É tão difícil estar perto quando nos afastam.
É tão complicado ver o mundo cinzento de repente sem saber de onde vem a falta de cor.
Custa muito perceber que talvez estejamos errados nas escolhas e nas decisões.
Dói entender que temos o que construímos e, a maior parte do tempo, essas construções não são mais estáveis ou fortes do que as cidades de papel ou os castelos de areia que edificávamos em crianças e que desapareciam com a mesma efemeridade com que dávamos um passo para o lado ou uma onda nos vinha visitar.
Pode ser que algum dia eu compreenda que não se pode agarrar o mar, que não se para o rumo de uma nuvem e que não conto mais do que comigo mesma para seguir o meu caminho, tenha quem tiver ao lado. Porém, como penso continuar a acreditar, como corro maratonas e não curtas distâncias, estendo a mão aqui e agora e espero que a agarres com toda a tua força para não me deixares cair.
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