quarta-feira, 5 de maio de 2010

Culpa Nostra

A culpa que sinto quando me mimas não é uma reminiscência católica, é a certeza de saber que o que partilhamos não está certo, por mais que tentemos convencer-nos do contrário.

terça-feira, 4 de maio de 2010

É a tua subtileza que me ganha

A tua música tocou ao chegares. Tudo o que me dás parece envolver-me como uma teia suave que cheira a doce - que não me deixa fugir. Deste-me uma flor e tenho-a escondida à vista de todos, fingindo que não foi tua. Reclamaste o teu lugar, encontraste soluções para os meus medos, deste o primeiro passo da confiança.

E eu precisava tanto de te sentir por perto.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Érase una vez

uma menina pequenina de enormes olhos com os quais abarcava o mundo real e sonhado. Através deles transmitia alma, emoção e força, com eles apaixonava os astros, os planetas e todos aqueles com quem se cruzava.
Cumpre hoje mais uma Primavera e apesar de saber que ela entende que eu não possa estar, não consigo não ter vontade de mandar o universo passear e ficar a dar-lhe todos os mimos que merece.


This one is for you, kid!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

7th Heaven

O passado açoita, magoa, mói, porém é vida, tem raízes, faz falta à alma para que se possa encontrar.

E um dia o presente e o futuro convergem num mesmo espaço tendo-nos como único motor. Não há colisão de estrelas nem há catástrofes naturais, apenas uma sensação de plenitude a que se assiste de galeria com medo de a tocar, não se vá quebrar.

Aqui

Gostava de te proteger, de te dar o ânimo que outros te negavam pondo-te sempre em segundo plano. Era feliz quando me confiavas conversas únicas e irrepetíveis, quando decidias abrir o coração para só me deixares entrar a mim. E nunca pedi mais. Apenas que me deixes continuar a abraçar-te mentalmente já que não tenho coragem de o fazer a sério.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Peek

Finjo não ver que espreitas por detrás da janela, pelo buraco da fechadura, pelos olhos de outros. Gosto de te sentir aí, a investigar-me os movimentos, a (com pezinhos de lã) reintroduzires-te na minha vida, fazendo um esforço por recuperar a atenção que perdeste.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Book of Revelations

As pequenas epifanias domésticas são tão (ou mais) raras do que as outras, mas não há jornais que delas falem nem livros que sobre elas se escrevam. Numa introspecção guiada percebo que tenho errado quando pensava acertar: não te sentes necessário, achas que te ignoro, que não te dou valor.
Para que fique claro – preciso de ti aqui, não te demores mais!

domingo, 25 de abril de 2010

On the hook 2

Se os teus actos parassem de dizer “right now”, talvez eu te entendesse melhor as barreiras.

On the hook

E tu chegas.

E eu mudo…

quinta-feira, 22 de abril de 2010

#2

Tu beijas-me o ombro, eu reencontro-me no teu. Faço o meu ninho no espaço que te vai do peito ao cotovelo, fechando os olhos para que os outros sentidos se apurem no teu toque. A tua boca trilha o caminho, que tão bem conhece, até ao ponto abaixo da minha orelha e esperas, obrigando-me a pedir-te sem palavras que prossigas na rota. Hesitas sempre antes dos meus lábios e tenho de te resgatar aos pensamentos em que te perdes. Olhas-me inquisitivo no prelúdio não sabendo se te dou permissão.

Os medos e as cabeças de ambos continuam a interromper-nos a fluidez dos corpos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Não gosto que me toquem a mão direita. Não quero perder noutras peles o toque da tua, que ainda sinto desde a última vez; naquele dia em que não me deixavas desentrelaçar os dedos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mercy

Não há felicidade sem obstáculos, mas será que, se não somos capazes de os ultrapassar, não somos merecedores dela? O que fazer quando se tenta resistir, quando se esgotam todos os recursos, quando os argumentos não chegam, quando a razão não é suficiente para fazer recuar o agressor? Deixamo-nos ferir, esperando a redenção, ou atacamos, correndo o risco de a ver acabar em utopia?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Unspeakable Love

É saber acalmar o teu coração e saberes que aceleras o meu. É saber-te o meu céu e saberes que sou o teu chão. É saber-te para sempre e saberes que para nós é sempre pouco.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

“É que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há” *

As barreiras auto-impostas protegem do mal e do bem, as normas de conduta iluminam o caminho menos tortuoso, mas baixar a redoma para deixar entrar alguns é o que de melhor nos pode acontecer.

