domingo, 8 de abril de 2007

Onde está o Wally?

Imagem daqui
Frio, falta de atenção, pouca paciência... não sei, eu cá não vi nenhuma rã, pelo menos in situ. Nas fotos até se percebe que é um batráquio.

Muchas gracias, peques

A amizade faz com que os caminhos se encurtem e as distâncias desapareçam. 3h30 de estrada não têm importância se é para estar com quem se quer bem.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Ainda que virtuais

imagem daqui
Boa Páscoa!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Amores tímidos

Tú crees que nos enamoramos sólo para no estar solos? Yo creo que me he enamorado de un chico. Bueno, de su cogote. Me encanta el cogote de un conductor de tranvías que no conozco.*
É sempre assim. Estou tranquila, quieta no meu canto. De repente, aquilo que é sossego passa a ser monotonia, só porque ele apareceu. Entro de novo no turbilhão de alegrias breves e pequenos desalentos para terminar o dia com a conquista de um sorriso tímido. Não chega. Dele apetecia-me mais do que um sorriso, mas não podemos. Acho que me apaixonei. Pelas costas dele, pelo menos. Não é um condutor de eléctricos, mas é um técnico israelita que (quase) não conheço. Será possível apaixonarmo-nos só para manter a mente ocupada?
* Carta de Leire a Javier, no filme Piedras de Ramón Salazar

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Surely missed Woody Allen

Hugh Jackman e Scarlett Johansson daqui
A voltar a tomar o gosto ao cinema, principalmente quando em boa companhia.

Os vampiros que conhecemos II

Sair de uma amizade por escolha, com as mãos vazias, o escudo a postos, a sentirmo-nos usados e sem vontade de dispender o esforço para solucionar o abismo, é a consequência inevitável do esgotamento de se nos terem aproximado.

Os vampiros que conhecemos

Só conseguiria ser uma boa pessoa se cada vez que se aproximasse de alguém se lembrasse que dar é mais importante do que receber.

domingo, 1 de abril de 2007

Luz

A chuva no pára-brisas hoje não lhe parecia irritante, era o sol que lhe ia na alma que iluminava o mundo, (apenas) porque tinha passado o dia contigo.

sábado, 31 de março de 2007

Música e Letras

Hugh & Drew "roubados" daqui

There are moments when I don't know if it's real,
Or if anybody feels the way I feel,
I need inspiration,
Not just another negociation.

It's in his kiss

Um abraço apertado... demorado... oferece mais dúvidas do que certezas. Porque é que nos ficámos só por isso? Porque é que fomos tão longe?

terça-feira, 27 de março de 2007

Baila, baila, cinco minutos más

Chegámos. Madrid, o cansaço e as horas de sono perdidas ficaram para trás. Quase lá deixámos também as nossas orelhas direitas, mas felizmente conseguimos recuperá-las a tempo. A farda de funeral não me teria parecido tão má se não houvesse um lencinho vermelho para agradar ao touro-chefe. Apesar do lenço, do frio do Árctico, do urso polar, quantas mais viagens mais saudades. E laços cada vez mais fortes que nos custa deixar pendentes. A custo, fizemos as malas, guardámos os recuerdos, os sorrisos, as gargalhadas, os olhares, as conversas. E todas as coisas boas: o israelita da minha vida, os walkie-talkies no meio do tédio e os disparates que onze pessoas podem fazer dentro de um quarto de hotel (a cama partida é segredo, shhh).

quinta-feira, 15 de março de 2007

Mírala, mírala, mírala...

foto daqui
...la Puerta de Alcalá.
Próximo destino: Madrid

quarta-feira, 14 de março de 2007

Festival da Canção 2007 - 3ª parte

Não vou mencionar a hereditariedade do talento, apenas queria deixar aqui aquele que me pareceu o projecto mais interessante que se apresentou no festival deste ano. Há coisas que é melhor divulgar para não se perderem.

Dá-me a Lua, TribUrbana

Festival da Canção 2007 - 2ª parte

Há um ano insurgia-me com o facto de a vontade do público não ter sido levada em conta naquele que em tempos foi o grande certame da música portuguesa. Retiro cada palavra que disse na altura. Aquilo a que chamei tentativa de reabilitação do festival, foi enxovalhada este ano pelo "espectáculo" que nos foi apresentado no sábado.
Não tenho a menor ideia acerca de quem terá escolhido a sala Tejo para o evento, mas o certo é que não funcionava em termos televisivos: um palco demasiado pequeno, um espaço demasiado nú,... As canções continuam com uma qualidade (pelo menos) duvidosa, a dupla de apresentadores que saíu apupada em 2006 foi repetida (Jorge Gabriel fez questão de enfatizar a sua posição do ano transacto, realmente rectificar é de sábios), e já nem vou falar das tentativas de momentos de humor porque nem vale a pena.
Pergunto-me porque não voltar ao modelo de outros tempos em que votavam todas as capitais de distrito ou então escolher um juri especializado (e com o adjectivo penso que se entende que encenadores de teatro, estilistas e críticos de televisão não fazem parte do lote), porque já se viu este ano que a escolha do público é assustadora.

