terça-feira, 13 de julho de 2010

Desordem mental


É imperioso meter-te (a ti e à ainda inexistente história entre nós os dois) num dossiê bonito e guardar-te numa qualquer prateleira da minha biblioteca sentimental. Tão escondido quanto possível para não ceder à tentação mas o suficientemente à vista para não me esquecer do perigo que pressupões.

Queria poder responder aos teus gritos desesperados, queria conseguir ultrapassar tudo e deixar-me levar pela corrente para desaguar no teu mar, queria não te frustrar com os meus silêncios auto-impostos. Mas alguém tem de ser cabeça...

Se eu pudesse, ... se os meus muros não fossem tão altos, ... se os meus princípios não me atropelassem, ... se o anjo que vive sobre o meu ombro direito não tivesse tanta mais força do que o pobre do diabinho sonso que não conhece mais do que a resignação, ... se não existissem tantos se's, ... Dizia-te que deitasses as dúvidas para trás das costas e me procurasses, sem metáforas nem linguagem críptica, em carne, osso, e vontade, para nos despenharmos de mãos dadas num abismo qualquer.

4 comentários:

manga disse...

escreves tão bonito .....

Esther disse...

Ufff... :'(

mafaldinha disse...

Muito obrigada, querida manga (e já me puseste a corar)

mafaldinha disse...

Esther, que guay tenerte por aquí comentando por primera vez :)