* Com um brilhozinho nos olhos, Sérgio Godinho

Primeiras vezes

Quando ainda em fase embrionária tudo tem graça, até a primeira discussão. Os primeiros ciúmes, o dizer o que não se deve, o amuo, o pensar que é o fim – e que isso seja uma tragédia.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

And Seville awaits

Didn’t kiss so don’t tell

Não sei o que dizes por aí, mas estou cansada de boatos.

Falam-me de ti a cada passo, eu olho para o lado e finjo que não me magoa; sei que me estão a avaliar, a ver com lupa como reajo, o que não faço a menor ideia é se foste tu quem os mandou – não duvido nem por um segundo que é a ti que são fiéis.

Terão sido as atitudes que tivemos, um dia, em público que os levou a crer que te pertenço? Se jamais fomos nada porque convencemos o mundo do contrário? Foste tu quem relatou o que não aconteceu?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Broken


O copo em causa era frágil, não já era o recipiente robusto de outrora, os anos de uso tinham-lhe tornado o vidro mais quebradiço.
Depois de se partir não houve cola que lhe recuperasse a forma primeira.

domingo, 4 de abril de 2010

É urgente ir - parte 1


I too wanna wake up in the city that doesn't sleep, want to be a part of it, and it's up to me. NY, NY.

Hooked on a feeling

Conhecer-te como a mim mesma e continuares a surpreender-me com cada atitude, com cada sorriso, com cada minuto (e maldade) que me dedicas. Preciso que pares de entrar e sair da minha vida como se fosses uma miragem, contudo não sou capaz de te deixar ir porque foste demasiado importante.

sábado, 3 de abril de 2010

The A word

É difícil lutar contra frases escorreitas. Principalmente quando sabemos qual é a palavra que nos refreia a publicação (porque dela fugimos há muito), mas ela é também a única peça do puzzle que encaixa naquele sitiozinho esquinado.

Void

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Demasiada cumplicidade...

Não será o quantificador hiperbólico quando aplicado ao substantivo em questão?

O som dos ponteiros de relógio tomava conta do quarto vazio… tic-tac… tic-tac… movendo-se numa dança repetitiva e constante… tic-tac… tic-tac… e a cada minuto que passava, com o silêncio como aliado, dizia mais alto… Tic-Tac… Tic-Tac… O cérebro aturdido não conseguia ouvir mais do que aquele som … TiC-TaC… TiC-TaC… ameaçador… TiC-TaC… TiC-TaC… Cada vez que se permitia o devaneio de pensar, a mesma frase e a mesma imagem… TiC-TAC… TiC-TAC… nada as unia no mundo, mas naquela cabeça à procura de uma âncora, “fizemos-te o favor de fingir que serves” e o corpo que perdera pegado ao seu uma última vez, eram duas faces da mesma moeda: o falhanço, a perda, o isolamento.

E ele gritava-lhe para sublinhar a solidão: TIC-TAC! TIC-TAC!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Damaged Goods III

A insegurança derruba-nos os muros, puxa-nos o tapete quando mais precisamos de sentir terreno estável debaixo dos pés. Mas se me questiono todos os dias, será que é mesmo isto o que quero?

terça-feira, 30 de março de 2010

Quem me leva os meus fantasmas? *

Há pessoas do passado que nos alegra que voltem, que nos enchem a vida de sol (mesmo em dias nublados) só por dizerem olá.
Ele decidiu voltar depois de muita distância, depois de termos perdido a cumplicidade e a confiança, depois de se ter aberto um abismo entre nós sobre o qual parecia impossível construir pontes. Depois regressou aquele que me faz sorrir e está demasiado longe mas cujo abraço tanta falta me faz. Mais tarde espreitaste tu, sorrateiro como sempre, de maneira subtil, e o coração instalou-se-me de novo na garganta para não me deixar respirar.
Deles precisava, com urgância, de ti quero distância ou tenho medo do que possa acontecer.
* Abrunhosa

segunda-feira, 29 de março de 2010

He slept a summer by my side

He filled my days with endless wonder

(…) But he was gone when autumn came *

Sei que precisava da tua presença. Sentir-te ajuda-me a meter num cofre (que enterrarei) um passado doloroso já que de qualquer comparação sais ganhador. Mas se és impossível, se não podes ficar mais do que uma estação, valerá a pena mergulhar?

