terça-feira, 15 de julho de 2008

Piada querida (roubada) - cont.


Acho que o conheço.

domingo, 13 de julho de 2008

Piada querida (roubada)

"Era uma vez um coração tão pequenino que não batia, batiam-lhe."

sábado, 12 de julho de 2008

Mirror, mirror on the wall

Falámos ontem há noite, como há muito tempo não o faziamos. Um dia fomos antagónicas, mais tarde chegámos a ser amigas, hoje não sei bem. Sei que há coisas que apenas nos confessamos uma à outra e isso parece-me normal, apesar da distância.
Contou-me que se sente perdida, que à beira dos 30 não lhe parece ter feito nada na vida: não tem estabilidade nem no emprego nem no coração, acha-se uma adolescente fora de tempo; foge às típicas perguntas do "o que tens feito?" porque já não sabe o que dizer. Disse que todas as tentativas que faz acabam por a frustrar e que só lhe apetece baixar os braços e abandonar a luta: submeter-se à maré e deixar-se levar.
Não soube muito bem o que dizer, costumo ouvir e tentar que as pessoas encontrem o seu caminho sozinhas - que é o que normalmente acontece - mas ela esperava uma resposta e eu não tinha o que oferecer.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A

Eu sei que vai correr tudo bem. Esta noite vais chegar e vais conseguir curar-me esta tristeza que vem não sei de onde. Porque só o teu abraço é solução para todos os males. Vais deixar que me esconda nele. Mas não permitas que me encontrem. Sabes em quanto tempo se conserta um coração?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Anáfora

Há um ponto nas tuas escadas e outro no meu corredor que me exigem dizer o teu nome todas as vezes que passo.

domingo, 6 de julho de 2008

Oratória

Enquanto se encaminhavam para o carro ele parou-a de sopetão, olhou-a no fundo da alma e lançou:
Ele: Depois de tudo, ainda gostas de mim?
Ela: Sabes perfeitamente que não suporto perguntas retóricas.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Puedes abrazarme un día o dos?" *

Há tantas coisas que não me sinto capaz de te dizer mas que se me acumulam na garganta - mesmo acima do sítio onde se escondem os nervos - cada vez que uma mensagem tua me desvenda o próximo encontro.
* frase ouvida num anúncio à série Hospital Central

sábado, 28 de junho de 2008

Sorte

Não contava que tivesses poderes. Contava com todas as adversidades dos meus dias sombrios sem ti, mas não que me preenchesses de luz.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Metas

O desespero por chegar ao fim começa a superar a vontade de conseguir.
Já não me lembrava que, um dia, admitiste que sem mim não terias conseguido.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Finalistas

Escrever uma fita, ver centenas de trajes, assistir a uma cerimónia tão diferente da de há 7 anos fez-me pensar: Onde estamos todos? Como é que nos perdemos se partilhámos tanto? Onde é que errámos? Quando escrevemos "para sempre" ou quando nos esquecemos das promessas no dia a seguir?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fotografia

Gosto de pessoas que vêem além do aparente no primeiro olhar. Que lêem quem somos na primeira palavra trocada. É quase como se não precisássemos de nos apresentar e mostrar o melhor de nós porque o que quer que possamos dizer será sempre menos do que aquilo que o outro já conhece. E deixam-nos atrapalhados, entre a surpresa e o assombro, com tal poder de adivinhação. Mas conquistam-nos com um sorriso na primeira fotografia.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Urgente

Exaustão, acessos de fúria, raiva, irritação, loucura. Preciso, obviamente, de ajuda especializada. Ou muito me engano ou este ano vai ser necessário um crime para eu poder ter férias. Há por aí alguém disposto a ajudar? Procuro um delinquente caridoso e meiguinho, disposto a raptar-me a mim (se for giro) ou à minha chefe (se for feio) por um mês. Os interessados devem enviar resposta com CV, fotografias (de cara e de corpo inteiro) e planos de rapto para o nosso e-mail. O concurso estará em vigor até ao final do presente mês, altura em que se seguirão quinze dias para ponderação e selecção do candidato mais adequado. Após a divulgação dos resultados, o candidato escolhido terá duas semanas para estudar movimentações, adaptar métodos e pôr o plano em prática. Mãos à obra, malta.


