terça-feira, 29 de agosto de 2006

Silly Season 2006

Foi um verão pouco produtivo, andámos preguiçosas e sem inspiração e a viagem para o país-onde-os-homens-usam-saia (que se inicia hoje) não vai ajudar nada ao aparecimento de posts no Figuras. Esperamos que ao voltar o sotaque das highlands ou os kilts nos sejam musas suficientes para escrever mais e melhor.
Glasgow, aqui vamos nós!

Coisas de família

A minha mãe obrigava-nos a fazer a Marginal, com ou sem trânsito, porque sentia falta de ver o mar. Sempre ouvi o meu pai dizer que não podia estar 15 dias sem olhar para um chaparro. Eu cá não sou plenamente feliz se estiver demasiado tempo afastada do verde da Serra de São Mamede.

Foto daqui

O filho do António Manuel Ribeiro

Suspeito que o rapaz vá mesmo tomar conta do negócio de família. Eu sempre pensei que os filhos destas figuras públicas preferiam passar incógnitos e que ninguém lhes soubesse a proveniência (na adolescência, deve ser humilhante que todos os colegas saibam que o teu pai escreveu um livro de poemas onde verseja com a palavra "bidé") mas este rapaz não. Não sei se por causa da genética ou apesar dela, mostra em palco a presunção que o pai não tem.

Crato, ontem

Os Azeitonas têm piada (deviam tratar de umas aulitas de dicção, though) e ganham toda a gente com O Conquistador (Ricardo Landum antes do Pimba) e com uma canção das Doce, mas o momento alto da actuação foi mesmo a performance do padrinho. Gostei deles... ninguém faz uma canção chamada Silvia Alberto.

Diz a minha amiga M.J. que os UHF são como o Boavista, o clube é da família Loureiro, a banda da família Ribeiro. Suspeito que os Cavalos e o Menina estás à janela nunca deixarão de ser as favoritas do público.

Rolling Clones... haaa... hmm. Foi mau, muito mau, pelo menos as 5 canções que aguentei. Deixaram-me a pensar se não será frustrante passar a vida a imitar outros, mas depois entendi: se se tem o azar de nascer (ainda que remotamente) parecido com o Mick Jagger, pelo menos que isso nos dê trabalho.

Resta salientar o apupo generalizado à apresentadora do certame (que custou a entedê-lo diga-se de passagem) e o melhor de tudo, encontrar antigos colegas que não via há anos.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Mainstream

Era uma vez um país onde toda a gente queria ser original.
Os habitantes desse país afirmavam apenas ver aquele canal de TV que não tem qualquer audiência, orgulhavam-se de só gostar de bandas das quais ninguém nunca ouviu falar e era perfeitamente habitual ouvi-los dizer de maneira peremptória: "Ah! Não gosto, é demasiado comercial" ("comercial" quer dizer "mauzinho, mas como tu pareces gostar não vou dizer que é mau").
O adjectivo favorito dos habitantes desse país é "alternativo", e quando dizem que alguma coisa é alternativa querem dizer que ela é boa; mas cuidado, nunca se atrevam a opinar de forma contrária, pois serão vistos como uns parolos que gostam do que é "comercial" e essa é a pior ofensa possível. Todos os artistas autóctones só tinham valor quando eram probrezinhos e desconhecidos, porque a partir do momento em que obtinham o reconhecimento geral, passavam a ser uns "vendidos" e "comerciais".
O que mais fascinava nessas pessoas era o facto de que se pensassem um bocadinho perceberiam que a arte não perde qualidade por ser reconhecida, apenas chega a mais gente; e que ao fim ao cabo se todos querendo ser alternativos lemos, ouvimos e vemos o mesmo, isso se torna mainstream.

Etiqueta

Eu que as corto todas porque picam e incomodam, fui etiquetada pela Super Nita e pela Ladybug, como há deveres a que a amizade nos impele, aqui vão as seis informações completamente aleatórias sobre mim:
1. Tenho muito mau feitio e assumo.
2. Arrumo as minhas gavetas por cores.
3. Só há muito pouco tempo é que deixei de reler Os Maias todos os verões.
4. Tenho um orgulho profundo em cada um dos meus amigos e por eles vou ao fim do mundo.
5. Sou preguiçosa para fazer viagens (mas ninguém mete tanta coisa dentro de uma mala como eu).
6. Não choro em público.
Não vou etiquetar ninguém (para além da outra boneca cá do sítio - Jess, a caixa de comentários é toda tua), mas todos aqueles com quem mantenho uma amizade (real, virtual ou ambas) podem sentir-se etiquetados.

Os cavalos também se abatem

Vestimos a armadura a cada manhã, apanhamos o elmo e o escudo no guarda-fatos e aprontamo-nos para mais um dia normal. Defendemos o mundo (o nosso e o daqueles que gostamos, pelo menos) de todas as dificuldades, a capa e espada, como heróis que somos.
Até que um dia um golpe mais forte nos faz cambalear, e aqueles por quem enfrentámos os perigos esquecem-se que dentro da roupa de metal há carne, sangue, ossos e sentimentos. Ficam à espera que nos levantemos sozinhos, como sempre, porque nós não precisamos de ajuda, afinal o fato fica-nos tão bem.

domingo, 27 de agosto de 2006

J.P.

