“– Um dia destes dou-te um beijo!”
Foi, com uma frase simples, tão directa e incisiva como tu, que me fizeste acordar do torpor a que o hábito e (principalmente) a racionalização me tinham relegado. Não sei se foi um aviso ou um desejo dito em voz alta que, por tanto se sentir enjaulado no caminho entre o cérebro e a garganta, exigiu liberdade. Sei que saiu assim, urgente, pensada e impensada ao mesmo tempo, e depois vi-te um sorriso mais leve, uma expressão (ainda) mais doce, de quem se livrou de um fardo demasiado pesado para o continuar a carregar na alma.
Sem comentários:
Enviar um comentário