( A não ocorrer um delito, terão de me internar. Longe do Restelo, sff.)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

What's the point of life
if risk is just a boardgame *

O impasse que não nos permite "nós" superar-se-ia com uma palavra, no máximo uma frase, mas é-nos impossível tanta sinceridade.
Curioso! Já que nos guardamos sempre algo que mais ninguém sabe... e não deixamos de tocar-nos fingindo acasos.

* Dance with me tonight, Hugh Grant

terça-feira, 10 de junho de 2008

Key

És segredo. Só eu te conheço e não te conto a ninguém.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu estou aqui, ao pé de ti!

Não é por ser hoje, é por seres tu. Porque apesar de seres pequenina tens a força de um gigante, a sabedoria de um deus, a sensibilidade de um poeta e toda a doçura (às vezes escondida) do mundo. Porque uma conversa de situação levou a milhentas mais, porque uma paixão comum nos fez construir esta amizade, e porque te sinto como uma irmã mais nova e tendo a cair na tentação (que tu odeias, eu sei) de te querer proteger. Porque não quero que alguma vez duvides da tua importância e apenas porque sim, hoje escrevi para ti. E não penses que é por ser hoje, não, é por seres tu!

domingo, 1 de junho de 2008

Someone you use


Nº7

Talvez tivesses razão quando ma dedicaste, talvez continue a ser apenas isso.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Para F.

Foste um dia o barómetro para descortinar bondade em conhecidos recentes: alguém que não gostasse de ti não era confiável.
Agora, que não estás, é muito mais difícil ler o ser humano.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Walk away


Ainda há 5 minutos aqui brincavam crianças sob o olhar atentos dos avós. Há 15, uma pessoa descansava. Há 30, um casal dava o primeiro de muitos beijos.
Agora, vazio, mantinha a esperança de um dia alguém ficar.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Aniversário

Pois é, muitas centenas de posts mais tarde e sem nunca ter esperado chegar aqui, o Figuras de Estilo faz quatro aninhos. Entrem e sintam-se em casa, bebam, comam,




dancem,

leiam,
ou façam o que vos der na gana.
Esperamos que continuem a voltar como até aqui.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pontualidade

Será a minha obsessão por chegar a horas a culpada dos nossos desencontros?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

1º - 4º - 5º

Diafásica, diatópica, diastrática, sociolecto...
Como eu sinto falta das aulas de Introdução aos Estudos Linguísticos e História da Língua Inglesa.

Wim Mix

Porque eu mereço!

sábado, 17 de maio de 2008

Why settle for...? *

Em crianças temos sonhos, moldados pelos pais, os desenhos animados e aquele não-sei-quê que nos distingue. Crescem connosco, amadurecem ou ficam arquivados numa etapa anterior. Em adultos adaptamos aqueles que restaram ao que a realidade nos deu, ou àquilo que ficou quando deixámos de lutar. Mas os verdadeiros - os originais - continuarão guardados num recanto da memória, à espera (talvez para sempre) de poder voltar a espreitar e que desta vez lhes façamos caso.
* A piece of sky, Barbra Streisand

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Hidden Pleasure

Marta Fernandes e Nuno Pardal

Foi preciso uma série infantil, à boa maneira dos velhinhos contos de fadas, para voltar a acreditar.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Estratégia

O beijo roubado ao fim da noite, em jeito de despedida, continua a ser a melhor técnica para eu não te esquecer.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Suspicious

Fazes-me sorrir. Mas não esperes ver-me rir contigo. Para que não penses que és perfeito.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Foretell

Não sei o que mudou. Continuamos iguais, o mesmo sorriso fácil, a mesma personalidade forte, as mesmas convicções e manias, os mesmo sentimentos. Mas parece que, pouco a pouco (ou será que foi de repente?) começámos a ver mais além. E onde estamos nós além disto?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Profissão de futuro

O meu amigo João Maria só tem cinco anos mas é uma das pessoas mais inteligentes que conheço. Quando for grande quer ser domador de parvos.

domingo, 4 de maio de 2008

A hell of a lot of

Barbra Streisand, Send in the clowns, Concerto "One voice", 1987
[...] Just when I'd stopped opening doors,
Finally knowing the one that I wanted was yours. [...]
[...] What a surprise,
Who could foresee
I'd come to feel about you
What you felt about me?
Why only now when I see
That you've drifted away?
What a surprise...
What a cliché... [...]
[...] And where are the clowns
Quick send in the clowns
Don't bother, they're here.

