sábado, 27 de maio de 2006

Momentos únicos

Ele convidara-a para sair por meio de inúmeros sms pouco claros.
O carro dela pára à porta de casa dele, despedem-se. Ela põe-lhe a mão atrás da cabeça e consegue ver-lhe nos olhos o estado de pânico em que tal gesto o deixa. Decide que não é tempo de recuar.
- Sabes, o que vinha embrulhado era só metade do teu presente.
Pousa os lábios sobre os dele e dá-lhe um beijo doce e demorado. Depois da boca, um dedo toca levemente os lábios dele. Não lhe permite que profira palavra.
- Os presentes de que não gostamos guardam-se numa gaveta e esquecem-se ou (re)oferecem-se na próxima oportunidade que surja. Mas nunca se devem rejeitar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Querida Mafaldinha:

Quando os presentes têm origem em amigos, colegas e familiares de que gostamos e que gostam de nós, mesmo que sejam da maior inutilidade ou desadequação, devemos sempre olhá-los como se fossem a maior preciosidade.
Porque o presente não é o próprio presente, mas sim o facto de se terem lembrado de nós.

Beijocas

mafaldinha disse...

Sim, amiga, é muito verdade o que dizes, mas ão contradiz em nada aquilo que eu dizia, podemos até desiludir-nos com o presente mas não devemos recusá-lo nunca, porque o importante é o passo que o outro deu ao dispor-se a fazer a oferta.

Beijinhos