Hoje em dia, o sorriso era a única arma que possuía. Enquanto sorrisse, o inimigo desconhecia se estava a conseguir ganhar ou não.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Want for proximity
Relembro, sozinha, sentada no meu sofá de toda a vida, aquela frase que disseste um dia e que repetimos para nos rirmos com alguma frequência. Aquela frase que nos motiva e nos faz sentir mais fortes, aquela frase que nos demonstra que sabemos e sempre soubemos o que queríamos, e que o resto chegou com a naturalidade com que um dia se sucede ao outro. Foi uma necessidade de proximidade o que nos uniu, a Natureza apenas contribuiu para que os sonhos convergissem.
Old Hollywood
Eu sou o bom e velho Hollywood. Aquele que nos fascinava com grandes planos, com lágrimas de felicidade a correr por rostos que falavam sem voz, onde havia enormes romances em que o coração batia mais forte e que nos faziam sonhar.
Não quero pipocas nem tremendíssimos efeitos especiais na minha vida, quero um bom filme com final feliz a preto e branco, e todas as sensações e emoções a que (acho que) tenho direito.
domingo, 29 de julho de 2012
Viagens
É quando temos o fim à vista, e parece que algo dentro de nós nos impele, quando fomos nós quem proferiu as estúpidas palavras que nos fizeram avistar o precipício, que temos ainda mais a certeza de que não o queremos.
As vertigens que me assolam não me puxam para o abismo desta vez, empurram-me no sentido contrário, no caminho do bem, do futuro que quero, daquilo que não sei se mereço mas que me faz profundamente feliz.
(Foto do Gabriel)
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Poeta
Foste poeta um dia, falando-me de circulos perfeitos que se cerram no mesmo ponto em que se abriram, e, justamente nesse dia, descobri que a tua poesia tinha o dom de me fazer chorar.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Promessa que te fiz
Pediste-me para escrever, para não abandonar o cantinho e o prazer da escrita. Estou a tentar cumprir à letra o teu pedido (como costumo fazer sempre que posso) ainda que a falta de hábito se esteja a notar a olhos vistos e a fluidez tenha desaparecido.
Barbravention
O verão é uma época particularmente complicada. É o calor a fazer-nos perder a vontade de agir, as janelas meio fechadas que impelem ao ócio, a (maldita) distância a que custa habituar-se, a falta de horários, normas, deveres. Mas é principalmente o tempo extra, de não bulício, o que nos faz parar e pensar naquilo que um ano inteiro de correrias não nos permitiu. Fazemos balanços, procuramos saídas, porém notícias de crise, (nova) redução de salários, reestruturação, incerteza e insegurança, não ajudam a procurar vontade para lutar.
É nestes momentos escuros que o nome da diva surge de novo. Faz burbulhar a motivação, impele ao esforço e ao empenho, proporciona sorrisos e decisões mais acertadas, porque aqueles que admiramos Streisand, sabemos onde encontrar a faísca para não desistir.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Aprender - com a devida vénia *
Agora tornada professora - aquela profissão que passei toda a infância e adolescência a dizer que jamais abraçaria - relembro aqueles que me influenciaram de tal maneira que me "fizeram" enveredar por um caminho que me parecia impossível.
Relembro a primeira educadora infantil (a Isabel) que eu adorava como só uma criança pode, a primeira professora primária (a D. Francisca, que tinha sido, por sua vez, aluna da minha avó), a primeira professora de inglês (a prof. Teresa) e a sexta (a prof. Elsinha, como ainda hoje gosto de me referir a ela), a professora de Ciências de 6º ano, a maravilhosa e inesquecível professora Guadalupe que despertou em mim a paixão pela minha própria língua, língua essa que hoje (muito orgulhosamente) ensino. Junto também à lista duas professoras da faculdade: a Professora Rita e a Professora Joana - porque me apoiaram, talvez sem saber, e me ensinaram a importância do método e a cultura do esforço. Me ralharam e me ofereceram uma mão, cada coisa a seu tempo.
Talvez estas duas últimas e outra a quem ainda não me referi (por merecer o maior destaque da minha vida académica) tenham sido as três pessoas que mais me influenciaram. Talvez por culpa delas queira ser cada dia melhor.
Sei que o meu trabalho não é tão importante como o delas. Eu não influencio ninguém, ensino adultos maravilhosos que já têm uma vida formada e organizada e que aprendem português como língua estrangeira por hobby. Tenho somente um ou dois adolescentes perdidos numa selva de gente crescida. Contudo, gosto de ser melhor para e por eles, gosto dos gestos de atenção e carinho, gosto de uma sala de aula cheia, e gosto de pensar que se me vissem por um buraquinho todos os docentes referidos aqui (e aqueles que não tenho a capacidade nem o talento de referir, ou tornaria este post numa lista interminável de nomes) teriam um pouquinho de orgulho por terem semeado algo na menina tímida, calada e reivindicativa ao mesmo tempo.
A todos o meu mais sincero obrigado. Contudo, principalmente tenho de agradecer à professora Adélia, pelo carinho, a paciência, o sentido de humor, o talento, a inspiração, por saber sempre estar presente mesmo quando não temos tempo para dizer um olá rapidinho. Obrigada, professora, por ter estado ao meu lado, nos momentos bons e maus (e até mesmo nos piores), por ter sido e continuar a ser o meu modelo, e por me ter ensinado tanto, na escola e fora dela.
* Post inspirado por uma lindíssima atitude da Fátima para com a nossa professora de Geografia que leio atentamente ainda que ela não saiba (o meu obrigado também a essa senhora fantástica que conseguiu que a disciplina de que eu menos gostava na escola se tornasse numa área interessante e estimulante).
domingo, 1 de julho de 2012
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