* "I dreamed a dream", Les Miz

sábado, 27 de março de 2010

Hipérboles e antíteses

Tudo é diferente agora. A pressão é incomparavelmente maior. Cada segundo relembra o tempo que se perde e todos os assuntos vão dar à mesma temática. Apetece gritar, apetece pedir silêncio, apetece sair de casa para não se sentir inútil mas estar longe de todos continua a ser a única opção. Sabe-se lá o que apetece: que o tempo passe rápido e a tortura acabe; que o tempo desacelere a marcha para permitir os últimos momentos de felicidade antes do desconhecido.

Quando uma das vozes mais doces sugere a partida como solução, ainda que sabendo que a intenção é o sorriso, é como se nos espetasse um espinho na carne e nos mostrasse que não somos necessários.

Fase Minimal

Será a falta de capacidade de concentração ou a peneira da autocrítica o que me resume a frases soltas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Damaged Goods II

Não se consegue enganar toda a gente o tempo todo. Talvez as saídas por que um dia lutámos não tenham sido as mais acertadas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Iced Me

Não é sim nem é não, ainda que saiba que o meio-termo não existe. Continuas a paralisar-me sempre que estás próximo; o teu cheiro, o teu sorriso e o teu toque são um veneno gelado que não me deixa responder.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Damaged Goods

A impotência de nos sentirmos humilhados e atacados onde mais magoa, a vergonha de não nos defendermos por não querer entrar em polémicas, e a cabeça a fugir sempre para a mesma frase por mais que a queiramos esquecer. É o que nos faz acreditar que não valemos a pena.

sábado, 20 de março de 2010

Mi silencio a tu mentira

Me asemeja más a ti* ?

Jamais saberei se disseste a verdade naquele dia – a pressão, os nervos, o meio, o momento, tudo foi errado. Há algo que me diz que foste sincero, que sou absurda na espera, que cada situação especial não passou de imaginação. No entanto, continuo a sentir-te vivo nas veias mesmo quando juro que só me apetece que desapareças.

* Idiota, Vega

Variações em desilusão menor

A dificuldade em usar possessivos acomodou-se há muito e apenas os pronuncio quando algo (ou alguém) me toca o coração.

Eram “os meus” desde o início, afastando outros três colectivos – que ainda que compostos por partes especiais não me faziam sentir tão em casa –, claramente, de forma injusta. Porque são doces, divertidos, têm uma união como grupo muito difícil de atingir e me mimam com a presença, a atenção e o bom humor.

Magoou descobrir que “os meus” a preferem. Chamem-lhe ciúmes, não me importo nem o nego, o monstro dos olhos verdes sempre gostou de me tentar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Parabéns Pedro!

Fizeste ontem um ano.

Já?

A maldita da distância, o cansaço, a crónica falta de tempo, são tudo desculpas que me dou a mim mesma quando penso que não estive presente neste teu primeiro ano de vida. Tinha planos para te ver crescer, para brincar contigo, para estar sempre que precisasses e todos esses bem-intencionados planos ficaram em nada. Soube pela tua mãe que já gatinhas, já comes bolachas, já te pões de pé e até já dizes adeus. E eu não te vi fazer nada disso.


Achas que me poderás desculpar, pequenino? Ainda me permites fazer parte da tua vida, mesmo sabendo (pelo que pudeste ver ao longo deste ano) que vou ser uma tia negligente que muitas vezes vai desaparecer porque não tem forças para fazer a viagem?

Ai se ela cai

Dava por si a pensar, com algum medo, se a necessidade que tinha de reler cada palavra não significaria muito mais do que lhe apetecia admitir. O crónico défice de confiança de que sofria tinha-a em estado de alerta a cada encontro - não se podia deixar arrastar pelas areias movediças que ele pressupunha.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mexerico

A minha vida sentimental é tão mais interessante na cabeça dos outros.

Palavras de outros I

Idiota

Por donarte cada esquina de mi cuerpo,

Por llevarte a conocer sus recovecos,

Te hice un mapa señalando donde herir…

Vega

“Idiota” - Metamorfosis

domingo, 14 de março de 2010



Não é Natal.
Não sou americana. Tu também não.
Não havia azevinho pendurado por cima das nossas cabeças.
Nem sequer estava ao teu lado.