Festival da Canção 2007

Conseguiram roubar-me qualquer dose de nacionalismo que ainda me corresse nas veias.

terça-feira, 13 de março de 2007

Padrão

Procuro um João Miguel, alto, barriguinha proeminente, interessante, intrigante, eventual homem-da-minha-vida.

Defeito de professora

Dizer tudo pelo menos três vezes. Fazer o mesmo comentário no mínimo três vezes. Contar a mesma coisa umas três vezes. Ou mais.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Por telefone

"Gosto muito de ser limitado."

And I'm so glad you do...

Máximas

Fotografia by Margot
Las situaciones embarazosas... ¿Las trae la cigueña?
Mafalda

sexta-feira, 9 de março de 2007

Big Spender



Bob Fosse no Pavilhão Atlântico de 26 de Abril a 1 de Maio.


10.03.2007 - Segundo o Diário Digital a peça foi cancelada sem que novas datas tenham sido definidas.

Generalizações apressadas

Porque é que se confunde não querer ser pai ou mãe com não gostar de crianças?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Soltar amarras

Portalegre ao fim-de-semana

Sexta-feira: Linda Martini

Sábado: Sara Tavares

Sabe bem: descoberta e confirmação.

conclusões no feminino

O amor é um estado, não uma acção.

sábado, 3 de março de 2007

Katie Girl



- You never did!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Cópia "pimba"?

Diz que há um novo cantor romântico - arrebatador de corações - no mercado português. Tem de herança o apelido que o catapultou para a fama, e pelo que pude ver em todos os noticiários televisivos a ideia de que muito portugueses são tontos.
O mocinho não é mais do que uma tentativa de cópia do cantor espanhol David Bisbal: com menos voz é certo, sem o movimento de ancas, sem o carisma, mas ainda assim uma cópia descarada. O pontapé no ar no fim das canções, a postura ao entrar em palco, até mesmo alguma canção a que ele chama original e da qual não mudam mais do que dois ou três acordes.
Não é por o David nunca ter feito promoção em Portugal que é totalmente desconhecido. Realmente aquele que não sabe fazer, imita (ou pelo menos tenta).

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Têm a certeza?

Aqui há talento!, sábados à noite, RTP. Dizem que é um formato internacional adaptado para o nosso país, será que só a mim que me faz muito lembrar a rúbrica "Vale Tudo" desse monumento da televisão em movimento chamado Big Show Sic?
O que sim tenho a certeza é que o espreito, de vez em quando, pela mesma razão que o fazia com o anterior: Joaquim Monchique.

Rendição

Deixa que eu me vá, sem ruído, sem quase dares por isso. É mais fácil desistir de uma vez por todas e ter certezas, do que reavivar a esperança a cada manhã, para que a noite nos traga a ausência e a dor em pedacinhos.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Se só 7 meses depois me pediste o telefone...

Pelo andar da carruagem, daqui a dois anos convidas-me para sair, daqui a quatro ganhas coragem para me ir levar a casa, daqui a seis agarras-me finalmente a mão e aos oitenta pedes-me em casamento, ao que eu respondo que nunca estive interessada.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sem pressa

Ainda não cheguei a casa. Perdi-me no caminho, nesta estrada em que me deixaste. E todas as horas depositadas no esforço de chegar a ti me deixaram mais longe. Não sei onde errámos, mas a vida não vem com manual de instruções, por isso nunca vamos saber qual foi o passo importante que saltámos. Certamente muitos, provavelmente todos. Quisemos aquilo que não podíamos ter. Mas continuamos à espera, sem pressa de chegar a lado nenhum.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Estradas

Estrada Portagem - Castelo de Vide, foto em Vistas na paisagem

Gosto de ver os troncos a passar depressa enquanto conduzo, da paisagem que afunila num ponto ao longe; é bom deitar-me no banco detrás do carro e observar como as copas verdes recortam o fundo azul, devagarinho, e os pequenos raios de sol que conseguem passar por entre as folhas.
Tenho saudades das estradas ladeadas por árvores da Serra de São Mamede!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Coscuvilhice inocente

