Será que sim?

Sentei-me e pensei em escrever um post longo, daqueles que há muito tempo deixei de ter coragem para escrever. Um daqueles posts compridos e enfadonhos em que percorro o dicionário abstracto dos medos, das angústias, das memórias, dos sonhos, do amor. Daqueles em que falo apenas do que melhor conheço, de mim, de mim e de mim, para depois chegar à conclusão que não tenho ideia de quem sou. Um daqueles posts em que escrevo a parvoíce mais ilógica que me passa pela cabeça, em que acho que não digo nada mas que sei que revelam muito. Em vez disso, lembrei-me apenas de dizer que às vezes um blog parece um peep show, revelamo-nos como somos (será que sim?) enquanto alguém nos observa.

Ironia

Adoro a forma despreocupada como falas das tuas leviandades.

Os vícios dos outros

Há gente, nomeadamente esta menina e este senhor, a quem a tecla "Delete Blog" do dashboard devia ser retirada por excesso de uso. Podia ser que assim eles não caíssem em tentação.

This used to be my playground

via Em Portalegre Cidade

Percebo que as cidades, como as pessoas, têm que crescer e evoluir. Entendo que há mudanças que são necessárias. Mas transformar o jardim infantil (o único apetecível da cidade, senão o único existente) num parque de estacionamento, custa a "encaixar". Foram gerações e gerações que se juntavam naquele espaço para andar de baloiço, escorrega, balancé, patins... E agora já não há nada.

Não é um protesto, nem chega a ser uma crítica, este post é mais um lamento do que outra coisa.

La procesión va por dentro *

Levava dias a manter os sentimentos fora dela... racionalizando... ocupando-se. Estava vazia, não havia mais do que uma ausência enorme dentro do peito. Assim conseguia ser calma e ponderada, aquilo que sabia que todos esperavam que fosse. Tinha a certeza de que quando voltasse a deixar entrar uma emoção, por muito pequena, iria doer muito - teria que reaprender a sentir. Mas esta era a sua forma de lidar com a perda, criar um deserto interior onde aparentemente nada mudasse, por muitas tempestades que o pudessem avassalar.

* Uma das expressões em castelhano de que mais gosto; aprendida recentemente, com alguém que admiro muito.

I'm in love with a hospital star

(Jordi Rebellón)

Eu queria ser má como ele.

49

O número mágico que me acompanhou tantos anos. O lado positivo dos momentos negativos.

Bem-vindos de volta!

Mentirosa compulsiva

Não sei mentir aos outros. No entanto, sinto um impulso irresistível que me obriga a enganar-me todos os dias.

Não, não recebi os teus postais

Posso continuar a fingir que não estou nem aí, nem aqui, nem em lado nenhum para ti?

The noble art of doing nothing

Voltei. Estava mesmo a precisar de uns longos quinze dias bem longe de mim.

Mas para a semana há mais

Uma das grandes questões é: será que os Beach Boys ainda mexem? Irei investigar e depois trago mais informação.

Vens da festa?

And it really doesn't matter if we don't eat
And it really doesn't matter if we never sleep...

("So young", The Corrs)


Não é bem assim. Depois de uma semana a todo o speed, há que recuperar forças. Devo estar a ficar velha, caneco.

Invasões

Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não,
Se instalou como um posseiro
Dentro do meu coração.

("Teresinha", de Chico Buarque para a Ópera do Malandro)

Ouve-me com atenção

Como é que consegues preencher-me assim?
Sem que eu queira...
Não deixas um só recanto para mim.
Aqui não costumava ter medo.
Pára de me invadir desta maneira, não to quero permitir.

Regreso a casa

Acurrucada en mi mundo. Hundida en mí.

Traição

As promessas que faço a mim mesma são as que acabo sempre por não cumprir.

Intervalo

Volto já.

Sheit!*

Desde as 11h da manhã a levar com Robertos Leais, Toys e afins só para o ver 7 anos depois, e ele não veio.

Paddy Kelly

Lúcia, só para nós!

*tentativa de aproximar o vitupério ao sotaque irlandês

Que futuro?

Amei-te, amo-te e "amarei-te" para sempre!, diz convictamente uma senhora numa declaração de amor daquelas que estão agora na moda na Sic. Será que as traves mestras da relação são tão sólidas como a base do conhecimento gramatical?

Perguntas desnecessárias

-Este homem é genial.
-Quem? O Filipe Nunes ou o Santana?
-O Filipe, obviamente.

Olha que às vezes vale a pena adiar as férias

Obrigada Filipe pelo poder de síntese.

14 páginas reduzidas a uma enorme gargalhada ou tudo o que você queria saber acerca da entrevista de Pedro Santana Lopes ao Expresso, apesar de não ter tido paciência para a ler.

Estrangeirismos

Para o Ricardo Pereira o sotaque é como as doenças infantis, basta o contacto e já se pega. E sem período de encubação.

Vitrais

Com 13 anos aprendi a pintar vidro. A técnica não é apurada e só articulo formas geométricas com as cores mais improváveis.

A beleza de pintar vidro está em saber que depois do trabalho acabado, as alterações de luz vão fazer com que ganhe uma vida nova. Dependendo do ângulo do sol... de se é luz natural ou artificial... de se incide directamente ou se esta colocado junto a uma parede... tudo faz com que aquilo que criámos seja novo a cada hora do dia.

Ai

O que é que dói mais, uma dor de cotovelo literal ou uma dor de cotovelo metafórica?

As heresias do costume

Maldita a hora em que te descobri.