos e nariz vermelhos. Pouso os livros, digo Bom dia baixinho e os alunos continuam a conversar descontraidamente. Até que a Inês olha para mim e diz num tom preocupado, Shh! Não façam barulho hoje, a professora esteve a chorar. Reprimi uma gargalhada. Todos se calaram e pela primeira vez as regras da sala de aula foram cumpridas uma por uma. Nunca pensei que a alergia à primavera desse tanto jeito.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Meter na cabeça

afraid - escreve-se só com um f
esclarecer - não leva x

Bolas para as dúvidas estúpidas!

O que sou?

Não sei se me tornei na amiga confidente a quem não tens pudor de contar o que quer que seja, se aquilo que me disseste não é mais do que uma tentativa de explicação para o que entre nós não se passou.
Gosto da confiança que depositas em mim, é bom sentir que me queres ouvir, que precisas que esteja; ao mesmo tempo, sei que há revelações que não necesito. Decide-te e esclarece-me, estou farta de dúvidas sem resolução.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Boker tov!

Parece que voltámos. Em poucas palavras, só me lembro dos quatro israelitas mais giros da empresa. E do Palácio da Bolsa e da Serra do Pilar, da ribeira e dos Aliados. Da aventura que é andar de táxi, onde nunca se sabe quando é que o taxista nos vai pedir para escolhermos o quadro que ele quer oferecer à amiga ou quando vai parar no meio de uma rotunda para dizer que somos testemunhas de um acidente que não vimos. Dos pequenos-almoços divertidos. Do assalto à casa do moldavo em cuecas. Da discoteca na Alfândega no primeiro dia. E do Rui Veloso, que não sei se tem razão quando canta, não se ama alguém que não ouve a mesma canção.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Balde de água gelada

Preparação adequada. Cenário perfeito. O misto de nervos e tranquilidade que só alguém especial pode suscitar. O desejo à flor da pele. Finalmente a decisão tomada.
Uma frase quebra o encanto. Volta a vergonha, o muro, a timidez. Afastam-se como os bons amigos que nunca deveriam ter sonhado deixar de ser.
Há relações que não podem mais.

A outra metade

Pareciam-se tanto que até mesmo o preconceito - a única barreira entre eles - partilhavam.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Wunderbar

Ute Lemper, CCB, domingo, 6 de Maio de 2007. Não há palavras para descrever o que pude sentir. O repertório que me levou a algumas das minhas memórias mais doces, a voz e a presença que são irrepetíveis. Valeu a pena a espera para a ver ao vivo, superou todas as espectativas.


Ute Lemper - All that jazz
Deixo um video que não é do espectáculo a que assisti, mas de que gostei muito, para os que ficarem curiosos sobre esta grande cantora.

JC

Joaquín Cortés - foto daqui
Depois do espectáculo de Joaquín Cortés en Elvas no passado dia 28 de Abril só se pode fazer a proposta de que o bailaor seja considerado uma das 7 maravilhas do mundo. Não são muitos os que conseguem levantar em aplausos uma sala inteira, 5 vezes seguidas.
Obrigada L. pela excelente companhia.

Mea Culpa

Espectáculo
Lisboa
Porto
Congresso
Trabalho, trabalho, trabalho
Lisboa
Concerto
Sem internet

E nenhuma destas desculpas me parece o suficientemente boa para estar tanto tempo sem actualizar o Figuras. Que me desculpem aqueles que nos visitam com regularidade.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Entre a espada e a parede

Não deixa de me surpreender a forma absurda como algumas pessoas quando lhes é dado (o que acham ser) um bocadinho de poder, imediatamente crescem em prepotência e autoritarismo. Tudo piora se a falta de razão as faz ter necessidade de deitar mão a esse poder para demonstrar a força que no fundo não têm, porque só precisa de se afirmar pela força quem não a possui.

sábado, 21 de abril de 2007

I'm in love with a rock star

Foto de Alejandro Parreño (Nómada) tirada por Ati
Porque ainda há homens pelos quais vale a pena fazer umas centenas largas de kms e que nos fazem voltar a casa com a cabeça nas nuvens e a alma cheia.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Diagnosis: I'm Izzie

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Imagem daqui
Sem supresas. You're impulsive and often follow your heart, not your head. Caring too much can get you in trouble. But you're always there for your friends, and good thing they're always there for you too. Just doing your job isn't for you; you'll always find a way to go above and beyond because there are so many people who need your help. Just remember to save yourself before you save the world.
Eu podia ser a Izzie. Embora o meu príncipe encantado seja, sem dúvida, o Preston Burke.
Para quem tem curiosidade, o diagnóstico fica aqui.