Na brincadeira com um livro de respostas decidimos bisbilhotar na vida de duas pessoas (uma delas apenas conhecida). Será que a relação do momento vai durar? Abre-se o dito livro e está escrita a mensagem Pergunte ao seu pai.
Os nossos pais nem os conhecem.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Bons presságios

- Olha, afinal não posso ir ao teu casamento...
- Não faz mal, fica para a próxima.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

A minha vida dava uma novela da TVI - Resumo da semana

Semana de testes. A M. recusa-se a fazer o seu e eu hesito entre dar-lhe um zero ou um Excelente pela birra. A A. levou o teste para casa para o conseguir acabar e eu não sei como reagir: rebolo no chão a rir à gargalhada ou dou duas cabeçadas na parede? O G. atira-me com o livro e cospe-me em cima porque lhe tirei os brinquedos. Guardo a palmada que ele merecia e fico a pensar quem será mais tonto, eles por fazerem o que fazem ou eu por gostar do que faço?

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Ao meu pai

Porque há dias que o calendário não devia marcar.

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
[...]

[...] E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Decididamente

Apagámo-nos da vida um do outro, nem sei bem porquê. Talvez porque a minha presença em ti e a tua em mim são demasiado tormentosas para continuarem a ocorrer.

Amigos

Os dias em que os nossos amigos não estão bem são dias cinzentos e tristes. Levam-nos a pensar que ainda que nada de mau nos tenha acontecido a nós, o facto de ser com eles já é suficiente para não podermos exibir um sorriso aos que connosco se cruzam. As perdas humanas e materiais, as situações violentas, os nervos passados, o choro expresso e o escondido, os pedidos de ajuda velados, exigem-me que hoje escreva para elas, 3 das minhas amigas mais próximas.
Gostava de poder apagar a vossa tristeza com uma borracha especial, queria estar menos longe (geograficamente falando) para poder ser o conforto necessário, aquele para que as palavras e a voz não são suficientes. Sonho que cada uma de vocês sabe que estou incondicionalmente aqui e que umas centenas de kms não são nada quando se gosta a sério.

Sensação Singular

Andar na rua com alguma pressa é uma actividade regular de todos os seres humanos. Li algures que os cegos conseguem identificar as pessoas pelos passos - se é que todos nós não o conseguimos fazer, há aquelas passadas familiares que nos fazem sentir um arrepio na barrriga e aquelas a que somos completamente indiferentes.
Noutro dia, enquanto vinha do banco apercebi-me que realmente o som dos meus passos tem uma cadência, um ritmo, algo reconhecível. Caminho ao ritmo de One de Marvin Hamlisch - mais uma vez percebi que os musicais são a minha paixão primeira.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

I Thank God for small favours

Posso fazer isto porque sei que não me lês. Esta canção é para ti, porque não há nada mais a dizer.


"Nothing" de Chorus Line, cantado pela magnífica Lea Salonga.


And I dug right down to the bottom of my soul
To see what I had inside.
Yes, I dug right down to the bottom of my soul
And I tried, I tried! [...]
[...] And I said...
'Nothing, I'm feeling nothing,[...]
Except the feelin' that this nonsense was absurd!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Mais uma definição

Amor: sueño que se sueña con los ojos abiertos. Dios en las entrañas (y que Dios me perdone). Vivir desterrado de ti, instalado en la cabeza, en la respiración, en la piel de otro; y que ese lugar sea en Paraíso.
Rosa Montero, Historia del Rey Transparente

Momento Cultural

Os Dramatis Personae estão cada vez mais profissionais, para mim é um orgulho poder divulgar aqui mais uma das peças do António, o amigo que felizmente consegui recuperar quando os nossos caminhos pareciam a 200 kms de distância.

Vão lá, eles valem a pena!

sábado, 20 de janeiro de 2007

Puff, desapareceu!

Estou em fase de descrença. Toda a fé inabalável tem os seus momentos de crise. Deixei de acreditar naquilo que durante tanto tempo defendi. A fé tem destas coisas, deixamos de ver as com clareza e ainda tentamos catequizar quem não é crente como nós. Até que os amigos doutrinados se convertem finalmente e, por ironia divina, as nossas convicções deixam de fazer sentido. Agora já sei que os príncipes encantados só existem quando queremos acreditar muito neles. E eu deixei de acreditar em ti.

Sem paciência

E farta de ter de começar todas as frases do meu dia por Não.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Profissão de Risco

Primeiro foi Alexandra Lencastre, depois Margarida Vila-Nova, seguiu-se-lhe Luciana Abreu e agora Rita Pereira. Todas elas adoeceram e as três últimas foram mesmo internadas em hospitais. Definitivamente, ser protagonista de novelas em Portugal pode prejudicar gravemente a saúde.
Ou será só golpe de marketing? Não (digo eu que até sou ingénua), nenhum profissional faria tantas vezes a mesma jogada...

