Separava-os uma vida e muitos anos, e também uma relação guardada no fundo de uma gaveta que preferiam não abrir. Evitavam-se frequentemente, condicionando, assim, as suas próprias vidas, sem serem capazes de entender que ainda que longe da vista, uma ausência provocada só os juntava um pouco mais. Não se verem era a opção menos dolorosa, não queriam "recair" em erros passados...
Quando deixaram de se preocupar com a presença do outro, assim que a segurança se instalou e deixaram de se precaver, viram-se confinados ao mesmo espaço. Sair não era opção, todos os que os rodeavam sopunham que se haviam superado. O que fazer?
Ao fim de vários minutos de incomodidade, ela encheu o peito de ar, atravessou a sala, tocou-lhe ao de leve no ombro (sempre tinha sido a mais corajosa dos dois):
- Olá. Como estás?
E nunca ninguém soube como lhe tremiam as pernas, como se sentia a suar frio, como um só sopro a teria derrubado.
3 comentários:
El valor de simplemente ser una mujer.
Tu crees? A lo mejor solo le han entrado ganas de no tener que irse porque él está.
Pues yo creo que simplemente lo llevamos escrito en los genes. Al final el valor y la gallardia a ellos se les supone por el hecho de ser lo que son (¿hombres?) mientras que nosotras, en teoria débiles y plañideras, somos quienes afrontamos las situaciones cara a cara.
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