domingo, 29 de março de 2009
Machismo??
Nunca fui feminista, não acredito em supremacias de género, raça ou religião (ou quaisquer outras que supostamente existam e de que não me consigo lembrar neste momento), mas continua a irritar-me que ainda existam mulheres que acreditam que os homens têm sempre razão.
A necessidade de uma companhia masculina fá-las tomar partidos sem dar importância à lógica ou à sensatez das situações, criticando aquelas que assumem posições nas relações próprias, apenas com base na premissa: "e se ele te deixa?".
Não sou capaz de deixar de sentir que em cada crítica assisto a uma esperança velada de que "ele" deixe mesmo a amiga e de alguma forma inexplicavelmente desprezível lhes caia nos braços.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Em série
A anterior aproximou-me de ti, fazia-me recordar-te todas as noites nos segundos antes de adormecer. A oferta de agora só me faz pensar nele.
Fizeste de propósito ou vais ficar ciumento quando me leres?
domingo, 22 de março de 2009
yes, dear!
É apenas a Primavera, estavas a provocar-me ou voltaste atrás com a decisão silenciosa que tomámos há meses?
sábado, 21 de março de 2009
No dia 18 foi Natal
"Nasceu ontem o sobrinho lindo", disse-me o telemóvel quando passei a fronteira.
Não me calo. Conto a toda a gente que nasceste, que és lindo, que tens o nariz da tua mãe,... o que não conto é o medo que sinto de não estar à altura de ser para ti a base sólida que ela sempre foi e será na minha vida.
quarta-feira, 18 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Ich hasse grün
Grün, grün, grün sind alle meine Kleider,
Grün, grün, grün ist alles, was ich hab.
Warum muss ich grün halten?
Grün, grün, grün ist alles, was ich hab.
Warum muss ich grün halten?
Dobré ráno
De volta. Praga parece uma cidade linda, mas como já vem sendo hábito não tivemos oportunidade de conhecer. Enquanto em Lisboa se agradecia o sol e a praia, em Praga via-se nevar pela primeira vez, maldizia-se o frio gelado e celebrava-se o Purim. Houve tempo para rir, fazer guerras de más fotografias, ouvir a mesma canção over and over again, ensinar Português, conhecer um nomeado para o Prémio Nobel, beber becherovka (argh) e ser salva pelo Y. no concerto da Stone Bell House, naquele que foi o momento mais embaraçoso de todos os congressos. E a zit curse ensinou-nos a todos a não gozar com borbulhas em nariz alheio.
segunda-feira, 16 de março de 2009
"Foi o tempo que dediquei à minha flor..."
Comovem-me as tentativas, a necessidade de repor o bem, a urgência de atar os nós que se deixaram desapertados durante demasiado tempo.
A mim já não me incomoda andar com os sapatos desatados e sei que um destes dias acabo por os descalçar para me sentir mais livre.
de Sinédoques ou Mantas de retalhos
Partes, bocados, porções explicativas de um todo.
As visões globalizantes não abarcam o que ponto por ponto se capta melhor - e o exterior diz tão pouco daquilo que vai por dentro.
sábado, 14 de março de 2009
Do pensado ao vivido
Aquilo que me encanta na ficção - os mal comportados, rebeldes, desagradáveis, instintivos - são apenas "paixões virtuais" de alguém que admira uma boa criação (e é tão mais interessante inventar um mauzão do que um bonzinho). Mas na vida real, a bondade, a generosidade, a timidez, um sorriso sincero são tão mais sedutores.
O que, às vezes, me pergunto é porque é que os bonzinhos acabam (salvo raras excepções) por se converter em vilões quando têm certezas?
quarta-feira, 11 de março de 2009
Regras são regras
Quando leio poesia relembro os ensinamentos que ouvi a Eugénio de Andrade numa aula de Literatura Portuguesa da Universidade Aberta. Dizia o mestre que a poesia precisa sempre de uma voz. Como não se contrariam aqueles que mais nos ensinaram, leio poemas em voz alta pela casa fora e os livros de lírica não vão comigo para a rua.
domingo, 8 de março de 2009
Let's talk
Na tua língua pode ser porque é onde te podes esconder, o teu território. Na minha talvez, pois a falta de prática dá-te a desculpa perfeita para "enganos". Em terreno comum nunca te arriscarias: e se for eu quem tem vantagem?
quinta-feira, 5 de março de 2009
Correcção
Falta-me a rapidez e a prática, tive que me concentrar para não ser benevolente mas, ao final, a melhor das confirmações:
só positivas!!!
Dia de teste
(Escrito há dois dias...)
Odeio testes desde que me lembro.
Enquanto aluna não suportava os nervos, a pressão, o tempo que voava. Agora, aborrece-me a espera e o silêncio apenas cortado pelo ruído do papel e algum que outro suspiro furtivo. E senti-los tensos, e saber que uma graçola, hoje, não vai resultar.
quarta-feira, 4 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
Nothing to declare
A bagagem pessoal ocupa espaço, é incómoda, pesa demais. Quem não carrega o fardo de uma mania estranha, um familiar irritante, uma opção de vida que afasta os outros?
Gostamos de pensar que no início não trazemos nada connosco, que somos uma tábua (quase) rasa onde a nova relação escreverá. Mas não é assim, não existimos só nós - somos nós e tudo o que nos envolve. E do outro lado é igual. Na maioria das vezes é essa carga que nos arrasa, ainda que comecemos com as melhores intenções.
Growing up
Apetece-me ir de bicicleta para o trabalho. Descer e subir estas ruas como os miúdos da escola e aprender a cada pedalada. Sentir que o vento na cara não é só velocidade, é audácia a multiplicar-se, a multiplicar-me, a tornar-me maior. Apetece-me ser criança a querer crescer depressa outra vez. Esquecer que, depois de crescermos, a simplicidade das coisas boas ganha outras proporções. Pensar que o mundo é perfeição à espera de acontecer, à espera de ser meu. Apetece-me ir de bicicleta para a escola. Ignorar o quanto me custou crescer nos últimos meses para finalmente me sentir adulta. Apetece-me ir de bicicleta pela vida. Apreciar as vistas e ajustar as mudanças para pedalar melhor.
domingo, 1 de março de 2009
Camino despacio pensando volver hacia atrás
No puedo
En la vida las cosas suceden, no más
No início fingimos aceitar tudo - talvez não finjamos, talvez apenas nos pareça que a bolha cor-de-rosa em que estamos envolvidos nos pode proteger para sempre - e, mais tarde, percebemos que as cedências foram demasiadas. Queremos voltar atrás, começar de novo, tomar decisões diferentes sem perceber que as barreiras que não levantámos ontem, não nos vão poder amuralhar amanhã.
Não há pontos de viragem nas relações, não existem mudanças súbitas... tudo flui, o que pode é simplesmente não fluir para onde sonhámos. Há que ter cuidado, há que mostrar-se inteiro, porque durante a viagem não se pode fazer inversão de marcha sem perder alguma coisa pelo caminho.
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