Então, responde-me só a isto: para quê?

Engolir sapos

Instalada a paz podre, o mexerico e a queixinha, não é necessário muito mais do que o rastilho de uma crítica para que a guerra rebente. Ataca-se toda a gente, diz-se o que não se deve, tenta-se humilhar quem está ao lado, perpetua-se o clima do terror e do sarcasmo. Mascarando de brincadeira aquilo que se diz, vai-se insultando impunemente o vizinho.

E há os que têm de se calar porque as consequências das opiniões que lhes passam pela cabeça poderiam ser demasiado altas.

Still wet behind the ears

Tanto tempo, momentos e sensações e continuo uma adolescente amedrontada cada vez que te vejo.

sábado, 13 de março de 2010

Algo chiquitito

Havemos de continuar a fingir inocência para que isto não acabe. Ambos sabemos que no dia em que uma palavra mais clara te ou me abandone não haverá volta atrás.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Como que voltar para casa

Surpresas fantásticas são trazidas pela tecnologia. Quem diria que os tempos do Liceu se manteriam mais vivos através dela do que com o cara-a-cara tradicional.

Algo pequeñito


quarta-feira, 10 de março de 2010

Cuddling

Se depois os teus braços me apertam e o teu queixo encaixa no meu ombro, o mundo pára durante um segundo infinito e volta a fazer sentido.

Sommersby

Voltaste!
E é tão bom "ter-te" de novo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Pistas

Há um refrão com um pôr-do-sol domingueiro na baía de São Francisco que me apetece cantar baixinho para que apenas tu possas ouvir.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Já não era sem tempo



Não vi a cerimónia até ao fim, a vida de adulto e as responsabilidades profissionais já não permitem os excessos de ficar acordada (contente ou zangada, indignada ou com um sorriso) para saber tudo no próprio dia. Acabei de ver que Jeff Bridges ganhou (à 5ª nomeação) o prémio.
Não vi o filme mas depois dos Baker Boys, de Tucker, do Rei Pescador, de Star Man e de tantas e tantas outras enormes interpretações, alguém ainda duvidava que já era hora?
O dia do Colin chegará noutro ano :)




domingo, 7 de março de 2010

Slam

É a cabeça que me diz para não ir quando tu chamas, porque o outro tonto quer tanto sentir-te perto que nem se lembra do que dói quando desapareces.

I can resist everything but temptation *

O passado assombra, aparece, sorri, alegra, apraz. E caímos nos mesmos erros outra e outra vez à procura de recuperar aquela primeira sensação perfeita, aquele primeiro suspiro ao ouvido e aquele primeiro arrepio inigualável.

* Wilde, as (almost) always

sábado, 6 de março de 2010

Gilmore-fast


Continuará a surpreender-me a rapidez com que conseguiste conquistar a minha confiança.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lição Assimilada

Trabajo hecho, no mete prisa.

Inevitável?

Finalmente - depois de tantos anos - conseguimos estar de acordo: evitarmos o encontro é mesmo a melhor solução.

Em série



A felicidade canta-se em horário nobre, quando “falhados” perfeitos decidem sair do anonimato. Analisam-se mentiras de forma científica conseguindo fazer ultrapassar embirrações de outrora. A vida surpreende-nos com o inesperado de famílias desconhecidas e problemas de adolescentes grandes.


Longe das novidades, os clássicos. Continuam a descobrir-se crimes variados, há médicos que nunca perderão o mau feitio e ilhas misteriosas que nos hipnotizam.


E ainda dizem que (o “subproduto” que é) a ficção televisiva não merece a atenção que tantos lhe dão.



terça-feira, 2 de março de 2010

Ad Cum Plicare

Não passeio de mãos dadas e detesto demonstrações públicas de carinho. Não sou de palavras suaves, não suporto que me toquem, os elogios deixam-me desconfortável, ... mas o aconchego das tuas palavras e os teus votos de confiança são suficientes para me amolecer.

Vassalagem

Onde (já) irá o tempo em que foste o senhor feudal do reduto que sou eu?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Feito um Posseiro

Devagarinho, subtilmente, ele começou a ocupar o teu lugar na minha cabeça. Não te preocupes, o caminho até ao coração está-lhe interdito. Mas se ele não fosse tão mais impossível que tu, quem sabe o que o futuro nos guardaria?

