A qualidade não é muito boa (telemóvel), mas ainda assim vale a pena deixar o registo de um concerto inesquecível. Especialmente para a T. e a M., senti-me com 10 anos menos na vossa companhia.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
!
Toda a gente detesta mentiras. No meu caso não é a mentira em concreto, é descobrir que me mentiram.
Quando se decide enveredar por esse caminho, pelo menos que se seja consequente com o que se vai fazer, que se encubra devidamente, que não se deixem pistas. Uma mentira mal "tapada" é uma ofensa muito maior.
Há que contar com a inteligência do outro, há que obrigá-lo a esforçar-se para descobrir a trapaça. Se tropeçamos com uma mentira sentimos que nos fizeram de parvos, e ninguém gosta de se sentir assim.
domingo, 21 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
(In)Visível
Agora passo todos os dias pelo mesmo sítio à espera de te encontrar. Sei que não te vou ver (não podes estar em dois lugares ao mesmo tempo), mas a cada passagem revisto aquele espaço com a rapidez que os meus olhos permitem, como se te tivesse perdido ali. Mesmo sabendo que não estás continuo a passar por lá, continuo a procurar-te, à espera que o tempo me surpreenda e te encaminhe para mim.
Agora passo os dias a reparar nas coisas insignificantes, como se antes elas fossem invisíveis e ocupassem hoje todo o espaço onde não estás. É a dimensão das coisas minúsculas que se agigantam na tua ausência que me faz esperar por ti, para que voltes a ocupar o teu lugar e o resto deixe de existir novamente.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Bad mood
Estou farta de pessoas que pensam que podem dizer tudo aos outros a brincar mas que não aceitam que sobre elas se faça o mesmo tipo de comentários.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Those were the days...
Os dias em que o sol brilha de madrugada porque estás perto. Os dias em que deixo o mundo para trás só porque deste notícias. Os dias em que a saia se encurta na esperança de que apareças. Os dias em que a imaginação faz cenários (positivos e negativos) pela não concretização.
Hoje sinto-te aqui, não sei se na minha cabeça se em realidade - há muito que a fronteira deixou de ser clara, quando és tu quem está em causa -, mas a tua proximidade faz-me sorrir.
sábado, 13 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Brio
Não sei jogar. Não sei antecipar a próxima jogada do meu adversário, nem consigo imaginar formas de o tramar antes que ele tenha oportunidade de me eliminar. Não sei contornar as regras. Não me interessa jogar sujo. Só sei lançar o dado e avançar uma casa de cada vez, como ele manda, e esperar chegar ao fim com todo o mérito.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Como sempre, o Bruno conseguiu dizer exactamente aquilo que eu senti ao ver a notícia no Telejornal, e ainda não tinha conseguido pôr em palavras.

Marion Jones
Devolvidas as medalhas, assumida a culpa, choradas as lágrimas de vergonha, só me resta uma pergunta: Agora o que é que fazemos com a desilusão?
A culpa foi da explosão
Tinham começado o que não chegou a ser nada, já que algumas pedras soltas rolaram para o caminho e os obrigaram a largar as mãos que iam, gradualmente, apertando com mais força. Separaram-se abruptamente, com razões pouco consistentes e um sem-fim de malentendidos.
Até que a missão o chamou para longe, algum tempo... Ela preferia não pensar, e ia vivendo numa realidade sem ele, assim sentia-se tranquila. Foi então que tudo aconteceu, uma mina terrestre no sítio errado e o passado voltou a ser presente. Com a força bruta de uma catástrofe natural.
Agora vão-se reaproximando, a medo, sem saber se os volta a juntar o mesmo sentimento, ou outro ainda maior. O que sabem é que se fazem bem, e que se a vida lhes deu uma nova oportunidade devem agarrar-se a ela.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Imprevistos
Separava-os uma vida e muitos anos, e também uma relação guardada no fundo de uma gaveta que preferiam não abrir. Evitavam-se frequentemente, condicionando, assim, as suas próprias vidas, sem serem capazes de entender que ainda que longe da vista, uma ausência provocada só os juntava um pouco mais. Não se verem era a opção menos dolorosa, não queriam "recair" em erros passados...
Quando deixaram de se preocupar com a presença do outro, assim que a segurança se instalou e deixaram de se precaver, viram-se confinados ao mesmo espaço. Sair não era opção, todos os que os rodeavam sopunham que se haviam superado. O que fazer?
