Uma vez mais, depois de alguns anos, tivemos uma conversa como as de antes. Corações na mesa, ao lado dos copos de Coca-cola e das pipocas que insistiram que comêssemos, pousados com as mãos a tremer e o receio dos ouvidos alheios. Os nervos à flor da pele, o medo de passar limites, porque a antiga confiança tremera a determinada altura. É curioso que continuemos a viver vidas paralelas e que o acontece a um acabe por de alguma maneira acontecer ao outro, como sempre aconteceu no passado.
Ontem encontrámo-nos em histórias parecidas ainda que desempenhando papéis diferentes, desta vez. Foi tão bom voltar a confiar, foi tão bom ver que ainda nos aceitamos como somos e gostamos um do outro, sem julgamentos apressados, nem sentenças penosas.
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