Podia cumprir-se o ditado

Sairam, nas últimas duas semanas, dois grandes prémios - um no Euromilhões e outro no Totoloto aqui em Portalegre. E a mim nem um eurinho.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

"Cuidado com as tentações"

Foi a sms que recebeu antes de chegar ao destino.

O Fim

Este é um assunto que não vai ser discutido nem analizado. Chegou o final que tanto buscámos e nunca conseguimos concretizar. Ficou-nos o carinho do início, a recordação do frémito e do desejo e este silêncio bruto que se instala sempre que estamos a sós. Do que não consigo livrar-me é do amargo sabor do pecado inconfessável.
A razão acha-me ridícula pela crença, mas há algo - chamemos-lhe superstição - que me diz que pode ser que este calvário nos redima. Não quero a culpa e o remorso de te ter trazido a dor.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Lembrar John "The Biscuit" Cage

A personagem de Ally McBeal, pela loucura, pela ternura que transmitia, por mostrar que ser diferente não é mau, por ser o Peter MacNicol.


Dança com Barry White


"Till There Was You", The Music Man

Para recordar os tempos em que esta série era sobre amizade, alegria, superação e catarse, a época em que era uma das minhas séries.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Here I go (once) again!

Nina
Ainda que a minha fidelidade à voz da Nina - uma das poucas que me provoca aquele arrepio na espinha e me leva às lágrimas - não me permita dizer que Meryl Streep é a melhor opção, é sem qualquer dúvida a segunda melhor.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Conhecia-a bem III

E chegou a primeira briga. Ele não conseguia aceitar que o amor que ela não conseguia superar não parasse de tentar contactá-la, e ainda que ela não respondesse, instalou-se a dúvida. Disseram o que não queriam, ouviram muito mais do que mereciam... Faltava o cara a cara. Apesar de não descortinar como, ela sabia que o tinha que ajudar a confiar. Foi aqui que se apercebeu que ele já se lhe tinha pegado à pele - nunca lhe sentira tanto a falta!

Juizo de Facto ou de Valor?

"Uma mulher submissa é mais feliz do que uma mulher emancipada.", refere o manual de Filosofia de 10º ano.
- Então? Que tipo de juizo está nesta frase?
- Um juizo de valor. Mas não entendo uma coisa: porque é que uma mulher com um amante há-de ser menos feliz?

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Conhecia-a bem II

Por fim era real a história que tanto tempo escondera. Decidiram não a gritar ao mundo, não sentiam essa necessidade, o que viviam juntos era dos dois e de mais ninguém. Os remorsos que ela ainda sentia, de tempos a tempos, eram esquecidos a cada encontro, faziam-se felizes e nada mais importava.
Ele tinha a certeza de que poderia ajudá-la a deixar-se querer, essa sempre tinha sido a sua maior dificuldade, e nenhum outro tinha conseguido entendê-la, sabia também que a cumplicidade era um trunfo que podia jogar a qualquer hora, para lhe ensinar que nem só de paixão vive amor.

A forma e o conteúdo

O Pedro Mexia tem em mim um efeito estranho: apaixona-me como escreve, irrito-me com o que escreve.
P.S. A ler o Fora do Mundo sem ser capaz de parar.

Nas finanças

Tentava a empregada da dita instituição explicar ao seu interlocutor, o padre de um dos concelhos do Portalegre, que não tinha meios informáticos para lhe fornecer a certidão que ele requeria. Numa conversa muito "o papel, qual papel?" a senhora munia-se de toda a paciência possível para se fazer entender, o sistema não funcionava, não se podia aceder ou imprimir o documento em questão, e o homem de fé respondia que queria a certidão fosse como fosse. Já em desespero, a senhora disse-lhe:
- O Sr. Padre poderá entender que estas coisas acontecem às vezes na informática, o sistema não funciona. Não posso fazer milagres, não é?
Ainda fiquei à espera de uma luz, de um qualquer sinal divino que resolvesse o impasse, mas nada aconteceu.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

eStory

E, se um dia, a realidade se confunde com a ficção?