Ao fim de vários minutos de incomodidade, ela encheu o peito de ar, atravessou a sala, tocou-lhe ao de leve no ombro (sempre tinha sido a mais corajosa dos dois):
- Olá. Como estás?
E nunca ninguém soube como lhe tremiam as pernas, como se sentia a suar frio, como um só sopro a teria derrubado.
Hoy

Quien nos diría, hace 5 años, que una conversación sin más llevaría a una amistad tan bonita, tan grande, tan perfecta? Me alegro que podamos celebrar este día y todos los demás 9 de octubre que nos esperan. Porque eres importante para mi, porque he crecido contigo, porque me apetece dedicarte un post. Gracias por tanto! Gracias por todo!
domingo, 7 de outubro de 2007
Próximo passo
Desconhecer, ignorar, estranhar, mentir, esconder, encobrir, condenar, repreender, fingir, censurar, esquecer, falhar.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Série "Os meus miúdos são piores que os teus!"
Exercício sobre países e nacionalidades em inglês.
- Qual é a terra do bacalhau?
- É a Terra Nostra!
- Qual é a terra do bacalhau?
- É a Terra Nostra!
domingo, 23 de setembro de 2007
Agora já não
Ontem davas-me jeito, precisava de ti, fazias parte de um dos meus grandes planos. Mas não cumpriste a missão que te atribuí sem te pedir opinião e sem te informar. Agora já não fazes falta, já não te quero no meu "mundo"; porque não, porque não me apetece, porque não serves... ainda se tivesses namorado, talvez te pudesse inserir no grupo.
sábado, 15 de setembro de 2007
Encruzilhada

Jardim Tropical - Lisboa
Não sei em que extremo estamos. Se cada um no seu canto, prestes a percorrer os atalhos que nos juntarão no fim; se lado a lado, a preparar-nos para a separação definitiva.
"Às vezes o amor..."
- Posso perguntar-te uma coisa?
- Claro que sim.
- Tiveste saudades minhas?
- Enquanto estiveste fora do país?
- Também. Mas estava dizer ao longo de todo o tempo em que não nos vimos. Tiveste saudades?
- Que perguntas mais tontas que tu fazes.
- E tu que nunca respondes.
- É que não tem lógica que me perguntes isso.
- Diz-me sim ou não, não é assim tão difícil.
- Sim, tive saudades tuas.
(silêncio incómodo)
- Não queria ser chato, mas entende que precisava de saber.
- Eu entendo.
- Eu também senti muito a tua falta. Como é que nos enganámos tanto?
- Devemos ser parvos, os dois. (Piscou-lhe o olho.)
- Sim, muito provavelmente é isso. Mas eu sou mais, ouviste?
- 'Tá bem, nisso deixo-te ganhar.
- Claro que sim.
- Tiveste saudades minhas?
- Enquanto estiveste fora do país?
- Também. Mas estava dizer ao longo de todo o tempo em que não nos vimos. Tiveste saudades?
- Que perguntas mais tontas que tu fazes.
- E tu que nunca respondes.
- É que não tem lógica que me perguntes isso.
- Diz-me sim ou não, não é assim tão difícil.
- Sim, tive saudades tuas.
(silêncio incómodo)
- Não queria ser chato, mas entende que precisava de saber.
- Eu entendo.
- Eu também senti muito a tua falta. Como é que nos enganámos tanto?
- Devemos ser parvos, os dois. (Piscou-lhe o olho.)
- Sim, muito provavelmente é isso. Mas eu sou mais, ouviste?
- 'Tá bem, nisso deixo-te ganhar.
CAEP até ao fim do ano
4 de Outubro - Clã
26 de Outubro - Mundo Cão
24 de Novembro - David Fonseca
Mal posso esperar! ; )
26 de Outubro - Mundo Cão
24 de Novembro - David Fonseca
Mal posso esperar! ; )
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Revisitação
Há uns dias recordei uma conversa de há dez anos; ontem um post fez-me voltar a pensar nela.
À porta do bloco F, na velhinha Escola Secundária Mouzinho da Silveira (o Liceu, para quase todos) seis alunos do 12º ano, ainda cheios de esperanças e de medos, discutiam o futuro. O fim do ano lectivo ia trazer-lhes uma mudança de vida radical, sair da escola e da terra que os viu crescer, deixar a protecção dos pais, ser adultos.
