Há um ano insurgia-me com o facto de a vontade do público não ter sido levada em conta naquele que em tempos foi o grande certame da música portuguesa. Retiro cada palavra que disse na altura. Aquilo a que chamei tentativa de reabilitação do festival, foi enxovalhada este ano pelo "espectáculo" que nos foi apresentado no sábado.
Não tenho a menor ideia acerca de quem terá escolhido a sala Tejo para o evento, mas o certo é que não funcionava em termos televisivos: um palco demasiado pequeno, um espaço demasiado nú,... As canções continuam com uma qualidade (pelo menos) duvidosa, a dupla de apresentadores que saíu apupada em 2006 foi repetida (Jorge Gabriel fez questão de enfatizar a sua posição do ano transacto, realmente rectificar é de sábios), e já nem vou falar das tentativas de momentos de humor porque nem vale a pena.
Pergunto-me porque não voltar ao modelo de outros tempos em que votavam todas as capitais de distrito ou então escolher um juri especializado (e com o adjectivo penso que se entende que encenadores de teatro, estilistas e críticos de televisão não fazem parte do lote), porque já se viu este ano que a escolha do público é assustadora.
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