Ladrões de sonhos

Há quem aproveite todos os segundos do dia para sonhar e há quem se aproveite do que sonham os outros porque não tem capacidade de sonhar por si mesmo. Pode ser frustrante partilhar um sonho, quase palpável, quase impossível, com alguém que na primeira oportunidade o vai tornar seu. Mas aprendemos, crescemos e sonhamos outros sonhos. Temos novos planos e objectivos e somos felizes porque os concretizámos. O ladrão de sonhos continua a saltar de pessoa em pessoa, a roubar sonhos que nunca serão seus de verdade, sempre insatisfeito com o que se tornou no último sonho roubado. E um dia agredecemos-lhe por nos ter feito escolher outro sonho. O sonho certo.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Nova aurora boreal

Acordar noutra vida, noutro mundo, noutro corpo, com outro reflexo e outras vontades. Não sabia se era uma urgente necessidade de férias, se a mudança tinha que ser mais radical, mais definitiva. Tinha-se encerrado numa realidade que já não suportava, sem saída, precisava de uma janela.
Pelo menos uma janela.

domingo, 15 de abril de 2007

De onde não esperamos

Numa cerimónia, ouço falar de mim e sem que se note ponho-me à escuta.
- É a filha de ... !
- Ah sim? Já não a via há tanto tempo, está crescida.
- Mas não era difícil, está tão parecida com a mãe.
Nesse momento, e ainda que sabendo que não é verdade, tive vontade de correr para perto daquela senhora, que não conheço para mais do que um "bom dia / boa tarde", abraçar-me a ela, dar-lhe dois beijos e agradecer o maior elogio que alguma vez me fizeram.

A sabedoria daqueles que admiro

foto da Rita Blanco daqui
"Tentar ser livre não traz muita felicidade."

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Porque não estavas lá

Nina - Va todo al ganador
Porque é uma das poucas vozes que me faz chorar, pela amplitude, a técnica, a emoção, a interpretação. Porque a admiro desde pequena e foi fantástico tê-la reencontrado há 5 anos. Porque a dignidade de um cantor se vê nas escolhas que faz e em como admite os seus erros. E, principalmente, porque eu for grande quero cantar assim.

Lack of confidence

Queria ver-me através dos teus olhos. Saber o que sentes quando te falo. Ter a certeza de que tudo não é só uma miragem.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Outro lado

Olhar para Lisboa como quem vê tudo pela primeira vez e encontrar em cada pormenor conhecido uma descoberta. E saber que todos os dias dias há algo novo que afinal esteve sempre ali.

domingo, 8 de abril de 2007

Onde está o Wally?

Imagem daqui
Frio, falta de atenção, pouca paciência... não sei, eu cá não vi nenhuma rã, pelo menos in situ. Nas fotos até se percebe que é um batráquio.

Muchas gracias, peques

A amizade faz com que os caminhos se encurtem e as distâncias desapareçam. 3h30 de estrada não têm importância se é para estar com quem se quer bem.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Ainda que virtuais

imagem daqui
Boa Páscoa!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Amores tímidos

Tú crees que nos enamoramos sólo para no estar solos? Yo creo que me he enamorado de un chico. Bueno, de su cogote. Me encanta el cogote de un conductor de tranvías que no conozco.*
É sempre assim. Estou tranquila, quieta no meu canto. De repente, aquilo que é sossego passa a ser monotonia, só porque ele apareceu. Entro de novo no turbilhão de alegrias breves e pequenos desalentos para terminar o dia com a conquista de um sorriso tímido. Não chega. Dele apetecia-me mais do que um sorriso, mas não podemos. Acho que me apaixonei. Pelas costas dele, pelo menos. Não é um condutor de eléctricos, mas é um técnico israelita que (quase) não conheço. Será possível apaixonarmo-nos só para manter a mente ocupada?
* Carta de Leire a Javier, no filme Piedras de Ramón Salazar

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Surely missed Woody Allen

Hugh Jackman e Scarlett Johansson daqui
A voltar a tomar o gosto ao cinema, principalmente quando em boa companhia.

