terça-feira, 2 de janeiro de 2007

eStory

E, se um dia, a realidade se confunde com a ficção?

6 comentários:

vr disse...

E se se fundisse com os sonhos? e se alcançassemos os desejos, atingíssemos todos os objectivos e fossemos todos inteligentes, felizes, amados por quem amamos, fôssemos perfeitos nos nossos trabalhos, amigos uns para os outros, não estivessemos doentes, não perdessemos quem gostamos, não magoassemos quem queremos perto? Em vez de "e se a realidade se fundisse com a ficção/sonho?", eu diria "com que poderíamos sonhar?"
Também gostava de ser feliz... mas as escolhas erradas são sempre as que nos parecem mais certas e invariavelmente as escolhidas!
Contudo, por breves momentos, até era capaz de gostar que a realidade e a ficção fossem um só!

"Deus quer, o homem sonha, a Obra nasce".... enganou-nos bem aquele malandro!!!

bjos mafaldinha e desculpa se te deprimo mas uma vez...

mafaldinha disse...

Que razão tens, querida vr, se atingíssemos todos os nossos sonhos não teríamos com que sonhar. O que eu me referia é a como às vezes aquilo que "ficcionámos" se pode materializar e deixar-nos meio tontos. Sabes como desde que decidi passar página e esquecer o amor, a vida não pára de me surpreender, permite-me acreditar que ainda hã contos de fadas.

E não queria dizer que me deprimias, em concreto deixou-me atónita ver-me descrita por ti, de forma tão perfeita.

vr disse...

Olá Mafaldinha
Existem páginas que tentamos arrancar do livro da existência... mas o rasgo das folhas marca que o lugar delas ainda lá está. o lugar fica vazio, mas nem por isso os sonhos deixam de as ocupar.. esse espaço não ocupado pode aliviar o peso do livro ou tornar-se fulcral, e evidenciar-se mal "pegamos nesse mesmo livro".. Mas uma coisa é certa, quando nada esperamos em determinado contexto, uma simples acção, sem qualquer importância para o outro, assume proporções equivalentes ao sonho para nós.. porque este é mais forte que o consciente e está sempre presente, mesmo quando nos obrigamos a não sonhar.. o problema é quando nos agarramos a esses "nadas", como se fossem tudo para nós! E o tempo vai passando, e continuamos agarradas... e acabamos por nos magoar-mos ainda mais porque vê-mos que foi um sonho, uma ilusão. Iludi-mo-nos com uma acção de duas formas: a primeira pelo lado positivo pois atribuímos elevado valor/importância e a segunda de modo negativo, porque vê-mos que tal,não teve qualquer relevância e que fomos ingénuos/crédulos! (esta ultima pode ser o despertar da ilusão!)

Espero que não passes muitas vezes pela segunda forma, pois sei bem como custa ( e se fores como eu, tb o sabes!)

Cumprimentos às figuras

Anónimo disse...

Qual é o problema, amiga? Se as coisas correrem bem, deixa andar!

Beijocas

mafaldinha disse...

Queridíssima VR, fui vítima de tal ilusão muitas vezes no passado, assumo-o sem qualquer vergonha, um toque, um sorriso, uma palavra, por mais simples eram para mim uma esperança inesgotável, até que caía de novo na realidade, e vinha um novo golpe no orgulho. Pode ser que as páginas que tentei arrancar do meu livro, tenham deixado marca, é positivo que a deixem, para não cair nos erros passados e para que o bom esteja sempre presente na minha memória. Quando falo de seguir em frente, refiro-me a decisões pessoais que precisava de tomar, refiro-me a voltar a ser forte e lutadora, a sair da letargia, a querer voltar a ser eu. As datas só têm o significado que les damos e se o primeiro dia do ano nunca teve grande importância na minha vida, este ano serviu-me como barreira psicológica para escolher um rumo. Não sei se é o certo, mas foi aquele que agora precisava de traçar. Por enquanto, e ainda é cedo para fazer uma análise concreta, estou a sentir-me bem com estas novas decisões.
Ontem disseram-me "gosto de te ver assim tão decidida" e cheguei à conclusão que eu também gosto de me sentir assim. O futuro logo se verá, agora quero viver o presente.
Que agradáveis são estes diálogos que mantemos pelo blog, foi bom conhecer-te como autora e como leitora.

mafaldinha disse...

É mesmo isso, queridinha, deixo andar mesmo, por agora está a ser muito bom.

Beijinhos para ti e para o maridinho