quinta-feira, 21 de abril de 2005

Porque é que eu evito a Rodoviária Nacional

Depois de 5 anos de viagens regulares nesta empresa (fora as viagens para férias com a avó e afins) decidi comprar carro. Quero deixar claro que não gosto de conduzir.

Hoje, com a TV ligada, ouvi soar a canção portuguesa que mais medo me provoca "Anel de Noivado" do Trio Odemira. E tudo isto tem um sentido... não, ainda não estou pronta para internamento.

Foram muitas as histórias notáveis que presenciei dentro de camionetas da Rodoviária Nacional, desde insuportáveis campanhas eleitorais a um motorista que acordava os passageiros com um muito simpático "Ó amigalhaço...", passando por um outro motorista que atirou com um jipe, e respectiva condutora, de encontro a uns eucaliptos por não a querer deixar ultrapassar e que ficou tão nervoso, com os seus 70 anos bem puxados, que levámos 2horas a deixar a recta do Infantado. Camionetas que avariavam e os passageiros sem forma de chegar ao destino, e com horários para cumprir, era obrigados de viajar em pé ou sentados nas escadas, e até mesmo um que ao não acertar com a entrada da estação em Portalegre estragou o sistema eléctrico do dito meio de transporte e fez com que 50 passageiros ficassem retidos sem poder ir para casa durante quase meia hora. Mas isto não é nada. Não senhores. Nada é pior do que fazer uma viagem em que o condutor ouvia sem cessar a acima citada canção do trio alentejano (rebobinava a cassete e voltava a tortura) durante mais de hora e meia. Isso, sim, é o inferno!