Os vampiros que conhecemos II

Sair de uma amizade por escolha, com as mãos vazias, o escudo a postos, a sentirmo-nos usados e sem vontade de dispender o esforço para solucionar o abismo, é a consequência inevitável do esgotamento de se nos terem aproximado.

Os vampiros que conhecemos

Só conseguiria ser uma boa pessoa se cada vez que se aproximasse de alguém se lembrasse que dar é mais importante do que receber.

domingo, 1 de abril de 2007

Luz

A chuva no pára-brisas hoje não lhe parecia irritante, era o sol que lhe ia na alma que iluminava o mundo, (apenas) porque tinha passado o dia contigo.

sábado, 31 de março de 2007

Música e Letras

Hugh & Drew "roubados" daqui

There are moments when I don't know if it's real,
Or if anybody feels the way I feel,
I need inspiration,
Not just another negociation.

It's in his kiss

Um abraço apertado... demorado... oferece mais dúvidas do que certezas. Porque é que nos ficámos só por isso? Porque é que fomos tão longe?

terça-feira, 27 de março de 2007

Baila, baila, cinco minutos más

Chegámos. Madrid, o cansaço e as horas de sono perdidas ficaram para trás. Quase lá deixámos também as nossas orelhas direitas, mas felizmente conseguimos recuperá-las a tempo. A farda de funeral não me teria parecido tão má se não houvesse um lencinho vermelho para agradar ao touro-chefe. Apesar do lenço, do frio do Árctico, do urso polar, quantas mais viagens mais saudades. E laços cada vez mais fortes que nos custa deixar pendentes. A custo, fizemos as malas, guardámos os recuerdos, os sorrisos, as gargalhadas, os olhares, as conversas. E todas as coisas boas: o israelita da minha vida, os walkie-talkies no meio do tédio e os disparates que onze pessoas podem fazer dentro de um quarto de hotel (a cama partida é segredo, shhh).

quinta-feira, 15 de março de 2007

Mírala, mírala, mírala...

foto daqui
...la Puerta de Alcalá.
Próximo destino: Madrid

quarta-feira, 14 de março de 2007

Festival da Canção 2007 - 3ª parte

Não vou mencionar a hereditariedade do talento, apenas queria deixar aqui aquele que me pareceu o projecto mais interessante que se apresentou no festival deste ano. Há coisas que é melhor divulgar para não se perderem.

Dá-me a Lua, TribUrbana

Festival da Canção 2007 - 2ª parte

Há um ano insurgia-me com o facto de a vontade do público não ter sido levada em conta naquele que em tempos foi o grande certame da música portuguesa. Retiro cada palavra que disse na altura. Aquilo a que chamei tentativa de reabilitação do festival, foi enxovalhada este ano pelo "espectáculo" que nos foi apresentado no sábado.
Não tenho a menor ideia acerca de quem terá escolhido a sala Tejo para o evento, mas o certo é que não funcionava em termos televisivos: um palco demasiado pequeno, um espaço demasiado nú,... As canções continuam com uma qualidade (pelo menos) duvidosa, a dupla de apresentadores que saíu apupada em 2006 foi repetida (Jorge Gabriel fez questão de enfatizar a sua posição do ano transacto, realmente rectificar é de sábios), e já nem vou falar das tentativas de momentos de humor porque nem vale a pena.
Pergunto-me porque não voltar ao modelo de outros tempos em que votavam todas as capitais de distrito ou então escolher um juri especializado (e com o adjectivo penso que se entende que encenadores de teatro, estilistas e críticos de televisão não fazem parte do lote), porque já se viu este ano que a escolha do público é assustadora.

Festival da Canção 2007

Conseguiram roubar-me qualquer dose de nacionalismo que ainda me corresse nas veias.

terça-feira, 13 de março de 2007

Padrão

Procuro um João Miguel, alto, barriguinha proeminente, interessante, intrigante, eventual homem-da-minha-vida.

Defeito de professora

Dizer tudo pelo menos três vezes. Fazer o mesmo comentário no mínimo três vezes. Contar a mesma coisa umas três vezes. Ou mais.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Por telefone

"Gosto muito de ser limitado."

And I'm so glad you do...

