terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Esforços vários

Costumamos fazer esforços porque nos vale a pena a recompensa que acarretam. Puxamos barcos, viajamos diariamente até ao infinito, corremos atrás do tempo, enfim, empurramos as barreiras impostas pelos nossos próprios limites e percebemos que estas cedem se tivermos força suficiente. 

Mas qual é o limite dos nossos próprios limites? Onde é que está a linha que não podemos passar? Será que só nos apercebemos que o esforço foi demasiado quando o corpo ou a mente colapsam? Seremos assim tão injustos connosco mesmos que não entendemos que, às vezes, o esforço que parece meritório não é mais do que outro peso para arrastar ao longo dos dias?

It's a kinda magic

A combinação mais inesperada, feita por rede social ou aplicação nova no telemóvel, já não recordo bem, traz as melhores surpresas. Duas pessoas tão diferentes, com aparentemente nada em comum, mas que procuram o tempo possível para partilhar um bocado juntas e comigo. 
Quando decidi - por conselho sábio - abrir-me um pouco mais ao exterior, esta não era uma situação que eu tivesse imaginado e ainda me parece magia o bom e o agradável que é ter ex-alunos que passaram a ser amigos.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dos amigos

Segundo o dicionário, um amigo é uma pessoa ligada a outra por sentimentos de afeição e consideração pessoal.

Sei bem quem são aqueles que considero amigos. Perdi alguns ao longo dos anos, é verdade. Porque me dececionei, porque se dececionaram comigo, porque a distância ou o corre-corre diário se interpuseram, porque houve mal entendidos ou simplesmente porque crescemos em direções diferentes. Ainda assim, sei quem são os que estão perto do coração, os que me cuidam e a quem cuido, os que me dão ombro, ouvido, sorrisos, com quem partilho alegrias e tristezas; a quem conto os meus pensamentos e emoções mais pessoais. E os que não passam de conhecidos ou colegas e que jamais chegarão a outro patamar na minha vida. 
Os meus amigos, os de A maiúsculo, apoiam-me em qualquer situação, ajudam-me a curar as feridas, dão opiniões sinceras mas não julgam, dão conselhos quando lhos peço porém sabem calar se necessário e aceitar as minhas opções (sejam elas corretas ou não). Chegaram à minha vida há anos ou há meses, é indiferente, mas têm todos em comum a minha admiração, o meu respeito, a minha atenção e o meu apoio.

Se aqueles a quem chamamos amigos não fazem mais do que empurrar-nos para o fundo do poço e fazer-nos chorar, se calhar deveríamos repensar o conceito e tratar de escolher melhor a quem querer.

É por isso que dedico este post a todos eles (sem nomes porque sabem quem são) mas principalmente - se me permitem os restantes - à menina com quem partilho este cantinho da blogosfera, única entre vários, e que hoje cumpriu um aninho mais. Parabéns Jess!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Grito vermelho num campo qualquer

Ao sentir a invasão, ao ver que nos devassaram a vida (não apenas a privada, mas também a íntima, a que deve ser apenas de dois), não nos fazem somente sentir mal pela exposição "pública" de sentimentos e emoções vividos, cortam-nos as asas, tolhem-nos a imaginação, fazem-nos sentir menos livres. 

Não quero mais! Não admito mais! 

Preciso de continuar a sentir-me cómoda e confortável neste cantinho da blogosfera portuguesa, onde há já sete anos e meio comecei a superar medos, a desbravar novos territórios, a conseguir fazer catarse e relativizar distâncias. 

Acabou-se o silêncio a que me submeti para parar com os abusos, decidi voltar a casa e voltei para ficar

(Permitam-me um pedido, já que decidiram ler-me neste pedido/exigência de respeito pela minha liberdade individual como autora de pequenos posts desinteressantes: se o comentário que estão a pensar fazer é desagradável ou de algum modo insultuoso não o façam porque penso apagá-lo uma, duas, três, quantas vezes forem necessárias. As rédeas da minha vida real e ficcional sempre foram e continuarão a ser usadas por mim, por ninguém mais.)