sexta-feira, 29 de abril de 2011

Correr a Maratona

No próximo dia 7 de Maio, terá lugar na Plaza de San Francisco, em Badajoz, com início às 11h30 (espanholas) a edição de 2011 da Maratona de Leitura de Poesia, organizada pelo Departamento de Português da EOI Badajoz.

Venham partilhar este evento connosco: cultura, literatura e música, num sábado de manhã, que mais podemos querer?

terça-feira, 26 de abril de 2011

A nova peça do António

O meu amigo António escreve como ninguém. Escreve numa língua que não é a dele, peças de teatro - coisa fácil cof cof -, e o amor pelas artes cénicas é tal que enfrenta todo e qualquer obstáculo para continuar a perseguir o sonho. Os que muito lutam são recompensados, ou pelo menos assim quero acreditar, porque o meu amigo merece todos os êxitos que virão e eu não duvido que virão.
Vai ter uma nova peça em cena, no Estrela Hall, casa dos Lisbon Players, chama-se Birthday. De 28 de Abril a 14 de Maio. Deixo-vos o cartaz e espero encontrar-vos por lá, porque como ele me disse (por ser meu amigo) que me ter na plateia faz toda a diferença e é parte da emoção para ele: Como poderia eu não ir?

domingo, 24 de abril de 2011

1800

Na minha cabeça há momentos em que a minha voz se confunde com a dela. É bom tê-la presente sempre, como uma estrela-guia, que canta aquilo que eu não consigo exprimir.

Não há nada como os nossos beijos

Fecho os olhos e ainda te sinto, como da primeira vez: a medo, sem saber muito bem como, com o desejo tão reprimido que não acredita no que tem na frente. Os teus lábios na minha mão, a beijarem-na, suavemente, e os olhos a espreitar-me para se assegurarem de que não se ultrapassavam limites. Os teus dedos a passear na pele dos meus braços, sem saberes o porquê de me escolheres o pulso ou o efeito que tal toque tem em mim. Fechei os olhos de prazer e senti um sorriso na tua respiração acelerada, viste a luz verde e prosseguiste. Aos tímidos beijinhos seguiram-se uns mais sensuais, mais explícitos, e uma vez mais não te rejeitei. Vieram depois os abraços, cada vez mais apertados, cada vez como mais necessidade, e em dois minutos as mãos passaram para debaixo do tecido à procura da pele que se esconde com a roupa. Beijámos pescoço, ombros, colo, cara, testa, olhos, evitando (por muito pouco) os lábios. Conhecíamos perfeitamente as fronteiras que estávamos a empurrar. Foi quando me suspiraste ao ouvido que me assustei, pois já não sabia se aquele suspiro que ouvira era teu ou um dos tantos que eu estava a calar.
Beijámos lábios por primeira vez. E essa primeira vez durou horas, horas de abraços, horas de pele, horas de desejo escondido e apenas materializado naquele beijo. As nossas bocas encaixavam como se fossem as duas únicas peças de um puzzle perfeito. Da inocente necessidade passámos à volúpia, à sofreguidão, ao precisar de conhecer mais da outra boca, já que o outro corpo ainda era proibido. Talvez, se os primeiros beijos não tivessem sido tão perfeitos não tivéssemos jamais continuado.
Contudo, enquanto os dias passavam por nós e o sentimento crescia, se solidificava e ganhava confiança, eram os beijos que não conseguíamos evitar. Aquela entrega sem travões ao carinho eterno de um momento. Qualquer lugar era bom, qualquer situação apropriada, qualquer segundo propício.
Sinto a falta dos teus beijos molhados na minha pele, mas principalmente sinto-lhes a falta nos meus lábios. A tua língua ladina mostrou-me novos mundos, deu-me segurança, fez-me sentir mulher e feminina. Entrego-me agora às memórias do que vivi contigo e se foi a partilha, a cumplicidade, o apoio, o carinho, que me fizeram apaixonar, os teus beijos foram o cimento que uniu os tijolos da nossa relação. Por serem tão intensos, tão sólidos, tão desejados, tão perfeitos. Por me fazerem sentir que o desejo é algo tão forte que há vezes em que por mais cabeça que sejamos, não podemos parar o que o corpo nos pede.
E na hora do adeus, é dos beijos que sinto mais falta. A minha boca é incompleta quando não está a beijar a tua.