O meu coração, toda a vida encarnado, não consegue deixar de saltar de alegria com as vitórias do Braga.

Conflitos pessoais

Com uma t-shirt que é a minha cara


*

e este livro na mão



pode dizer-se que o Luís Filipe Borges fez de mim uma contradição com pernas.


* Se não se conseguir ler bem, diz: Forever is way too engaging for me

Urgência de ti

És respiração e sono leve ao meu lado. Não posso sentir-te mais perto. Mas é nos momentos em que posso descansar das exigências que o teu amor me traz que mais sinto a tua falta. Não penses que são ciúmes dos teus sonhos sem mim. É apenas urgência em saber que são meus todos os teus minutos.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

À prova de cópia

Sou uma pessoa agarrada às pequenas coisas, acredito mesmo que são elas que nos dão os momentos de maior felicidade ou nos empurram para o abismo.
Na música, por exemplo, sou fascinada por respirações, a maneira de dizer uma palavra ou a interjeição inesperada, e espero ansiosamente por esse momento fugaz na canção. Para mim não há como o suspiro do Steven Tyler depois de "I could stay lost in this moment" no I don't wanna miss a thing; ou o "yeah!" que também ele diz entre dois versos de Cryin'; a forma como Naim Thomas profere a palavra "carícias"; o "ai" de quase dor quase medo que a Chenoa insere logo a seguir ao primeiro verso de Te Encontré; ou a respiração forte de uma Celine Dion (que eu normalmente detesto) carregada de fragilidade em Tell Him.
São os pequenos nadas que tornam esta ou aquela interpretação totalmente única e irrepetível.

A simbologia dos detalhes

A voz com que se atende a chamada inesperada, o não responder àquele sms, o não aceitar determindado convite... são os pormenores que fazem verdadeiramente a diferença.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Generosity

Photobucket - Video and Image Hosting
Anthony Edwards
Foto daqui
Ninguém, nem nenhuma outra série, me ensinou tanto sobre relações e valores.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

1073

A estrada é longa e parece que não percorri sequer metade do caminho. Parecem infinitos, os minutos. Passam um por um, mas parecem sempre o mesmo. Sem ti o tempo pára. Todo o resto do mundo continua a viver, livre de minutos e horas. Só eu fiquei prisioneira do tempo. O relógio só anda quando estás aqui, mas anda sempre muito depressa, tal é a ânsia quando te tenho perto. Depois vais embora e os ponteiros param novamente à tua espera, para poderem devolver-me a vida quando regressas. Vou percorrendo o caminho que me separa de ti. Já perdi a conta dos minutos que nos afastam. Prefiro lembrar as boas memórias que me deixas do que contar sempre os mesmos sessenta segundos. Paraste o relógio e eu parei nesta estrada. Estou longe de mais para voltar atrás e longe de mais para conseguir chegar a casa.

sábado, 19 de agosto de 2006

Portalegre e o Mundo

Quando menos se espera encontram-se blogs como Portalegre e o Mundo, onde dá gosto ler as reflexões que são feitas e onde a nossa "casa" é amada e criticada na justa medida. Desconheço a identidade da autora, mas textos como este, este ou este, fazem-me sentir perto.
Os meus mais sinceros parabéns.

Tati

Heloísa Perissé
A Tati era uma personagem adolescente com brilhantes teorias acerca de actualidade, História, personalidades importantes e do mundo em geral. Dizia ela que os homens são como o arame, há aqueles que como o arame farpado "caçam" todo o ser humano do sexo oposto que lhes passa por diante e há os outros, os que como o arame normal cercam cercam e nunca pegam nada.
Se te conhecesse ela diria que, definitivamente, tu não és "um cara muito farpadaço".

Só porque gosto de ajudar

Por coincidência encontrei este texto e, depois de ter oferecido alguns Guia para ficar a saber ainda menos sobre as mulheres a amigos que não tinham as coisas muito claras, pareceu-me o "manual de bolso" essencial para os nossos leitores masculinos.
Rapazes, tomem atenção a se nos rimos, ao que dizemos, aos movimentos que fazemos e à maneira como vos olhamos, em seguida é muito fácil: têm o caminho livre para tomar a iniciativa. É que no fundo, no fundo, somos umas românticas antiquadas que gostam de jogar segundo "as regras".

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

These are the days that I've been missing

Ice tea e dias de sol e uma piscina sempre perto. A melhor companhia, as maiores gargalhadas, os pequenos momentos. Não podia pedir mais. Ninguém podia dar-me mais.
Obrigada.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Bi-umbiguismo

ou The ladies in red

Ai o raio do vício

This week I got Lost.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Eu hoje vou dormir assim

Ana Lucia (Michelle Rodriguez)
Foto daqui

Ready for a fight! E com uma única certeza: nunca linkarei um blog de que não gosto.

Ai, o raio da inveja

- Aquele porco gasta o ordenado todo em coisas supérfluas.
- Sim.
- 'Bora lá assaltá-lo?