domingo, 20 de junho de 2004

Se fosse à hora a que as televisões transmitem os filmes em Portugal

o Harry nunca teria conhecido a Sally.

Estava eu ontem a preparar-me para ir para a cama, que é uma coisa que leva o seu tempo e vejo que vai começar o When Harry Met Sally. Dei por mim a pensar: "Nem penses que te vais pôr a ver um filme que começa às 2h da manhã, ainda por cima já viste isto duas ou três vezes. Vai mas é para a cama porque o teu mal é sono." O problema é que eu não resisto a uma comédia romântica com a Meg Ryan. Podem chamar-me pirosa ou o que quiserem, mas para mim não há Jennifer Aniston, Sandra Bullock ou quem seja que consiga bater a menina dos mil sorrisos.
Há uma cena histórica neste filme que mesmo os que o não viram conhecem perfeitamente, mas a cena seguinte, a do baile da noite de passagem de ano, e as mudanças de expressão dos actores à medida que a música avança, é uma predilecção.
E fiquei a ver. (Ainda bem que não era o Sleepless in Seattle ou teria ido para a cama lavada em lágrimas. Sei que não faz sentido, mas é dos poucos filmes que me fazem chorar.)
E deitei-me tardíssimo. Mas deitei-me com um sorriso nos lábios e com aquela sensação boa de que o mundo é cor-de-rosa apesar de tudo, e que sejam quais forem os obstáculos a nossa vida tem sempre a hipótese de um happy ending.
Não fazia ideia de como sentia falta de uma comédia romântica. É bom ver filmes que nos alegram o coração, ainda que nos obriguem a ficar acordados pela noite dentro.