sábado, 3 de maio de 2008

Surrealist teasing

Ela: Então? Vens comigo para férias? Eu arranjo-te um espacinho na mala.
Ele: Ok, eu encolho-me. Não podes é levar roupa.
Silêncio. Sorrisos.
Ela: Eu respondia-te a isso.
Ele: Eu sei.
Ela: Melhor não.
Ele: Pois, melhor não.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fechar a porta

As paredes, que nunca tinha visto despidas, pareciam pedir-lhe para não se ir. Não entendia a nostalgia se aquela fora uma decisão demoradamente pensada. O rodar da chave na fechadura pela última vez seria o corte definitivo com o passado agridoce.
Queria avançar de etapa sem amarras, o que não impedia a pena de a abraçar por momentos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

I want my baklava

Istambul é, por agora, apenas Taksim e todas as histórias, pessoas e momentos. Não cheguei a passear pelos palácios, não passei a ponte para o lado asiático, não vi mesquitas nem igrejas, não entrei num bazar, mas deambulei entre os discursos filosóficos do E, as histórias hilárias do T, as fotografias do Y, a boa disposição da R, a confiança da J, a preocupação da M e do N e as obsessões saudáveis do espalhafatoso do M. Perdi-me, encontrei-me, derreti-me. Não é todos os dias que alguém se nos declara e nos canta You're just too good to be true...

Photobucket

The Hall - Istanbul
no nosso momento de descontracção

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Extreme Makeover - Home Edition

Arrasta móveis. Escolhe cores para tintas e papel de parede. Tapa o que menos gosta. Sonha com amplitude. Muda cortinas.
Como se a alteração radical do espaço envolvente pudesse mudá-la também a ela.

terça-feira, 29 de abril de 2008

"Dibujo todo con color y siento un lalalalalala..."

Não esconder o que sentimos é importante, mas mais do que isso, é necessário. Há exactamente um mês que tenho algo para dizer e ainda não tinha encontrado o momento.

Obrigado, Fia, por teres sido a minha companhia em mais ou menos 5 minutos de completa liberdade.

You're not Big, you know?

Chris Noth - foto daqui


Big: I can tell you one thing: I sure did miss you... oficially.
Carrie: Did you cry?
Big: No, but I did listen to a hell of a lot of Sinatra.

(Sex and the city, Season 2, Episode 6)
And I sure don't want to listen to a hell of a lot of Streisand again.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Super-bitch

Anos e anos de séries de televisão levaram-me a concluir que todas elas precisam de um mau à séria e/ou de uma boa cabra (adjectivo de qualidade performativa e não de qualidade humana). Quem não relembra com uma ponta de saudade a Alexis Carrington Colby, a Miss Parker, a Ling ou a Elaine Benes?
Numa época em que a Christina e a Addison amoleceram, a Kerry Weaver já não corresponde, a Karen desapareceu e a Samantha nunca se sabe como vai voltar, pensei que teria mesmo que me virar para os programas fúteis de mudança de estética para encontrar uma "senhora cabra".
Felizmente não foi necessário, a Constance Zimmer voltou para salvar o panorama televisivo. Depois da Penny (Good Morning, Miami), da Irmã Lilly (Joan of Arcadia) e da Dana Gordon (Entourage), ressurge em todo o seu esplendor como Claire Simms. Obrigada pelo sarcasmo e o sentido de humor inspiradores.



A não perder, 2ª feira, às 22h15, na FoxCrime.

Cinderela Absurda



Não devias ter apanhado o sapato se era só para mo devolver.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Telefonema notável

- Estou sim?
- AAAAAAAHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!
- Ouve lá, eu gostava de manter os meus tímpanos vivos. O que é que foi?
- Acabei de falar ao telefone com X.
- AAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!! Desliga, desliga, não quero falar mais contigo.

Another me??

Estás longe. A distância física continua a ser a mesma, mas aquela que se sente cá dentro é imensa quando em tempos não foi nada.
Não te reconheço. Acabaram-se as longas conversas tarde e noite dentro, não há assunto, não há vontade.
Não sei se te desiludiste ou aconteceu alguma coisa, sei que não te noto aqui, ao pé de mim. E sinto-te a falta.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sentimento Vil

[...] It is the green-eyed monster which doth mock
The meat it feeds on; [...] *
Fiquei no canto, escondida, à espera que não notasses o monstro que se me apoderava de mim. Não acredito em exclusividades de atenção ou carinho, mas custa-me sentir que (por momentos) me substituis. A sensação amarga de abandono não dura muito, racionalmente sei que ninguém pode atentar contra a nossa cumplicidade ou a partilha de tantos anos; mas ainda assim, o sentimento baixo corrói-me, por instantes, enquanto a razão não se instala.



