sexta-feira, 10 de março de 2006

Festival da Canção

Ainda me lembro do Festival da Canção ser a grande festa da música portuguesa. Esta noite a RTP fez um esforço por restaurar o glamour de antigamente, mas o esforço foi ridicularizado pela votação final.
Até podiamos deixar passar as calinadas do Jorge Gabriel ("o prémio foi entregado") e a roupa do Eládio Clímaco e da Helena Ramos. Podiamos esquecer que houve letras muito más e músicas medíocres. Mas que a votação do público tenha sido pura e simplesmente ignorada no final e que se defendam com um "a democracia pode não ser um bom sistema mas ainda é o mais justo", desacredita qualquer tentativa de reanimação do certame. Em resumo, há uma votação dividida entre um juri especializado (Fátima Lopes e Filipe LaFeria, parecem-me deveras especialistas na área) e o público - que vota já sabendo o resultado da anterior-, duas canções empatadas e a que ganha é aquela que foi votada pelo juri... e o público votou para quê? Ahhh para gastar dinheiro. Explicadíssimo.
Não julgo qual das canções merecia vencer, nem mesmo qual tem mais hipóteses de garantir uma votação que não seja humilhante na Eurovisão (é para isso que lá vamos agora, não é?), não percebo de música mais do que como ouvinte. Mas pareceu-me claro que os apupos às Nonstop e os gritos finais de "Vânia! Vânia!" que se ouviram até mesmo quando já não havia imagem no ecrã, deixaram claro qual era a canção que os portugueses queriam que os representasse.

8 comentários:

mir disse...

Foi de chorar a rir!!! Já não via o Festival há anos, mas ontem fiquei contente por ter visto.
A saída da democracia saiu mesmo mal, a ser democrático "o povo é quem mais ordena"!
E as Non-Stop não foram criadas por um concurso da RTP?

mafaldinha disse...

Por estranho que pareça foram criadas por um concurso da SIC, que bonito é não haver concorrência entre as televisões.

Mas o Jorge Gabriel devia rever o conceito dele de Democracia, acho eu!

Tens razão, só mesmo para rir porque foi completamente deprimente o que se passou ali.

Anónimo disse...

Querida amiga:

Parece-me que o festival da canção é um formato totalmente gasto.

Por mim, mandávamos para a Eurovisão o José Castelo Branco, com a roupa de carnaval que usou este ano, agarrado a uma trave de strip e a fazer o playback "Diamonds are girls best friends" (deve estar mal escrito, mas tu entendes).
Isto sim é que é televisão!

Beijocas

mafaldinha disse...

LOLOLOLOLOLOLOL Com isso eramos explusos por indecente e má figura. Eu continuo a apostar no Herman a insultá-los a todos

Anónimo disse...

O festival da canção é, sem sombra de dúvidas, o melhor programa da televisão portuguesa. Senão veja-se: tem bons apresentadores, boas músicas e um júri extremamente qualificado. Que mais pode o público português pedir? Que seja respeitada a sua opinião?! Para quê?! Afinal de contas nunca somos tidos nem achados para coisa nenhuma, por é que no Festival havia de ser diferente? De qualquer forma, acho que Portugal faz mal em não concorrer internacionalmente com artistas de renome como uma Tonicha, um remix do saudoso Dino Meira ou até mesmo com a melodiosa voz de um Vitor Romeu. Fica aqui o conselho a todos quantos o quiserem seguir.

LúciaGrande disse...

Vânia!
Vânia!
Vânia!
Vânia!
Vânia!
Vânia!
Vânia!
Vânia!

lololol

...q humilhação, meus Deus!!!!!

mafaldinha disse...

Ouve lá Zé Gato, esse sr. Romeu quem é? Mas parece-me que a tua explicação é perfeitamente lógica, eu é que continuo a ser uma idealista que acredita nos ideais da democracia.

Humilhação, Luciazinha? Então?

magister dixit disse...

VITOR ROMEU é um dos meus artistas preferidos! Os seus medleys são de dar a volta à cabeça, de nos pôr a pensar na vida. A sério, a sério, Vitor Romeu é um tipo todo pimba que tive o (des)prazer de ouvir "cantar" no Crato o ano passado. E já agora, a democracia não existe, é tudo uma invenção da MAtrix lol!