segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Go the distance

Não é o cumprimento do dever o que está em causa, é o esforço extra. Aquele pequeno nada, sem qualquer importância, que nos sussurra ao ouvido que devemos superar-nos e ter vontade de fazer sempre melhor.

My make-up may be flaking

A insegurança do futuro que não domino frustra-me mais do que nada. Não me apetecem segundas opções, porque consigo - mesmo sem bola de cristal - prever o que trarão: dúvidas, incertezas, autoencerramento na minha concha e os sorrisos treinados para funcionar. 
Não é a distância o que me mata (sempre fui diferente do mundo em redor), não é o carro, nem a solidão dos quilómetros, são os lugares vazios na plateia que me obrigam a duvidar da vocação que sei não ter.

domingo, 19 de agosto de 2012

Ouriço ou bicho de conta?



Enrolada em mim mesma, espeto os espinhos para me proteger do exterior. Talvez me custe entender que a fraqueza me dói, me mói, me corrói por dentro e preciso de rabujar como mecanismo de defesa. Sou assim - por mais que me esforce por mudar - nos momentos em que a frustração se abate, mostro as unhas e assim, tentando causar não sei se medo se repulsa, escondo melhor o coração magoado.

sábado, 18 de agosto de 2012

Primaveras



Comoveram-me as imagens da que não foi a minha viagem.
Receei, primeiro, os ataques rasteiros do monstro verde; depois da pena que poderia, eventual mas provavelmente, ter tentado invadir-me o coração; as saudades bateram à porta ao de leve; porém, foi a alegria de os ver juntos, a todos (todos mesmo todos, até aqueles que não se costumavam juntar), o que me fez sentir plena e me demonstrou que as sementinhas que plantamos - ainda que o meu talento com a flora seja nulo - podem florescer na primavera mais inesperada.

Beco sem saída

Aquilo que se diz, de maneira calculada ou não, provoca reações nos demais. Agrado, demonstrado por um sorriso; desagrado, que se nota num franzir do sobrolho; entusiasmo, fascínio, ... , toda uma imensa gama de possibilidades. 
E quando provoca o silêncio e a impavidez de expressão? O que significará a aparente ausência de tudo o que acompanha a linguagem não verbal? 
Talvez o outro estivesse distraído, talvez ficasse verdadeiramente indiferente, ou talvez (a mais dura das opções) tenha ficado a matutar em quantos sonhos aquelas palavras ceifaram.