* Shakespeare, Othello (para se restassem dúvidas)

domingo, 13 de abril de 2008

(1384)

Do que eu precisava agora era da tua voz sensata. Que soubesses dizer as palavras certas, que me sossegasses com um sussurro. Do que eu precisava agora, era de sentir as tuas mãos a acalmarem as minhas. Que me prendesses junto a ti, que me calasses a raiva com um beijo. Do que eu precisava agora, era de sentir os teus braços a agarrar o meu corpo. Que não me deixasses desfalecer e me segurasses, porque eu perdi as forças.

domingo, 6 de abril de 2008

Honestidade

Temos personagens diferentes dependendo das situações; até aí consigo entender. Não é o mesmo estar no café com os amigos ou numa entrevista de emprego. Mas que mudemos radicalmente de atitudes e hábitos para agradar ao novo ambiente em que nos queremos inserir é algo que não consigo aceitar. Forjamos gostos, fingimos ser outras pessoas, inventamos cumplicidades... Quem é que estamos a enganar? Aqueles a quem queremos agradar e que ficam sem nos conhecer? Aos que sempre conhecemos e ficam desconcertados com a mudança? Ou a nós mesmos?

sábado, 5 de abril de 2008

Perspectivas

Photobucket Photobucket
O encanto de Palma? À minha frente a Catedral, atrás de mim a mafaldinha e o mar.

Regresso

Não importa os quilómetros que faço para te encontrar. O coração inquieta-se a cada metro percorrido, como se quisesse correr sozinho o resto do caminho. Não se cansa. Bate descompassado e atropela as saudades, as confissões, as memórias que tenho de ti. Não sabe parar. Bate cada vez mais, como se a pressa tornasse o caminho mais curto. Não desanima, mesmo quando o tempo nos separa. E no reencontro, ainda que imperfeito e desconcertado, salta para fora, como se quisesse ser teu.

terça-feira, 1 de abril de 2008

What happens in Palma stays in Palma*

Podia dizer que Palma é uma cidade linda e que foi bom passear a pé por aquelas ruas que parecíamos conhecer de cor. Podia falar da catedral e das Cuevas, do passeio marítimo e das bicicletas(!), das praias, dos edifícios, das praças, de cada cantinho. Mas Palma não seria a mesma sem a cumplicidade da mafaldinha, o sorriso doce da Sofia, as gargalhadas deliciosas da Flávia, as alucinações brilhantes do Micael, a inocência do Abel a jogar Uno, o Tiago a corar (e de olhos fechados) ou sem a Rita (forte e frágil) a esconder-se do turbilhão de emoções e das minhas fotografias. Um dia voltamos?
* Obrigada ao Abel pelo título
(Rita, este seria o meu comentário ao teu post, se o meu computador me deixasse comentar!)

sexta-feira, 21 de março de 2008

Maaaais uma volta no carrossel Araújo

Haverá em Madrid um problema oftalmológico generalizado que faz com que me retirem idade sempre que lá vou? Paguei bilhete de menor de idade num teatro da capital espanhola, apesar de ter dito à senhora da bilheteira que só se fosse menor de 30. Se se continuam a esforçar assim, acho que me mudo para lá definitivamente.

Diálogo #1

- É como saber o segredo de um truque de magia...
- Faz com que perca a piada toda, não é?
E os olhos dele à procura dos dela fizeram-na corar, felizmente era de noite e não havia muita luz.

domingo, 16 de março de 2008

Cap.5 - Mas eu não resisto a nós os dois

Como uma qualquer criminosa reincidia... 1, 2, 3 vezes, todas as vezes que ele quisesse.
Ficava acordada até altas horas, mesmo que os olhos se fossem fechando, porque não queria perder nem um segundo dele.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Cap.4 - Vou-me arrepender depois

Chegava sempre o momento em que os remorsos tomavam conta. Quando a solidão se instalava e o cérebro não conseguia parar, pensava no que não devia ter acontecido, no que ficou por fazer, em tudo o que ele significava e em como ele não sabia nada.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Doubts within

Sabendo que cedes sempre a quem mais te pressiona, porque insistirei em não te fazer exigências?