Três deles afirmavam que o adeus seria um até breve, que queriam voltar àquela cidade "cercada/ De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros", queriam ajudar a que se desenvolvesse, a que pudesse ter mais oportunidades para outros (aquelas que eles não iam ter); os outros três, pelo contrário, queriam deixar o passado para trás, partir para sempre. Só dois se mantiveram fiéis aos seus propósitos, apenas um voltou para "casa".
Dez anos depois, o que diriamos acerca dos nossos futuros se nos reencontrássemos?
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Problema de expressão
- Onde está o meu postal?
- Aí em cima.
- Em cima do quê?
- Do coiso.
- Onde?
- Na cozinha.
- Na cozinha onde?
- Já te disse, aí em cima do coiso.
- Aí em cima.
- Em cima do quê?
- Do coiso.
- Onde?
- Na cozinha.
- Na cozinha onde?
- Já te disse, aí em cima do coiso.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Figuras de...
Nunca sei quem és. Revelas partes de ti a cada encontro, mas elas não encaixam para formar o teu todo. Acredito no sentido de humor ou no sabor amargo que, inevitavelmente, deixas? Na doçura ou na frieza? Nas atenções ou no desprendimento?
Crio hipérboles dos teus actos e eufemizo-te os erros culpando-me a mim. Não sei quanto tempo mais aguentarei viver com uma sinédoque.
domingo, 2 de setembro de 2007
The end of the affair
Primeiro dia:
Eu - You're a gentleman.
Ele - Do you think so?
Eu - I know so.
Ele - (sorriso maroto)
Segundo, terceiro, quarto dias:
(silêncio)
Último dia:
Eu - Do you want me to send you the photo?
Ele - No, that's ok, I have too many photos.
Eu - Ok.
Ele - But do you want my address?
Eu - No.
Ele - (olhar confuso)
Eu - You're not a nice person. In fact, you're really unpleasent.
Ele - I'm not talking to you anymore.
Eu - You're a gentleman.
Ele - Do you think so?
Eu - I know so.
Ele - (sorriso maroto)
Segundo, terceiro, quarto dias:
(silêncio)
Último dia:
Eu - Do you want me to send you the photo?
Ele - No, that's ok, I have too many photos.
Eu - Ok.
Ele - But do you want my address?
Eu - No.
Ele - (olhar confuso)
Eu - You're not a nice person. In fact, you're really unpleasent.
Ele - I'm not talking to you anymore.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Confirma-se
imagem daqui
Continuarei a ser a única portuguesa que ainda não viu os senhores comendadores ao vivo.
The pissing boy
Voltámos. Bruxelas é feia e pouco evoluída. Mas não se pode esperar muito de uma cidade que tem como símbolo um menino a fazer xixi. O Manneken Pis não passa de um nenuco no canto de um prédio. Os belgas comem mal e bebem pior ainda, valha-nos os gaufres, os chocolates (roubados) e os mexilhões (e a coca-cola). O Ommegang é engraçado mas teria tido muito mais graça se o menino das andas de cinco metros tivesse caído. As nossas Super-Bitches revelaram-se ao longo da semana Super-Sweeties. Ainda tentámos enforcar "Mámãe", mas o carinho da mafaldinha pelo filhinho (tão lindo) salvou-a em todas as tentativas. A não esquecer: o insulto mais carinhoso da semana ('paneleiro), enjoy the building não é coisa que se deseje a ninguém e fazer sentinela à porta da casa-de-banho pode provocar as maiores gargalhadas. E o adeus que pensámos definitivo ficou por dizer.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Imagem daqui
Nos próximos dias estaremos por aqui. Mergulhadas em gaufres e chocolate belga. Satisfazendo vícios. Matando saudades dos nossos israelitas favoritos.Vícios
Quando descobrimos uma coisa que nos faz sentir bem aprendemos estupidamente a viver dependentes dela. Durante algum tempo enganamo-nos, achamos que tudo não passa de um capricho, uma vontade perfeitamente controlável e não vemos o óbvio. Quando por fim reconhecemos o vício, ele já faz parte de quem somos e, como tal, é impossível deixarmos para trás um bocado de nós. Devia, por isso, ter percebido que acabaria por me viciar em ti. E que ninguém conseguiria arrancar-me o (teu) sorriso.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Epifania criativa
Não se sabe se foi a febre, a enxaqueca ou os medicamentos para elas; o que sim se descobriu é que em 3/4 horas a inspiração chegou e tomou conta. Deu-se à luz um pequeno conto, para entreter as ávidas leitoras fiéis, e tem-se fé nas gargalhadas que se espera poder arrancar.
