quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O Fim

Este é um assunto que não vai ser discutido nem analizado. Chegou o final que tanto buscámos e nunca conseguimos concretizar. Ficou-nos o carinho do início, a recordação do frémito e do desejo e este silêncio bruto que se instala sempre que estamos a sós. Do que não consigo livrar-me é do amargo sabor do pecado inconfessável.
A razão acha-me ridícula pela crença, mas há algo - chamemos-lhe superstição - que me diz que pode ser que este calvário nos redima. Não quero a culpa e o remorso de te ter trazido a dor.

2 comentários:

vr disse...

Como se alcançasses a liberdade.. misto de vazio e levitação... sensação de bem estar... a resolução do irresolúvel, nem que seja momentânea.. porque depois vem a noite, vem o silêncio e a solidão e com elas as lágrimas.. felicidades mafaldinha
Cumprimentos às figuras

mafaldinha disse...

A liberdade pode surgir de muitas formas e ainda que possa trazer consigo a solidão, a verdade é que nos é sempre positiva. Não deve existir sentimento mais individual e mais perfeito.

beijinhos vr (parece-me que andas muito tristinha)