Máximas

Fotografia by Margot
Las situaciones embarazosas... ¿Las trae la cigueña?
Mafalda

sexta-feira, 9 de março de 2007

Big Spender



Bob Fosse no Pavilhão Atlântico de 26 de Abril a 1 de Maio.


10.03.2007 - Segundo o Diário Digital a peça foi cancelada sem que novas datas tenham sido definidas.

Generalizações apressadas

Porque é que se confunde não querer ser pai ou mãe com não gostar de crianças?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Soltar amarras

Portalegre ao fim-de-semana

Sexta-feira: Linda Martini

Sábado: Sara Tavares

Sabe bem: descoberta e confirmação.

conclusões no feminino

O amor é um estado, não uma acção.

sábado, 3 de março de 2007

Katie Girl



- You never did!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Cópia "pimba"?

Diz que há um novo cantor romântico - arrebatador de corações - no mercado português. Tem de herança o apelido que o catapultou para a fama, e pelo que pude ver em todos os noticiários televisivos a ideia de que muito portugueses são tontos.
O mocinho não é mais do que uma tentativa de cópia do cantor espanhol David Bisbal: com menos voz é certo, sem o movimento de ancas, sem o carisma, mas ainda assim uma cópia descarada. O pontapé no ar no fim das canções, a postura ao entrar em palco, até mesmo alguma canção a que ele chama original e da qual não mudam mais do que dois ou três acordes.
Não é por o David nunca ter feito promoção em Portugal que é totalmente desconhecido. Realmente aquele que não sabe fazer, imita (ou pelo menos tenta).

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Têm a certeza?

Aqui há talento!, sábados à noite, RTP. Dizem que é um formato internacional adaptado para o nosso país, será que só a mim que me faz muito lembrar a rúbrica "Vale Tudo" desse monumento da televisão em movimento chamado Big Show Sic?
O que sim tenho a certeza é que o espreito, de vez em quando, pela mesma razão que o fazia com o anterior: Joaquim Monchique.

Rendição

Deixa que eu me vá, sem ruído, sem quase dares por isso. É mais fácil desistir de uma vez por todas e ter certezas, do que reavivar a esperança a cada manhã, para que a noite nos traga a ausência e a dor em pedacinhos.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Se só 7 meses depois me pediste o telefone...

Pelo andar da carruagem, daqui a dois anos convidas-me para sair, daqui a quatro ganhas coragem para me ir levar a casa, daqui a seis agarras-me finalmente a mão e aos oitenta pedes-me em casamento, ao que eu respondo que nunca estive interessada.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sem pressa

Ainda não cheguei a casa. Perdi-me no caminho, nesta estrada em que me deixaste. E todas as horas depositadas no esforço de chegar a ti me deixaram mais longe. Não sei onde errámos, mas a vida não vem com manual de instruções, por isso nunca vamos saber qual foi o passo importante que saltámos. Certamente muitos, provavelmente todos. Quisemos aquilo que não podíamos ter. Mas continuamos à espera, sem pressa de chegar a lado nenhum.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Estradas

Estrada Portagem - Castelo de Vide, foto em Vistas na paisagem

Gosto de ver os troncos a passar depressa enquanto conduzo, da paisagem que afunila num ponto ao longe; é bom deitar-me no banco detrás do carro e observar como as copas verdes recortam o fundo azul, devagarinho, e os pequenos raios de sol que conseguem passar por entre as folhas.
Tenho saudades das estradas ladeadas por árvores da Serra de São Mamede!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Coscuvilhice inocente

Na brincadeira com um livro de respostas decidimos bisbilhotar na vida de duas pessoas (uma delas apenas conhecida). Será que a relação do momento vai durar? Abre-se o dito livro e está escrita a mensagem Pergunte ao seu pai.
Os nossos pais nem os conhecem.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Bons presságios

- Olha, afinal não posso ir ao teu casamento...
- Não faz mal, fica para a próxima.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

A minha vida dava uma novela da TVI - Resumo da semana

Semana de testes. A M. recusa-se a fazer o seu e eu hesito entre dar-lhe um zero ou um Excelente pela birra. A A. levou o teste para casa para o conseguir acabar e eu não sei como reagir: rebolo no chão a rir à gargalhada ou dou duas cabeçadas na parede? O G. atira-me com o livro e cospe-me em cima porque lhe tirei os brinquedos. Guardo a palmada que ele merecia e fico a pensar quem será mais tonto, eles por fazerem o que fazem ou eu por gostar do que faço?