Foi única a experiência das palavras que jorram dos dedos, sem freio, fazendo de nós o instrumento que necessitam para ganhar vida.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Nem ai, nem ui

foto daqui
Depois de um ano de utilização já posso afirmar: Estes publicitários são mesmo uns exagerados.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Forever Best Friends
Surpreendente como numa conversa fortuita e inesperada descobri que tens e te queixas do mesmo destino que eu. E ainda assim não nos conseguimos entender.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Refúgio
O óbvio (2)
A meio do filme.
- Jessie, tenho sede.
- Vou lá fora comprar uma garrafa de água.
- Não, não podes sair a meio do filme. Tens de esperar pelo intervalo.
Finalmente tenho alguém que sabe tomar conta de mim.
- Jessie, tenho sede.
- Vou lá fora comprar uma garrafa de água.
- Não, não podes sair a meio do filme. Tens de esperar pelo intervalo.
Finalmente tenho alguém que sabe tomar conta de mim.
O óbvio (1)
Primeira ida ao cinema com a tia. Fila da bilheteira. Algumas pessoas almoçam numa conhecida cadeia de fast food ali ao lado.
- Jessie, o que é que aquelas pessoas estão ali a fazer?
- Então não vês? Estão a almoçar.
- Ah, não têm comida em casa.
- Jessie, o que é que aquelas pessoas estão ali a fazer?
- Então não vês? Estão a almoçar.
- Ah, não têm comida em casa.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
A Estrada
Um condutor pouco cuidadoso, que salta semáforos vermelhos, que não cumpre as regras básicas de convivência social sobre o alcatrão, atira para o coma meninos de 15 anos com uma vida pela frente. E ainda há quem acredite no ser humano.
Tenho problemas com a minha antena
Tive a certeza quando uma canção da "mãe do rock português" me soou a Buraka Som Sistema.
terça-feira, 31 de julho de 2007
quinta-feira, 19 de julho de 2007
segunda-feira, 16 de julho de 2007
A maldição do sr. arquitecto
Desconhecia que os famosos vídeos que mostram as loucuras do sr. arquitecto nos anos 80 estavam amaldiçoados. Fosse porque alguns pensaram em comercializar a relíquia, ou porque constantemente descíamos o sr. arquitecto à divisão dos engenheiros, a verdade é que depois de longos minutos discutindo a qualidade das imagens e a beleza dos diálogos, algumas pessoas do grupo começaram a sentir-se mal. Primeiro um, depois outra, também a mafaldinha e até mesmo eu, que nunca vi os ditos filmes. Poderosa, a maldição. Ou isso ou a coca-cola na discoteca não era coca-cola.
O mundo voltou a fazer sentido
O meu computador ressuscitou (o milagre agradeço-o aos senhores da Toshiba). Recuperando o tempo perdido fora do mundo, agradecemos a nomeação da Sophia, que honra imaginar-nos uma maravilha para alguém (ainda que posteriormente esta escolha venha a ser paga em brigadeiros). E respondendo ao teu desafio da página 161 (para os destraídos como eu, é preciso pegar no livro mais próximo, abri-lo na página 161 e procurar a 5ª frase completa), peguei sem pensar num dos meus livros preferidos (não fiz batota, ele estava mesmo ali ao lado, na estante da cama). Contei as frases, reli para ver se não estaria enganada e, curiosamente, a Jess (personagem preferida, confesso) diz:
This is I; this is my voice, this is my body, this is my life.* Não sei se a intenção era mostrar que estas frases se nos podem aplicar, de qualquer forma, acho que aleatoriamente, nenhuma outra se adequaria melhor. *A Long Way Down, Nick Hornby
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Descerrar a lápide
Até faria o sacrifício de estar presente na inauguração - eu que nem gosto de festas - se pedisses com jeitinho. Agora vais ter que me voltar a convencer.
"It was nice bumping into you again, for the first time" *
Durante anos desenhei-te os olhos. Quando, por fim, te conheci até com a localização dos sinais tinha acertado... tantas vezes.