E o sol espreita...

Nos momentos de dúvida, em que tudo se questiona, em que o cepticismo se instala, em que as cores se esbatem com a chuva e em que a cabeça cansada não consegue ir mais além. Em que se "confirma" uma realidade bem mais absurda do que aquela que surgia na imaginação mais audaz; em que nem escolhas, nem decisões, nem lutas parecem fazer sentido. Há meninos de 15 anos que nos escrevem emails assim:
Obrigado :)
Quem não veio as provas tanto orais como escritas, foi porque não quis, porque informação não faltou: nas aulas, no blogue, um e-mail... Obrigado também pela lista dos verbos, estás em tudo. Duvidei em responder o e-mail mas pensei que gostarias do meu agradecimento, além disso que é o mínimo depois do teu trabalho.
Assim, é normal que goste imenso de estudar a tua língua :)
Cumprimentos, XXX.
PD: as provas não foram tão dramaticas... Foram para mim, que sou novo e inexperto, tentarei fazê-las melhor em junho e passar ao 2ºNI ;) [sic]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Momento épico

Durante 12 anos de estudo da língua inglesa muitos foram aqueles que me ensinaram. No entanto, se à maioria me refiro pelo nome ou pela identificação do ano em que convivi com eles, se a duas por quem tenho um carinho particular acrescento um diminutivo, aquela pessoa a quem referencio como "a minha professora de inglês" é só uma, e todos os que me conhecem sabem quem é.
Espero que a SPA não me venha pedir contas mas há dois dias, no inicio de um exame, tive a oportunidade de utilizar uma das melhores frases que lhe ouvi em tantos anos de convivência (e ao tempo que eu esperava para o poder dizer). Estando dois alunos descaradamente a bichanar, pus a minha melhor cara de intranquilidade e lancei do alto do meu 1,58m:
- Ai que despistada que eu sou, esqueço-me sempre de avisar isto: o teste é individual.
Embaraço, caras vermelhas, olhares na mesa.
Professora, a sua afinadíssima ironia continua a funcionar!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Compras para o espírito

O objectivo era










mas à falta da cor e do modelo desejado tive que me virar para as manias de sempre:

"Valores mais altos se alevantam"

Por fim há a certeza de que num universo reduzido não existe lugar para mim.
E, de súbito, tudo mudou.
A alegria esvaiu-se (valeu enquanto durou), o sonho estatelou-se ao comprido - ou será que foi quem sonhava que se esborrachou no chão? -, a vida assumiu uma monótona gama de cinzentos.

Por um canudo

Amanhã...

Águas de Fevereiro

Há um nó na garganta. Há um murro no estômago. Há vontade de lágrimas quando se deixa de ouvir a voz que nos acalma. Há sentir-se só no mundo quando se estende a mão e ninguém a toma na sua. Há o desespero. Há a estrada... ... ...
Há racionalizar. Há pensar em superação. Há querer muito, mesmo que se saiba que o futuro que ontem estava perto afinal ficou mais longe. Há a impossibilidade de um sorriso. Há o pensar em mil cenários. Há o ver que nenhum é perfeito.
Há uma cabeça a dar voltas e um abismo a abrir-se debaixo dos pés. Há a vertigem de cair.
Há ter a perfeita noção de que ainda que hoje nada seja o que ontem foi, há trabalho pela frente para ajudar a não pensar no pior.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Não quero mudar

Estava tão sossegada no meu cantinho, protegida pelas muralhas do meu castelo imaginário, até que chegaste tu. Sinto-me frágil, meço cada acto, penso e repenso cada conversa. Não me apetece voltar a abrir portas para que uma saída extemporânea me deixe um buraco na parede. Os buracos sentimentais são tão difíceis de tapar com tijolos e cimento.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Nem contigo, nem sem ti

Não podia acreditar quando as minhas suspeitas se confirmaram: enquanto estás eu não posso estar, quando vens eu tenho que ficar em casa. É curioso que depois disso, se sou vista com alguém tenhas guarda-costas de serviço para interromper.

