Entrou e sentou-se para esperar por ele. Os mesmos gestos, pensados e repetidos todos os dias para que não revelassem nervosismo. Ele chegava sempre um pouco atrasado, naquele desalinho que punha em evidência uma série de defeitos e imperfeições que ela adorava. Tivesse ele percebido que ela esperava por outra coisa e não teria hesitado tanto. Mas sem que qualquer gesto a pudesse denunciar, um dia deixou de esperar. E ele não reconheceu no último Adeus dela uma intenção definitiva escondida.