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Ao meu pai

Porque há dias que o calendário não devia marcar.

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
[...]

[...] E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Decididamente

Apagámo-nos da vida um do outro, nem sei bem porquê. Talvez porque a minha presença em ti e a tua em mim são demasiado tormentosas para continuarem a ocorrer.

Amigos

Os dias em que os nossos amigos não estão bem são dias cinzentos e tristes. Levam-nos a pensar que ainda que nada de mau nos tenha acontecido a nós, o facto de ser com eles já é suficiente para não podermos exibir um sorriso aos que connosco se cruzam. As perdas humanas e materiais, as situações violentas, os nervos passados, o choro expresso e o escondido, os pedidos de ajuda velados, exigem-me que hoje escreva para elas, 3 das minhas amigas mais próximas.
Gostava de poder apagar a vossa tristeza com uma borracha especial, queria estar menos longe (geograficamente falando) para poder ser o conforto necessário, aquele para que as palavras e a voz não são suficientes. Sonho que cada uma de vocês sabe que estou incondicionalmente aqui e que umas centenas de kms não são nada quando se gosta a sério.

Sensação Singular

Andar na rua com alguma pressa é uma actividade regular de todos os seres humanos. Li algures que os cegos conseguem identificar as pessoas pelos passos - se é que todos nós não o conseguimos fazer, há aquelas passadas familiares que nos fazem sentir um arrepio na barrriga e aquelas a que somos completamente indiferentes.
Noutro dia, enquanto vinha do banco apercebi-me que realmente o som dos meus passos tem uma cadência, um ritmo, algo reconhecível. Caminho ao ritmo de One de Marvin Hamlisch - mais uma vez percebi que os musicais são a minha paixão primeira.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

I Thank God for small favours

Posso fazer isto porque sei que não me lês. Esta canção é para ti, porque não há nada mais a dizer.


"Nothing" de Chorus Line, cantado pela magnífica Lea Salonga.


And I dug right down to the bottom of my soul
To see what I had inside.
Yes, I dug right down to the bottom of my soul
And I tried, I tried! [...]
[...] And I said...
'Nothing, I'm feeling nothing,[...]
Except the feelin' that this nonsense was absurd!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Mais uma definição

Amor: sueño que se sueña con los ojos abiertos. Dios en las entrañas (y que Dios me perdone). Vivir desterrado de ti, instalado en la cabeza, en la respiración, en la piel de otro; y que ese lugar sea en Paraíso.
Rosa Montero, Historia del Rey Transparente

Momento Cultural

Os Dramatis Personae estão cada vez mais profissionais, para mim é um orgulho poder divulgar aqui mais uma das peças do António, o amigo que felizmente consegui recuperar quando os nossos caminhos pareciam a 200 kms de distância.

Vão lá, eles valem a pena!

sábado, 20 de janeiro de 2007

Puff, desapareceu!

Estou em fase de descrença. Toda a fé inabalável tem os seus momentos de crise. Deixei de acreditar naquilo que durante tanto tempo defendi. A fé tem destas coisas, deixamos de ver as com clareza e ainda tentamos catequizar quem não é crente como nós. Até que os amigos doutrinados se convertem finalmente e, por ironia divina, as nossas convicções deixam de fazer sentido. Agora já sei que os príncipes encantados só existem quando queremos acreditar muito neles. E eu deixei de acreditar em ti.

Sem paciência

E farta de ter de começar todas as frases do meu dia por Não.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Profissão de Risco

Primeiro foi Alexandra Lencastre, depois Margarida Vila-Nova, seguiu-se-lhe Luciana Abreu e agora Rita Pereira. Todas elas adoeceram e as três últimas foram mesmo internadas em hospitais. Definitivamente, ser protagonista de novelas em Portugal pode prejudicar gravemente a saúde.
Ou será só golpe de marketing? Não (digo eu que até sou ingénua), nenhum profissional faria tantas vezes a mesma jogada...

Podia cumprir-se o ditado

Sairam, nas últimas duas semanas, dois grandes prémios - um no Euromilhões e outro no Totoloto aqui em Portalegre. E a mim nem um eurinho.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

"Cuidado com as tentações"

Foi a sms que recebeu antes de chegar ao destino.