Foi sem mais nem menos*



* 125 azul, Trovante

2007


Reflectir e decidir são os verbos primordiais desta época do ano. Organizei as ideias, arrumei o armário, deitei fora aquilo que já não me assentava bem ou de que apenas estava cansada. Como aconselhava a minha amiga M apaguei todos os sms que guardava no telemóvel (há que começar a cortar por algum lado), cumpri os meus próprios rituais e reencontrei-me pelo caminho. Quero encarar 2007 com a alma livre de pesos desnecessários, venham as novidades e as alegrias.
Feliz ano!

domingo, 31 de dezembro de 2006

Para que o ano acabe em beleza

Em tempo de reflexão pessoal, reencontrei-me com o meu D'Artagnan.



Philippe Candeloro - Nagano, 1998

Conhecia-a bem

Eram amigos há muito quando deslizaram pela primeira vez, chamaram-lhe excesso de carinho, tentaram não dar demasiada importância à situação. Houve uma segunda e uma terceira derrapagens. Prometiam-se sempre que não voltaria a acontecer mas eram incapazes de resistir ao chamamento da pele. Racionalizaram tudo, afastaram os sentimentos, viviam bem com a situação de se terem quando lhes apetecia.
Até que ele caiu no erro de se apaixonar, mesmo sabendo que o coração dela era de outro. Um dia escorregou sozinho ao conjugar o verbo proibido. Ela acabou os encontros fortuitos: não podia retribuir, não o queria enganar. Confessou: preferia tê-la assim a não a ter, sentiu-se enganada. Vendo que a perderia, foi-se insinuando, adentrando-se na mente dela - sabia pô-la louca. Andava confusa, decidira esquecer quem não a queria mas não gostava de fazer substituições.
Atirou-se para a piscina, aceitou o desafio, sem expectativas nem esperanças, com entrega e a certeza de que de todas as vezes que havia estado com ele, nunca tinha imaginado a cara de outro.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

O que dizem as estrelas

Decidi seguir os ensinamentos daquela que escolhi para irmã e tentar descobrir o que me espera em 2007.

BALANÇA – Cartas do ano: A Imperatriz, O Papa, O Imperador e a Roda da Fortuna
Os nativos de Balança terão ao longo deste ano oportunidades de colocarem em prática ideias que se revelarão extremamente positivas para o seu futuro.
(Isso parece-me um bom prenúncio para os planos...)
Se tiver tempo não deixe de ler um bom livro.
(Ó minha senhora, mas o tempo alguma vez foi um problema? E só um???)
Os meses de Maio, Agosto e Novembro serão muito criativos. No sector sentimental pode sentir que a chama da paixão se apagou por não sentir muita motivação da parte do seu parceiro, seja você a preparar algo que contrarie esta tendência como por exemplo um jantar a dois ou uma conversa onde se possam fazer planos para o futuro. No segundo semestre contará com mais definições e certezas neste sector. Boas surpresas tendem a surgir a qualquer momento.
(Venham as surpresas que no resto acho que esta deu ao lado :/)
No sector profissional vai obter grandes vitórias ao longo do ano já que terá de responder a vários desafios que servirão para reforçar a sua posição. Junho será uma boa altura para fazer investimentos de qualquer ordem. Em Outubro vai deparar-se com novas situações que ao princípio não serão muito fáceis, terá dificuldade em fazer frente a problemas inesperados que tendem a surgir. Este período vai prepará-lo para encarar algumas situações de forma diferente.
(Vitórias é fixe, desafios é na boa. Eu investimentos??? Isso não é uma frase agramatical? E acaba com um não há mal que por bem não venha... lá terei que me aguentar.)
Na saúde poderá ter alguns problemas de estômago.
(Não me estarão a aconselhar a fazer dieta, não?)
Melhor compatibilidade com: Gémeos e Aquário
(Tell me something new...)
Mais desentendimentos com: Escorpião e Peixes
(Esta dos desentendimentos com o papá é que não está com nada.)

Honestidade

- O que tens em casa para me oferecer? É Natal, lembras-te?
- Tenho-me a mim, parece-te pouco?
- Parece-me muito, não sei se sou homem suficiente.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Tipex


Se para ti abri uma página em branco, pronta a novos esboços e tentativas; espero conseguir, no ano que entra, apagar todos os gatafunhos que nela imprimiste. O assistente está a postos, é só dar-lhe o sinal de partida.