Ciúmes por interposta pessoa

Sabes que é muito perigoso deixar que outros guardem aquilo que achamos ser nosso por direito?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Amanhã ao alcance

Quando o tempo de balanços recomeça, continuas a ser a primeira imagem presente na lista que há dentro da minha cabeça. Já não és o último pensamento ao deitar. Não sei se chegaste a ser o primeiro da manhã. Sei que nunca foste todo o meu mundo. Mas ainda assim, continuo a recordar-te no momento de pesar passado, presente e futuro.

Hoje o futuro parece mais próximo e tu já não tens lugar - nem mesmo como actor secundário - no meu guião.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Risk is just a board game

Ao apercebermo-nos que a armadura que nos envolve e os muros que nos protegem são tão fáceis de penetrar, sentimo-nos um bocadinho ridículos por anos de minuciosa organização estratégica.
Numa outra vida, num passado remoto, houve datas importantes que deixaram de ter significado. Houve canções que perderam o sentido. Houve palavras que nunca mais foram sequer iniciadas. Houve um mundo a desabar debaixo de um par de pés que não voltaram a encontrar chão seguro.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Auto-protecção

Não é fácil entender quando a razão nega respostas e é no (pouco trabalhado) campo dos sentimentos que se encontra a solução. Se aquilo de que se foge decide esmurrar-nos no estômago ou abraçar-nos com ternura, o resultado parece ser o mesmo.
O que fazer quando a cabeça pede causas para uma queda clara e, por mais que se vasculhe, estas não se encontram senão abrindo a caixa de pandora que nos vive no peito?

One of a kind


No canteiro em que vivemos, todos queremos marcar pela diferença, não percebendo que há muito pouco que nos distinga no meio da multidão. Depois há aqueles que por serem especiais sobressaem sem qualquer esforço - talvez por serem demasiado importantes para tantos acabem por se fazer notar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rosinha


Chegar a casa e ler nos jornais que a prateleira da minha estante que lhe é dedicada não aumentará fez-me um bocadinho órfã. Habituei-me a vê-la na TV quando era pequena, ouvi e li-lhe a poesia ao longo de toda a vida, assistir ao crescimento da romancista foi uma experiência inesquecível. Recomendei-a mil vezes, a amigos, alunos, conhecidos; emprestei os livros como quem revela tesouros.

Relembro a última conversa no meio da Feira do Livro, enquanto me autografava o último dobrão de ouro:
Ela: Então? Outra vez por cá?
Eu: Pois é, já sabe que os fiéis somos assim, todos os anos a vimos visitar.
Ela: É muito bom saber que há quem goste do que escrevo.
Eu: Sabe que sim, tenho todos os seus livros.
Ela: Todos? E assinados?
Eu: Não, isso só os últimos.
Ela: Traga o resto da próxima vez.
Eu: Olhe que trago mesmo.
Ela: Fico à espera. Até para o ano.
Afastei-me com um sorriso, com a noção de que há rituais (como o da Feira do Livro) que nos dão alegrias inexplicáveis.
Em Junho, o Parque vai estar muito mais vazio. As letras portuguesas já estão mais pobres.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

The only thing that matters is the everlasting present*

Hoje chegou o meu novo vizinho da frente, de ar simpático e pachorrento. As vizinhas do lado já não se sentem tão sozinhas. Há sol, há uma praia quase vazia a cinco minutos da escola, há vontade de abraçar o mundo.
*Somerset Maugham

Mais perto de Marrocos do que de Lisboa

Há dias em que o coração encolhe até não poder mais pela falta daqueles sorrisos rasgados e deliciosos que me acolhem cada vez que nos vemos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

I'm a fighter!



Everytime my phone rings and I see your name I start shivering. It's been too many years of torture having to put up with someone as mean and as vicious as you are.
Stop messing with my head! If you are as smart as you say you are, you should have got by now that the pain you inflict will never show.
You can win some battles, but the war is mine.

domingo, 24 de janeiro de 2010



O dia está frio. Pelo menos em casa.
Quando se passa a tarde a trabalhar - ultimando miminhos que ainda que não sendo essenciais marcam a diferença - sente-se ainda mais falta daqueles dias de piscina, descanso, calor, em que um livro, uns bons banhos e um céu azul pintado com guarda-sóis amarelos são o único horizonte.

