A insegurança derruba-nos os muros, puxa-nos o tapete quando mais precisamos de sentir terreno estável debaixo dos pés. Mas se me questiono todos os dias, será que é mesmo isto o que quero?
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Quem me leva os meus fantasmas? *
segunda-feira, 29 de março de 2010
He slept a summer by my side
He filled my days with endless wonder
(…) But he was gone when autumn came *
Sei que precisava da tua presença. Sentir-te ajuda-me a meter num cofre (que enterrarei) um passado doloroso já que de qualquer comparação sais ganhador. Mas se és impossível, se não podes ficar mais do que uma estação, valerá a pena mergulhar?
* "I dreamed a dream", Les Miz
sábado, 27 de março de 2010
Hipérboles e antíteses
Tudo é diferente agora. A pressão é incomparavelmente maior. Cada segundo relembra o tempo que se perde e todos os assuntos vão dar à mesma temática. Apetece gritar, apetece pedir silêncio, apetece sair de casa para não se sentir inútil mas estar longe de todos continua a ser a única opção. Sabe-se lá o que apetece: que o tempo passe rápido e a tortura acabe; que o tempo desacelere a marcha para permitir os últimos momentos de felicidade antes do desconhecido.
Quando uma das vozes mais doces sugere a partida como solução, ainda que sabendo que a intenção é o sorriso, é como se nos espetasse um espinho na carne e nos mostrasse que não somos necessários.
Fase Minimal
Será a falta de capacidade de concentração ou a peneira da autocrítica o que me resume a frases soltas.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Damaged Goods II
Não se consegue enganar toda a gente o tempo todo. Talvez as saídas por que um dia lutámos não tenham sido as mais acertadas.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Iced Me
Não é sim nem é não, ainda que saiba que o meio-termo não existe. Continuas a paralisar-me sempre que estás próximo; o teu cheiro, o teu sorriso e o teu toque são um veneno gelado que não me deixa responder.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Damaged Goods
A impotência de nos sentirmos humilhados e atacados onde mais magoa, a vergonha de não nos defendermos por não querer entrar em polémicas, e a cabeça a fugir sempre para a mesma frase por mais que a queiramos esquecer. É o que nos faz acreditar que não valemos a pena.
sábado, 20 de março de 2010
Jamais saberei se disseste a verdade naquele dia – a pressão, os nervos, o meio, o momento, tudo foi errado. Há algo que me diz que foste sincero, que sou absurda na espera, que cada situação especial não passou de imaginação. No entanto, continuo a sentir-te vivo nas veias mesmo quando juro que só me apetece que desapareças.
* Idiota, Vega
Variações em desilusão menor
A dificuldade em usar possessivos acomodou-se há muito e apenas os pronuncio quando algo (ou alguém) me toca o coração.
Eram “os meus” desde o início, afastando outros três colectivos – que ainda que compostos por partes especiais não me faziam sentir tão em casa –, claramente, de forma injusta. Porque são doces, divertidos, têm uma união como grupo muito difícil de atingir e me mimam com a presença, a atenção e o bom humor.
Magoou descobrir que “os meus” a preferem. Chamem-lhe ciúmes, não me importo nem o nego, o monstro dos olhos verdes sempre gostou de me tentar.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Parabéns Pedro!
Ai se ela cai
Dava por si a pensar, com algum medo, se a necessidade que tinha de reler cada palavra não significaria muito mais do que lhe apetecia admitir. O crónico défice de confiança de que sofria tinha-a em estado de alerta a cada encontro - não se podia deixar arrastar pelas areias movediças que ele pressupunha.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Palavras de outros I
domingo, 14 de março de 2010
Engolir sapos
Instalada a paz podre, o mexerico e a queixinha, não é necessário muito mais do que o rastilho de uma crítica para que a guerra rebente. Ataca-se toda a gente, diz-se o que não se deve, tenta-se humilhar quem está ao lado, perpetua-se o clima do terror e do sarcasmo. Mascarando de brincadeira aquilo que se diz, vai-se insultando impunemente o vizinho.
E há os que têm de se calar porque as consequências das opiniões que lhes passam pela cabeça poderiam ser demasiado altas.
Still wet behind the ears
Tanto tempo, momentos e sensações e continuo uma adolescente amedrontada cada vez que te vejo.
sábado, 13 de março de 2010
Algo chiquitito
Havemos de continuar a fingir inocência para que isto não acabe. Ambos sabemos que no dia em que uma palavra mais clara te ou me abandone não haverá volta atrás.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Como que voltar para casa
Surpresas fantásticas são trazidas pela tecnologia. Quem diria que os tempos do Liceu se manteriam mais vivos através dela do que com o cara-a-cara tradicional.
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Pistas
Há um refrão com um pôr-do-sol domingueiro na baía de São Francisco que me apetece cantar baixinho para que apenas tu possas ouvir.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Já não era sem tempo
Não vi a cerimónia até ao fim, a vida de adulto e as responsabilidades profissionais já não permitem os excessos de ficar acordada (contente ou zangada, indignada ou com um sorriso) para saber tudo no próprio dia. Acabei de ver que Jeff Bridges ganhou (à 5ª nomeação) o prémio.
domingo, 7 de março de 2010
Slam
É a cabeça que me diz para não ir quando tu chamas, porque o outro tonto quer tanto sentir-te perto que nem se lembra do que dói quando desapareces.
I can resist everything but temptation *
O passado assombra, aparece, sorri, alegra, apraz. E caímos nos mesmos erros outra e outra vez à procura de recuperar aquela primeira sensação perfeita, aquele primeiro suspiro ao ouvido e aquele primeiro arrepio inigualável.
* Wilde, as (almost) always
sábado, 6 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Inevitável?
Finalmente - depois de tantos anos - conseguimos estar de acordo: evitarmos o encontro é mesmo a melhor solução.
Em série
A felicidade canta-se em horário nobre, quando “falhados” perfeitos decidem sair do anonimato. Analisam-se mentiras de forma científica conseguindo fazer ultrapassar embirrações de outrora. A vida surpreende-nos com o inesperado de famílias desconhecidas e problemas de adolescentes grandes.
Longe das novidades, os clássicos. Continuam a descobrir-se crimes variados, há médicos que nunca perderão o mau feitio e ilhas misteriosas que nos hipnotizam.
E ainda dizem que (o “subproduto” que é) a ficção televisiva não merece a atenção que tantos lhe dão.