Definitivo

Se tem que ser sem ti, então que seja sem ninguém.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Ho ho ho

Photobucket - Video and Image Hosting
Aos dois resistentes leitores que ainda nos restam desejamos um bom Natal de 2005 (esse pelo menos já sabemos como acaba).
E sonhos lambuzados de açúcar e canela e essas coisas.
mafaldinha & Jessica

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Shhh

Calei-me. A falta de coragem tem destas coisas, mergulhamos no silêncio e afogamos as palavras que queremos gritar. É neste aparente sossego que nos entendemos melhor. Evitamos o constrangimento de não saber lidar com confissões inoportunas e ignoramos as mentiras que já trocámos para não nos magoarmos. Acalmamos, guardamos os sentimentos que queremos esconder bem lá no fundo e deixamo-nos ficar quietos, mas sempre perto. Entre nós há apenas segredos que eu não quero contar e tu não queres ouvir. Porque o que fica por dizer tem sempre muito mais peso do que o que dizemos.

sábado, 16 de dezembro de 2006

Lisbon Players

Porque há pessoas (e instituições) a quem vale a pena dar os parabéns, principalmente sabendo todas as dificuldades que passaram nos últimos tempos.


Congratulations Lisbon Players, for 60 years of great theatre, and thank you Jonathan for so many unforgettable lessons!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Sense, sense and sense

- Elinor, have you no feelings?
- Yes, but I govern them.


(diálogo da série da BBC Sense and Sensibility)

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Brokenhearted

Eram amigos, andavam sempre os três juntos. O Marco e a Jessica namoravam em segredo até que ela decidiu contar ao Diogo a verdade. Mas o amigo gostava dela e ela não sabia. Com a revelação, ela repensou os seus sentimentos e descobriu que preferia os carinhos do Diogo aos do namorado. O Marco ficou de rastos e chorou durante toda a aula de Inglês. Parece que os desgostos de amor também fazem os homens chorar, mesmo que só tenham oito anos.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Babs Day

Para remediar um dia Prince of Tides, o melhor é ver (uma vez mais) The Mirror has two Faces.
At least in this one she finally gets the guy. *
*citando e adaptando a própria

Momentos que valem a noite

"Já não te via há tanto tempo. Estás diferente. Mais mulher."

Obrigada miúdo, nem sabes o bem que me fizeste.

Do absurdo que fazemos

Não consigo fazer-me entender por ti, mas é difícil, nem eu me entendo ao teu lado. Não sei porque te dei as costas, não percebo porque tratei de te ignorar, não compreendo porque respondi com rispidez ao teu convite. Estava zangada, sim, morta de ciúmes também, hoje estou arrependida da minha atitude fria, distante... sem sentido.
Mas tenho medo de to dizer, tenho medo que não me entendas uma vez mais.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Quince Años

Está a ser doloroso aceitar que te acabei, acrescento e apago palavras só para não enfrentar a palavra "Fim".
Era divertido voltar a ti sempre que tinha um bocadinho livre, ou até mesmo deixar os deveres para trás para me entregar totalmente. Terei que te viver através de outros a partir deste momento, dos seus comentários e opiniões, dos julgamentos mais ou menos duros.
Foram muito boas estas semanas na tua companhia. Partirei em busca da próxima aventura, agora que descobri um novo prazer.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

A outra metade

Os homens certos apareciam-lhe sempre na hora mais inapropriada. Talvez fosse porque o homem errado insistia em estar presente a todas as horas.

!



Os anjos nunca deviam ser tentações.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Depois do Porto

Ainda bem que Jess não nasceu na Invicta, ou o egocentrismo de que padeceria seria insuportável. A palavra que ela mais gosta no "dialecto autóctone" é: ieuaa*.
*Pode não se escrever assim, mas é a isto que soa.

Fins-de-semana

Os normais são aqueles passados em pijama, a preparar aulas ou a ver televisão. No passado houve Porto, muita gargalhada, muita felicidade, muita gente muito querida - obrigada I., Pris, G., P. e Di, vocês são únicos. No anterior tinha sido domingo de cinderela.

O mundo ao contrário

A sedução dela era tanto mais ousada quanto menos interesse sentia por aquele que tinha na frente.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Cócegas no ego

Sabe bem ser assediada por dois.

713

- Ah, estamos em S. Bento.
- Oh, estamos nas cortes.
- Estamos em S. Bento, sim.
- Eh pá, isto vem dar uma grande volta. Se soubesse que vínhamos para as cortes tinha apanhado outro carro.

As senhoras de idade também vêem o Gato.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Que pena!

Os Lupanar vão acabar. É uma pena, no único concerto em que os vi, achei-os bons, originais e com a voz da Ana, difíceis de superar.



Quem puder não perca o concerto de encerramento.

domingo, 26 de novembro de 2006

"Há sempre alguém que nos faz falta... ahhh Saudade!" *




* Saudade, Trovante

25 de Novembro

Só porque sou banal, porque não há palavras melhores do que estas e porque 9 anos são uma eternidade...