Dúvidas existenciais

Jamais entenderei como se passa do amor ao ódio. Como o rancor se instala no coração, antes aberto, fechando-o àquela pessoa que há nada de tempo diziamos ser o nosso motor e a nossa paz.
Se for mais fácil parar de sofrer dessa forma, avisem-me porque tentarei adoptá-la no futuro. Enquanto não mo provarem, prefiro passar mal agarrando-me ao bom, do que procurar o mau para seguir em frente.
O teu coração é tão bonito e eu sei disso porque já o vi, não permitas que sentimentos feios e escuros tomem conta dele e to magoem ainda mais.

Longe de ti

As noites em branco, o negro do dia... *

As insónias que me assolam fazem com que os dias sejam muito longos e mais difíceis de aguentar do que antes. É, ao mesmo tempo, óbvio que se a fé na manhã seguinte não existe, não vale a pena dormir para que o sono não nos atormente com passados felizes. Todos os dias peço para não sonhar, para que Morfeu não me traga a tua imagem de que fujo a cada momento desperta. Mas o deus do Olimpo não só não me respeita a vontade como me tortura. Sonhar contigo durante as poucas horas que durmo, e a felicidade que isso me traz, é o suficiente para no dia seguinte te sentir ainda mais violentamente a ausência.

* Longe de ti, Império dos Sentados

sábado, 23 de abril de 2011

O paralelo da amizade

Uma vez mais, depois de alguns anos, tivemos uma conversa como as de antes. Corações na mesa, ao lado dos copos de Coca-cola e das pipocas que insistiram que comêssemos, pousados com as mãos a tremer e o receio dos ouvidos alheios. Os nervos à flor da pele, o medo de passar limites, porque a antiga confiança tremera a determinada altura. É curioso que continuemos a viver vidas paralelas e que o acontece a um acabe por de alguma maneira acontecer ao outro, como sempre aconteceu no passado.
Ontem encontrámo-nos em histórias parecidas ainda que desempenhando papéis diferentes, desta vez. Foi tão bom voltar a confiar, foi tão bom ver que ainda nos aceitamos como somos e gostamos um do outro, sem julgamentos apressados, nem sentenças penosas.

Memória corporal

Porque será que o corpo nos trai quando a cabeça está a fazer o esforço hercúleo de se encaminhar para a saída?

Com lupa

Procuras, rebuscas em palavras passadas razões, defeitos, erros maiores ou menores. Se há coisa que não permito é que falem mal de ti e não te busco problemas no carácter. Muito provavelmente porque, ainda que tudo se tenha perdido, não admito pensar que não foi real enquanto durou.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A tua presença

Não consegui ouvir música durante três semanas, porque havia uma única canção que me martelava e martelava a mente. Tinha-a conhecido há uns dias e, para mim, tinha tua voz ainda que me descrevesse a mim.
Agora ouço tudo o que encontro que seja anterior ou posterior a ti, evitando o que partilhámos. E, ainda assim, encontro em cada letra e em cada acorde das canções que nada têm a ver contigo, algo escondido que me lembra de ti.