terça-feira, 11 de março de 2008

"Quem me leva os meus fantasmas?" *

Aquele preconceito assombrou-a toda a vida, e só o sentimento mais forte que alguma vez experimentara lhe permitiu, por instantes, alienar a moral e cair na tentação.
* Abrunhosa, obviamente

domingo, 9 de março de 2008

C - E

Imagem daqui
A pedra de gelo derrete, lentamente, no ambiente apropriado. Se a apertam, o calor dessa mão ajuda-a a abandonar-se ao novo estado, desprotegida. Se a atiram outra vez para o congelador, a única hipótese que lhe dão é a de se agarrar à solidez com forças redobradas, não se revelando de todo.

Secção Pedidos Delicados II *

Quero que estejas sempre, como hoje, até te apetecer ficar. Como nunca te peço nada, permites-me este capricho?
* título gentilmente cedido pela Jess

segunda-feira, 3 de março de 2008

Secção Pedidos Delicados

Professora, se por acaso voltar a ler-nos, pode passar os meus posts à frente, por favor?

sábado, 1 de março de 2008

Romeu e Julieta do avesso

A aprovação da família era justamente o que os impedia de estarem juntos.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Neverending Stories

Naqueles que são os anos dourados da ficção para tv nos EUA há uma coisa que me deixa ligeiramente intrigada: porque é que criam séries e as retiram do ar sem lhe pôr um ponto final? Eu sei que pode haver muitas razões, sendo que a principal é a falta de audiências, mas mesmo assim, ainda que para os "poucos" que decidiram seguir determinada história, não seria muito menos desrespeitador dar um fim àquilo que se começou. Como adepta fervorosa de séries de televisão, incomoda-me saber que a intriga que acompanhei ao longo de meses (ou mesmo anos) não vai terminar. Deixo alguns exemplos.

- Dempsey and Makepeace
- The Pretender
- Paradise/Guns of Paradise
- Profiler
- Traveler
- Standoff

Se alguém se lembrar de mais deixe na caixinha que eu acrescento à lista.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Os teu olhos

Fazes-me sorrir.
As saudades dão-me um nó na garganta e põem-me o coração pequenino, pequenino. Mas ainda assim, e como sempre, fazes-me sorrir.
Mandaste um email e só com isso já fizeste magia.
É bom sentir que não te esqueceste dos nossos rituais, a discussão pós-óscares, a nossa Cate, as recomendações culturais, partilhar tudo o que é belo ... o nosso mundo - só teu e meu. Ainda que ao longe.
Às vezes penso que nunca ninguém me entendeu tão bem como tu, ou pelo menos tanto. E, também por isso, sorrio.
O teu ombro; o teu abraço; o teu sentido de humor, crítico e cáustico.
Ver o Mundo através dos teus olhos, e perceber que ainda que para o mundo nós não fizéssemos sentido, basta uma palavra tua para me sentir feliz.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Reboot

Quando eu razoavelmente afirmei "ponto final", para me confundir tu acrescentaste "parágrafo, travessão".

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Cap.3 - Faço tudo que tu queres

Era um perigo quando ele se aproximava, sabia que raramente conseguia dizer que não. Deixava-lhe sempre a dúvida quanto ao acerto de cada impulso ou retracção; os sinais que hoje lhe pareciam claros, amanhã estavam envoltos em bruma.
Tinha uma única certeza: bastava um gesto para a despojar da armadura.

Diz que é uma espécie de... (melhor não definir)

Ou Para o Guilhas

Transformaram o nosso pouso habitual nisto: luzes indescritíveis, uma decoração impossível de comentar, e um aviso à porta "Consumo obrigatório a cada 40 minutos".

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Descobri as pistas, descobri as pistas...

Pergunto-me se alguém que visitou o Figurinhas na última semana parou para pensar Que raio de post é aquele ali em baixo? Eu parei (por longos minutos) e não percebi nada. Mas acho que era suposto não entender. A mafaldinha e os seus esplêndidos cúmplices (L. e A.) arquitectaram uma tarde surpresa e fizeram-me passar cinco enigmáticas e divertidas horas em busca de uma mensagem especial. O resultado foi um dia 22 de Janeiro memorável (ainda que naquele sábado o calendário marcasse 2 de Fevereiro).

sábado, 2 de fevereiro de 2008

1º Pista
O ponto de partida é etéreo e habitável.
É no princípio que está o necessário.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Decoração

Ficas tão bem no meu sofá.