Dose excessiva

Agora que aceito que não estás e já nem quero que venhas. Agora que sei que não és quem eu um dia sonhei que fosses. Agora que a gaveta no meu peito se fechou a cadeado e um sorriso me dança na cara pela sensação de liberdade. Agora que os meus olhos aprenderam a ver outras paisagens e a minha pele já admite outros toques. Agora que não sei de ti tranquilamente e perdi a necessidade de contacto.
Saio com um amigo e alguém tem de te trazer de volta, ainda que apenas em nome.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Colorín Colorado

Era uma vez uma menina que, como as meninas especiais que fazem parte do nosso imaginário de conto, era doce, gentil e sensível. O que acontecia era que a nossa menina se sentia protegida quando escondia tudo o que era detrás de uma armadura de seriedade e (às vezes mau humor). Os que a não conheciam afastavam-se, demasiado preguiçosos para tentar ver o que havia para além da capa protectora. Os que a conheciam tinham apenas uma certeza, todo o esforço que algum dia tinham depositado para conseguir saber quem é de verdade era recompensado a cada dia, com uma amizade sem medida e um carinho infindo.
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa..." *
... que fez de mim uma pessoa única no mundo.
* obviamente Exupéry

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que me doeu foi ouvir que a pergunta tinha a tua voz.

Belated endings

I'm sure there must have been a moment when we agreed to stop talking to each other and I must have amnesia for that is the only reason I can conjure up to explain why I don't remember it.
You were there...
I arrived...
Void...
Your sheets...
Void...
In the morning the teasing made the awkwardness move away. I promised I wouldn't come back, you laughed at me.
Life drifted, it took us in its stride. My car...
The road... always the same road.
Your smile in my head.
Silence.
(Though I know my smell in your pillow left you awake for a few nights.)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

I really hate this time of the year.

Encómios

Quando o elogio vem daqueles que nos querem bem, aconchega-nos e acarinha-nos, como se nos abraçasse e nos ajudasse a ganhar a segurança necessária para continuar; mas se nos chega vindo de alguém que pensamos que não nos aprecia, insufla-nos o ego e faz-nos sentir no topo do mundo.
Porque confiaremos mais na opinião dos que não nos amam?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

The "Enemy's" Words

Had life a soundtrack, mine would obviously be taken out of musical theatre. You may call it an obsession, I believe it is what they call passion. For every significant moment, each second I'm out of words, some author/composer/lyricist has been able to explain it much better than I could ever have done.
Searching around in my DVD collection I came across a performance that made me recall him. It might not be the truth (anymore), but it made so much sense just a little while ago...
Bernadette is one of the perfect performers - the hands, the arms, the eyelashes, everything comes together with voice to make a timeless interpretation.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

S.S.



Quanto melhor te vou conhecendo e mais vou sabendo sobre ti mais me assusta a empresa a que me propus. Não é a quantidade de trabalho, não é a folha (ou ecrã) em branco, não são as infinitas páginas para ler, nem mesmo o acertar com vocábulos dentro de moldes determinados e rígidos. Não é a tua dedicação à palavra. Não é o teu contestado sentido de melodia. É a importância que tens - e eu não sabia - dentro de uma arte que amo; é o peso do teu legado que me faz duvidar a cada passo. Temo não te fazer justiça: nem a tudo o que és, nem ao tanto que te admiro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Fora de Tempo

You make me feel fantastic although I know I shouldn't feel that way. "It's just a feeling, no harm can come from that." - I repeat and repeat in my head every time the (damned) butterflies swirl in my stomach.
It's not the obstacles that frighten me - they're yours not mine -, it's knowing you could have been the one, if the timing wasn't so off.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Dunno


Am I really up to it?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

instantes

Foi no momento em que precisei de falar contigo e vi que o teu número já não estava na lista dos mais marcados do meu telefone, que percebi que tinhas perdido a importância.

Reset

Há, exactamente, dois anos comuniquei-te uma decisão que não consegui cumprir: continuei a cair na tua teia, a ceder aos teus avanços. "Ano Novo, Vida Nova", diz-se por aí. Acredito que este é o ano em que te vou apagar da minha vida.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

I wish / I will

A época de olhar para trás para poder enfrentar o que aí vem com força redobrada é também o momento privilegiado para pedir desejos e tomar decisões. Como na maioria dos anos à meia-noite, a ouvir badaladas, a comer passas e a saltar para o chão com a preocupação de cair com o pé correcto acabo por me esquecer daquilo que tinha pensado pedir ao ano novo. Assim, seguindo o exemplo da minha amiga Ati, vou deixar tudo escritinho.


