Pensar na FLUL é lembrar-me de amigos, é ter saudades, é ver que mudei, é saber que não há volta. Custa-me entrar no atrio e não conhecer ninguém naquela que foi a minha casa durante 6 anos. Mas pensar na FLUL é, também, recordar momentos marcantes, discussões acesas, aberturas de horizontes e aprendizagens para a vida.
Entre todas as situações que se me tatuaram na memória há uma, em especial, que continua a roubar-me sorrisos, talvez por ter vindo em forma de desafio (insuperável, achava eu), talvez porque eram as palavras de David Mourão-Ferreira, talvez porque tive que crescer em duas horas.
Chorei, entrei em pânico, gritei que não conseguia; pedi ajuda, meti o medo numa gaveta, enchi o peito de ar e, a tremer, fiz o que tinha que ser feito.
Não era a mesma quando saí daquela sala, era mais adulta, mais segura, mais humilde.
Continuo a guardar o soneto junto a mim, para quando o desânimo se atreve a espreitar.
2 comentários:
Gostava de ter memórias assim da faculdade. Só conseguir voltar a pôr um pé lá já era uma vitória!
(Memórias boas da faculdade tenho bastantes, mas só do tempo que passei fora dela, com os amigos que lá fiz.)
E o soneto é lindo!
É curioso como conseguimos viver experiências tão diferentes nos nossos anos de estudantes. Sempre recordarei as minhas com o carinho de saber que sou uma pessoa diferentes por as ter vivido, dentro daquelas paredes velhas e com rachas,... quanto aos amigos partilho o que dizes, todos são únicos e irrepetíveis, ainda que não seja capaz de olhar para trás sem a sensação de que alguma coisa se partiu e não sei bem o que foi.
(Adoro o soneto, e todas as boas sensações que me traz, algum dia deveria agradecer à pessoa que mo "entregou")
Beijinhos minha linda, apito quando estiver na capital, tenho que ver essa barriga de perto ;)
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