Prefiro de longe a designação lusa para um emprego fixo na área em que trabalho. Para uma portuguesa -com toda a carga que tal nacionalidade acarreta - dizer-lhe que o seu "destino" é a 120 kms de casa é um peso psicológico quase impossível de aguentar. Afirmar que a minha colocação definitiva é no lugar X, permite-me acreditar que vai haver um momento em que os 240 kms diários se reduzirão. Chamar-lhe "destino" provoca-me um arrepio na espinha porque esta palavra para uma mente nascida e criada no lindíssimo "jardim à beira-mar plantado" está povoada de uma sensação de inevitabilidade que não quero na minha vida.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
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1 comentário:
o destino não existe, existe um país à beira de um choro convulsivo mas nada disso lembra o destino
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