domingo, 6 de abril de 2008

Honestidade

Temos personagens diferentes dependendo das situações; até aí consigo entender. Não é o mesmo estar no café com os amigos ou numa entrevista de emprego. Mas que mudemos radicalmente de atitudes e hábitos para agradar ao novo ambiente em que nos queremos inserir é algo que não consigo aceitar. Forjamos gostos, fingimos ser outras pessoas, inventamos cumplicidades... Quem é que estamos a enganar? Aqueles a quem queremos agradar e que ficam sem nos conhecer? Aos que sempre conhecemos e ficam desconcertados com a mudança? Ou a nós mesmos?

7 comentários:

Statler disse...

Como Woody Allen, no filme "Zelig", minha querida. É apenas uma condição humana.

Anónimo disse...

E será que não é ao contrário? Será que o sermos nós mesmos não passa por o sermos com quem não nos conhece para não nos apontar o dedo de modo a que nos magoe?
Tens razão, há muito disso! E do outro!

Beijinhos!!

mafaldinha disse...

Condição humana ou não, parece-me feio e desagradável. Detesto ser enganada.

Pode ser que sim, Rita, pode ser que algumas pessoas sejam mais genuinas quando estão com quem não as conhece; eu só posso falar por mim, sou a mesma independentemente das pessoas com quem estou, se me apontarem o dedo apontam.
O meu pai sempre disse "Não te importes quando te derem pontapés no traseiro, é sinal de que vais à frente." Se me apontam o dedo por eu ser como sou, ou não me entendem ou não me aceitam, e se é assim, não valem a pena.
Beijocas

Statler disse...

O que quis dizer é que não há enganos quando estamos em contextos sociais. Pode haver mentiras factuais (por exemplo, dizer que sou médico ou norueguês), mas como estabelecer a verdade em termos comportamentais? Com condição humana quis apenas dizer que é humano tentar adaptar as nossas circunstâncias às que nos rodeiam. Como a personagem de Woody Allen no Zelig.

mafaldinha disse...

Podes tentar explicar-me tudo com as melhores teorias científico-sociológicas, continuo a não aceitar que alguém "forge" o que não é por necessidade de integração. Somos o que somos e se não nos aceitam assim, se calhar é porque não precisamos dessas pessoas.
Beijocas

Anónimo disse...

"Absurda Cenicienta, asi me sentí, perdida en un cuento real... esto se acabó"

é isso é isso!!!
beijinhs

mafaldinha disse...

Touché, minha querida ;)