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message
[s]He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
[S]He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

W.H. Auden


*Acrescentamentos entre [ ] e negrito meus

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

O novo anti-virus

ou O brilhantismo da nossa amiga I.
Para marcar um determinado ponto, a I. mandou-me ontem uma fotografia da Britney Spears.
I: Vê lá se não tenho razão.
Eu: Tens, mas por culpa tua agora tenho uma fotografia dessa tipa no PC. Que medo!
I: Não faz mal. É para afastar os virus.
Agora não sei se a devo apagar ou não :S

Ai a ética, a ética!

Lembro-me de que quando chegámos à blogosfera (há uns dois anos e meio) estava muito acesa a questão da propriedade intelectual. Debatia-se se o que se escreve num blog tem ou não direitos autorais, se se pode copiar para outro ou não, fazendo (ou não) a devida menção ao autor. Também ao longo deste tempo ressaltámos aqui textos ou pequenos excertos de que gostamos particularmente. Já fomos acusadas de plágio duas vezes, uma delas por uma pessoa que apenas queria incomodar e se delatou quando foi confrontada com a acusação, outra com alguma razão da pessoa que nos chamou a atenção para o facto, e que corrigimos imediatamente. Já fomos também nós "plagiadas" uma ou duas vezes, mas para manter regularidade na escrita quem não caiu já no erro?
Passeando pelo technorati, a parte diplomática deste blog descobriu alguém que no corrente mês nos citou 6 vezes em 5 posts. Uma homenagem, um orgulho, diriamos nós. Sê-lo-ia, sim, se 3 essas citações não fossem completamente desprovidas do nome das autoras, duas delas com um link quase invisível numas reticências e a última, essa sim, com link visível, mas sem o nome do nosso cantinho em qualquer parte. Não me incomoda particularmente que me citem (ainda que ache que não o mereço) sem chamar a atenção para que tal texto é meu, o que me chateia, bastante, é que quando todos os comentadores assumem que a autora é aquela que apenas citou, nenhuma vez esse "mal-entendido" tenha tido esclarecido. Curioso é, que em todos os arquivos a dita menção da fonte não tenha sido esquecida com mais ninguém.
Não nos achamos particularmente originais, até nem somos fãs de nós próprias, mas depois de tanto tempo é difícil manter um blog vivo. Mantê-lo-emos enquanto nos der prazer, enquanto conseguirmos escrever coisas vindas de nós, e sempre que citemos outros far-lhes-emos a devida vénia, pedimos apenas que a actuação para connosco seja a mesma. E obrigada pela homenagem que tantas citações pressupõem.
Este post é da exclusiva responsabilidade daquela que o assina

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Uma questão de Impacto

Escreve uma adolescente para que o mundo leia:
"O pk dax koixax... e pk? pk te amu pk te odeio pk penxu em ti pk te ignoro pk xou eu a amar.te?..."
Por mais sentida que seja a mensagem, escondida detrás de tal código quem vai conseguir perscrutar a sua profundidade?

De volta à Primária

Aos 28 anos, depois de ter frequentado o sistema de ensino português durante quase toda a vida, é complicada a integração noutra lógica de educação. Aulas ditadas e apontamentos obrigatórios a ser apresentados no final do curso, fazem-me relembrar os 4 anos de Escola da Praceta e aqueles dias de avaliação, em que todos em filinha apresentávamos o caderno diário para escrutínio. Já o livro escrito pelo professor, que é leitura obrigatória e sobre o qual se tem que apresentar um trabalho escrito, traz-me à memória outras pessoas noutras instituições de ensino.
Afinal, de um lado e de outro da fronteira as coisas não mudam assim tanto. Mas as gargalhadas cada vez que ouço "vírgula", "ponto" ou "ponto parágrafo", essas ninguém mas tira.

Declarações de desejo

Sinto que muitas vezes não te entendo. Tão depressa queres, como não, tão depressa te propões, como dás passos atrás. Dizes que não me queres magoar e não entendes que a escolha não é tua. O que as tuas palavras me dizem, não se coaduna com o que o teu corpo e as tuas acções transmitem. Vê lá se entendes que eu também tenho direito a decidir.
As declarações de desejo apenas palavras ocas quando não correspondem a actos.

(Ontem)

Amanheci em Glasgow: céu carregado e frio, cansaço e vontade de trabalhar. Cheguei a pensar Eu era capaz de viver ali, mas porquê? Porque tudo o que precisamos para sermos felizes é das pessoas certas. Aquelas férias há uns anos são inesquecíveis por causa de alguém, um emprego é importante para nós porque alguém a ele ligado nos marcou muito, aquela cidade é especial porque houve alguém que a gravou assim na nossa memória. Adormeci em Lisboa. Na verdade, continuo no mesmo lugar de onde nunca saí. Bem perto das pessoas certas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Já te tinha dito isto?