* Chapter Two, Neil Simon
Concorrência
Assustas-me; mais o que representas do que tu propriamente. Mas pela primeira vez o meu medo tem rival. Parece que o meu cadastro como fugitiva tem por fim quem o supere.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Uma ilha
O ano acabou finalmente. Despedi-me das minhas 120 pestinhas com lágrimas escondidas de saudades antecipadas e alívio. No último mês a cabeça já não acompanhava o corpo e por muito que este ainda tivesse toda a energia que precisamos quando estamos com crianças, o cérebro preguiçoso dizia que não. Antes que ele entre em curto-circuito, vou procurar por aí uma ilha deserta onde me possa tornar invisível. Como acabei de gastar as últimas duas horas de bateria do computador, só preciso de um livro e do meu ipod. E se daqui a uma semana tu ou outra pessoa qualquer quiser aparecer na minha ilha, podemos ficar invisíveis por mais uns dias e voltar para casa quando nos vierem buscar.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Split second
Coisa estranha, a coragem. Num segundo somos capazes de tudo, de mostrar o que pensamos, gritar o que sentimos, ser o centro das atenções, dizer que não queremos, assumir que gostamos, expor-nos, não ter vergonha, correr o risco, não ter medo de ouvir não. E no segundo seguinte ela desapareceu.
domingo, 17 de junho de 2007
Engano profissional

Foto daqui
O que eu devia ter sido era realizadora de cinema, com a quantidade de filmes que acabo sempre por fazer.
terça-feira, 12 de junho de 2007
"No te encuentro en mis sueños de noche" *
Levei tanto tempo a esforçar-me por te esquecer e quando menos esperava noto que passaste. É tão doloroso assumir que me falta o teu pedaço, como foi - à época - admitir que fazias parte de mim. Procuro-te em todos os recantos e não estás; preciso de ti aqui, se não em corpo pelo menos em memória para me ajudares a não cair em erros fáceis.
E, apesar de tudo és coerente (até em mim) - sempre que te necessitei, nunca te consegui encontrar.
* Donde Estés, Chenoa
segunda-feira, 11 de junho de 2007
(Maus) hábitos
Sei que não me queres magoar com os teus comentários, tens medo de exercer influências, de te exceder e com o teu excesso dar-me esperanças vãs. Escolhi-te para amiga (porque os amigos se escolhem) por te pareceres comigo e pela sinceridade que te caracteriza. Não te preocupes com as minhas escolhas, não sou fácil de guiar por outros - a casmurrice não o permite -, o que não quero é ter mais segredos para ti, não estou habituada a tê-los.
terça-feira, 5 de junho de 2007
Salsa, tu já mereces um post
Tanto que falam do Marlon, eu cá por mim volto a ver Os Azeitonas pelo Salsa.
Esta canção é dedicada à ruiva cá do blog, porque é sobre nós (ainda que não nos mencione directamente), e porque é das poucas que ainda acredita que o príncipe encantado volta sempre para nós, qual tesouro no fim do arco-íris.
Finalmente
Parada, olhava para a estante prometida. Sentiu umas mãos nos ombros que pouco a pouco desciam pelas costas para lhe repousar na curva da cintura. Sabia que queria que assim fosse. Ao ouvido, um sussurro:
- Já chega.
- De quê?
- De olhar para aí. Está na hora do nosso filme.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Da próxima vez
Não vás sem deixar destino ou direcção, se houver próxima vez não esqueças leva contigo recordação e um beijo pendurado ao peito do teu coração*.
Se nos desfizermos em sorrisos quando nos virmos, seremos capazes de voltar a pôr de pé todos os bocadinhos de nós para podermos matar saudades todas as próximas vezes?
* Luís Represas
Quente e frio
Querer olhar para ele e ter receio de que os meus olhos me denunciem. Querer falar com ele e engasgar-me entre parvoíces. Querer tocar-lhe e fugir com medo de me viciar na sua pele. Querer perder-me nas horas junto dele e vir embora no final da semana com a sensação de que um sorriso de alguns segundos nos pode prender por uma eternidade.
Orgulho
Estar na rua, ouvir alguém gritar Professora, virar-me e ver um rosto familiar a dizer-me adeus entre sorrisos.
terça-feira, 29 de maio de 2007
Primaveril
O sol dá-me a luz que te não vejo na voz, os dias aquecem-me e a distância aperta quando a noite ainda exige abrigo; mas não há como as tuas palavras para me acariciar a pele - na impossibilidade de te sentir o toque.
Programa de Fomento à Leitura
Se tu lês, eles lêem!
Não sei se o slogan funciona ou não (às vezes duvido da eficácia da publicidade), sei que as histórias que me leram em pequena ajudaram muito no meu "vício" pelos livros, esses objectos-tesouro que eu cuidava com esmero e que eram os melhores presentes que me podiam oferecer em qualquer altura.