Cap.2 - Para enloquecer

Não resistia ao toque dele: o mais leve roçar de pele com pele de um cumprimento rotineiro, os braços que suavemente embatem à passagem, o sentar bem próximos,... provocavam nela explosões sub-cutâneas. Afastava-se mentalmente de si própria e entregava-se àquele furacão de sensações - que afirmava veementemente não querer.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O homem (mais importante) da minha vida

Via comigo os desenhos animados nas manhãs dos fins-de-semana. Eu acompanhava-o nos filmes do Woody Allen e nos programas do José Duarte. E depois iamos comprar o Expresso, que liamos juntos.
Ensinou-me a rir, a ouvir jazz, a ver os clássicos, a ler de tudo, a falar sobre o que fosse, a jogar crapô, a estar atenta ao Telejornal, a gostar de política, ...
Mas a dor que provoca uma briga aprendi-a sozinha. A solucioná-la, ainda estou a tentar aprender.

And I couldn't

domingo, 20 de janeiro de 2008

Posso adormecer e acordar daqui a 3 anos?

Parece-me que Deus carregou no botão errado enquanto se divertia a espreitar os meus dias. Tenho para mim que alguém O interrompeu com um assunto realmente sério e, julgando que o resolvia em segundos, pôs-me em Pause e foi à Sua vida. E aqui estou, pacientemente à espera que Ele volte e carregue no Fast Forward.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

E vêm aos pares

Kevin Dillon
O mais velho fazia-me suspirar quando era adolescente, mas a paixão precoce extinguiu-se com Doidos por Mary. Benditos os pais que me deram a segunda oportunidade que me faz ficar acordada todos os domingos para ver o Entourage.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Ally's lesson

Calista Flockhart

Georgia Thomas: Ally, what makes your problems so much bigger than everybody else's?
Ally McBeal: They're mine.

Parece que la pierdo para siempre

[... ]Siento que se aleja sin parar
Qué puedo hacer si el tiempo vuela
Por más que duela [...]


[...]Daría todo por fijar la imagen
Que fuera inmune a trampas de la edad
Siento que se aleja...

Siento que se aleja, do musical Mamma Mia (versão espanhola)
Em anos de estudo de obras literárias se há artifício estético que sempre me pareceu forçado é aquele em que a natureza reflecte os sentimentos da personagem. Nunca achei credível que por uma personagem de ficção se sentir triste ou feliz, o tempo se solidarize com o seu estado de ânimo.
A chuva cai lá fora, muita, e não sei ao certo onde chove mais.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Cap. 1 - E é só ver-te

Os longos períodos de incerteza fuzilavam-lhe o ânimo, a vontade de lutar. Gratamente desertaria para ter paz, mas algo dentro dela a impelia a não baixar os braços. A imagem daquele sorriso, daquela doçura tamanha, reforçava a cada reencontro os sentimentos que escondia a custo.

Passagem

2008
Não se pode pedir mais do que uma noite na Rua de Baixo, mesmo ao lado da Rua da Outra Rua, de onde se pode ver a Travessa da Rua do Canto, todas encaixadas numa encosta da Serra de São Mamede.
A melhor companhia faz de uma noite normal a melhor noite, aqueles que mudaram a minha vida - há muito tempo ou recentemente - estavam (quase todos) presentes. Obrigada por uma entrada de ano cheia de gargalhadas, alegria e amizade.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

My guiltiest pleasure

Uma canção da Wanessa Camargo (cantora de que não gosto nada), por que me apaixonei numa tardia sátira brasileira aos spaguetti westerns.
Acho que me derrete por a ligar sempre à personagem do Bruno Garcia - Ben Silver, o cómico quase anti-herói que acabava sempre por salvar o dia (ou a noite).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Hoje eu vou fugir para não me dar à vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar
amanhã *

Substituir até à exaustão o "hoje" por "sempre"; esconder-me do medo de não saber o que farias em todos os amanhãs possíveis ou irreais; desconhecer que palavras se me escapariam em que momento; saber que flutuo ao teu primeiro olhar...
Temer os pretéritos (ainda que perfeitos), ambicionar futuros.
* Flutuo, Susana Félix

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Alguém que julgou
Que era para si
Em particular
Que a canção estava a falar *

É imperdoável que quando, finalmente, uma das minhas cantoras preferidas faz a canção da minha vida, venhas tu e a esventres de sentido.