E entrou em cena o sentimento de culpa

Às 8h de há um mês a vida começou a acabar. Acreditei, sonhei, pensei que as decisões têm volta quando se ama, e pela primeira vez durante uma vida tive fé no sentimento maior. Tentei respeitar os pedidos que me fizeram ainda que os não entendesse, mas a incoerência entre as palavras e os actos alimentavam-me a esperança.
Parece que interferi quando quis respeitar, que fiz mal quando queria manter-me na sombra, a criar ilusões com apenas uma ténue espectativa. Resignei-me a ser a segunda opção enquanto todos os meus me criticavam por ficar, por esperar, por não querer abandonar tanta felicidade que tinha sentido, por não cortar radicalmente.
Nunca desejei roubar a luz a quem me iluminou a vida, somente ansiei poder continuar a sonhar, em silêncio. Vi portas abertas em rachas na madeira por tanto ambicionar fazer-te feliz. Não sabia que não me estavas a acolher de novo pois tive fé pela primeira vez depois de tantos anos de deserto ateu.
Quero que sejas feliz e tinhas-me repetido tantas vezes que eras feliz comigo que não podia não lutar, não esperar, não podia desistir. E não lutei, só esperei.
Sei agora que não me abrias os braços quando te aproximavas e que errei na leitura das tuas acções, prometo que não fiz por querer fazer mal. Sabes perfeitamente que não sou assim. Manter-me-ei afastada, a tentar lidar com este sofrimento e esta sensação de vazio que me atormenta desde que te foste, pois sei que se me culpas é porque, muito provavelmente, já não me queres.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Para os que já não conseguem sonhar


[...] But there are dreams that cannot be,
And there are storms we cannot weather!

I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living,
So different now from what it seemed...
Now life has killed the dream I dreamed...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mudaste-me a vida!

Se é que ainda não o sabes, quero que tenhas essa certeza. Cresci, entreguei-me, amei, tenho sofrido, muito, mas o mais importante é saber que vivi. Vejo, agora, o mundo com outros olhos, os objectivos alteraram-se, penso em coisas que jamais me tinham passado pela mente e espero ansiosamente pelo futuro. Quero saber o que me guarda, quero assegurar-me de que é melhor do que este presente em que vivo, quero lutar, quero ser feliz.
Obrigada por me teres mostrado que é melhor viver um momento de suprema felicidade do que uma vida inteira de sobrevivência, ainda que haja dor, ainda que o sofrimento nos assole até um extremo inaudito, pelo menos sentimos. Despertaste-me os sentidos e com eles abri os olhos para o mundo. Uma vez mais obrigada, a verdade é que não podia continuar naquele estado de latência em que me conheceste: sou melhor depois de ti, ainda que partida em pedaços.

Taking care of me

Há que parar com as lágrimas e enfrentar o futuro com um sorriso. Talvez tudo tenha sido positivo e as novas oportunidades, mesmo ao virar da esquina, tragam alguma felicidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mafalda Veiga

No Casino de Lisboa houve uma noite especial, fez ontem exactamente um mês.
Especial porque vi a Mafalda ao vivo pela primeira vez, especial porque cantou todas as canções que eu tinha pedido, especial porque quando se faz planos durante muito tempo e a realidade os supera é fantástico, especial porque o dia antes da noite foi o mais especial possível. Especial porque antes de tudo desabar, houve este dia e esta noite, e nesse momento eu ainda acreditava que tudo era maravilhoso e eterno.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

And still...

Depois de dois dias sem conseguir publicar nada... e de quase um mês sem ser capaz de ouvir a minha diva favorita, era inevitável a Barbra voltar à minha vida.


sábado, 16 de abril de 2011

O mundo ao contrário

Porque é muito difícil fazer com que os dias que eram especiais voltem a ser iguais a todos os outros.
Sé que todo va a seguir como si nada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Minha pequenina (Mery - a minha sobrinha de adopção)

Ainda sonho que me procurarás um dia e farás todas as perguntas que precisas de fazer. Gostava de poder dizer-te o tanto que gosto de ti e que para mim nada mudou entre nós ainda que não nos possamos ver. Queria continuar a ser o teu apoio, a tua confidente, a pessoa que te adora incondicionalmente e que não duvidas de nada disso. Sei que não me posso aproximar, pois tal atitude impensada e impulsiva despoletaria uma guerra onde as duas perderiamos ainda mais do já perdemos até agora.