Se os longos minutos que passamos ao telefone não durassem apenas uns segundos, falaríamos a noite toda. Não dormiria só para te ouvir contar as histórias do teu dia de herói de capa e espada que salva o mundo, como me salvaste a mim. Ficaria acordada até não haver mais o que contar entre nós, só para sentir a tua respiração e saber-te mais perto. Controlo a minha vontade de te abraçar e chamo o sono que fugiu com o som da tua voz. Só assim as horas sem ti não custam a passar.

domingo, 19 de novembro de 2006

19 de Novembro

Neste día, há 56 e 29 anos, nasceram duas das pessoas mais importantes da minha vida. Habituei-me, desde pequenina, a festejar com os dois ao mesmo tempo. Nos últimos tempos não tem sido possível, mas eles sabem que não há minuto em que não pense neles. Como ela diz, este dia marca um início, uma mudança, todos os anos. Aqui começa a preparação para o que aí vem.
Novo ano, não demores!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Gases

Parece que os portáteis têm um gás para que o ecrã funcione, o meu está com uma fuga. Agora tenho portátil com ecrã fixo em anexo.

domingo, 12 de novembro de 2006

Nómada

É tão bom quando, sem nenhuma razão, se reencontram pessoas assim, agora em grupo.



O primeiro disco sai no próximo dia 27.


P.S. Estes irmãos Parreño continuam a fazer-me sonhar.

Ética linguística

A escrita sempre foi um pesadelo, na escola só havia uma coisa pior do que me pedirem para ler em voz alta, era fazer composições. O pânico da folha em branco, fosse com destino a ficção ou a um simples trabalho teórico, tomava conta de mim. Nunca consegui transmitir por palavras (escritas) aquilo que penso ou sinto, fico sempre aquém. Apesar de na faculdade tal tarefa se ter tornado mecânica, isso não a tornava nem mais fácil, nem menos sofrida.
Por brincadeira descobri que até não desgosto de escrever, o que me custa é escrever em Português. Suponho que amor enorme que tenho pela Língua Portuguesa, e pelos seus virtuosos, é o que me faz sentir sempre descontente com o aquilo que tento produzir.
Desde que comecei a "maltratar" a Língua de outros, e não a minha, sinto-me bastante mais realizada.

sábado, 11 de novembro de 2006

De repente

Apeteceu-me levantar-me, desviar uma dúzia de estranhos num metro quase cheio e felicitá-lo por ter escolhido ler aquele livro.

?

Deixa-me ficar aqui escondida, onde não me podes ver. Deixa-me ficar aqui de longe, a espreitar-te enquanto tentas descobrir onde estou. Enquanto procuras, vou tentando enganar-te para que não me apanhes tão depressa. Não procures nos lugares mais óbvios, sabes que não é aí que me encontras. Procura-me nos lados ocultos, onde não sabes, onde nem imaginas. Quando tiveres examinado todos os recessos e me descobrires, não digas a mais ninguém que me encontraste, podemos antes esconder-nos juntos e deixar que nos esqueçam e não se lembrem mais de nos procurar.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Lição nº 2

Quando a mãe de um aluno vem falar contigo, lembra-te que já não estás numa aula de Inglês e tenta responder-lhe em Português.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Espera

Já não sei como contar o tempo que nos separa. Só sei medir a vontade de te ver chegar em abraços.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Os Pixies também (se) enganam

Numa noite difícil de esplanada em que as revelações e surpresas se sucediam em catadupa e cada uma parecia mais violenta do que a anterior. Uma daquelas noites em que as certezas caem por terra e as desconfianças ficam à flor da pele. Ela olhou para longe, a tentar perder-se na linha do horizonte que ficava mais além dos prédios brancos, e quando ele (a ausência sempre presente naquela mesa) entrou na praça, os Pixies cantavam a plenos pulmões: Here comes your man.
É uma vergonha, já nem no rock se pode confiar.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Referências Portalegrenses

Para uma despistada, que ainda por cima não é muito sociável, é difícil manter conversas em que se fala de alguém que não está presente e que aparentemente todos conhecem. Acaba sempre por surgir a típica explicação em que se refere o nome e apelidos, idade, alcunha, grupo de amigos, pais ou irmãos mais velhos.
No entanto, Portalegre tem uma especificidade que desconheço se existe noutros sítios. O mais normal que vos apareça neste estilo de conversa é a marca e cor do veículo que essa pessoa possui. Sempre me perguntei como é que se não conheço alguém pela família ou amigos, posso saber que carro conduz.