Gosto deste anúncio pela simplicidade com que diz aquilo que todos sabemos e tantos fingem não atingir.
* Só me chateia o facto de pai e filha dobrarem o canto da página, mas isso não é mais do que um detalhe típico de uma apaixonada. Sempre se pode fazer o que eu sempre faço quando empresto um livro, fornecer também um marcador.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Concerto Diferente
CAEP, 30/05/2007, 21h30m
Quarteto em Mim
Os Azeitonas
Porque a CERCI merece que lhe celebremos o aniversário.
A ternura
Sempre me surpreenderá a beleza que pode sair de umas mãos. Aquelas que a ínumeros deram mundo, aquelas que tantos viram no momento inicial, ocupam-se assim em horas de lazer. Mais milagres de delicadeza e doçura de umas mãos que não negam o hábito sagrado que têm.
Shattered dreams
Zurique, Viena, Paris, Estocolmo, Dublin, Londres.
Qualquer destino seria apetecível para a ver ao vivo, por primeira... por única vez.
Alguns sonhos existem para não se cumprir.
domingo, 27 de maio de 2007
Maybe next time
Não há do que ter saudades e no entanto, sinto a tua falta como se sempre me tivesses pertencido. Pertence-me apenas a fantasia de ti e o sorriso que me deixaste.
sábado, 26 de maio de 2007
Maldito Morfeu
Quando achei que me tinha centrado, quando consegui (por fim) racionalizar, quando recuperei o meu espaço, chegaste-me nos sonhos e não me permites a tranquilidade.
Diz que foi uma espécie de dia de aniversário
No dia 23 parece que aqui a casinha fez 3 anos. A preguiça, o cansaço e as brigas titânicas da ruiva com um certo transformador não nos permitiram assinalar a data atempadamente, aqui fica.
Parabéns para nós! (Nunca sonhámos chegar aqui, obrigada a todos os que nos visitam. O orgulho é muitíssimo!)
Parabéns para nós! (Nunca sonhámos chegar aqui, obrigada a todos os que nos visitam. O orgulho é muitíssimo!)
terça-feira, 22 de maio de 2007
Turbilhão
Ficámos entre declarações de amor, provocações mútuas sussurradas ao ouvido e pedidos ousados. A promessa de um beijo segue no próximo e-mail.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Questiúnculas pronominais
Como é que se chega até aqui?
Relembro os tempos em que fomos inseparáveis, em que não podiamos estar sem falar e sem nos ver. Época em que as confidências iam até altas horas, e em que a coisa mais fútil, mais tonta, tinha toda a graça do mundo. Quando nos contávamos tudo, apenas porque só assim fazia sentido; quando ultrapássavamos boatos com uma gargalhada.
Agora tudo mudou, sei as causas, confesso que não estava preparada para as consequências, mas não há volta atrás. Lamento que assim seja, que já não sintas a minha falta. Tenho pena que já não precises de mim, na mesma medida em que eu continuo a necessitar-te.
Não me resta mais do que recordar os anos em que tive a audácia de te chamar meu.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Choque de realidade
Se nos deixamos encantar por um sonho e acordamos com repetidas pauladas na cabeça; será difícil entender que nada nos pode magoar mais do que esse despertar?
terça-feira, 15 de maio de 2007
Deve ser da Primavera
Tenho saudades da alegria sem motivo e do sorriso tonto colado nos lábios. De rir e dizer parvoíces para fazer alguém rir. De ocupar a mente entre preocupações com fantasias divertidas. Escolho um alvo. Já está. Agora é só fingir que estou apaixonada.
À espera
Eu até podia arranjar o e-mail dele. Mas isso não ia matar as saudades que tenho de ver aquelas costas e aquele sorriso maroto de (quase) provocação.
Sensibilidade
Chego à sala com olhos e nariz vermelhos. Pouso os livros, digo Bom dia baixinho e os alunos continuam a conversar descontraidamente. Até que a Inês olha para mim e diz num tom preocupado, Shh! Não façam barulho hoje, a professora esteve a chorar. Reprimi uma gargalhada. Todos se calaram e pela primeira vez as regras da sala de aula foram cumpridas uma por uma. Nunca pensei que a alergia à primavera desse tanto jeito.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Meter na cabeça
afraid - escreve-se só com um f
esclarecer - não leva x
Bolas para as dúvidas estúpidas!
esclarecer - não leva x
Bolas para as dúvidas estúpidas!