* obviamente Clã, Sexto Andar

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

4th chance *




Nunca gostei do número 4 e, sinceramente, não me parece plausível.






* David Fonseca em repeat no pc, vício bom adquirido esta semana.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Espírito pouco natalício

Fed up e outros phrasal verbs compostos pela mesma preposição e f no início.

Porque Natal é dar

Divirtam-se, não custa nada!

Encadenada a ti

Foto da minha amiga Ati
Preciso das chaves para te poder deixar, é injusto que as escondas e assim me tenhas sempre à mão. Não me posso afastar se não me permites a liberdade.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

"Vive a assapar"

Assapar: v. int. e refl., pop.,
agachar-se (como um sapo);
alapar-se;
esconder-se;
desmoronar-se;
cair.


Surgiu a dúvida quanto ao significado, tirou-se, chegou-se à conclusão que o slogan não faz sentido: passar a vida a agachar-se não dá ideia de rapidez.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Retrato




Não sei se tenho talento, mas sei que tenho prazer em fazer o que faço. E sei que todas as gargalhadas, todas as aprendizagens, todos os meninos dão sentido aos meus dias. Perto deles sinto-me mais feliz.


(Esta sou eu aos olhos da minha aluna T. Muito exagerada no elogio das qualidades que ressalta em mim, mas ainda assim, um encanto de menina)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A long way

Entrámos juntas na primária, de mão dada, porque já éramos amigas antes. Senti-me responsável, afinal era a mais velha. Foram 12 anos de aulas em comum, a estudar em conjunto, a partilhar o mundo. Não foi de estranhar, quando entradas na faculdade, ainda que em edifícios em lados opostos da mesma rua, nos sentíssemos a falta e nos procurássemos entre caras desconhecidas. Acho que poucos me conhecem tanto.
E hoje a minha menina é pequenina, e ainda que eu saiba que não me lê...

Parabéns V.!

Sentido de humor

Houve quem dissesse que era wicked, outra adjectiva-o de subversivo, já chegaram a denominá-lo de corrosivo. Eu simplesmente chamo-lhe meu.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Wanted

Triste, triste, é ter dois posts escritos há mais de quinze dias e não saber onde os guardei.

Variações em plágio menor

Com o maravilhoso mundo do PCs, os menos descarados podem sempre fazer: copy and paste it in a different place so that no one will notice.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

(...)

10 anos.
3652 dias (hoje já mais um).
É estranho que o passar aos dois dígitos não esteja a significar apenas mais um ano, mas muito mais.
E continuo a precisar de ti como sempre, a sentir-te a falta como no primeiro minuto em que soube que já não ias estar mais aqui. É como se os anos sem ti fossem uma vida diferente, distante, mas que ainda cá estava anteontem...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Crime sem castigo

Uma assinatura de Luís Amado fará de mim uma fora-da-lei já no próximo ano. Que me atire a primeira pedra quem consiga olhar para ótimo sem ter arrepios.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tudo o que eu queria hoje

Aconchegar-me no teu abraço interminável e esquecer que existe um amanhã.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Calendário Pessoal

Enrolada num cobertor, sorrio ao frio e penso em como gostaria poder ter estado aí contigo, partilhar esta data, o teu dia. Tentei ligar e não atendeste, não sei se por culpa da festa que ainda dura, se por já estares a dormir. Não insisti, sei o perigo que há em acordar-te.
Fico a dever-te uma celebração, dos teus e dos meus. Pensando bem, podiamos decidir uma data e festejar o dia das duas, já que parece que nunca coincidimos quando deve ser.
(Gostei de ver como a tua persuasão continua intacta, até o São Pedro sucumbe aos teus encantos. Tens que me ensinar!)

domingo, 18 de novembro de 2007

A arrumar o quarto...

... encontrei um texto que, há 10 anos, saiu num jornal local. Foi escrito pela minha professora de Português, essa mulher admirável que, cheia de bondade, partilhava connosco semana trás semana a beleza das palavras, a melodia das metáforas, o sonho escondido em cada página dos clássicos que estudávamos. Ofereceu-nos no fim do ano lectivo este texto.