Mas preciso que saibas que estou e estarei aqui sempre, como te disse tantas vezes que estaria e tu acreditaste. E que saibas também que em minha casa não haverá tulipas até que tu as pintes.

domingo, 10 de abril de 2011

Hiraeth


Sinto a tua falta nas pequenas coisas. Na voz de manhã cedo ainda endorminhada. No copo de água que bebes nada mais acordar. Nos caracóis ora perfeitos, ora selvagens. No sorriso franco e doce. No ter alguém com quem partilhar esperanças e medos, expectativas e fragilidades. Nos planos que quase não fizemos. Nas viagens que não se cumpriram e nas memórias das reais. No teu cheiro que às vezes ainda encontro. No carinho. Nas sensações de olhos fechados para que fossem intensificadas. No coração puro e generoso. Nas palavras únicas e repetidas em que acreditei com toda a fé que ainda me restava. Em tudo o que não te disse e queria contar agora, que já não posso. Nas refeições. Nas carícias. Na cumplicidade, nas lágrimas e nos picos de felicidade. Nos passeios. Nas fotografias. Nas flores. Na música que rejeito porque toda ela grita o teu nome. Nas perguntas de todos quando não estás. No teu toque ainda pousado na minha pele. Na vontade de ser melhor por e para ti.

Em tudo isto e em muito mais.

Sinto a tua falta em cada recanto do meu corpo e do meu mundo e dói tanto saber que não irás voltar.

sábado, 9 de abril de 2011

Trabalho

No Nivel Intermédio de exigência de português há que aprender a manejar o modo conjuntivo.


Talvez por ser arma de trabalho, talvez porque o momento assim o exige, sofro na pele todas e cada uma das incertas utilizações do modo verbal, apenas sonhando com o dia em que ele deixe de ser imperativo na vida e passe a indicativo seguro e sem dúvidas.

???

Que importância tem o que te dizem? Uma opinião (real ou não) é a verdade? Se pedisses outras talvez percebesses que há outras verdades. Porque é que deixas que o mundo se meta quando eu estou a tentar não incomodar? Não arremetas contra quem te quer sem pressões nem "diz-que-disses".

o passar dos dias

Houve um dia 9, um dia, em que fui muito mais feliz do que hoje. Em que se criou uma nuvem que nos elevou do chão e nos teve a pairar durante horas. Houve um outro dia 9 em que acordei contigo ao lado, e nenhuma tristeza no mundo me vai conseguir tirar essa recordação. Houve ainda outro dia 9 em que festejámos os outros dois dias 9, pensando (ou sonhando) que se repetiriam por muito tempo.

Este dia 9 acordou cinzento, triste, macambúzio, talvez porque já não estás na minha vida, talvez porque a dor o tenha assoberbado e não permita que o sol o ilumine para não me fazer sofrer ainda mais.

Polémicas à parte

Se gostos não se discutem e todos temos direito a guilty pleasures este é um dos meus, assumido e sem dramas. Apaixonei-me pela voz na adolescência e ainda hoje me faz vibrar uma qualquer cordazinha interior que não sei onde está.

Sei que vem a Lisboa, sei que gostaria de o ir ver, também sei que se não posso ir contigo, de mãos dadas, como da última vez, provavelmente prefiro não ir.

Com qual deles ficarias?



Há tantos anos que não ouvia este senhor porque meti na cabeça que era apenas música de elevador - os preconceitos de cada um - e hoje voltaste a fazer-me ouvi-lo e trouxe um sorriso à minha solidão.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Far away

Nove meses depois assisti à celebração que tanto querias fazer e que tanto rejeitei. Não queria festejar, não tenho razões para tal, o processo foi duro e pouco bonito - continuo a achar que a vitória final não justificou o sofrimento da corrida. E apesar de saberes que para mim era um dia especial, apesar de me teres dito que estarias, foste-te embora antes que eu chegasse, muito provavelmente para não me veres. E eras a única pessoa que eu queria naquela sala, mesmo que fosse ao longe.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Declaração de intenções

A paciência é uma virtude, principalmente quando de amor se trata. Não consigo dizer para sempre mas não duvido do por agora. Espaço e tempo são necessidades imperiosas para as tomadas de decisão.