O que sou?
Não sei se me tornei na amiga confidente a quem não tens pudor de contar o que quer que seja, se aquilo que me disseste não é mais do que uma tentativa de explicação para o que entre nós não se passou.
Gosto da confiança que depositas em mim, é bom sentir que me queres ouvir, que precisas que esteja; ao mesmo tempo, sei que há revelações que não necesito. Decide-te e esclarece-me, estou farta de dúvidas sem resolução.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Boker tov!
Parece que voltámos. Em poucas palavras, só me lembro dos quatro israelitas mais giros da empresa. E do Palácio da Bolsa e da Serra do Pilar, da ribeira e dos Aliados. Da aventura que é andar de táxi, onde nunca se sabe quando é que o taxista nos vai pedir para escolhermos o quadro que ele quer oferecer à amiga ou quando vai parar no meio de uma rotunda para dizer que somos testemunhas de um acidente que não vimos. Dos pequenos-almoços divertidos. Do assalto à casa do moldavo em cuecas. Da discoteca na Alfândega no primeiro dia. E do Rui Veloso, que não sei se tem razão quando canta, não se ama alguém que não ouve a mesma canção.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Balde de água gelada
Preparação adequada. Cenário perfeito. O misto de nervos e tranquilidade que só alguém especial pode suscitar. O desejo à flor da pele. Finalmente a decisão tomada.
Uma frase quebra o encanto. Volta a vergonha, o muro, a timidez. Afastam-se como os bons amigos que nunca deveriam ter sonhado deixar de ser.
Há relações que não podem mais.
A outra metade
Pareciam-se tanto que até mesmo o preconceito - a única barreira entre eles - partilhavam.
terça-feira, 8 de maio de 2007
Wunderbar
Ute Lemper, CCB, domingo, 6 de Maio de 2007. Não há palavras para descrever o que pude sentir. O repertório que me levou a algumas das minhas memórias mais doces, a voz e a presença que são irrepetíveis. Valeu a pena a espera para a ver ao vivo, superou todas as espectativas.
Ute Lemper - All that jazz
Deixo um video que não é do espectáculo a que assisti, mas de que gostei muito, para os que ficarem curiosos sobre esta grande cantora.
JC

Joaquín Cortés - foto daqui
Depois do espectáculo de Joaquín Cortés en Elvas no passado dia 28 de Abril só se pode fazer a proposta de que o bailaor seja considerado uma das 7 maravilhas do mundo. Não são muitos os que conseguem levantar em aplausos uma sala inteira, 5 vezes seguidas.
Obrigada L. pela excelente companhia.
Mea Culpa
Espectáculo
Lisboa
Porto
Congresso
Trabalho, trabalho, trabalho
Lisboa
Concerto
Sem internet
Lisboa
Porto
Congresso
Trabalho, trabalho, trabalho
Lisboa
Concerto
Sem internet
E nenhuma destas desculpas me parece o suficientemente boa para estar tanto tempo sem actualizar o Figuras. Que me desculpem aqueles que nos visitam com regularidade.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Entre a espada e a parede
Não deixa de me surpreender a forma absurda como algumas pessoas quando lhes é dado (o que acham ser) um bocadinho de poder, imediatamente crescem em prepotência e autoritarismo. Tudo piora se a falta de razão as faz ter necessidade de deitar mão a esse poder para demonstrar a força que no fundo não têm, porque só precisa de se afirmar pela força quem não a possui.
sábado, 21 de abril de 2007
I'm in love with a rock star

Porque ainda há homens pelos quais vale a pena fazer umas centenas largas de kms e que nos fazem voltar a casa com a cabeça nas nuvens e a alma cheia.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Diagnosis: I'm Izzie
Imagem daqui
Sem supresas. You're impulsive and often follow your heart, not your head. Caring too much can get you in trouble. But you're always there for your friends, and good thing they're always there for you too. Just doing your job isn't for you; you'll always find a way to go above and beyond because there are so many people who need your help. Just remember to save yourself before you save the world.Eu podia ser a Izzie. Embora o meu príncipe encantado seja, sem dúvida, o Preston Burke. Para quem tem curiosidade, o diagnóstico fica aqui.