Folgas, Cavaleira e Companhia
Homenagem aos alunos de Português A, 12º ano, da Escola Secundária Mouzinho da Silveira
Folgas e Cavaleira são nomes reveladores de uma ironia terna, de acordo com a alegre autenticidade dos nomeados e a capacidade de amar de quem nomeia.
O mesmo acontece com a Companhia em que a Escritora, D.Duarte, a Gloriosa Admiradora de Florbela Espanca, o Poeta Vítor, a humaníssima Alexandra e todos os outros, percorreram comigo alguns anos da minha vida, fazendo-me acreditar outra vez, como dantes, que todo o tempo é o nosso tempo.
Ó Gabinete Ousada! - saudava-os eu quando cumpríamos "o serviço militar obrigatório" da Epopeia. E eles sorriam à porta de mochilas aos ombros, calmos e felizes, como quem entra no barco para mais uma viagem.
E assim andámos por esse "mar de longo" da Literatura, ao sabor das noites românticas, laivadas de pios de mochos, em cenários apocalípticos, pelas histórias da Guerra Civil...
Vivemos a perdição amorosa de Camilo e penetrámos em interiores requintados com estofos preciosos, estatuetas e jarrões de preço em que as flores elitistas se esfolhavam...
Bebemos ainda das filosofias poéticas, da ondulação pessoana, da sibilina voz dos escritores do século XX.
E assim ultrapassámos o "fingimento" e nadámos na verdade literária, em diversas direcções para delinearmos um rumo que nos aproximasse da VERDADE.
Para lá da porta da sala ficavam as guitarras, a voz da Marisa, os devaneios, as histórias do Sérgio, a "arte de bem cavalgar toda a sela" da Paula, as virtuosidades do violoncelo do Nuno, as espevitadas sentenças da Aida, o extraordinário equilíbrio do Duarte, as incursões filosóficas da Marisa Glória...
"Artistas da minha vida", sem dúvida, todos eles, mesmo os que preferiam ouvir, me gritam com o seu sorriso de regato vivo e a sua confiança que devo estar, no sentido etimológico - de pé, apesar das engrenagens que teimam em desvirtuar o primitivo e profundo sentido do velho EDUCO.
Julho 1997
Maria Guadalupe
Nota: EDUCO - verbo latino, significa tirar de dentro.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Psicologia Invertida

Foto daqui
Stay awake, don't rest your head
Don't lie down upon your bed
While the moon drifts in the skies
Stay awake, don't close your eyes
Though the world is fast asleep
Though your pillow's soft and deep
You're not sleepy as you seem
Stay awake, don't nod and dream
Stay awake, don't nod and dream
(Mary Poppins)

Desbloqueador de Conversa


domingo, 11 de novembro de 2007

Misapprehension

Dizes-me tu, mafaldinha, que estou enganada. Alegadamente, quase não tenho características aquarianas e por isso o meu signo deve ser outro, independentemente do dia em que nasci. Com o risco de que esta personalidade, construída ao longo de quase trinta anos, se desmorone sem os traços distintivos usurpados aos verdadeiros aquarianos, ou me arranjas um signo novo ou vais ter de me deixar viver na ilusão de que realmente pertenço ao melhor signo do zodíaco.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Juizos errados

Pareceremos tão vulneráveis que aquilo que nos digam possa influenciar, determinantemente, as nossas decisões?

Not worth it

Fechada e sem pérola...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Até...

Antecipavam separados cada minuto daquela noite. O convite partiu quando já nenhum acreditava que fosse chegar.
Viram-se de novo. Tocaram-se uma vez mais. Juntos eram crianças inexperientes, sem noção do que fazer.
Adiaram outra vez o desejo, voltaram a pôr reticências onde nem uma virgula teria lugar.

domingo, 4 de novembro de 2007

Once upon a dream

És a catástrofe natural que faz uma revolução na minha pele, na minha vida. Quando penso que estou em paz, chegas e tiras tudo do lugar. Não sei se agradecer o sonho, o abraço, a alegria, ou temer a incerteza que não deixas de ser.

Pa ti no estoy *

Não me apetece. Não tenho vontade. Os teus dramas existenciais já tomaram demasiado tempo dos meus dias. Custa-me ver como uma quebra minha (por pequena que seja) não tem importância frente a tudo o que te assola com frequência. Pois é, tive uma overdose de ti, agora preciso do meu espaço, do meu descanso, para poder recuperar o equilíbrio. Provavelmente nem vai demorar muito... mas, até acabar o meu momento de egoismo, vais ter que te habituar.


* Rosana Arbelo