segunda-feira, 26 de novembro de 2007

(...)

10 anos.
3652 dias (hoje já mais um).
É estranho que o passar aos dois dígitos não esteja a significar apenas mais um ano, mas muito mais.
E continuo a precisar de ti como sempre, a sentir-te a falta como no primeiro minuto em que soube que já não ias estar mais aqui. É como se os anos sem ti fossem uma vida diferente, distante, mas que ainda cá estava anteontem...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Crime sem castigo

Uma assinatura de Luís Amado fará de mim uma fora-da-lei já no próximo ano. Que me atire a primeira pedra quem consiga olhar para ótimo sem ter arrepios.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tudo o que eu queria hoje

Aconchegar-me no teu abraço interminável e esquecer que existe um amanhã.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Calendário Pessoal

Enrolada num cobertor, sorrio ao frio e penso em como gostaria poder ter estado aí contigo, partilhar esta data, o teu dia. Tentei ligar e não atendeste, não sei se por culpa da festa que ainda dura, se por já estares a dormir. Não insisti, sei o perigo que há em acordar-te.
Fico a dever-te uma celebração, dos teus e dos meus. Pensando bem, podiamos decidir uma data e festejar o dia das duas, já que parece que nunca coincidimos quando deve ser.
(Gostei de ver como a tua persuasão continua intacta, até o São Pedro sucumbe aos teus encantos. Tens que me ensinar!)

domingo, 18 de novembro de 2007

A arrumar o quarto...

... encontrei um texto que, há 10 anos, saiu num jornal local. Foi escrito pela minha professora de Português, essa mulher admirável que, cheia de bondade, partilhava connosco semana trás semana a beleza das palavras, a melodia das metáforas, o sonho escondido em cada página dos clássicos que estudávamos. Ofereceu-nos no fim do ano lectivo este texto.

Folgas, Cavaleira e Companhia
Homenagem aos alunos de Português A, 12º ano, da Escola Secundária Mouzinho da Silveira
Folgas e Cavaleira são nomes reveladores de uma ironia terna, de acordo com a alegre autenticidade dos nomeados e a capacidade de amar de quem nomeia.
O mesmo acontece com a Companhia em que a Escritora, D.Duarte, a Gloriosa Admiradora de Florbela Espanca, o Poeta Vítor, a humaníssima Alexandra e todos os outros, percorreram comigo alguns anos da minha vida, fazendo-me acreditar outra vez, como dantes, que todo o tempo é o nosso tempo.
Ó Gabinete Ousada! - saudava-os eu quando cumpríamos "o serviço militar obrigatório" da Epopeia. E eles sorriam à porta de mochilas aos ombros, calmos e felizes, como quem entra no barco para mais uma viagem.
E assim andámos por esse "mar de longo" da Literatura, ao sabor das noites românticas, laivadas de pios de mochos, em cenários apocalípticos, pelas histórias da Guerra Civil...
Vivemos a perdição amorosa de Camilo e penetrámos em interiores requintados com estofos preciosos, estatuetas e jarrões de preço em que as flores elitistas se esfolhavam...
Bebemos ainda das filosofias poéticas, da ondulação pessoana, da sibilina voz dos escritores do século XX.
E assim ultrapassámos o "fingimento" e nadámos na verdade literária, em diversas direcções para delinearmos um rumo que nos aproximasse da VERDADE.
Para lá da porta da sala ficavam as guitarras, a voz da Marisa, os devaneios, as histórias do Sérgio, a "arte de bem cavalgar toda a sela" da Paula, as virtuosidades do violoncelo do Nuno, as espevitadas sentenças da Aida, o extraordinário equilíbrio do Duarte, as incursões filosóficas da Marisa Glória...
"Artistas da minha vida", sem dúvida, todos eles, mesmo os que preferiam ouvir, me gritam com o seu sorriso de regato vivo e a sua confiança que devo estar, no sentido etimológico - de pé, apesar das engrenagens que teimam em desvirtuar o primitivo e profundo sentido do velho EDUCO.
Julho 1997
Maria Guadalupe
Nota: EDUCO - verbo latino, significa tirar de dentro.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Psicologia Invertida

Foto daqui
Stay awake, don't rest your head
Don't lie down upon your bed
While the moon drifts in the skies
Stay awake, don't close your eyes
Though the world is fast asleep
Though your pillow's soft and deep
You're not sleepy as you seem
Stay awake, don't nod and dream
Stay awake, don't nod and dream
(Mary Poppins)

Desbloqueador de Conversa


domingo, 11 de novembro de 2007

Misapprehension

Dizes-me tu, mafaldinha, que estou enganada. Alegadamente, quase não tenho características aquarianas e por isso o meu signo deve ser outro, independentemente do dia em que nasci. Com o risco de que esta personalidade, construída ao longo de quase trinta anos, se desmorone sem os traços distintivos usurpados aos verdadeiros aquarianos, ou me arranjas um signo novo ou vais ter de me deixar viver na ilusão de que realmente pertenço ao melhor signo do zodíaco.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Juizos errados

Pareceremos tão vulneráveis que aquilo que nos digam possa influenciar, determinantemente, as nossas decisões?

Not worth it

Fechada e sem pérola...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Até...

Antecipavam separados cada minuto daquela noite. O convite partiu quando já nenhum acreditava que fosse chegar.
Viram-se de novo. Tocaram-se uma vez mais. Juntos eram crianças inexperientes, sem noção do que fazer.
Adiaram outra vez o desejo, voltaram a pôr reticências onde nem uma virgula teria lugar.

domingo, 4 de novembro de 2007

Once upon a dream

És a catástrofe natural que faz uma revolução na minha pele, na minha vida. Quando penso que estou em paz, chegas e tiras tudo do lugar. Não sei se agradecer o sonho, o abraço, a alegria, ou temer a incerteza que não deixas de ser.

Pa ti no estoy *

Não me apetece. Não tenho vontade. Os teus dramas existenciais já tomaram demasiado tempo dos meus dias. Custa-me ver como uma quebra minha (por pequena que seja) não tem importância frente a tudo o que te assola com frequência. Pois é, tive uma overdose de ti, agora preciso do meu espaço, do meu descanso, para poder recuperar o equilíbrio. Provavelmente nem vai demorar muito... mas, até acabar o meu momento de egoismo, vais ter que te habituar.


* Rosana Arbelo