Sou uma pessoa agarrada às pequenas coisas, acredito mesmo que são elas que nos dão os momentos de maior felicidade ou nos empurram para o abismo.
Na música, por exemplo, sou fascinada por respirações, a maneira de dizer uma palavra ou a interjeição inesperada, e espero ansiosamente por esse momento fugaz na canção. Para mim não há como o suspiro do Steven Tyler depois de "I could stay lost in this moment" no I don't wanna miss a thing; ou o "yeah!" que também ele diz entre dois versos de Cryin'; a forma como Naim Thomas profere a palavra "carícias"; o "ai" de quase dor quase medo que a Chenoa insere logo a seguir ao primeiro verso de Te Encontré; ou a respiração forte de uma Celine Dion (que eu normalmente detesto) carregada de fragilidade em Tell Him.
São os pequenos nadas que tornam esta ou aquela interpretação totalmente única e irrepetível.
2 comentários:
Estive dias para me lembrar de músicas que têm segundos muito especiais para mim. A minha memória já não é o que era. Lembro-me apenas que tenho uma fixação por partes cantadas que não querem dizer absolutamente nada. Impossíveis de reproduzir por escrito, mas cantadas soam sempre bem ;)
Pois, são pequenas manias, como aquela do Ave María que eu também não consegui pôr por escrito.
Depois deste post lembrei-me de uma nota épica de quase 1min e meio da Babs no Enough is enough (a minha memória também já não é o que era. Eu esquecer-me da Babs? God!)
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