Homenagem

O que eu queria era ir à praia. Já está calor, já apetece... os pés a enterrarem-se na areia, a toalha, o bikini, o mar e nadar, nadar, nadar.
Enquanto fico aqui, na minha interioridade, com um calor impossível, e não abrem as piscinas, acho que me vou deitar no quintal a ler qualquer coisa ou a escrever num antigo moleskine.
Acabo por dormitar e sonho que alguém chega num qualquer autocarro e eu na paragem à espera, com o coração já sem sossego. Até que o vejo. Sorri, desce as escadas que o trazem a mim e abraça-me esquecendo-se da bagagem. Acordo. Não sei se foi um cheiro familiar ou um qualquer sentido (ao qual não atribuo números) que me despertou. Ai não... foste tu!

(Queria fazer uma homenagem aos nossos inspiradores, mas o que é que eu faço com os marretas e com os meninos do gato?)