O Fim

Este é um assunto que não vai ser discutido nem analizado. Chegou o final que tanto buscámos e nunca conseguimos concretizar. Ficou-nos o carinho do início, a recordação do frémito e do desejo e este silêncio bruto que se instala sempre que estamos a sós. Do que não consigo livrar-me é do amargo sabor do pecado inconfessável.
A razão acha-me ridícula pela crença, mas há algo - chamemos-lhe superstição - que me diz que pode ser que este calvário nos redima. Não quero a culpa e o remorso de te ter trazido a dor.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Lembrar John "The Biscuit" Cage

A personagem de Ally McBeal, pela loucura, pela ternura que transmitia, por mostrar que ser diferente não é mau, por ser o Peter MacNicol.


Dança com Barry White


"Till There Was You", The Music Man

Para recordar os tempos em que esta série era sobre amizade, alegria, superação e catarse, a época em que era uma das minhas séries.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Here I go (once) again!

Nina
Ainda que a minha fidelidade à voz da Nina - uma das poucas que me provoca aquele arrepio na espinha e me leva às lágrimas - não me permita dizer que Meryl Streep é a melhor opção, é sem qualquer dúvida a segunda melhor.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Conhecia-a bem III

E chegou a primeira briga. Ele não conseguia aceitar que o amor que ela não conseguia superar não parasse de tentar contactá-la, e ainda que ela não respondesse, instalou-se a dúvida. Disseram o que não queriam, ouviram muito mais do que mereciam... Faltava o cara a cara. Apesar de não descortinar como, ela sabia que o tinha que ajudar a confiar. Foi aqui que se apercebeu que ele já se lhe tinha pegado à pele - nunca lhe sentira tanto a falta!

Juizo de Facto ou de Valor?

"Uma mulher submissa é mais feliz do que uma mulher emancipada.", refere o manual de Filosofia de 10º ano.
- Então? Que tipo de juizo está nesta frase?
- Um juizo de valor. Mas não entendo uma coisa: porque é que uma mulher com um amante há-de ser menos feliz?

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Conhecia-a bem II

Por fim era real a história que tanto tempo escondera. Decidiram não a gritar ao mundo, não sentiam essa necessidade, o que viviam juntos era dos dois e de mais ninguém. Os remorsos que ela ainda sentia, de tempos a tempos, eram esquecidos a cada encontro, faziam-se felizes e nada mais importava.
Ele tinha a certeza de que poderia ajudá-la a deixar-se querer, essa sempre tinha sido a sua maior dificuldade, e nenhum outro tinha conseguido entendê-la, sabia também que a cumplicidade era um trunfo que podia jogar a qualquer hora, para lhe ensinar que nem só de paixão vive amor.

A forma e o conteúdo

O Pedro Mexia tem em mim um efeito estranho: apaixona-me como escreve, irrito-me com o que escreve.
P.S. A ler o Fora do Mundo sem ser capaz de parar.

Nas finanças

Tentava a empregada da dita instituição explicar ao seu interlocutor, o padre de um dos concelhos do Portalegre, que não tinha meios informáticos para lhe fornecer a certidão que ele requeria. Numa conversa muito "o papel, qual papel?" a senhora munia-se de toda a paciência possível para se fazer entender, o sistema não funcionava, não se podia aceder ou imprimir o documento em questão, e o homem de fé respondia que queria a certidão fosse como fosse. Já em desespero, a senhora disse-lhe:
- O Sr. Padre poderá entender que estas coisas acontecem às vezes na informática, o sistema não funciona. Não posso fazer milagres, não é?
Ainda fiquei à espera de uma luz, de um qualquer sinal divino que resolvesse o impasse, mas nada aconteceu.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

eStory

E, se um dia, a realidade se confunde com a ficção?

Foi sem mais nem menos*



* 125 azul, Trovante

2007


Reflectir e decidir são os verbos primordiais desta época do ano. Organizei as ideias, arrumei o armário, deitei fora aquilo que já não me assentava bem ou de que apenas estava cansada. Como aconselhava a minha amiga M apaguei todos os sms que guardava no telemóvel (há que começar a cortar por algum lado), cumpri os meus próprios rituais e reencontrei-me pelo caminho. Quero encarar 2007 com a alma livre de pesos desnecessários, venham as novidades e as alegrias.
Feliz ano!