Against all odds

Tanta liberdade, tanto não pedir, tanto não dar o suficiente, fizeram com que te fosses sem volta. E queria tanto falar-te, dizer-te que estou aqui ainda (mesmo que não pareça porque estou triste e magoada), que te quero ao meu lado, que estou pronta para dizer em voz alta tudo aquilo que não disse por vergonha, pudor e medo de que te decidisses (só) por minha causa. Se um dia mo permitires, fa-lo-ei. Não suporto ver-te triste e a sofrer. Quero dar-te a segurança necessária para que entendas que os sonhos se podem realizar e que podemos ter um futuro feliz.

Não quero isto!

As palavras (mais ou menos) duras que nos dizemos, os silêncios incómodos, os olhares no chão, os temas proibidos, a dor tão profunda que adormece os sentidos e faz proferir frases impensadas que são como punhais. Tudo não passa de uma ressaca, de uma necessidade extrema de te sentir perto. De um querer gritar-te mil e uma vezes mais o que sinto por ti, ainda que saiba que já não te interessa e que avançaste na vida, sem mim.

domingo, 3 de abril de 2011

David sem Golias



De que serve ser Quixote, se o fidalgo de la Mancha não era mais do que um insano, louco, apaixonado e delirante velho que não entendia que as ameaças reais são as que não vemos? Lutei contra moinhos, intensa como sou, suponho que o voltarei a fazer nas mais diversas áreas da minha vida já que não desisto facilmente. Porém, quando nos esfregam as quimeras na cara, não temos mais hipótese do que vê-las como as miragens que são, assumir a derrota, levantar a cabeça e pensar que se a luta não valeu a pena, valeu aquilo que nos impeliu a lutar.

C.

Partiu-se, quebrou-se, rompeu-se, agora é tentar recompor-lhe os pedacinhos com a melhor cola do mercado e esperar que não volte a cair em mãos descuidadas.

sábado, 2 de abril de 2011

Happy?

Segundo a segundo, a tristeza foi-se instalando na casa da alegria. O sono fugiu, o cansaço chegou, os sorrisos mudaram-se para parte incerta. A comida recusava-se a entrar e havia momentos de silêncio ocasionados por um alheamento quase total da realidade. Cada notícia que chegava não fazia mais do que arrastar lágrimas, dúvidas e vontade de desaparecer.

Os habitantes da casa tinham graves problemas de comunicação: o C. queria ficar, esperar por um futuro quimérico (em luta contra moinhos, em defesa daquilo que não quer ser protegido) com uma esperança de alegria que se desvanecia suavemente; a C. assentia que sim, afirmava que era o acertado a fazer, que deixarmo-nos levar por sentimentos como o orgulho não leva a muito e não ajuda ninguém; por seu lado, o I. - morador mais antigo e precavido do lugar - acautelava, repetia que nada mudaria, que era um desespero continuado a que mais valia dar ponto final. Não se gritavam, mas ouviam-se pouco, e assim, deixando arrastar os dias, sonhando com impossibilidades, agarrando-se a migalhas, foram deixando que a casa começasse a ter rachas, não lhe retocaram a pintura, não a cuidaram o suficiente. E ela foi caindo, caindo, caindo, até desabar completamente numa tarde de Primavera, já sem ilusões, resignada e a sobreviver por não saber fazer outra coisa.

Palavras que caíram em desgraça

Amante é aquele que ama, não aquele que trai.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Resignação

Esperar não é uma escolha, é um destino traçado nas estrelas enquanto te amar como hoje.

The last kiss

Os últimos beijos, quando são os últimos, têm toda a carga e a intensidade de os corpos e as cabeças saberem que não se irão repetir.