1. Manter o local de trabalho, se possível mesmo depois dos concursos.
2. Atingir a estabilidade para que tenho trabalhado.
3. Conseguir cumprir os prazos estipulados, para não ter preocupações desnecessárias.
4. Que aqueles que amo tenham o melhor ano de sempre.
5. Ver com mais frequência os que estão longe.
6. Que as minhas enxaquecas tirem um ano (ou anos) sabático (s).
7. Que a estrada que todos os dias percorro fique terminada quanto antes.
8. Viajar para onde me apetecer.
9. Muitos concertos, muito teatro, muito cinema, muitos livros. (Espero que este conte como apenas um.)
10. Que te decidas e seja em meu favor.
11.Voltar a acreditar... em tudo.
12. Esquecê-lo de uma vez por todas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

You don't bring me flowers ... anymore

Lembras-te da época em que vinhas ver-me apenas porque te apetecia? Em que me telefonavas sem teres que inventar desculpas? Em que não precisávamos mais do que a presença do outro para se nos eriçar a pele e o coração começar a galopar?
Ver como outros se oferecem flores sem razão aparente, como entralaçam mãos ao passear na rua, como se esperam avidamente ao fim de anos em comum, fez-me pensar em ti e em mim.
Onde ficaram os momentos que vivemos? É que já não os consigo encontrar: nem nas gavetas, nem na pele, nem no coração.

Cozy Moments


Depois de guardados os barretes de pai natal, de cantadas todas as canções, comidos os doces e a arrumação possível terminada, ficará na memória o momento das massagens, dos silêncios e do querer estar mais um pouquinho sem se saber muito bem porquê.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A todos um blá blá blááááá

E um 2010 bem fixe!

Harmonia familiar

O medo de estar entre (mais ou menos) desconhecidos dissipou-se com os sorrisos, as gargalhadas, a simpatia, a doçura, as piadas e os pratos de bacalhau. Se os amigos são a família que escolhemos, aqueles que nos tratam bem e nos adoptam passam também a ser (um bocadinho) parte de nós.

Chumba a minha mãe!

Pedia ela num sussurro para poder ter armas com que argumentar da próxima vez que lhe reclamassem uma melhor nota nesta ou naquela disciplina.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Catástrofes em potência

No espaço de uma semana sobrevivi a um sismo de 6.0, a um dilúvio e a um jantar de Natal na escola. Ou o Algarve vai acabar comigo em três tempos ou tornou-me imune a desastres naturais.

sábado, 12 de dezembro de 2009

My Little Gentleman

Dá passinhos de bebé por um caminho de adultos, tropeçando aqui, recuando ali, avançando pouco para o que a idade lhe exige. Não se sabe se é medo de se magoar, se é falta de interesse na rota que encetou, talvez seja um crónico e infantil dispersar da capacidade de concentração que não lhe permite manter a meta clara e atingi-la decididamente.
A maioridade não o amadureceu, as mudanças de vida pareciam tê-lo feito - em atitudes, em reacções - mas é nos momentos mais íntimos que se revela verde no que às relações pessoais diz respeito. Gosta ainda que lhe prestem uma atenção desmedida, mesmo que para isso tenha que ser o bobo de serviço; não entende que rirem-se de nós não é incluir-nos. Precisa de agradar sempre, fazendo vénias indevidas, ambicionando ubiquidades, optando por pressão para não ter que assumir escolhas.
Vejo-o agora distante (ainda que os quilómetros não tenham mudado) e esforço-me para recordar se o que nos uniu foi real, se o que senti teve nexo, se o que vivi foi vida. Dou por mim a aplicar o pretérito a uma etapa que, até ontem, sentia tão presente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Being shy and being blunt don't make being social any easier.

Beijos que marcam

Não é a boca que te sente a falta, é a curva do pescoço que ainda guarda no núcleo de cada célula a memória da tua respiração no segundo anterior a te despistares. É a pele que se eriça com o teu cheiro se te aproximas negando ao cérebro a decisão que sabe inevitável.

O medo em dó maior

O medo de ficar perdida se me perder no teu corpo - mesmo que seja só (mais) uma vez - põe ponto ao querer.