Ladrões de sonhos
Há quem aproveite todos os segundos do dia para sonhar e há quem se aproveite do que sonham os outros porque não tem capacidade de sonhar por si mesmo. Pode ser frustrante partilhar um sonho, quase palpável, quase impossível, com alguém que na primeira oportunidade o vai tornar seu. Mas aprendemos, crescemos e sonhamos outros sonhos. Temos novos planos e objectivos e somos felizes porque os concretizámos. O ladrão de sonhos continua a saltar de pessoa em pessoa, a roubar sonhos que nunca serão seus de verdade, sempre insatisfeito com o que se tornou no último sonho roubado. E um dia agredecemos-lhe por nos ter feito escolher outro sonho. O sonho certo.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Nova aurora boreal
Acordar noutra vida, noutro mundo, noutro corpo, com outro reflexo e outras vontades. Não sabia se era uma urgente necessidade de férias, se a mudança tinha que ser mais radical, mais definitiva. Tinha-se encerrado numa realidade que já não suportava, sem saída, precisava de uma janela.
Pelo menos uma janela.
domingo, 15 de abril de 2007
De onde não esperamos
Numa cerimónia, ouço falar de mim e sem que se note ponho-me à escuta.
- É a filha de ... !
- Ah sim? Já não a via há tanto tempo, está crescida.
- Mas não era difícil, está tão parecida com a mãe.
Nesse momento, e ainda que sabendo que não é verdade, tive vontade de correr para perto daquela senhora, que não conheço para mais do que um "bom dia / boa tarde", abraçar-me a ela, dar-lhe dois beijos e agradecer o maior elogio que alguma vez me fizeram.
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Porque não estavas lá
Nina - Va todo al ganador
Porque é uma das poucas vozes que me faz chorar, pela amplitude, a técnica, a emoção, a interpretação. Porque a admiro desde pequena e foi fantástico tê-la reencontrado há 5 anos. Porque a dignidade de um cantor se vê nas escolhas que faz e em como admite os seus erros. E, principalmente, porque eu for grande quero cantar assim.
Lack of confidence
Queria ver-me através dos teus olhos. Saber o que sentes quando te falo. Ter a certeza de que tudo não é só uma miragem.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Outro lado
Olhar para Lisboa como quem vê tudo pela primeira vez e encontrar em cada pormenor conhecido uma descoberta. E saber que todos os dias dias há algo novo que afinal esteve sempre ali.
domingo, 8 de abril de 2007
Onde está o Wally?
Imagem daqui
Frio, falta de atenção, pouca paciência... não sei, eu cá não vi nenhuma rã, pelo menos in situ. Nas fotos até se percebe que é um batráquio.
Muchas gracias, peques
A amizade faz com que os caminhos se encurtem e as distâncias desapareçam. 3h30 de estrada não têm importância se é para estar com quem se quer bem.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
terça-feira, 3 de abril de 2007
Amores tímidos
Tú crees que nos enamoramos sólo para no estar solos? Yo creo que me he enamorado de un chico. Bueno, de su cogote. Me encanta el cogote de un conductor de tranvías que no conozco.*
É sempre assim. Estou tranquila, quieta no meu canto. De repente, aquilo que é sossego passa a ser monotonia, só porque ele apareceu. Entro de novo no turbilhão de alegrias breves e pequenos desalentos para terminar o dia com a conquista de um sorriso tímido. Não chega. Dele apetecia-me mais do que um sorriso, mas não podemos. Acho que me apaixonei. Pelas costas dele, pelo menos. Não é um condutor de eléctricos, mas é um técnico israelita que (quase) não conheço. Será possível apaixonarmo-nos só para manter a mente ocupada?
* Carta de Leire a Javier, no filme Piedras de Ramón Salazar
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Surely missed Woody Allen

Hugh Jackman e Scarlett Johansson daqui
A voltar a tomar o gosto ao cinema, principalmente quando em boa companhia.
Os vampiros que conhecemos II
Sair de uma amizade por escolha, com as mãos vazias, o escudo a postos, a sentirmo-nos usados e sem vontade de dispender o esforço para solucionar o abismo, é a consequência inevitável do esgotamento de se nos terem aproximado.
Os vampiros que conhecemos
Só conseguiria ser uma boa pessoa se cada vez que se aproximasse de alguém se lembrasse que dar é mais importante do que receber.
domingo, 1 de abril de 2007
Luz
A chuva no pára-brisas hoje não lhe parecia irritante, era o sol que lhe ia na alma que iluminava o mundo, (apenas) porque tinha passado o dia contigo.
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